quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fora estagiário!

A seleção brasileira escondeu tanto o jogo em treinamentos secretos até perdê-lo na estréia, ontem na Copa, contra a bambalesca Coréia do Norte, mas venceu jogando com o pragmatismo nada saudoso de 1994, com a cara do ex-volante Dunga, o estagiário da CBF, que também tem o seu a exemplo do Flamengo. O estagiário canarinho está garantido até o dia 11 julho próximo, caso o time verde-amarelo não aterrise antes no Brasil por justiça dos deuses do futebol. Já o rubro-negro, tão ou mais incompetente do que aquele da amarelinha, parece garantido pelo Zico, segundo as más notícias que correm atrás da gente atualmente em se tratando do Flamengo.Se isso realmente acontecer, não passará de um verdadeiro gol contra, o primeiro e único do nosso inesquecível artilheiro.

A manutenção do Rogério Lourenço no cargo para o qual já demonstrou não estar apto a exercer, desde a Libertadores até a 7ª rodada do campeonato brasileiro interrompido em função do Mundial na África, é um presente de grego para acabar de vez com as esperanças da torcida em relação a um salto na tabela do Campeonato Brasileiro.

Não se trata de uma atitude compatível com a inteligência do Zico essa permanência do estagiário. Primeiro, porque a torcida não o deseja como treinador tendo em vista os maus resultados obtidos, com vexames que já se vão acumulando uns sobre outros como escombros de um prédio implodido. Segundo, porque é de um bom senso sem tamanho mudar o que vem dando errado na direção do time, não sendo prudente mantê-lo no começo do seu trabalho de executivo do futebol. A consequência pode ser o surgimento de pressões no sentido de mudar em julho o que poderia ser feito um mês antes, para não jogar no lixo esse precioso tempo de 30 dias destinados à preparação da equipe para o restante do BR. Basta perder as duas próximas partidas e adeus estagiário, a situação ficará insustentável mesmo contando com o apoio do chefe.

É surreal um clube tentar contratar um técnico de renome mundial pagando R$ 700 mil/mês, levar um sonoro não e decidir ficar com um iniciante desconhecido até mesmo dentro do Rio de Janeiro, que já deu o pouco que tinha para dar. Afinal, qual é o padrão de funcionário que o clube deseja? O de ponta, com competência provada e comprovada, e pagar quanto ele pesa ou o atual que escala mal para depois tentar substituir bem e acaba por entornar o caldo? Parece o sujeito que sai de casa disposto a comprar um Land-Rover, ano 2010, por R$ 115 mil, não consegue fazer o negócio, volta p'ra casa fazendo barra num ônibus e resolve continuar com o calambeque velho de guerra e de sustos, caindo aos pedaços. Não existe um meio-termo? Já que a D. Patrícia está a fim de gastar 700 paus/mês com um treinador, pode até pagar bem menos e procurar o Luxa em Minas, o Dorival Júnior em Santos ou um multi-campeão da Libertadores e do Mundial, o hermano Carlos Biancchi, que hoje flana à-toa em Buenos Aires. Se não está interessada, se tudo não passa de empulhação dessa diretoria cujo único acerto até agora foi justamente a contratação do Zico, que pare de empurrar ilusões p'ra cima da torcida com a finalidade de dissipar aborrecimentos e irritações pós-jogos e vergonhas.

Enfim, acredito que contratações serão realizadas, confio na palavra do nosso executivo, mas também creio na necesssidade de substituição do estagiário para que o tempo disponível seja aproveitado e fazer um papel padrão Zico, novamente, no brasileirão deste ano.

SRN!