quarta-feira, 30 de junho de 2010

Seleção brasileira x Flamengo

Não, não é mais uma partida pela Copa como o título sugere. Trata-se apenas da sequência em que os assuntos foram breve e modestamente tratados. Mas confesso que, se tal jogo rolasse, eu tomaria o caminho da torcida do Mengão:)

A Copa do Mundo deu mais um presente à seleção brasileira, o de fazer um treinamento de luxo contra o Chile e o time do Dunga correspondeu às expectativas pré-jogo, existentes em função da fragilidade dos hermanos que se banham no Pacífico e tomaram o caminho do aeroporto de volta a Santiago, carregando um saco de bolas enfiadas por uma equipe tecnicamente muito superior em campo, do primeiro ao último apito do soprador de plantão. De qualquer ângulo escohido, seja tático, físico ou técnico, o time brasileiro sobrou na partida. Ponto para Dunga que soube escolher uma estratégia de jogo compatível com o adversário, conhecido pelo atrevimento de lançar-se ao ataque em busca da vitória embalado pelos acordes do tango tocado pelo hermano el loco Bielsa.

Com Lúcio e Juan perfeitos na zaga, e a providencial contusão do Felipe Melo provocada pelo brucutu Pepe, da seleção portuguesa, abrindo caminho para a entrada inesperada de Ramirez no meio de campo, o que deu mais lucidez e talento ao setor, ao lado de um Kaká cada vez melhor no torneio, a vitória foi desenhada a partir da cabeçada do Juan, em consequência de um escanteio surgido de um penalti não marcado. Depois veio o bonito gol do Luiz Fabiano com assistência do Kaká e o fechamento do 1º tempo já com boa vantagem no placar.

Na 2ª parte do jogo, Robinho carimbou com categoria o placar final do jogo, dessa vez numa ótima assistência de Ramirez. Duas assistências, dois gols. Para isso servem os meias, para fazer a glória dos atacantes, se estes souberem aproveitá-las.

Enfim, sexta-feira próxima começa a verdadeira Copa do Mundo para o Brasil, pois até aqui tudo tem dado tão certinho que até a partida contra o adversário mais forte, os irmãos de Portugal, nada valia, ou melhor, valeu apenas pela escolha da primeira ou segunda colocação para as oitavas e terminou num inssosso 0 a 0, o suficiente para plantar os portugueses na verdadeira chave da morte ao lado da Alemanha, Argentina, Espanha, Holanda e Inglaterra, onde mal dessarumaram as malas e já foram despachados. Turma forte essa, acostumada a ganhar, com exceção da boa seleção da Espanha, a amarelona das Copas, apesar de ter passado para as quartas de final, na tarde de ontem.

Dando um salto sobre as águas que separam a África do Sul da Gávea, me deparo com nuvens negras que despejam sobre o Flamengo uma verdadeira tempestade de jogadores medianos do porte de Val Baiano, Correa, Renato camisa 11, Fabiano Oliveira, Paulo Sérgio e outros afins, e me recuso a acreditar que o raio Betão seja tratado como prioridade pelo executivo Zico. Pode e deve ser especulação de jornal ávido por notícias caseiras em época de seca provocada pela Copa do Mundo. Zico conhece futebol como poucos, sabe que não vai ensiná-lo a jogadores cascudos e rodados e, crendo no ídolo-mór, acredito que tenha um programa na cabeça para fazer o clube rodar com os profissionais disponíveis, atualmente, no elenco sob o comando do estagiário.

Afinal, tomando o São Paulo como referência, não é aquele clube que faz jogadores reconhecidamente bisonhos serem aclamados como craques até cogitados para a seleção brasileira? Onde está o segredo? Acho que podemos encontrá-lo no modelo de organização e estrutural adotado no Morumbi, no qual as peças se encaixam como se tivessem sido fabricadas para ele, em seus mínimos detalhes. Deve ser por aí mesmo. Zico monta a estrutura que julga ser a adequada e nela vai encaixando os jogadores para fazer o conjunto rodar no sentido de produzir mais com menos gastos. E o São paulo vence, e convence. De um campeonato para outro, desses que temos por aí, saíram seis jogadores. Entraram outros medianos seis nas respectivas vagas abertas. Nada mudou e Muricy continuou vencendo. E convencendo.

E assim, racionalizo as angústias dos próximos 15 dias que nos separam do jogo contra o Botafogo, pela 9ª rodada do Brasileirão, quando teremos que vencer ou vencer para que a tranquilidade do trabalho efetuado não comece a ser abalada pelas pressões que advirão de um possível (isola!) insucesso, já que fomos levados para o 9º lugar após o vexame diante do Goiás.

Aguardemos com esperanças!

SRN!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Pitacos e mais pitacos

SELEÇÃO BRASILEIRA

Fez um bom jogo contra o Chile, que não é um time dos mais fortes, mas tem diversos jogadores talentosos. Luís Fabiano e Robinho não estavam em seus melhores dias, mas mostraram que tem estrela e meteram um gol, cada um. Kaká melhorou em relação aos outros jogos e nossa dupla de zaga é uma das melhores dessa Copa, se não for a melhor. Dunga só tem que ter uma conversinha rápida com o Lúcio para lhe dizer que ele é zagueiro e não atacante. Maicon e Júlio César dispensam comentários. São apenas os melhores do mundo em suas posições e tem mantido o alto nível de suas atuações nessa Copa. O destaque no jogo de ontem, pra mim, foi o Ramires. É um volante que marca muito bem, mas que sabe passar a bola, fazer lançamentos e ainda chega lá na frente pra marcar o gol. É infinitamente melhor que Felipe Melo e seria meu titular. Pena que levou o segundo cartão amarelo e estará fora da próxima partida.

Agora sim, o bicho vai pegar. Brasil x Holanda será um jogaço e arrisco dizer que, quem ganhar estará na final. Holanda tem Robben, um dos melhores jogadores do mundo, na minha opinião, Sneijder e Van Persie, um trio ofensivo pra ninguém botar defeito. Nossos jogadores terão que estar em seus melhores dias nesse jogo. Mas, acredito que vai dar Brasil!

USO DE TECNOLOGIA DURANTE OS JOGOS

Leio que a Fifa vai rediscutir esse assunto. Já passou da hora da Fifa “modernizar” um pouco o futebol. Aconteceram vários erros de arbitragens nessa Copa e é um total absurdo uma equipe ter um trabalho de quatro anos jogado ralo abaixo por causa do erro de um soprador de apitos. Aquele erro acontecido na partida entre Alemanha x Inglaterra foi bisonho demais e se o gol tivesse sido validado,poderia, simplesmente, ter mudado a história da partida. Sou a favor do uso do telão para mostrar se um gol aconteceu com irregularidades ou não. Não acho que o futebol irá perder em emoção por causa disso. E acho que pedir desculpas, como Joseph Blatter fez com as seleções inglesas e mexicanas, não adianta absolutamente nada.

LEANDRO AMARAL

Eu gostei do fato de Zico ter abertos as portas do Flamengo para o Leandro Amaral fazer seu tratamento. Durante 1 mês, ele fará treinamentos no clube,na praia e numa academia e será supervisionado por um funcionário do clube. Ao final de 1 mês, será decidido se ele assinará ou não um contrato. Leandro Amaral é um bom jogador e seria um excelente reserva. Torço para que se recupere de vez e pra que assine com a gente.

CASO BRUNO

Nosso goleiro está enroladíssimo. Cada dia que passa, aumentam as evidências de que ele realmente está envolvido com o sumiço da moça. Torço, do fundo do meu coração, que a moça apareça vivinha da silva, sem nenhum arranhão e que tudo isso seja um enorme mal entendido. Não porque gosto do Bruno até porque não gosto dele e sim, porque estamos falando de uma vida, de uma mãe que tem um filho de 4 meses para criar. Sabemos que Bruno não bate bem das idéias. Suas atitudes mostram isso e aqui não vai nenhum exagero. Ontem mesmo, deu uma declaração extremamente infeliz dizendo que iria rir de tudo isso. Mas,daí a cometer um crime é demais.

Em toda profissão, temos os bons e maus profissionais. E o “caso Bruno” está mostrando como tem jornalista ruim por aí. Ontem, estavam falando que encontraram um corpo no sítio do cara, que não era da moça e sim, de outra pessoa. No final das contas, não encontraram corpo nenhum. Ou seja, já transformaram o sítio do cidadão num cemitério clandestino. Na boa,isso é um absurdo. Comentar sobre o assunto é uma coisa, inventar uma notícia é crime. Se o Bruno for inocente, deveria sair processando todo mundo quando tudo estiver esclarecido. Por que e pra que uma pessoa resolve dar “informações não confirmadas” ? Não é melhor esperar confirmar antes ao invés de ficar criando rebuliço à toa?

Enfim, só espero que tudo se resolva da melhor maneira possível. E que, se realmente houve um crime,que os responsáveis sejam exemplarmente punidos, independente de quem quer que seja.

Bom dia e SRN a todos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Basta vencer?

Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Gilberto; Thiago Silva, Ramirez e Kaká; Robinho, Luis Fabiano e Nilmar

Essa seria a minha escalação da Seleção brasileira considerando apenas os jogadores que estão lá na África do Sul. Claro, não posso ir contra o óbvio, se a seleção do Dunga ganhou quase tudo o que disputou com uma formação mais conservadora, não seria agora que ele mudaria a forma do time jogar. Mas a escalação acima serve apenas para que possa dividir com vocês uma tese que eu tenho: o Flamengo eu quero ganhando sempre, jogando do que jeito que for… Seleção Brasileira pra mim tem que jogar bem e bonito, ganhando ou perdendo.

Sou da geração que, quando criança e adolescente, viu o Brasil ficar 24 anos sem títulos. Nem por isso, entretanto, o futebol brasileiro deixou de ser considerado o melhor do mundo. Talvez isto influencie este meu pensamento, que é incomum, portanto passível de questionamento. Meu time jogaria num 4-3-3 super ofensivo, esses seriam os jogadores que eu levaria pra África:

1 – Julio Cesar (Rogerio Ceni/Gomes)
2 – Maicon (Daniel Alves)
3 – Lúcio (Thiago Silva)
4 – Juan (Alex Silva)
6 – Marcelo (Fabio Aurélio ou Maxwell)

5 – Hernanes (Airton)
8 – Ramirez (Elano)
10 – Kaká (Alex)

7 – Robinho (Nilmar)
9 – Ronaldo (Luis Fabiano)
11 – Ronaldinho Gaúcho (Neymar)

Ronaldo? Sim, Ronaldo. Tenho horror a ele, já disse que se esse canalha vestir a camisa do Flamengo um dia eu deixo de ir ao Maracanã, mas tenho certeza após 2 semanas de Copa do Mundo: com 80% da sua forma, ele ainda é o melhor centroavante do mundo disparado. Eu faria como disse o Luxemburgo, teria uma conversa com ele uns 6 meses antes da Copa, diria que ele é o maior do mundo e entregaria uma balança pra ele. Pesando menos de 90 ele iria e seria titular absoluto. Acho que ele faria.

Enfim, são só divagações neste período sem Flamengo. O fato é que, gostando ou não do time do Dunga, somos todos brasileiros e torceremos pela amarelinha até o fim.

Rumo ao Hexa, Brasil!

_________________________________________________________



Vamos respeitar o ser humano. Se o Bruno cometeu algum crime, que pague por ele. Mas o Flamengo, clube que ele defendeu nos últimos 4 anos e pelo qual conquistou títulos (muitas vezes como protagonista), tem sim obrigação de defendê-lo até o fim, independente de vínculos contratuais. Questão de humanidade e gratidão.

sábado, 26 de junho de 2010

Sair da toca pra defender o Zico é obrigação.




Uso o tweetdeck. Pra quem não sabe, é uma interfacezinha que facilita um bocado pra ler o que os outros escrevem. Não precisa ficar no f5, a parada atualiza sozinha.

Pois bem. Eis que resolvi entrar no .com do twitter pra ver quem me segue, quem eu sigo, pra fazer uma limpa, blá, blá, blá. E vi - entre um last tweet e outro - que tinha um bocado de gente já descendo a lenha no Zico, graças às contratações do Renato, do Correa e do suposto interesse pelo Val Baiano. Todos, aparentemente, de uma ou - mais provável - 2 gerações posteriores à minha, que sabem quem é Ele, mas que não o viram jogar, que não o conheceram ao pé-da-letra. Mas isso não importa muito agora.

Antes de contar uma historinha, quero deixar aqui meu registro: nenhum deles é craque. Ponto.

Vamos à histórinha.

Em 1982, houve um certo Flamengo x Guarani.








Esse jogo, salvo engano, decidia uma vaga na final do Brasileirão daquele ano. Lá pelas tantas, jogo pegado mesmo com a atuação exuberante do Zico, Leandro sentiu uma contusão. Os maqueiros entraram, e do outro lado do campo, Leandro fez aquele sinal com os dedos, como se pedisse substituição.

Nota do autor: Li essa reportagem na Placar. Eu não estava lá.

Voltemos. Ao ver o sinal do lateral, Zico correu até a beira do campo e falou alguma coisa pra ele. Sabe-se lá como, ele levantou e jogou até o fim. Se alguém tiver essa reportagem pode ilustrar melhor, mas eu me lembro de um repórter ter ouvido Zico dizer algo como "não é hora de sentir contusão".

Pois bem. Como eu opinei lá em cima, não acho nenhuma das 3 contratações homéricas, daquelas de perder o fôlego e dizer "agora vai".

Mas, ao mesmo tempo, me baseio pelo senso de comprometimento que Zico sempre inseriu na mente de todos que jogavam ao seu lado. Tanto Renato quanto Correa falaram mais de Zico do que Flamengo. O elenco sabe da importância do cara, e a tendência é que fechem um pouco a cada dia. E Zico, conhecedor de todos os atalhos, já mandou a letra: quer ficar, é coração na ponta da chuteira. Não quer, pode ir. Pois ele sabe que o jogador vai embora na hora que quiser, ou quando o dinheiro for muito alto. Ele já esteve lá. E na primeira oportunidade que teve, voltou. Ele QUERIA voltar. E, como sempre, foi comprometido até quando pode, até quando o joelho aguentou.

É essa a minha esperança. Que os jogadores entendam, por Zico, o que é o Flamengo. Zico veio, e em pouco mais de 2 semanas, já blindou o clube. Agora, o site oficial é que dá as notícias. Claro, sempre vai ter um setorista de plantão pronto pra regar a semente da mentira - ou até da maldade. Esses manés não entendem - provavelmente foram jornalistas que se formaram sem nunca pegar um tiroteio (@gustones) - a dimensão da importância do Zico para nós, torcedores. Talvez nunca entendam. Talvez seja divertido continuar com jornalismo nível zero.

Ah, eu contei essa historinha pros mais jovens pararem de reclamar. Para que eles entendam que o comprometimento pode trazer títulos sim. Mesmo sem um Riquelme, um Kleber gladiador, ou até mesmo o Adriano. Por mais que queiramos craques, é necessário que se queira jogar, de verdade, no Flamengo.


==========================================


Sobre o caso do Bruno, melhor esperar as investigações. Não vou avacalhar ninguém. Eu o quero fora por acreditar que o ciclo dele no clube acabou. Ponto.

===========================================

Minha solidariedade ao amigo Fábio Gil, do Urubuzada. Fé aí, brother. Vai tudo dar certo.

E nada mais digo.


Alex do triplex no twitter: http://www.twitter.com/alextriplex



Técnico cérebro... cadê ele?





Rapaziada Butequeira,
É... Há muito que não escrevia por aqui...
Também, como ter excitação para escrever sob a era Nadopatriciana? Pô, dá muita, mas muita paumolescência. E o campeonato brasileiro? Continua hibernando, com isso o foco passou a ser o Flamengo de Zico e a copa do mundo... O Mengão e a Seleção Brasileira... As duas maiores nações da América do Sul. E... seus respectivos treinadores...

Amigos, faz tempo que não vemos no Flamengo e na seleção brasileira um técnico estrategista, um técnico-cabeça… Cláudio Coutinho, se não me falha a memória, foi o último a passar por lá...
Com a vinda de Rogério Lourenço surgiu à possibilidade de um novo modelo para o futebol rubro-negro. “Um técnico da base, com passagem na seleção brasileira, cheio de idéias, um estudioso para comandar o Mais Querido” Mas… Bastou pouco tempo para algumas dúvidas aparecerem. Dentre elas, a mais intrigante:
Seriam os técnicos Rogério e Dunga movidos por impulsos cerebrais ou glúteos? Seriam eles técnicos-cérebros, ou técnicos-bunda?

O mundo mudara, o técnico-cabeça já não ocupa o status de principal figura do futebol brasileiro. Por falar nisso... Um dia desses encontrei uma “cabeça-técnico” jogada no meio da rua. Aliás, como elas estão ultrapassadas hoje em dia.Confesso que não saberia dizer de quem era aquela cabeça-técnico, pois ela não me disse de onde veio e também não quis perguntar, sei lá… acho que me acovardei. Se eu fosse uma cabeça solitária, também não gostaria que me perguntassem sobre o resto do meu corpo. Afinal, eu poderia ser uma cabeça revoltada, marcada pelos anos 70... Daquelas que passava 24 horas por dia acariciando o retrato de Fidel e ouvindo o vinil de Taiguara… Eu, ficar reparando no defeito dos outros? Nada disso, coisa muito feia.Pobre Cabeça… Por pouco não a chutei pensando que fosse um saco de lixo, entulho mesmo. Falou-me que não era primeira vez que acontecia isso com ela. Dias antes havia sido jogada por um dirigente, coitada. Foi parar perto de um lugar chamado Vila Rinus Mitchell. Era por lá que a maioria das cabeças estava sendo jogadas. Disse-me ainda que fez amizade com muitas outras que, iguais a ela, também foram arremessadas por dirigentes. Coisas do futebol atual…

Ela ainda me disse:
“Pois é… agora que estamos ficando fora de moda, ninguém mais nos respeita. Tá vendo ali, aquela bunda metida a técnico? Ensinei tudo a ela. Tá bom que não aprendeu muita coisa, mas bastou ganhar alguns jogos na CAGADA para ser supervalorizada. Cara, nunca pensei que isso fosse acontecer… nunca pensei que aquele glúteo tão novinho ficasse tão soberbo. Logo aquela Bunda que só vivia as escondidas, meu Deus! Logo ela que passou por tanta merda nessa vida… Achei que fosse mais humilde.”

Bom, diante de um relato tão comovente não tive como discordar da pobre Cabeça. Aliás, nunca havia parado para pensar sobre isso. Gente, a Cabeça está coberta de razão! As bundas aos poucos foram assumindo o comando do futebol mundial. Hoje se apresentam de várias formas… Sujas, limpas, novas, velhas, arrogantes, choronas, metidas a cérebro, arrombadas, empinadas...

Um dia desses uma bunda-técnico defecou na boca de um jornalista só porque o sujeito havia feito uma simples pergunta. Sim, as bundas são más, desfiram golpes baixos, fétidos! Usam desses métodos porque mal sabem falar, pensar, cheirar, enxergar, andar (e olha que algumas usam roupas fashion, hein!), e no final ainda nos chamam de ignorantes. Na verdade, só tenho a agradecer à cabeça-técnico por me colocar a par do problema. E olha que ele não era uma dessas cabeças loiras que andam surgindo por aí não, aquelas com piercing, brincos e colares de ouro. Não… Era uma cabeça mais conservadora, discernida, daquelas que pensam e falam. Confesso que fiquei com pena da Cabeça. Mas quem sabe um dia ela não retorna ao seu devido lugar, valorizada por alguém… Meu conforto é saber que ela vai estar sempre aí, disposta e preparada. Ao contrário da bunda-técnico, a cabeça-técnico não é fofa (Fofão), não amolece, não cria estrias, nem se torna celuliticamente repugnante. Sua função, apesar de modesta, tímida até, marginalizada ouso dizer, nunca vai estar fora de uso ou envergonhada pelo ato tão singelo de raciocinar.

O Cabeça-técnico merece respeito, gostei dele… Estava até pensando em levá-lo um dia para conhecer a Gávea. Quem sabe ele não encontra algum técnico-bunda por lá, não é?

Sorria, você é rubro-negro !

sexta-feira, 25 de junho de 2010

PORTUGAL X BRASIL


FICHA TÉCNICA:

Local: Estádio Moses Mabhida, em Durban (na África do Sul)
Data: 25 de junho de 2010, sexta-feira
Horário: 11 horas (de Brasília)

Árbitro: Benito Archundia (do México)
Assistentes: Marvin Torrentera (do México) e Hector Vergada (do Canadá)

PORTUGAL: : Eduardo; Miguel, Bruno Alves, Ricardo Carvalho e Fábio Coentrão; Pedro Mendes, Raul Meireles, Tiago e Simão Sabrosa; Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida

BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Júlio Baptista; Nilmar e Luís Fabiano

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Para Não Esquecer: O Primeiro Título Sem o Zico

Fonte: www.flaestatística.com.br


Pouco se fala nesse título, a Copa do Brasil de 1990, certamente porque muitos mais importantes do que ele o Flamengo conquistou; mas, para esse rubro-negro que vos fala, ops, escreve, foi um título inesquecível, pela singela razão de ter sido o primeiro presenciado ao vivo, no próprio estádio, e o primeiro título sem o Zico. Mas, antes de falar das emoções, vamos nos situar no contexto histórico.
Em fevereiro daquele longínquo ano eu havia presenciado a despedida do Galinho de Quintino do futebol brasileiro, no Maracanã, assistindo ao empate de 2x2 com o World Cup Masters, time formado por craques convidados para a festa, que tinha desde Taffarel até Mário Kempes. Era então, definitivamente, o primeiro ano sem o Zico, que não viria mais a disputar qualquer partida pelo Flamengo, muito menos profissional.
Bem, o ano estava passando sem muitas expectativas, com aquele sentimento de vazio, mesmo com a presença do Maestro Júnior no meio de campo; o Vasco havia sido campeão brasileiro em 1989 e o Corinthians se sagraria campeão brasileiro pela primeira vez naquele ano; claro que, como torcedor apaixonado, queria mais títulos, ainda que o Flamengo, naquele tempo, fosse disparado o maior campeão brasileiro (quatro vezes, seguido por Internacional, então em baixa, com três, e Palmeiras e São Paulo, com dois).
Então, veio a decisão da Copa do Brasil, aquele torneiozinho que parecia bobo, o qual o Zico, no ano anterior, numa crítica ao Ricardo Teixeira, havia chamado de "caça-níqueis", mas poxa vida, era o Flamengo em campo, e é claro que eu tinha que ir. Não tinha carro e o meu pai precisava usar o dele para trabalhar. Estava pensando na passagem de ônibus, no dinheiro do táxi em Goiânia quando, subitamente, lembrei-me do meu amigo Augusto, futuro padrinho de casamento, e que me devia algo após haver aparecido, um ano antes, com o uniforme do Grêmio, lá em casa, para assistir aos 6x1 na semifinal da mesma Copa do Brasil do ano anterior (como eu odeio o Grêmio, mas isso fica pra outra coluna).
Augusto havia acabado de comprar um Escort XR3, era a sensação da mulherada, e eu dei o ultimato: "vamos para Goiânia e você vai estrear o seu carro na estrada!"
Dito e feito. Fomos, juntamente com o amigo Marcelo Kappa, esse rubro-negro (tínhamos que estar em maioria, afinal de contas), e, chegando lá, quase na hora do jogo, conseguimos os ingressos e, ao entrarmos no Serra Dourada, descobrimos que havíamos errado de lado! Bom, atravessamos o estádio inteiro pelo corredor na parte mais baixa da arquibancada tomando vaia, chuva de papel, etc. Ainda bem que o povo goiano, hospitaleiro, cordato, não foi além disso. Mas que deu medo deu, rsrsrsrsrs.
Chegando à torcida do Flamengo, espremida num canto, sentamo-nos logo abaixo da extinta "Falange Rubro-Negra". Comprei até um adesivo que depois colei no carro; meu pai adorou, a sem-graça da minha namorada da época odiou (foi muito sacaneada pela irmã, rsrsrsrsrs; como é que eu namorei aquela chata tanto tempo? Deixa pra lá...) e minha mãe queria arrancar do carro de qualquer jeito...
"Novesfora" duas intercorrências, o jogo passou sem susto. A primeira foram as TOs chamando os goianos para a porrada; como eles não vinham, desceram uns três negões dobrados e sentaram o cacete num pobre-coitado cujo erro na vida foi exibir a camisa do Goiás debaixo delas, TOs, beijando o escudo. Para quê? Depois que o dito cujo apanhou igual a um boi ladrão, olhei para o lado e vi uma massa verde-e-branca se dirigindo para a nossa direção, muitos com as caras pintadas de verde-e-branco e entoando hinos de guerra. Quando vi a estatura dos policiais militares que faziam o "cordão de isolamento", pensei: "fodeu; Gustavo, do céu, o que você veio fazer aqui?" O Augusto, gaúcho malandro, me disse que, se algo fosse acontecer, o pessoal não estaria tão animado e despreocupado, e olhem que eles, os membros das TOs, continuaram a provocar os goianos e os xingar a todos a plenos pulmões: "Pra frente, pra trás, na bunda do Goiás..." Tá certo, no final eles tinham razão, mas pqp, como é que puderam confiar nums PMs tão magrinhos, até hoje me pergunto...
A segunda intercorrência me levou a uma semana de recuperação. Não é que os caras acenderam aquelas latinhas com a fumaça tóxica exatamente atrás da gente? Eu tossi o jogo inteiro e a camisa branca, que usava, ficou vermelha. Aliás, tem manchas leves até hoje!
O rádio tocava músicas debochando do Flamengo, inclusive o hino, sendo que de uma, de extremo mau gosto, eu lembro: "era uma vez, Flamengo...". Na preliminar de juniores, o time do Goiás fez gol e os jogadores foram comemorar na frente da torcida do Flamengo beijando o escudo daquele time ridículo... Enfim, o clima era de decisão mesmo e era só provocação pra cima do Flamengo!
O jogo passou devagar, lento, amarrado, no qual eles pressionaram, mas não criaram nada mais sério em termos de chances de gol, e o Zinho ainda fez um mal anulado pelo bandeirinha FDP, corno, filho duma égua côxa. Nada que impedisse o título, porém; mas que aquele bandeirinha é um desgraçado filho duma cadela manca, ah isso é!
Quando o título estava garantido, a emoção foi indescritível. Aos amigos, posso dizer que ser campeão na casa dos outros, depois de tantas agruras e provocações, tem seu sabor especial, único. Aquela massa verde-e-branca indo para casa com o rabo entre as pernas foi algo inesquecível, podem crer.
O curioso é que, enquanto escrevia esse texto, pensei em algumas coincidências daquele tempo com o momento que vivemos hoje. Não me refiro apenas à presença do hoje treinador Rogério Lourenço, o nosso "estimado" Estagiário, na zaga, mas ao primeiro titulo sem o Zico. O meu primeiro título no estádio foi o primeiro título sem o Zico. E naquele tempo, como hoje, o momento era de renovação e de esperança.
Fica aqui a promessa: tal qual naquela quarta-feira, 7 de novembro de 1990, o meu primeiro título num estádio, o primeiro título sem o Zico, eu também estarei no estádio no primeiro título com o Zico... de novo no Flamengo!
Bom dia e SRN a todos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Para Dunga, relaxar dói.

Zico e Dunga eram os meus temas preferidos para hoje aqui no Buteco. Desisti. Não me senti à vontade na hora de misturar, no mesmo texto, o cavalheiro com o professor de plantão no escrete canarinho para não cometer uma injustiça com o Galinho das belas tardes de domingo, que não merece a companhia do tosco treinador da CBF numa de nossas mesas.

Portanto, deixo o Zico quieto em seu canto moldando o presente e o futuro de algo muito valioso e importante, o Flamengo, e me proponho a perder, isso mesmo, jogar fora algumas frases relativas ao troglodita que a seleção nos oferece. Ele, que assusta o mundo esportivo com estúpidas baboseiras distribuídas a cada entrevista coletiva concedida por imposição da FIFA, que nada esclarecem além de fazer os pais, preocupados com a educação de seus filhos, os retirarem da frente da TV;

Insatisfeito com o ego maltratado de tal forma que o tempo e tampouco o relativo sucesso cicatrizam as feridas, agora parte dos microfones para dentro de campo carregando seus inapágáveis rancores. Desta vez, o escolhido foi o craque Drokba. Gostaria muito de saber o que fez o atacante da Costa do Marfim, antes ou durante o jogo, para merecer o epíteto de "Drokba de merda", entre outros insultos, após o apito final do equivocado árbitro francês, por parte daquele que deveria dar exemplo de equilíbrio aos seus jogadores e manter uma postura minimamente harmônica ao final de um jogo bem vencido pelo Brasil, que merecia uma comemoração mais estilosa do técnico que acabara de, praticamente, assegurar a passagem do seu time para as oitavas de final da Copa do Mundo;

Durante a contenda, compreende-se um ou outro excesso físico e verbal dos jogadores, afinal, com os batimentos a 140 RPM e pressão de 20 x 11 nas artérias, são corriqueiras e rotineiras as desavenças dentro de campo, com a razão dominada pela emoção própria de um jogo de futebol, principalmente valendo pela Copa do Mundo, evento assistido por milhões de pessoas ao redor deste planeta. Porém, com a partida acabada, vitória no bolso, classificação obtida, publicidade e reconhecimento em alta junto ao povão amante do futebol, por que pisar covarde e furiosamente sobre um dos maiores jogadores do futebol mundial da atualidade, vencido, emocionalmente caído no chão e com as luzes da eliminação, ainda na 1ª fase da competição, acesas sobre o pobre coitado? Chutar os fundilhos dos perdedores não é coisa nem de peladeiros, em noite regada a cerveja, muito menos de profissionais que devem fazer do respeito ao vencido um portfólio para a vida;

Alguns amigos de senso crítico apuradíssimo, talhado e aperfeiçoado em boas escolas da vida como a ditatura que vigorou de 1964 a 1985 no Brasil, com "direito" à fuga para o exterior em busca de exílio para não sofrerem a solidão da cadeia, há semanas tentavam me convencer que o problema do desequilíbrio mental do doublê de Dunga com o Zangado era a imprensa, sempre ela, a que segura o rabo do foguete das escaramuças mal explicadas. Daí, veio o nada edificante episódio com o Drokba, no domingo passado. Santo affair caído dos céus para me fornecer argumentos conclusivos sobre o destempero do capitão da pouca saudosa seleção campeã de 1994 e a infalível pergunta sem resposta, colocada em boa hora: "E o Drokba, é jornalista ou repórter de qual órgão da imprensa? É Global ou da Band? É pago pelo Lance ou pela Folha de São Paulo? Quem sabe não é um foca infiltrado pelo Estado de Minas ou da Rádio Tupi do Rio de Janeiro?";

Se a FIFA for coerente, a exemplo do que fez com aquele hermano do Rio da Prata que pensa que é Pelé sem nunca ter chegado aos seus pés, mete dois meses de suspensão nesse protótipo de treinador da seleção brasileira, que se gaba de ter ganhado tudo, mas exclui desse tudo as Olimpíadas de 2008, vencidas pela Argentina, competição para a qual, como lhe convém, não dá o devido valor por justamente tê-la perdido e feio, mas que valeria muito, se a tivesse conquistado;

Para concluir, acho que optei bem ao não correr o risco de trazer o cavalheiro citado lá no início para esta coluna, já que teria muitas dificuldades para misturar água e óleo na mesma panela para fazer essa breve sopa de letrinhas.

SRN!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ame-o ou apoie-o




Renato Abreu está de volta. Ou Renato Atômico, Renato Pelé, Renato Canelada, Renato Urubu, Canhão Atômico, como preferirem. Renato é daqueles jogadores polêmicos, que despertam amor ou ódio por parte da torcida. Na história mais recente do Flamengo, não existe um único jogador que seja unanimidade perante a torcida do Flamengo, como foram Zico, Júnior e Leandro, por exemplo,mas temos jogadores que são ídolos para uns e contestados por outros, como Pet, Adriano e Renato Abreu.

Independente disso, não há como negar que Renato se identificou com o Manto. É daqueles jogadores que estão bem longe de ser craque, mas jogam com raça e determinação. Chegou ao Flamengo em 2005 e em terra de Augusto Recife, Fabiano Oliveira, Rodrigo Arroz, Fellype Gabriel e Róbson, acabou virando rei. Foi um dos poucos que se salvaram na pífia campanha rubro-negra daquele ano, quando o time teve que lutar para não ser rebaixado. Mesmo não sendo atacante, foi o artilheiro do time em 2005. Tem um potente chute, que lhe valeu os apelidos de Atômico e Canhão da Gávea e tem bom aproveitamento em cobranças de faltas. Apesar de ser volante de origem, ajudou muito na armação de jogadas naquela época.

Em 2006, foi um dos líderes da equipe que conquistou a Copa do Brasil e novamente acabou o ano como artilheiro do time e em 2007, conquistou o Campeonato Carioca. Acabou conhecido como o jogador que nunca era substituído. Entrava jogador, saía jogador e ele continuava lá, intocável. E já comemorou gol usando a famosa máscara de urubu, que inclusive fará parte do acervo do museu do Flamengo. Se foi puro marketing e se jogou pra torcida, tanto faz, mas foi legal.

E um fato inédito aconteceu com a chegada do Renato Abreu : sua contratação foi anunciada pelo site do Flamengo, em primeira mão.

Como o próprio Renato falou, o bom filho à casa torna. Seja bem vindo de volta, Renato Atômico.

_________________________________________________________________________________

Em época de Copa do Mundo, não dá para não falar sobre seleção brasileira, que obteve uma importante vitória domingo, sobre a Costa do Marfim, porém essa vitória acabou um pouco esquecida por causa do desequilíbrio emocional de Dunga ao final da partida. Primeiro, xingou o árbitro e Drogba, um dos maiores jogadores do mundo. Depois, na entrevista coletiva, falou um monte de impropérios para Alex Escobar, profissional da rede Globo que é muito querido no meio jornalístico.

Por um lado, eu entendo essa amargura dele. Quem acompanhou as Copas de 1990 e 1994 sabe que ele teve que ter as costas bem largas para agüentar todo o peso da chamada Era Dunga. Ele acabou eleito o símbolo de uma geração fracassada e isso, no país do futebol, não é pouca coisa. Mas, se algumas pessoas evoluem, outras retrocedem, como é o caso de Dunga. Ele pode até ganhar a Copa,mas esse desequilíbrio dele mostra que não é o profissional mais capacitado para exercer tal cargo. Ele, como treinador, tem que servir de exemplo para seus comandados e não é o caso.

Mas, continua achando que temos chances nessa Copa, apesar do Dunga.

___________________________________________________________________________________

Bom dia a todos e SRN sempre!

domingo, 20 de junho de 2010

Leia, releia, reflita e responda.

Se o responsável pelo futebol do Flamengo hoje fosse o Carlos Peixoto, o Walter Oaquim, o Helio Ferraz, o Luis Velloso, o ginecologista, o Michel Assef Filho, o Marcos Braz, o Kleber Leite, o Plinio Serpa Pinto, o Anderson Barros, o Gerson Biscotto, o George Helal, o Gilmar Rinaldi, o Gilberto Cardoso Filho, o Paulo Dantas ou qualquer outro dirigente que, como todos os citados, tenham passado pelo futebol do Flamengo nos últimos 20 anos, eu estaria muito, mas muito preocupado. Porque no momento que deveríamos ter um elenco pronto para uma importantíssima intertemporada, sabemos que alguns jogadores não renovaram seus contratos, nenhum nome relevante foi contratado e estão retornando ao clube figuras que nada acrescentarão a um time com pretensões de título brasileiro.

Mas há uma novidade neste processo. Uma novidade não, A NOVIDADE! O maior ídolo da história do Flamengo assumiu a direção do futebol do clube. O simples anúncio da contratação do Zico traz com ele credibilidade, seriedade, certeza de sucesso. Estou super à vontade pra falar do assunto, pois sempre fui contra que o Zico assumisse qualquer cargo executivo no Flamengo. Ele próprio, ou qualquer outro, podem dizer o contrário mas, em caso de fracasso, a imagem do ídolo sairá SIM arranhada. Eu sempre achei que a nossa última lembrança do Zico deveria ser com a camisa 10 do Mengão… mas se ele quis partir pra esse novo desafio, se ele se acha capaz, agora como dirigente, de conduzir o Flamengo pra uma nova era de vitórias, quem sou eu pra dizer o contrário?

E aí eu pergunto, quem suportou os Biscottos e Oaquins conduzindo os rumos do futebol do Flamengo nas últimas décadas não poderia esperar pelo menos 1 mês antes de começar a cobrar do Galinho? Será que, até por respeito à história dele na Gávea, não deveríamos aguardar pela formação definitiva do elenco para que pudéssemos fazer as primeiras críticas ao trabalho do Zico?

Que fique claro: sou eternamente grato ao Zico mas, antes de tudo, eu sou Flamengo. Tenham certeza, se ao fim do período de contratações formos a campo com Antonio e Lennon no meio-campo e Paulo Sergio e Fabiano Oliveira no ataque, eu também tecerei as minhas críticas aqui neste espaço. Mas eu esperei 20 anos pela volta ao Flamengo da minha maior referência no futebol, tenho certeza absoluta que consigo controlar a minha ansiedade por um período tão curto.

Amigos, faço aqui um pedido: antes de escrever qualquer comentário, antes de discordar do que está escrito (nada contra, faz parte do processo democrático a discordância), releia o texto, releia os nomes citados no 1o parágrafo, reflita e me diga: você tem certeza que não consegue esperar até o fim da Copa do Mundo pra, baseado em fatos e não em especulações de uma imprensa que precisa preencher espaço de sites e jornais num período sem notícias, julgar o novo departamento de futebol do Flamengo?

Zico, tô contigo, confio plenamente em você, tenho convicção de que o Flamengo terá um time competitivo para o restante do ano e, mais importante do que isso, que o Flamengo tem tudo pra se transformar pra muito melhor dentro e fora de campo a partir desta sua chegada. Vamos Flamengo, rumo ao hepta sim, mas também rumo à modernização, rumo a uma nova era!


PS: O Flamengo foi o 1o clube grande a se reapresentar. Na próxima semana serão 3 dias de treinos integrais. Alguma coisa mudou, não?

PS2: Minha coluna já estava publicada quando li o texto que o Zico escreveu para o site ZNR.com.br. Não preciso dizer mais nada.
http://www.ziconarede.com.br/portal/znr/colunas.php?pa=1479

BRASIL X COSTA DO MARFIM



FICHA TÉCNICA:


Local: Estádio Soccer City, em Johanesburgo (África do Sul)
Data: 20 de junho de 2010, domingo
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Stephane Lannoy (da França)
Assistentes: Eric Dansault e Laurent Ugo (ambos da França)


BRASIL: Júlio Cesar; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.

COSTA DO MARFIM: Barry; Tiené, Zokora, Kolo Touré e Demel; Tiotê, Yaya Touré, Ebouê e Gervinho; Drogba (Kalou) e Dindanê

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O ataque, cardíaco !


A brincadeira não é minha e já foi usada várias vezes, em diversas ocasiões. Hoje mesmo li isso em um comentário. Mas a confirmação da volta de Paulo Sérgio e Fabiano Oliveira parece um filme de terror, daqueles “A Volta III". Tenho escrito sempre que devemos ter paciência, que o Zico acabou de chegar e que ele não é mágico (embora em campo tenha sido), enfim, que a hora é de apoiar, apoiar e apoiar.

Tenho defendido que as contratações sejam feitas com critérios, para evitar trazer um alto salário que não seja útil. Temos exemplos “vivos” deste tipo de negociação e de sua consequencia para o clube.

Vinha vendo com bons olhos o esforço de manter o Love, um jogador que apesar de errar muitos lances, sempre acaba deixando o seu. Não acho que valha 33 milhões de reais que eu vi anunciarem hoje, mas se o Flamengo conseguir uma negociação justa, vou ficar feliz de mante-lo no time.

E também tenho sido um defensor das nossas revelações da base. Torço muito e acredito que pelo menos Galhardo, Jorbison e Camacho acabem sendo muito úteis ao time, se consagrando no clube, ou pelo menos rendendo de volta o que o clube investiu em sua formação.

Mas se o nosso time ficar com 4 atacantes, dos quais 3 são o Diego, o Paulo e o Fabiano, não vai dar para segurar a revolta. Não quero ser injusto com ninguém, e muito menos queimar o filme de nosso “patrimônio”. Portanto, desafio aqui aos amigos do Buteco que me falem um jogo, basta um, em que viram o Fabiano Oliveira ou o Paulo Sérgio jogar bem. Do Diego Maurício eu nem quero falar, pois o garoto acabou de chegar no profissional, tem um bom porte físico e eu até gostei do que vi em campo. Não me pareceu nenhum craque, mas pode ser muito útil e ser um bom reserva, amadurecendo com o tempo. Mas os outros dois, me digam um jogo que seja em que eles tenham jogado bem com a camisa do Flamengo. E aí, se formos analisar o que o Flamengo teve de bom este ano (se é que podemos falar isso depois de perder o Carioca e a LA), foi o seu ataque. O Império do Amor, com todas as confusões e ausências, mal ou bem, deixou pelo menos um gol em 99% (tá na moda falar esse percentual) das partidas. Mesmo na fase da defesa instável, o ataque funcionava e o time saía com a vitória ou pelo com um empate. Mas com um ataque desse quilate, vai ficar muito, mas muito difícil mesmo. Não sonho com Drogba, Forlan, Messi ou outro craque internacional. Imagino que o primeiro ano de Zico vai ser de por a casa em ordem, e isso implica em ter um time dentro da realidade financeira do clube. Mas não me façam ter outro ataque cardíaco ! Já basta ter que concordar com a efetivação do estagiário, que acaba de virar trainee…

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Processo Judicial da Taça das Bolinhas



É tempo de Copa do Mundo e o noticiário do Flamengo anda parado, sem grandes novidades, além do Zico ter anunciado que dificilmente anunciará algum reforço durante essa semana. Então sobre o que vou falar? Diante dessa dúvida, resolvi tentar abordar um requentado assunto por um ângulo ainda não explorado ou, se já foi explorado, certamente não mereceu a atenção que devia. Refiro-me a como o Sport Recife conseguiu se sagrar campeão brasileiro de 1987 no Poder Judiciário tendo disputado o equivalente à Série B daquele ano.

De fato, discute-se um monte de coisas sobre a Copa União: sobre se o Flamengo e o Internacional deveriam ou não ter disputado o quadrangular com Sport Recife e Guarani; sobre quem é o campeão de fato e o de direito; se o Módulo Verde era ou não o correspondente à Série A de hoje ou se o Módulo Amarelo era mesmo a Série B de hoje em dia. Uma coisa é certa: o Sport Recife obteve uma sentença judicial da Justiça Federal lhe reconhecendo o direito ao título.

Alguém aí sabe o que aconteceu nos autos do processo judicial? É isso que a coluna tentará explicar usando os termos mais simples possíveis, já que a maioria dos amigos do Buteco do Flamengo não possui formação jurídica. Para começar, devo dizer que o Sport Recife foi o autor da ação, que tramitou na Justiça Federal de Pernambuco. Isso aconteceu, apresso-me em explicar, porque a ação, dentre outros réus, que eram Confederação Brasileira de Futebol, Flamengo, Internacional e Guarani, foi movida também contra a União e quem processa judicialmente a União pode fazê-lo em qualquer parte do território nacional (artigo 109, § 2º da Constituição da República).

Da CBF e da União, no lugar do extinto Conselho Nacional de Desportos, o Sport queria o reconhecimento da condição de campeão brasileiro de 1987. Os demais foram considerados partes interessadas por terem disputado as decisões de cada módulo.

Bom, sem ter a pretensão de explicar a vocês os ritos do Código de Processo Civil brasileiro, digo que talvez a única vantagem de ser réu em um processo, de ser processado em juízo, é que a parte ré SEMPRE fala por último. É o princípo constitucional da ampla defesa (CR/88, artigo 5º, LV da CR/88), formado da noção básica e universal de que todo mundo tem o direito de se defender de uma acusação e não tem como fazê-lo em sua plenitude se não puder falar por último, depois do acusador.

E aqui é a parte que, creio, interessa ao torcedor do Flamengo. A sentença do juiz federal Élio Wanderley de Siqueira Filho (http://docs.google.com/fileview?id=0BzkOrcL0SG0wODhkYjlhZDUtM2MxMS00NGM1LWI1MDAtOGJhYTdiYzY4MTlh&hl=pt_BR), como toda a sentença, começa por uma parte chamada relatório, na qual o juiz faz um resumo de tudo o que aconteceu no processo até aquele momento de decisão. E consta no relatório do juiz que, depois de ser regularmente chamado para se defender no processo por um ato de nome “citação”, o Flamengo apresentou sua peça de defesa, de nome “contestação”, e depois fez um pedido de suspensão do processo, não acolhido, não tendo feito qualquer outra manifestação até a decisão final.


Depois disso, o juiz ofereceu às partes a chance de produzir provas, e o Flamengo manteve-se em silêncio; depois, ofereceu às partes a oportunidade de produzir memoriais finais, ou seja, alegações finais sustentando cada qual a sua tese; somente o Sport Recife o fez, tendo o Flamengo aberto mão de falar por último, depois do acusador, no que deveria ser a sua derradeira participação antes da sentença.

Os motivos dessa inércia eu não sei; o que sei é que o prejuízo foi muito grande. Basta lera a sentença, na qual foi acolhido o pedido do Sport e constam algumas “pérolas”, tais como o motivo principal da decisão favorável ao clube pernambucano:

“Ao se inscreverem, o Sport Club Internacional e o Clube de Regatas Flamengo estavam perfeitamente cientes das regras do campeonato. Sabiam, perfeitamente, que estava previsto, no art. 6º, § 2º, o cruzamento entre as equipes vencedoras das Taças João Havelange (Módulo Verde) e Roberto Gomes Pedrosa (Módulo Amarelo). É ilegítima, daí, a sua irresignação intempestiva, quando da realização da última fase (...) para imposição de outro regulamento, casuístico, em desrespeito à vontade da integralidade dos participantes, apenas para antender ao interesse de algumas agremiações.”

A não ser que esteja comentendo um enorme equívoco, eu sempre li que a previsão de cruzamento entre os vencedores dos módulos Verde e Amarelo surgiu já no curso do campeonato, o que já mostra o quanto o Flamengo precisava de uma defesa consistente e insistente nos autos para trazer luzes à mente confusa do juiz que proferiu a sentença.

Mas o pior estava por vir: acreditem ou não, após a sentença em que se saiu derrotado, o Flamengo não recorreu. Aliás, ninguém recorreu. O processo apenas subiu para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, não porque alguém tenha interposto o recurso cabível, o de apelação, mas sim por força de um instituto processual chamado remessa “ex officio”, previsto no artigo 475 do Código de Processo Civil, segundo o qual toda a sentença em que a União seja condenada deve ser imperiosamente apreciada pelo tribunal, ainda que as partes não tenham apelado.

Na decisão, o TRF/5ª Região limitou-se a apreciar aspectos processuais da remessa “ex officio” e simplesmente nada abordou a respeito do mérito (http://www.trf5.gov.br/archive/1997/04/199405000372353_19970424.pdf). Seguiu-se então o que considero uma situação ainda mais constrangedora e vexatória, que foi a interposição de recurso por parte da União para o Superior Tribunal de Justiça em Brasília. Vejam bem: a União Federal, e não o Flamengo, recorreu para desconstituir a sentença que deu o título ao Sport Recife. Um funcionário público defendendo, ainda que indiretamente, os interesses do clube. O recurso não teve seguimento em Brasília (https://ww2.stj.jus.br/websecstj/decisoesmonocraticas/decisao.asp?registro=199800819665&dt_publicacao=23/3/1999).

E assim foi, juridicamente, para o beleléu o quarto título brasileiro do Flamengo, brilhantemente conquistado em campo.

A essa altura vocês devem estar se perguntando quem foi o advogado do Flamengo no processo. Eu não sei. Consulando o andamento do processo na Justiça Federal em Pernambuco (http://ww11.jfpe.gov.br/ – basta clicar em consulta de processos e digitar o número da ação, disponível no arquivo da sentença), e clicando no ícone partes, vejo que, dos três advogados que funcionaram no processo, um deles já foi até candidato à presidência do Flamengo. Longe de mim, porém, criticá-lo, até porque sequer sei se foi ele mesmo a advogado do Flamengo nesse processo, muito menos que tipo de acordo que o advogado, seja ele quem tiver sido, fez com o clube, ou seja, se era apenas para apresentar a contestação, se era ou não para acompanhar a ação até o fim ou mesmo se foi pago para exercer a sua profissão.

Neste ponto, esclareço que sempre vi, em minha carreira, escritórios de outra cidade contratarem advogados ou escritórios de advocacia na cidade em que tramita o processo para acompanhá-lo ou mesmo para nele atuar. Elementar até mesmo para estudantes de Direito. E não teria sido mais fácil para o Flamengo contratar um bom advogado pernambucano, com atuação em Recife, de preferência torcedor do Náutico ou do Santa Cruz? Será que a causa não valia a pena?

O certo é que a ação, que foi ajuizada em fevereiro/1988, ainda na gestão de Márcio Braga, tramitou em primeira instância até 2 de maio de 1994 com a completa omissão do Flamengo na maior parte desse tempo, durante o qual ainda tivemos um biênio de Gilberto Carodoso Filho, outro de Márcio Braga e um de Luiz Augusto Veloso, sendo que foi na gestão deste último que a sentença foi proferida e o Flamengo não recorreu. Agora pensem em quantos advogados que ocuparam o Departamento Jurídico do clube e deixaram a coisa correr solta, sem falar nos presidentes omissos e descuidados com o patrimônio futebolístico do clube...

Até a decisão final do ministro Waldemar Zveiter (pai de Luiz Zveiter, Botafoguense emérito, vejam só o destino...), do Superior Tribunal de Justiça, negando o seguimento do recurso da União já mencionado, a qual foi proferida em 19 de março de 1999, passaram-se mais cinco anos novamente na mais completa inércia do Flamengo, durante os quais tivemos o final da gestão de Luiz Augusto Veloso e ainda dois biênios de Kleber Leite. Finalmente, nos dois anos seguintes tivemos Edmundo Santos Silva no poder e nele escoando o prazo de dois anos para ajuizar uma ação de nome “rescisória”, que poderia eventualmente rescindir o julgado por motivos, por exemplo, como eventual falha em intimações aos réus durante o processo.

Nada foi feito.

Essa é a triste História do processo judicial que retirou absurdamente, no campo jurídico, o quarto título de campeão brasileiro do Clube de Regatas Flamengo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fora estagiário!

A seleção brasileira escondeu tanto o jogo em treinamentos secretos até perdê-lo na estréia, ontem na Copa, contra a bambalesca Coréia do Norte, mas venceu jogando com o pragmatismo nada saudoso de 1994, com a cara do ex-volante Dunga, o estagiário da CBF, que também tem o seu a exemplo do Flamengo. O estagiário canarinho está garantido até o dia 11 julho próximo, caso o time verde-amarelo não aterrise antes no Brasil por justiça dos deuses do futebol. Já o rubro-negro, tão ou mais incompetente do que aquele da amarelinha, parece garantido pelo Zico, segundo as más notícias que correm atrás da gente atualmente em se tratando do Flamengo.Se isso realmente acontecer, não passará de um verdadeiro gol contra, o primeiro e único do nosso inesquecível artilheiro.

A manutenção do Rogério Lourenço no cargo para o qual já demonstrou não estar apto a exercer, desde a Libertadores até a 7ª rodada do campeonato brasileiro interrompido em função do Mundial na África, é um presente de grego para acabar de vez com as esperanças da torcida em relação a um salto na tabela do Campeonato Brasileiro.

Não se trata de uma atitude compatível com a inteligência do Zico essa permanência do estagiário. Primeiro, porque a torcida não o deseja como treinador tendo em vista os maus resultados obtidos, com vexames que já se vão acumulando uns sobre outros como escombros de um prédio implodido. Segundo, porque é de um bom senso sem tamanho mudar o que vem dando errado na direção do time, não sendo prudente mantê-lo no começo do seu trabalho de executivo do futebol. A consequência pode ser o surgimento de pressões no sentido de mudar em julho o que poderia ser feito um mês antes, para não jogar no lixo esse precioso tempo de 30 dias destinados à preparação da equipe para o restante do BR. Basta perder as duas próximas partidas e adeus estagiário, a situação ficará insustentável mesmo contando com o apoio do chefe.

É surreal um clube tentar contratar um técnico de renome mundial pagando R$ 700 mil/mês, levar um sonoro não e decidir ficar com um iniciante desconhecido até mesmo dentro do Rio de Janeiro, que já deu o pouco que tinha para dar. Afinal, qual é o padrão de funcionário que o clube deseja? O de ponta, com competência provada e comprovada, e pagar quanto ele pesa ou o atual que escala mal para depois tentar substituir bem e acaba por entornar o caldo? Parece o sujeito que sai de casa disposto a comprar um Land-Rover, ano 2010, por R$ 115 mil, não consegue fazer o negócio, volta p'ra casa fazendo barra num ônibus e resolve continuar com o calambeque velho de guerra e de sustos, caindo aos pedaços. Não existe um meio-termo? Já que a D. Patrícia está a fim de gastar 700 paus/mês com um treinador, pode até pagar bem menos e procurar o Luxa em Minas, o Dorival Júnior em Santos ou um multi-campeão da Libertadores e do Mundial, o hermano Carlos Biancchi, que hoje flana à-toa em Buenos Aires. Se não está interessada, se tudo não passa de empulhação dessa diretoria cujo único acerto até agora foi justamente a contratação do Zico, que pare de empurrar ilusões p'ra cima da torcida com a finalidade de dissipar aborrecimentos e irritações pós-jogos e vergonhas.

Enfim, acredito que contratações serão realizadas, confio na palavra do nosso executivo, mas também creio na necesssidade de substituição do estagiário para que o tempo disponível seja aproveitado e fazer um papel padrão Zico, novamente, no brasileirão deste ano.

SRN!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pra cima deles, Brasil!!




Como ultimamente as notícias sobre o Flamengo não tem sido nada animadoras, vamos esquecer um pouco o nosso time (mas, só um pouco) e falar sobre a seleção brasileira. Hoje é a estréia da nossa seleção na Copa e é o dia em que o país irá parar porque a pátria estará de chuteiras e grudada na frente da televisão . Hoje, entrarão em campo 190 milhões de técnicos, jogadores e juízes junto com nossa seleção brasileira.

Não tem jeito... A gente pode não gostar muito do Dunga e de vários jogadores convocados, pode falar que vai fazer e acontecer, que vai ignorar a Copa do mundo e a seleção brasileira, que não tá nem aí pra seleção, que o que importa é o time do coração... Mas, na hora H, na hora em que o escrete canarinho entra em campo, não tem como ficar indiferente. Não mesmo.

O técnico Dunga teve uma carreira marcante na seleção brasileira, com seu nome gravado na história para sempre, tanto positivamente quanto negativamente. A Copa de 90 ficou marcada, para nós, brasileiros, como a Era Dunga. Dunga foi símbolo de uma seleção fracassada, que caiu diante da Argentina de Maradona e Caniggia. Em 94, veio a Era Dunga parte 2, onde Dunga passou a ser o ícone de uma seleção burocrática, porém vitoriosa. E o que importa é isso né? Levantar a taça. E foi o que Dunga, como capitão daquela seleção, fez . E, sendo fã ou não do Dunga (ele tem fãs, podem acreditar, meus pais são dois exemplos vivos disso), venhamos e convenhamos, ele jogou muito naquela Copa. Foi valente, raçudo e deu a volta por cima. Então, torçamos pra que essa seleção seja igual a ele : valente e raçuda e que dê a volta por cima, apagando o resultado de 2006. E Dunga vai ter a possibilidade de sair por baixo, como em 90 ou por cima, como em 94. O que será que o destino reserva à ele?

Aliás, não é fácil ser técnico da seleção brasileira. Tem que estar preparado para ouvir todo tipo de crítica, porque elas sempre existirão. No passado, reclamavam que os treinos eram abertos e havia muita confusão, muito oba-oba. No presente, reclamam dos treinos fechados. Reclamam também da preferência de Dunga por esse ou aquele jogador em detrimento de outros, reclamam que Dunga não é simpático, reclamam que Dunga não facilita o trabalho dos repórteres, reclamam da roupa que ele usa e reclamam e reclamam e reclamam e reclamam mais um pouco.

Nossa seleção não é favorita absoluta ao título. Muitos a botaram nessa lista de favoritos mais por causa da tradição do que por causa do time em si. Mas, na hora em que a bola rolar, vamos mostrar ao mundo que aquela camisa amarela é temida e tem que ser respeitada sempre.

Hoje, é o dia da união do rico e do pobre, do negro e do branco, do gordo e do magro, do bonito e do feio, enfim, de todo povo brasileiro torcendo por uma única coisa : a vitória na nossa estreia.

Aposto num 3 x 0. Qual é o seu palpite?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Flamengo, Bi-Campeão da América!


Há exatamente 1 ano atrás, no dia 14/06/2010, Zico assumia a direção executiva do futebol do Flamengo. E o ano 1 d.z. mudou pra sempre a história do clube.

Os primeiros dias foram de muita dificuldade, como já se podia prever. Felipão recusou o cargo de treinador, a demissão de toda a comissão técnica causou desconforto dentro do clube, a demora na contratação de novos jogadores gerou desconfiança entre jornalistas e torcedores. Mal sabiam todos que o Zico caminhava na direção correta, que ele tinha noção exata do que era necessário fazer para que o Flamengo voltasse a ter a grandeza dos tempos que lá ele atuava como jogador.

A partir de Agosto, data da estréia dos reforços contratados, veio a grande arrancada que levou o Flamengo ao hepta campeonato brasileiro. Ao mesmo tempo eram concluídas as obras iniciais do tão esperado CT. A inauguração em janeiro deste ano transformou da água pro vinho a estrutura de trabalho do futebol rubro-negro… e não há dúvidas, sem o Zico nada disso teria acontecido.

A vitória no campeonato carioca deste ano já era esperada, dada a superioridade do time em relação aos seus rivais cariocas. Mas o ápice deste ano, que certamente é um dos mais vitoriosos da história do clube, veio com a conquista, na semana que passou, do bi-campeonato da América.

O sonho de todo rubro-negro, o sonho da volta à disputa do Mundial de Clubes está vivo. É claro que o Ronaldinho Gaúcho, o Riquelme, o Deivid e Vagner Love foram fundamentais pra conquista da Libertadores. Mas, sem dúvida nenhuma, o grande responsável por levar o Flamengo ao título continental tem nome, sobrenome e apelido: Arthur Antunes Coimbra, o Zico.

Zico, tudo o que você fez pelo meu Flamengo dentro de campo já era suficiente pra torná-lo o grande nome dos mais de 100 anos do clube. Mas, talvez, nem mesmo você tenha a idéia de que esta sua nova passagem pelo Flamengo tenha levado o clube a uma nova era, a um novo patamar. Pra todo rubro-negro como eu, o dia 14/06/2010 significa o marco inicial dos anos d.z. - depois de Zico. Obrigado mais uma vez, galinho!


Rocco, por favor guarde o texto acima, tenho certeza que você adorará republicá-lo no dia 14/06/2011.

Boa sorte, Zicão!


PS: Deixemos a diretoria em paz, daqui pra frente quem manda no futebol do Flamengo é o Zico.

domingo, 13 de junho de 2010

A História e a Esperança Renovada











Seja Bem Vindo de Volta A Sua Casa, Galinho!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Os personagens do mal e os melhores jogadores de todos os tempos.


Esses dias de pasmaceira mexida merecem um relaxamento especial. Enquanto muitos de nós perdemos tempo acompanhando as notícias e falsos informes sobre contratações (enquanto as boas renovações também não são feitas), talvez devêssemos nos distrair escalando, por exemplo, os melhores jogadores de todos os tempos, e a seleção atual de verdade, com os jogadores brasileiros que melhor estão jogando hoje no futebol do mundo. Para todos os efeitos, a torcida identificou os “personagens do mal”, os caras que foram para a imprensa conversar sobre negócios que nunca foram realizados. Esta criação do logo do mal, na prática, serve como pacificador. Tem uma hora que ninguém aguenta mais falar sobre os dirigentes A.Z. (Antes do Zico), perdemos o ímpeto, e relegamos estes personagens ao diminuto tamanho que eles terão na história do Flamengo. Mas eles retornam ao noticiário, alimentam esta fábrica de factóides que nos envenena e dá raiva. Ou seja, nós é que damos cartaz demais para esse pessoal. Dia 14 está pertinho. É só pegar as frases que o Zico disse e levá-las a sério. Vamos pra diversão.
O melhor jogador de futebol de todos os tempos, na minha opinião, foi o Pelé. Nenhuma seleção dos melhores dos próximos mil anos deixará de ter Pelé nela. O Zico foi o melhor jogador de futebol que eu vi jogar de verdade. O Zico é o Deus da Nação e o Pelé foi o mais completo jogador que já exerceu este esporte até hoje. Até no gol o negão jogava, por necessidade, em jogo oficial. Isso, pelo menos, eu não vi o Zico fazer. Na minha seleção de todos os tempos o Gérson e o Tostão teriam vaga garantida. Nas laterais, só Mengão: Leandro e Júnior. Goleiro Júlio César (mesmo antes desta Copa). Zaga com Luis Pereira e Oscar, o meio campo completado com Falcão, e mais a frente Paulo César.
O time ficou : 1-Julio Cesar, 2-Leandro, 3- Luis Pereira, 4-Oscar, 6-Júnior, 5-Falcão, 7-Gérson, 8-Zico, 9-Tostão, 10-Pelé e 11-Paulo César. Pra completar, um banco só de gringo : Fillol, Gamarra, Manicera, Beckenbauer, Maradona, Platini. Do Manicera eu não estou convicto, mas vamos ver quem lembra. O banco não é funcional, mas representa o fino da bola que eu vi jogar. Nos titulares estão o que penso ser o conceito de craque de cada posição. No banco, só fera. Quem vocês tirariam, ou colocariam ?
Mas imaginem também que por um passe de mágica, todos os contratos perdessem a validade e tivessem que ser renegociados. Cada jogador livre para vender seus serviços, no dia seguinte, ao clube que mais lhe apetecer. E, claro, os clubes livres para recontratarem ou não seus atletas atuais e os demais. Se VOCÊ pudesse escolher um time ideal para o seu clube, o que significa que seria a sua seleção brasileira enxertada dos melhores gringos, que time você faria ?
Não sei se vou conseguir desviar a atenção para este tipo de brincadeira, mas como só faltam 3 dias para o Zico chegar, eu me sentiria destrutivo se perdesse meu final de semana para falar mal dos dirigentes que não trouxeram reforços. Eu não esperava mesmo reforços, eu só queria as renovações mais importantes. O que eu não esperava é que mais uma vez a imprensa fosse alimentada por este monte de notícias, no final das contas, todas ruins. Portanto, a proposta é que falemos de craques atuais e passados, em homenagem ao maior deles, o nosso Zico, que vem estrear numa posição nova. E antes que me chamem de anti flamengo por isso, Pelé, para quem viu jogar, é outro patamar de jogador, é sobrenatural. Já o Zico é o exemplo de pessoa que todos admiram fora do campo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Então Vamos Mesmo de Fofão!


Extravase aqui a sua indignação com mais um mico da "Diretoria" rubro-negra.

Sobre Treinadores


Bom dia, amigos do Buteco! Em época de plena ansiedade com o futuro do clube, de indefinição sobre quem será o novo treinador, se serão ou não contratados reforços de primeira ou segunda linha, resolvi compartilhar com vocês uma teoria que nos meus anos de torcedor apaixonado desenvolvi a respeito de treinadores de futebol.
Aí vai, então, o que, para mim, é a regra, lembrando que toda regra comporta exceções: treinador de futebol não pode começar do topo; não pode começar dirigindo o maior clube, a maior seleção. Vamos recorrer aos quatro treinadores que, indiscutivelmente, são os mais vitoriosos da época contemporânea do futebol brasileiro para confirmarmos essa tese:
Luiz Felipe Scolari - nos idos de 1982, em um dia de plena crise no CSA de Alagoas, e dizem, depois de uma derrota que deixou o clube em má situação no campeonato alagoano, o treinador foi demitido e eis que o presidente vira para o seu zagueiro e diz: "é contigo, Scolari". Iniciou-se então a carreira de um dos maiores treinadores de todos os tempos e da atualidade. Depois disso, o nosso "Felipão" dirigiu em 1983 o Juventude (não o Juventude que na década de 1990 e início desse século disputaria a Série A por vários anos e venceria a Copa do Brasil; estamos falando da década de 80); naquele mesmo ano, o Brasil de Pelotas; nos dois anos seguintes, o Al-Shabab do Kwait; voltou para o Juventude em 1986 e 1987; teve uma passagem apagada pelo Grêmio em 1987, passou pelo Goiás em 1988, ano em que voltou ao Kwait, dessa vez para dirigir o Al Qadiysia, que ainda dirigiria em 1992; em 1991 esteve no Criciúma e em 1992 no Al-Ahli, da Arábia Saudita. Até que... veio a passagem vitoriosa no Grêmio e, acredito, a partir daí todo mundo se lembra do que aconteceu.
Carlos Alberto Parreira - começou na seleção de Gana, numa época em que, naquele país, não havia campo de grama, e por lá ralou em 1967/1968, foi preparador físico (inclusive da seleção de 1970) até que voltou a ser treinador no Fluminense, também foi para o Kwait, voltou para o Fluminense e até que engrenou.
Vanderlei Luxemburgo - esse começou no glorioso Campo Grande, em 1983, passando depois por Rio Branco (1983/84), Friburguense (1984), Al-Ittihad (1984/1985), Democrata (1985/1986), Fluminense (sub-20 - 1986/1987), América (1987), Fluminense (sub-20 - 1987/1988), até que veio o Bragantino e o trabalho que efetivamente o projetou no cenário nacional.
Muricy Ramalho - Puebla (1993), Expressinho do São Paulo (1994-1996), Guarani (1997), Shangai Shenhua (China - 1998) e, depois, onde, acredito, efetivamente se formou treinador, nos anos de 1999 a 2002, passou por Ituano, Botafogo/SP, Santa Cruz, Náutico, Figueirense, Internacional (passagem obscura) e São Caetano, com o título paulista de 2004 e a história que todo mundo se lembra.
Por favor, não me venham com Beckenbauer ou "exemplos" do gênero, pois não estou falando de gênios que já nasceram prontos para tudo; tampouco estou afirmando que a regra é absoluta e não comporta exceções; o que estou dizendo, com base nos FATOS, é que os treinadores mais vitoriosos da era moderna do futebol brasileiro não foram simplesmente "revelados no próprio clube", mas rodaram, rodaram, perderam, perderam, até que encontrarm o caminho do sucesso.
É uma profissão dificílima e, creio, muito mais dura do que a de jogador de futebol profissional.
O clube de maior torcida do mundo pode ter um aprendiz na profissão em seu comando técnico, em uma Libertadores da América, em um Campeonato Brasileiro? Pode dirigir a seleção brasileira numa Copa do Mundo?
Eu penso que não! O Rogério Lourenço pode vir a ser um grande treinador... ou não! O tempo irá dizer e, creio, somente se ele pegar a estrada.
Sobre o Andrade eu digo o mesmo. Uma conjuntura de fatores, na qual a visão futebolística do grande jogador que foi certamente influenciou muito, resultou no maravilhoso trabalho do ano passado; mas lembrem-se que, bastou a saída de um jogador (Aírton) e a entrada de outro (Vagner Love), e o time simplesmente não se acertou taticamente durante o primeiro semestre. Estou sendo injusto por acaso?
Então, amigos, sobre treinadores, é o que eu penso. Insistir no erro não é algo que se possa definir como sensato ou responsável, se o futuro que desejamos ao Flamengo é o de glórias.
RENATO MAURÍCIO PRADO
Transcrevo a coluna de hoje:
"CONTRATO PRONTO. Tudo, rigorosamente tudo, já foi acertado entre o Felipão e o Flamengo. E, segundo se comenta na Gávea, o contrato está prontinho, no escritório do advogado Michel Assef Filho. Só falta Scolari dar o sim definitivo e assinar."
Continuo não gostando da balbúrdia na imprensa. É torcer para que o Zico conserte o estrago.
RIQUELME
Parece que hoje tem reunião em "La Boca". Façam figa. Alguma coisa tem que começar a dar certo!
SRN a todos.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Flamengo insiste no erro!

Desde os áureos tempos da afinada orquestra Rubro-Negra, que transformava uma martelada num prego em bela música, um astuto recurso dos dirigentes do Flamengo, usado sempre nos momentos de grande decepção para iludir os torcedores aborrecidos e incautos, passado de mão em mão como um bastão de corrida de revezamento 4 x 4, dos antigos dirigentes para os seus sucessores até os dias de hoje, e que consiste em anunciar contratações bombásticas após cada resultado negativo do time. Ao final de alguns dias nada acontece e os propagadores da notícia ficam com cara de palhaço apagada na vitória seguinte, e nem se incomodam com isso até o próximo vexame, que como uma onda sempre aparece;

Desta vez, após o fiasco vergonhoso contra o Goiás do intragável Émerson Leão perpretado pelo bando desorganizado, desorientado e dessarumado que o estagiário travestido de técnico do Flamengo, Rogério Lourenço, mandou a campo no sábado passado, a diretoria do clube da Gávea declarou alto e em bom som a intenção de contratar ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho e Riquelme, fato para o qual, como torcedor gostaria muito e torço que seja verdadeiro, embora como gato escaldado mantenha as minhas desconfianças tendo em vista aquelas enganações sofridas recorrentemente e citadas acima;

E o Zico, atual executivo do futebol, sabe disso? Ou não foi de sua autoria a determinação de somente divulgar uma transação envolvendo alguma contratação depois de sua respectiva consecução? O que espanta mais ainda é o tempo decorrido entre a ordem e o seu descumprimento na maior cara dura, menos de uma semana após a posse do Galinho no cargo e já chutaram a sua determinação para escanteio, e tome factóide p'ra cima da irritada galera com os destinos do clube no Estadual, na Libertadores e no recém-começado Campeonato Brasileiro, no qual em 21 pontos disputados o aprendiz de treinador ganhou apenas 9, com a petulante cara de pau em afirmar que estava satisfeito com o rendimento dos seus jogadores na última partida perdida bisonhamente dentro de casa. Na realidade, ele pode estar o que quiser, inclusive está técnico do Flamengo sem sequer reunir as mínimas condições para ser treinador dos juniores do time da base. Deve estar também feliz com o forte padrinho que o levou ao cargo. Gente muito boa esse "dindinho", o Flamengo e sua torcida que se lixem e tratem de tomar suco de couve para a gastrite. As vovós dizem que é muito bom para curá-las.

Se o Flamengo não tem o dinheiro suficiente para renovar com o Love, como fazer para contratar craques de renome mundial? É uma boa pergunta a ser feita aos aloprados pós-derrota para o Goiás. Supondo que haja a tal "engenharia financeira" para viabilizar o negócio em benefício da nação, mais uma vez Zico tem razão. Qualquer Zé das Couves, dono de armazém de fundo de quintal, sabe que uma transação só deve ter a publicidade que merece e anunciada aos quatro ventos quando concluídos os trâmites que a envolvem, para não incentivar o leilão do objeto em questão e a inevitável ridicularização da instituição, caso a negociação não seja devidamente concluída, o que não raro acontece, levando o Flamengo a servir de deboches em nível nacional tal como ocorreu diversas vezes nos últimos anos, do técnico Tite ao centro-avante Fernandão, passando por Celso Roth, antes de sua curta passagem no comando do time em 2005.

Trata-se de um cuidado elementar, primário e dos mais básicos a ser adotado em relação ao interesse por um jogador, que é o de se certificar discretamente se o mesmo pode ou tem interessa em vir para o clube. Se não tem vontade por algum motivo, encerra-se o assunto sem a desmoralização que uma esnobação, voluntária ou não, oferece.

Mas o Flamengo insiste no erro, persiste em pagar o velho mico. Ora por pensar em diluir a revolta da torcida tida por eles como uma horda de alienados loucos pelo time de futebol, incapazes de uma mera reflexão, ora por incompetência mesmo daqueles que infelicitam a Gávea há muito tempo e que já poderiam ir embora p'ra casa até com o direito de usar um pijama vermelho e preto doado pelo clube;

Sendo assim, a continuar no mesmo embalo das ondas de fingimento a cada insucesso, só resta concluir que a falsa esperteza ainda abunda enquanto o barco afunda nas mazelas do Campeonato Brasileiro, e que Zico é a última e imprescindível tábua de salvação para combater os cupins que transformam em pó o que restou da credibilidade do centenário Flamengo, muitas vezes recusado até por treinadores e jogadores mambembes justamente pela falta de crédito do verbo não transformado em ação por parte de seus responsáveis. Isso tem que mudar. E já está uns 20 anos atrasado.