quinta-feira, 25 de julho de 2024

Carlos Moisés de Lima

 

Salve, Buteco! Seguinte: arame-liso e dificuldade enorme para jogar contra sistemas defensivos fechados, o que explica, em parte, a pouca quantidade de jogadas criadas e os tropeços contra alguns dos últimos adversários (não todos, como o Fortaleza). No segundo tempo o time chegou inclusive a ser dominado pelo adversário, correndo o risco da virada.

Mas há o que comemorar: Arrascaeta voltando a jogar bem, a volta do time que não desiste da vitória, remetendo à fase boa da campanha durante a Copa América, e last, but not least, Carlos Moisés de Lima, o Carlinhos, aquele rapaz da camisa 22, que, depois de ontem, deixou para trás as desconfianças e subiu de patamar no elenco, mostrando-se um jogador muito útil e com sua importância para o time:



Esse gol, não tenho a menor sombra de dúvidas, será um divisor de águas na vida do nosso centroavante grandalhão, que mostrou 1) explosão, 2) velocidade e 3) força física e resistência, devido à forte carga que recebeu por trás. Não podemos esquecer, também, da ótima assistência do Gabigol.

A anulação do gol do Fabrício Bruno foi esquisita. Primeiro, porque só o desqualificado operador do VAR enxergou dois toques do Arrascaeta na cobrança do escanteio; segundo, porque já havia transcorrido um tempo razoável desde a cobrança, o que justificaria sua convalidação.

Vamos acompanhar os desdobramentos da confusão no final do jogo do Atlético Goianiense, próximo adversário no domingo (Maracanã), especialmente se haverá mais algum jogador expulso e, portanto, suspenso.

No mais, digam aí suas impressões sobre a vitória de ontem. 

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Vitória x Flamengo

   

Campeonato Brasileiro/2024 - Série A - 18ª Rodada

Sábado, 20 de Julho de 2024, as 16:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Nacional Mané Garrincha ou "Mané Garrincha", em Brasília/DF.

Vitória: Lucas Arcanjo;  Raúl Cáceres, Willean Lepo, Reynaldo, Wagner Leonardo e PK; Willian Oliveira, Léo Naldi e Matheuzinho; Alerrandro e Luís Miguel (Zé Hugo). Técnico: Thiago Carpini.

FLAMENGO: Rossi; VarelaFabríciBruno, LePereira e Ayrton Lucas; Allan, De La Cruz Arrascaeta; Gérson, Pedro e Cebolinha. Técnico: Tite.

Arbitragem: Raphael Claus (FIFA/SP), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP). Quarto Árbitro: Matheus Delgado Candançan (SP). Assessor: Marcelo Rogério (SP). Árbitro de Vídeo (VAR): Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (VAR-FIFA/SP). Assistentes VAR (AVAR) 1 e 2: Herman Brumel Vani (SP) e Lucas Canetto Bellote (SP). Observador de VAR: Raimundo Regildenia de Holanda Moura (RJ.

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).



Esquenta: Vitória x Flamengo no Barradão - 19ª Rodada do Brasileirão/2024

 

Salve, Buteco! Na História do confronto, são 63 jogos, com 38 vitórias do Mais Querido, 15 empates e 10 derrotas. Pelo Brasileirão, são 41 jogos, com 23 vitórias do Mais Querido, 9 empates e 9 derrotas, e, no Barradão, são 22 jogos, com 10 vitórias flamengas, 6 empates e 6 derrotas.

Escalação dos setoristas:

Rossi; Varela, Fabrício Bruno, Léo Pereira e MatíasViña; Allan, De la Cruz e Arrascaeta; Gerson, Everton Cebolinha e Pedro.

No detalhe: a última vitória no Barradão ocorreu no Campeonato Brasileiro de 2017 - Vitória 1x2 Flamengo (gols de Rafael Vaz e Diego Ribas).

É chegar e ganhar, Flamengo. Será que dá para não complicar?

O Ficha Técnica, como de costume, subirá as 19:00h.

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.



terça-feira, 23 de julho de 2024

Os adversários da semana


Olá Buteco, bom dia!

Continuando as discussões sobre os adversários da semana, fiz uma pesquisa sobre os últimos confrontos entre Flamengo x Vitória, no Barradão e Flamengo x Atlético Goianiense, no Maracanã. Vamos aos números!

O Vitória ficou por muito tempo nas divisões inferiores do Brasileirão. A última aparição na Série A data de 2018. Nesse período, o rubronegro baiano chegou a cair para Série C, tendo disputado esta competição em 2022. Do fundo do poço conseguiu reerguer-se e, após dois acessos seguidos (inclusive como campeão da B ano passado), voltou à elite do futebol nacional.

Nosso último confronto vem, portanto, de 2018. O Flamengo estreou na competição justamente contra o Vitória. A escalação: Diego Alves, Rodinei, Juan, Rever e Renê; Cuellar, Everton Ribeiro, Diego e Lucas Paquetá; Vinicius Jr. e Henrique Dourado. O placar: 2x2. Vocês devem lembrar desse jogo, foi no qual o Everton Ribeiro tirou uma bola com a cabeça e o juiz deu pênalti e expulsou o jogador, porque achou que foi com a mão.

Em 2017, ganhamos lá. 2x1 apertado, com gol nos acréscimos. Foi a última rodada da competição e acredito que vocês também vão lembrar, porque esta vitória valeu o 6º lugar, comemorado euforicamente pela diretoria, pela vaga à Libertadores. No turno, o Flamengo perdeu para o Vitória, jogando na Ilha do Governador...

Em 2016, também 2x1 para nós, de virada. Era a 24ª rodada e o Flamengo de Zé Ricardo terminava a rodada a apenas 1 ponto do líder. 

No geral, Vitória x Flamengo com mando deles, pelo Campeonato Brasileiro, foram 19 jogos, dos quais vencemos apenas 8, menos da metade. Foram outros 6 empates e 5 derrotas. Amanhã, para nós, empate é derrota. Mas não espero um jogo fácil, muito pelo contrário. Flamengo voltou a jogar mal, dar muito espaço para os adversários e, sofrendo gols todo jogo, o adversário turbina aquela cera irritante, diminuindo ainda mais o tempo que você tem para tentar buscar o gol da vitória. Contra o Criciúma quase não deu. Foi na última tacada!

Flamengo x Atlético Goianiense, com mando nosso pelo Brasileirão, tem estatísticas mais favoráveis: 8 jogos, 6 vitórias, 1 empate (2020), 1 derrota (no longínquo 2011). O Atlético é o lanterna da competição, mas fez jogo duro esse ano, no turno. Sofremos o gol de empate quando tínhamos um homem a mais em campo e  só conseguimos garantir a vitória nos acréscimos, uma vitória que valeu ouro!

Precisamos melhorar como equipe. O campeonato está entrando naquele momento no qual vão ser definidos os times que, efetivamente, vão brigar pelo título, dos que ficarão só no "prêmio de consolação", a supervalorizada briga pela vaga à Libertadores. Se o Flamengo começar a ficar muito atrás dos líderes, fatalmente virá aquela pressão para priorizar as copas, frustrando mais uma vez nossa pretensão de chegar ao Eneacampeonato nacional.

Por outro lado, duas boas vitórias nos levam a 40 pontos na virada do turno e nos enchem de moral para o primeiro jogo contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil. Ainda que pesem as corretas reclamações sobre a falta de contratações nessa janela de meio de ano, o Flamengo sempre vai entrar em campo para vencer o que disputar e não será diferente agora: vamos para dentro deles, em um confronto que também pode ser nortador para os outros desafios da temporada. 

Em todo caso, uma coisa de cada vez. Por enquanto, nossos desafios são garantir as duas vitórias na semana. Se possível, sem sofrer gol. É pedir muito?

Saudações RubroNegras!!!

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Semana de 6 Pontos - Atenção, Adenor!


 

Salve, Buteco! Bem, o cenário é desafiador. Enquanto a Diretoria está preocupada com eleições (para vereador e para presidente do clube) e articulando a aprovação, pelo Conselho Deliberativo, da compra do terreno do Gasômetro para a tão sonhada construção do estádio, a janela vai transcorrendo como a maioria das outras, com muitos cliques e engajamento nas redes sociais, além de muita promoção pessoal, mas sem grandes reforços para o elenco. No meio dessa barafunda, quem precisa se virar com o que tem é o nosso treinador, o Adenor.

Tenho para mim que hoje, no futebol brasileiro da Série A, não tem nenhuma galinha morta. Há, sim, times menos competitivos do que os outros, porém a verdade é que quem tem menos possui, no mínimo, um "nerd da tática" para chamar de seu, quando esse personagem não é o próprio treinador, no melhor estilo jovem, promissor e... estudioso! (muitos risos)

Aliás, isso por acaso lembra alguém?



Brincadeiras à parte (e eu sempre abordo esse assunto com vocês), a verdade é que o conhecimento teórico, no meio de futebol, foi "socializado" em âmbito global. Em qualquer buraco deste planeta há algum curso ou alguma escola oferecendo a oportunidade de acesso ao que de mais moderno existe em nível de conhecimento, especialmente no plano tático, embora não exclusivamente (há muito material sobre gestão esportiva, por exemplo). Muito disso se deve à influência de Pep Guardiola, possivelmente o maior treinador de futebol de todos os tempos, nesse esporte.

Então, hoje em dia, das Séries A a D, temos inúmeros exemplos de clubes que seguem essa diretriz e talvez não seja coincidência que, até o início da 18ª Rodada, três clubes grandes, geridos no mais tradicional e esculhambado modelo boleiragem do futebol brasileiro, estivessem na zona de rebaixamento.

O Vitória, nosso adversário da próxima quarta-feira, não chega a ser um grande, mas, como a maioria dos mais tradicionais do futebol brasileiro, segue a mesma diretriz. É um clube que ainda não aprendeu a sobreviver sem a influência de seu antigo "homem-forte", Paulo Carneiro, uma espécie de Eurico Miranda na vida do rubro-negro baiano. Vive, portanto, naquele limbo ebulitivo entre o clube associativo amador e a gestão profissional, fonte da típica ciranda de treinadores que caracteriza o futebol em nosso país.

Contudo, o Vitória, ainda assim, possui o mínimo do mínimo, que é justamente um treinador jovem, promissor e estudioso. Refiro-me a Thiago Carpini, ex-volante da dupla campineira Ponte Preta e Guarani, e jovem treinador com licença AFA, o qual se destacou no ano de 2023 no Campeonato Paulista, dirigindo o surpreendente Água Santa, que chegou a abrir vantagem sobre o Palmeiras vencendo o primeiro jogo da final, o que o levou a ser eleito o melhor treinador da competição.

Num começo simplesmente desastroso, o Vitória, em 6 rodadas, colheu 5 derrotas e apenas um empate, isso porque o adversário foi o arquirrival Bahia, que jamais venceu o Leão de Salvador pelo Campeonato Brasileiro (acreditem, o tabu é real). Foi nesse cenário dantesco que Carpini assumiu o rubro-negro baiano e, após duas derrotas iniciais no certame, iniciou uma campanha de recuperação, conseguindo somar 11 pontos ao empatar com Cuiabá e Juventude, e vencer, no Barradão, Internacional, Atlético/MG e Criciúma, além do Fluminense, no Maracanã.

Todavia, desde a 16ª Rodada  Vitória não vence. Com os 0x2 para o Grêmio em Caxias do Sul, na manhã deste último domingo, já são 3 derrotas consecutivas - Botafogo (0x1), Fortaleza (1x3) e Grêmio (0x2), tendo apenas a derrota para o atual líder da competição acontecido no Barradão.

Além do Botafogo (também pela Copa do Brasil), Palmeiras (0x1), São Paulo (1x3), Atlético/GO (0x2) e Athletico/PR (0x1) venceram o Vitória no Barradão. As derrotas de Carpini no estádio foram as do Botafogo (Brasileiro e Copa do Brasil) e Athletico/PR.

A gente sabe como funcionam as coisas no futebol brasileiro. A chapa do Carpini no Leão começa a esquentar. É hora do Adenor aproveitar e complicar mais a vida do adversário.

Quarta-feira a gente proseará mais sobre o Vitória de Thiago Carpini no esquenta do Buteco.

***

Na segunda-feira de 8 de abril eu publicava este post falando sobre o Palestino e os exuberantes números do Atlético Goianiense de Jair Ventura, adversário do Mais Querido na 1ª Rodada do Campeonato Brasileiro. Como não era difícil advivinhar, a Série A trouxe um duro choque de realidade para o Dragão Rubro-Negro, que acabou se transformando em uma espécie de gecko ou lagartixa preto-escarlate.

Depois de três sapatadas nas rodadas iniciais (1x2 Flamengo, 0x1 Botafogo e 0x3 São Paulo), vieram um suado empate fora de casa com o Internacional (0x1), uma derrota em casa para o Cruzeiro (0x1) e a importante vitória sobre o Vitória de Thiago Carpini no Barradão (0x2), seguidos de uma derrota para o Juventude em Caxias do Sul (0x1), um empate com o Corinthians em Goiânia (2x2), uma vitória sobre o Fluminense no Maracanã (2x1) e a derradeira partida de Jaizinho no comando do Dragão, digo, Gecko Rubro-Negro - 1x2 para o Criciúma em casa.

A demissão surpreendeu a imprensa goiana, já que a campanha, com um treinador que estava no comando da equipe havia 11 (onze) meses e começava a comandar uma reação na Série A fora da zona do rebaixamento, em princípio atingia a sua única aspiração plausível - primeiro sobreviver na elite do futebol brasileiro para, quem sabe, depois começar vagarosamente a crescer.

Neste ponto entrou em cena (já que ele jamais pode sair dos holofotes) a boquirrota figura de Adson Batista, o Eurico Miranda Goiano, importante dirigente na História do clube, primeiramente como diretor de futebol, em 2005, até chegar à condição atual de presidente. Adson, no frigir dos ovos, personifica, simultaneamente, tanto a imagem da reconstrução que reergueu o Atlético e o levou várias vezes à Série A do futebol brasileiro, como o seu teto e, muito provavelmente, a causa de sua futura queda e volta ao ostracismo.

Adson é o Beto Zini (Guarani), o Andréz Sanchez (Corinthians), o Paulo Maracajá (Bahia) ou o Paulo Carneiro (Vitória) do Atlético. Adson é ciranda de treinadores na veia. Foi ele que, na surpreendente campanha do Dragão, digo, Gecko em 2022, nas Copas do Brasil e Sul-Americana, resolveu demitir o grande responsável, o treinador Jorginho, e repô-lo com Eduardo Batista (hahahahaha! Só rindo...).

Quase dois anos depois, ele cometeu o mesmo erro e trouxe, para o lugar de Jair Ventura, que realizava grande trabalho, dentro das limitações que o clube lhe fornecia, o medalhão Vagner Vancini (que já teve 4 passagens pelo Vitória de Paulo Carneiro - mais risos).

E o Atlético de Vagner Mancini, como vai? Após três empates contra Cuiabá (0x0 - f), Grêmio (1x1 - casa) e Atlético/MG (1x1 - fora), 5 sapatadas em sequência - Bragantino (1x3 - f), Athletico/PR (1x2 - f), Palmeiras (1x3 - f), Vasco da Gama (0x1 - c) e Fortaleza (1x3 - f), esta última a primeira derrota para o Leão do Pici como visitante em toda a História do clube.

Grande Adson!!!

A conferir se o inquieto e boquirroto dirigente trocará mais uma vez de treinador durante a semana. Na quarta-feira, o Gecko receberá o Bahia em Goiânia.

Teremos um novo treinador estreando contra o Mengão domingo, no Maracanã?

A conferir...

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Queridos amigos do Buteco, em dezembro o Clube de Regatas do Flamengo terá a oportunidade de fazer diferente do que os seus coirmãos genéricos e beligerantes, desprendendo-se da figura personificante do dirigente amador e passando a explorar a potencialidade do clube com um gestão verdadeiramente profissional.

A eleição será um divisor de águas, um segundo marco para incorporação dos valores da Chapa Azul de 2012 na cultura do clube.

Contudo, convenhamos, como dezembro ainda está longe, é melhor no momento focar nessa semana. E sem falsa modéstia, é pro Adenor passar o carro e deixar dois desempregados em seu caminho, concordam?

Preste atenção no serviço, Adenor...

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A palavra está com vocês.

Uma ótima semana pra gente.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 21 de julho de 2024

3 Pontos de Muito Drama e Pouco Futebol

O Estádio Mané Garrincha com iluminação rubro-negra e o crepúsculo ao fundo,
no seco e frio mês de julho em Brasília. Foto tirada do estacionamento do estádio,
logo após o apito final  de Flamengo 2x1 Criciúma, pela 18ª Rodada do Campeonato Brasileiro/2024

Salve, Buteco! Ontem, no Mané Garrincha, para mim caiu a teoria de que o futebol "posicional congelado" ou "posicional de totó" se deve à utilização de dois pontas abertos, num 4-3-3. Isso porque a formação supostamente "mais arejada", com o meia Gérson (O Capitão Coringa) aberto na ponta direita, "cortando pra dentro a la Everton Ribeiro", levou ao mesmíssimo resultado dos pontinhas em seus maus momentos (exs.: jogos contra o Amazonas pela Copa do Brasil) - o time do Flamengo "encaixotado pelo adversário", estático, quase inofensivo, sem nenhuma criatividade.

Uma das teorias da torcida rubro-negra, bastante discutida neste Blog, é que Erick Pulgar não está bem na temporada/2024 e piorou o time depois que voltou da Copa América. Por mais que eu concorde que o chileno não anda jogando mesmo bem, ontem eu o assisti, no estádio, tendo uma atuação correta. Não chegou a ser brilhante, mas estavam lá bons passes verticais e um quase gol na bola aérea.

Arrascaeta começou lento, pesado, mas depois do gol do Criciúma entrou no jogo, exibindo inclusive a típica raça uruguaia, e acabou sendo o melhor jogador do Flamengo do meio para frente. Lúcido, dedicado, já havia feito boas jogadas, porém foi magistral no lance do empate, com uma precisa assistência para Pedro. Fazia tempo que não o via jogar tão bem.

Cebolinha foi pouco acionado no jogo, mas quando a bola chegou, sempre deu boas respostas. Gérson, a seu turno, foi um misto de raça e qualidade. Se não foi a sua tarde mais inspirada, tampouco estava num dia ruim. Do meio para frente, o único que destoou foi nosso pigmeu charrua De la Cruz, que errou quase tudo o que tentou; no entanto, longe de mim atribuir a ele a culpa pela má atuação do time, especialmente no primeiro tempo.

Com tantas atuações individuais razoáveis para boas, para mim ficou evidente que o problema do time de Adenor, hoje, é simplesmente tático, ou o próprio sistema, como queiram. Depois do jogo contra o Atlético Mineiro no Cu de Zebra, o coletivo do time simplesmente desandou. Pode ter um pouco a ver com o perfil dos adversários, em tese "menores", como também pode ser (concausas) uma acomodação.

É bom Tite começar a ficar esperto e tomar decisões melhores nas escalações iniciais. Por exemplo, estão se tornando constrangedoras as substituições de zagueiros nos segundos tempos das partidas.

***

O primeiro lance do jogo foi quase uma repetição do primeiro gol do Fortaleza no Maracanã. Após um aperto do ataque catarinense dentro da nossa área, a defesa cedeu o escanteio e, após a cobrança, Wesley, mais uma vez à frente do primeiro pau, cabeceou para trás e quase entrega a paçoca.

Foi um prenúncio das dificuldades que o time enfrentaria.

O time criou muito pouco e, quando se viu atrás do placar, na base de abafa e do bumba-meu-boi buscou o empate, com Adenor tirando volantes e mais volantes, e empilhando atacantes na frente. Primeiro, recuou Gérson para a primeira volância, tirando Pulgar e emulando um desenho tático parecido com o do segundo tempo em Bragança Paulista, para depois substituir o próprio Gérson, que havia se chocado com Alano. O Criciúma abaixou mais ainda as linhas e o time foi pra cima.

A dinâmica do jogo mudou a depois dessas substituições; porém, um fator simplesmente incendiou o estádio e colocou fogo no jogo. Esse fator atende pelo nome de Gabriel Barbosa, o Gabigol. Sua entrada, logo após o jogo de empate, mudou definitivamente o rumo dos acontecimentos.

Vejam bem, não foi uma grande atuação, no aspecto técnico, inclusive chegou a constrangedoramente isolar uma bola dentro da área, mas o fato é que o jogo pegou fogo depois que o Camisa 99 entrou. Sentia-se a eletricidade dentro do estádio. A torcida "entrou definitivamente no jogo" e empurrou o time para a virada.

Já assisti a muitos jogos no Mané Garrincha, inclusive conquista de título - Supercopa do Brasil de 2020, com o time campeão da Libertadores e vice-campeão mundial. Contudo, nunca vi a torcida de Brasília pulsar tanto como nos minutos finais da partida de ontem, esperando a virada com o gol do seu ídolo.

Mantenho todas as minhas críticas ao atleta e suas atitudes nos últimos anos. A questão é que eu não discuto com fatos, principalmente aqueles que vivo e presencio, como na tarde de ontem.

***


Uma das atitudes mais desonestas que já vi um jogador de futebol tomar com bola rolando. Coisa de quem não é digno de jogar futebol profissional, seja qual for a divisão.

Está cada vez mais difícil assistir futebol, discutir futebol com quem não é Flamengo. Poucos são os que mantém a racionalidade e a isenção para discutir lances e jogos do Mais Querido. Os adversários sentem-se encorajados a bater e praticar as formas mais abjetas de antijogo.

A sensação é de isolamento e revolta. Mas apesar do cansaço e das dificuldades, minha disposição para defender o Mais Querido cresce a cada dia, a cada ataque que o vejo sofrer.

A palavra está com vocês.

Bom dominge SRa tod@s.

sábado, 20 de julho de 2024

Flamengo x Criciúma

  

Campeonato Brasileiro/2024 - Série A - 18ª Rodada

Sábado, 20 de Julho de 2024, as 16:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Nacional Mané Garrincha ou "Mané Garrincha", em Brasília/DF.



FLAMENGO: Rossi; WesleyFabríciBruno, DaviLuiz e Ayrton Lucas; Pulgar, De La Cruz Arrascaeta; Gérson, Pedro e Cebolinha. Técnico: Tite.

Criciúma: Gustavo; Claudinho, Rodrigo, Wilker Ángel e Trauco; Barreto, Newton, Ronald, Fellipe Mateus e Hermes; Bolasie (Arthur Caíke). Técnico: Cláudio Tencati.

Arbitragem: Maguielson Silva Barbosa (DF), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Nailton Junior de Sousa Oliveira (FIFA/CE) e Eduardo Gonçalves da Cruz (MS). Quarto Árbitro: Marcello Ruda Neves Ramos da Costa (DF). Assessor: José Mocellin (RS). Árbitro de Vídeo (VAR): Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (VAR-FIFA/RN). Assistentes VAR (AVAR) 1 e 2: Ciro Chaban Junqueira (DF) e Vinicius Gomes do Amaral (MG). Observador de VAR: Raimundo Nonato Lopo de Abreu (DF).

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).