sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Choque de Realidade


O empate de ontem não deixa dúvidas sobre o que podemos realmente esperar do time do Flamengo no campeonato brasileiro de 2012. Provavelmente teremos um final de ano sem sustos, nada de brigar para não cair, mas não vamos aproveitar mais do que uma evolução lenta e gradual do time, alternando brilharecos e atuações sofríveis, como a de ontem. Não vi o jogo todo, mas a parte que vi, a partir dos 10 minutos do segundo tempo me lembrou do bando que disputou a partida de estréia no campeonato contra o tricolor pernambucando da ilha do retiro.

O tempo perdido com desorganização e falta de comando e planejamento cobra seu preço de forma implacável. Mesmo nos jogos em que atuou bem, em alguns momentos pudemos ver traços da desorganização completa do time de Joel Santana com chutões, correria, espaços na defesa e etc. Ainda que, na maior parte dos últimos jogos, o Flamengo tenha mostrado a cara do time do Dorival, esses vacilos decorrentes de meio ano jogado no lixo devem nos impedir de alcançar as primeiras colocações e uma eventual classificação para a Libertadores. Enxergo nisso apenas a tranquilidade que poderemos ter de acompanhar o Flamengo jogo a jogo sem sofrer pelo campeonato. Com isso, poderemos fazer mais testes e avaliar o crescimento e o desempenho dos jogadores com os quais queremos contar no próximo ano.


Esperanças Renovadas

Estive na última terça-feira no Cine Leblon para o lançamento da candidatura de Wallim Vasconcelos à presidência do Flamengo. Me associei ao clube recentemente e fui ao evento, motivado pelo apoio do Zico à candidatura e após ter feito a leitura da proposta básica que estava disponível na internet. Uma excelente descrição do evento pode ser encontrada no Pedrada RubroNegra, do nosso colunista Henrin e eu gostaria de apenas deixar a impressão que tive do que vi e ouvi por lá.

De cara me impressionei com o auditório completamente lotado por rubro-negros de todas as idades e pelo material elaborado para a apresentação. Confesso que fiquei bastante desconfiado ao ver na platéia expoentes da velha política do clube como Kleber Leite e Helio Ferraz, se não me engano, vice-presidente geral da diretoria atual. Minhas desconfianças foram acalmadas ao longo da apresentação, marcada por um discurso direto, apontado de forma clara para profissionalismo, metas e princípios de gestão baseados em transparência e governança coorporativa. Segue abaixo, um vídeo que me foi sugerido pelo nosso anfitrião, Rocco Fermo, que mostra um pouco da postura que pude assistir na apresentação da chapa Fla Campeão do Mundo.



Apesar de o Buteco tradicionalmente não se envolver na política do clube, sempre discutimos aqui questões referentes a forma de o clube ser administrado e diferentes alternativas para que possa atingir plenamente suas potencialidades. Muitas idéias já sugeridas por nós faziam parte do que foi apresentado pelo candidato e isso, ao menos, mostra que existem outras cabeças que, como nós, querem colocar seu conhecimento e inteligência a serviço do clube. 35 anos atrás, um grupo de Rubro-Negros ilustres, cansado dos desmandos que limitavam o crescimento do Flamengo e o faziam escorregar de crise em crise, se uniram criando a FAF. Esse movimento não apenas levou o Flamengo ao período mais glorioso da sua história, mas se tornou referência para a administração de todos os grandes clubes do Brasil. Tenho, com bastante convicção, a impressão de que o período de trevas pelo qual passa o Flamengo se aproxima do fim.

abs a todos e bom final de semana!

SRN!

PS: Comentem no sistema que esta em testes ok!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Flamengo x Sport




Campeonato Brasileiro 2012 - Série A - 20ª Rodada.

FLAMENGO - Felipe; LeonardMoura, Welinton, Gonzalez e Ramon; Cáceres, LuiAntoniIbson; Negueba, Vagner Love Thomás. Técnico - Dorival Júnior.

Sport - Magrão; Cicinho, Ed Carlos, Diego Ivo e Willian Rocha; Tobi, Rithely, Moacir e Hugo; Felipe Azevedo e Gilsinho. Técnico - Waldemar Lemos.

Data, Local e Horário: Domingo, 30 de agosto de 2012, as 18:30h (USA ET 17:30h), no Estádio Raulino de Oliveira, o "Estádio da Cidadania", em Volta Redonda/RJ.

Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), auxiliado por Alessandro Rocha de Matos (FIFA/BA) e Tatiana Jacques de Freitas (FIFA/RS).

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Começar de novo..."


Outro dia, ao ler uma matéria de jornal sobre as empresas de tecnologia do Vale do Silício, tomei conhecimento que as empresas do setor estavam, cada vez mais, admitindo profissionais para as funções de executivos do presente e do futuro. Estes para pavimentar o caminho a ser percorrido em futuro breve, otimizando a vida de quem chegava junto com o calendário, tocando a bola da produção de idéias e dos negócios, e aqueles para apagarem o fogo do dia-a-dia. Achei interessante a medida e imaginei, num simples exercício, tal ação no futebol do Flamengo, me deparando com meras questões insolúveis para o meu fictício funcionário do amanhã, que consistia em não ter algo de útil para planejar tendo em vista o clube viver sem que sequer houvesse um "amanhã" logo ali, daqui a pouco mais de quatro meses, quando estará em curso a pré-temporada de 2013. Quando começará, duração, fim, onde será realizada, qual o tamanho ideal do elenco, perguntinhas chinfrins para qualquer instituição minimamente organizada, mas sem as devidas respostas no clube da Gávea. "Nenhuma das acima", letra "D", com certeza responderia a vereadora de plantão na presidência para a qual foi eleita legitimamente e praticamente três anos depois de assumir não passa de uma síndica da sede social, que não perde a oportunidade de sair nas fotos nos momentos felizes, mas foge com a velocidade de um Usain Bolt nas horas para ela adequadas. Os "sem-medalhas" atletas olímpicos que o digam;

Nesse contexto balbúrdico para planejar, trabalhar e apagar o fogo que vai surgindo, segue Dorival Júnior "trocando pneu com o carro andando", o que tem feito com competência para renovar o time e levá-lo aonde se encontra, ou seja, a nove pontos do G-4 do bem, com um jogo a menos que os rivais, situação até satisfatória considerando o bando de jogadores recebido há pouco mais de um mês, o qual precisava de tudo que um time de verdade tem. Daí, sigo concordando com a metodologia usada para aclimatar os meninos nos profisssionais, entrando e saindo, de acordo com as conveniências momentâneas, sem pressa para julgá-los e tampouco sem manifestar desinteresse por eles mantendo-os largados nos juniores. Tive mais que o prazer, tive a honra de acompanhar os primeiros passos do ídolo maior, o mítico Zico, nos meados dos anos 1970, que se firmou paulatinamente até a consolidação final com a camisa 10. Não que eu veja um novo Galo surgindo na atual safra, quem me dera, quem me dera!, mas mesmo naqueles que não passarão de bons jogadores daqui a alguns anos não se deve passar a régua de forma simétrica, pois cada um tem o seu ritmo de crescimento e essa condição natural precisa ser obedecida. Para citar apenas um exemplo, nas divisões de base Muralha era a cereja do bolo e Luis Antônio apenas um coadjuvante conforme destacava a mídia e a torcida. No time de cima, em condições críticas e sob pressão, o garoto Luis manteve uma curva de crescimento mais consistente que o companheiro da base, já sendo considerado titular para começar jogando sempre.

As condições críticas citadas, vividas sob o comando do antigo e incompetente treinador, é tudo o que não precisam os jovens jogadores recém-lançados nos profissionais, sendo um grande obstáculo a mais a ser superado pelos que estão na transição de divisão. Muito mais fácil se estabelecer numa equipe arrumada, brigando na ponta da tabela e sem as cobranças pertinentes às sucessivas más atuações do time que vinha acometendo o Flamengo;

Finalmente, hoje começa o 2º turno do Brasileirão e o Flamengo fecha a 20ª rodada amanhã jogando contra o Sport, um dos Campeões da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de 1987. Somos favoritos como sempre que jogamos contra o "leão" da Ilha do Retiro, mas não considero uma partida fácil, já que os pernambucanos podem chegar para o jogo na lanterninha da tabela, dependendo do resultado do Figueirense na noite de hoje, e tentarão iniciar a corrida de recuperação para fugir do rotineiro rebaixamento que, mais uma vez, se aproxima da toca deles, o que pode ser perigoso pra gente, porém, atuando com disciplina tática, raça e focado no objetivo de vencer, sou mais o meu Mengo amansador de leões, para faturar os três pontos que podem levá-lo até ao 7º lugar.

Gol neles, Mengão!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Final do Primeiro Turno: Perspectivas

Buongiorno, Buteco! Acabou o primeiro turno da Série A/2012 do Campeonato Brasileiro. Olhando para trás, para as crises pelas quais o Departamento de Futebol e o próprio clube passaram, bem como os erros cometidos desde o início do ano em nível de planejamento e contratações, a impressão que tenho é que o Flamengo agora ao menos tem um rumo e que o pior já passou. Nenhum torcedor do Flamengo pode se sentir satisfeito com um nono lugar na tabela e um gol negativo de saldo; porém, considerando o cenário de crise ultrapassado e o rumo que o Departamento de Futebol parece ter tomado, além do próprio time em campo, o segundo turno vem aí e nada menos do que 60 (sessenta) pontos serão disputados até o final. A pergunta é: esse elenco tem condições de aspirar algo a mais nesse campeonato? E o que seria esse algo mais? Há limites para as nossas pretensões? Alguns números ajudam a tirar as dúvidas. Ou não...

A distância para o líder Atlético/MG hoje é de 17 (dezessete) pontos; contudo, pode ser diminuída, razoavelmente diminuída, porque as duas equipes têm um jogo a menos, exatamente o confronto direto adiado pela 14ª Rodada. E o mando de campo é rubro-negro. Projetando os três pontos, a distância diminuiria para catorze pontos, o que, porém, ainda significa uma longa subida, ainda mais com o rival fazendo ótima campanha; resta apenas saber até quando. Ademais, além de "combinar com os russos", tudo depende do Flamengo se acertar definitivamente, o que são outros quinhentos. E, em termos de título, temos que levar em conta ainda pelo menos o desempenho do Fluminense, que persegue o Atlético/MG dando a impressão de ser o único com condições de disputar o título com os mineiros, ao menos atualmente. E, sendo muito sincero, até pelas campanhas de anos anteriores, nada indica que o Fluminense cairá significativamente de rendimento no segundo turmo.

Bem, se disputar o título é difícil, embora não impossível, mas muito difícil, a vaga na Libertadores é um sonho possível. Entre os 26 pontos atuais do Flamengo e os 35 do Vasco da Gama há 9 pontos que, primeiramente, podem ser reduzidos a 6 após o jogo contra o Atlético/MG. Além disso, o rendimento dos vices não assusta e, à nossa frente, São Paulo, Internacional, Cruzeiro e Botafogo também são times sujeitos a oscilações. A questão é: conseguirá o Flamengo oscilar menos e ser mais regular? Bem, eu acho possível, apesar do rendimento um tanto fraco no clássico de ontem contra o Botafogo. "As tais oscilações", como diz o amigo Guilherme De Baère, continuam a ocorrer, sejam por parte dos jogadores jovens, como também dos mais experientes, mas isso é ponto para o próximo tópico.

Creio que uma vaga na Sul-Americana é mais do que assegurada. Antes, contava os pontos ansiosamente para atingir os 45, baseado no desempenho do time sob o comando de Joel Santana. Com Dorival Júnior tudo mudou. O Flamengo é um time que oscila como os outros rivais que aspiram chegar ao G4 - o próprio Botafogo, rival de ontem, o Cruzeiro, o Internacional e o São Paulo, os quais estão à nossa frente da tabela simplesmente por não terem passado pela situação de instabilidade que o Flamengo passou no início do campeonato. Então, agora é buscar a tão sonhada regularidade e evitar ao máximo repetir atuações improdutivas como a de ontem.

0X0

Um tanto decepcionante o 0X0 após um clássico eletrizante e ofensivo entre Flamengo e Vasco domingo passado, e mesmo entre o Vasco e o Fluminense no sábado; mas talvez não tenha sido uma surpresa, se levarmos em conta a nossa escalação no meio de campo e que o Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo, passa por um momento desconfortável com a eliminação da Sul-Americana, e por isso tenha preferido congestionar o meio. De nossa parte, Ibson provou mais uma vez que não é armador, e Negueba e Thomás, com isso, tiveram as suas funções táticas prejudicadas na parte ofensiva. Adryan mostrou qualidades, mas ao mesmo tempo excesso de individualismo, especialmente um lance de contra-ataque em que tinha dois companheiros correndo abertos na esquerda, que poderia ter resultado em gol, provando que precisa amadurecer se quiser conquistar um lugar no time. Há, porém, que se destacar o bom desempenho da defesa e da zaga, mais uma vez, e também de Liédson, que quase marcou no final da partida.

Mais importante do que discutir atuações individuais na partida de ontem, porém, talvez seja ponderar se não é a hora de Dorival rever uma premissa que parece claramente direcionar seu início de trabalho na escalação da equipe: nas condições que considera ideais, com esse elenco, Renato Abreu ou Ibson jogam no meio, com preferência para o primeiro. Calculo que o aspecto da experiência seja decisivo para o preenchimento dessa terceira vaga no meio de campo, até porque os dois atletas têm características distintas e se posicionam e movimentam taticamente de modo inteiramente diverso em campo. E espero que nada haja de político na decisão de não barrar simultaneamente os dois, pois essa parece ser a providência ideal para a melhora de rendimento do nosso meio de campo. Acredito que seja com a escalação de um armador que possa se aproximar dos atacantes, seja ele Bottinelli, Camacho ou Adryan.

PS:  Ja comecou o processo de importar os comments do ECHO e podera haver algumas falhas ainda nos comments. Paciencia e fundamental.
Bom dia e SRN a todos.

sábado, 25 de agosto de 2012

Botafogo x Flamengo





                          FICHA TECNICA:

                                                       BOTAFOGO x FLAMENGO
Local:  Estádio João Havelange (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 26 de agosto de 2012, domingo
Hora:  16 horas de Brasilia) 17 horas ET US
Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ)
Assistentes: Marco Santos Pessanha e Rodrigo Henrique Corrêa (ambos do RJ)
BOTAFOGO: Jéfferson, Lucas, Brinner, Fábio Ferreira e Lima; Amaral, Renato, Seedorf, Andrezinho e Lodeiro; Elkeson 
Técnico: Oswaldo de Oliveira
FLAMENGO: Felipe, Leonardo Moura, Wellinton, Marcos González e Ramon; Cáceres, Luiz Antônio,  (Ibson ou Bottinelli) e Thomás; Negueba e Vagner Love
Técnico: Dorival Júnior


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A hora da arrancada!


 O torcedor Rubro-Negro chega ao final do primeiro turno do campeonato brasileiro bem mais tranquilo em relação ao time e com as esperanças renovadas, pensando numa possível arrancada rumo a disputa pelo topo da tabela. Alguns relembram conquistas antigas para não descartar um improvável título, que realmente não seria algo inédito para o Flamengo.

A vitória no clássico de domingo passado mostrou que o Flamengo de Dorival Jr é antes de tudo um time que se parece com o Flamengo. Não é (nem de longe) um dos nossos maiores esquadrões e ainda não fez o bastante para ser comparado com outros times que, se não eram brilhantes, são lembrados com carinho pela dedicação e pela luta dentro de campo. Mas mostrou ser um time vibrante, que não joga acuado mesmo quando o adversário está num melhor momento no campo, e que tem uma proposta clara de jogo.
Ainda que falte o 10, o cara que comanda o meio de campo, o nosso time agora sabe o que fazer com a bola na hora de sair para o jogo, buscando preferencialmente as laterais do campo e tentando trocar passes rápidos.

O time ainda está distante do ideal, como é sempre lembrado pelo treinador, mas todos nós torcemos por uma arrancada, daquelas típicas do Mengão, com a torcida comparecendo como foi em 2009 e 2007 e antes de disso em 92, 87 e etc. Mas eu não consigo deixar de me perguntar por que diabos sempre tem que ter uma arrancada para o Flamengo? Sabemos que o clube continua sendo uma bagunça institucional e isso não é responsabilidade apenas da direção atual. Mas cabe a reflexão sobre essa quase que necessidade que o Mengo tem dessas arrancadas.

A história nos conta que o Flamengo costuma emergir das críticas e do descrédito atropelando adversários com a mesma frequência com que cede derrotas inacreditáveis nas situações mais surreais. Sinceramente, não consigo imaginar o nosso clube jogando daquela maneira fria e muriciana do São Paulo 2006-08 e ainda assim conquistar o apoio da torcida. O time do Luxemburgo chegou a brigar pela liderança do campeonato no ano passado e mesmo assim não lotava o estádio aqui no Rio. Talvez seja o formato do campeonato, longo, interminável (chatíssimo, na minha opinião) que é importante do ponto de vista financeiro, mas que não desperta emoção no torcedor durante boa parte do ano.

Fato é que, assim como em anos anteriores, o Flamengo não se preparou adequadamente para a disputa do campeonato. Com a inacreditável manutenção de Joel e a demora na contratação de um diretor para o departamento, o time demorou a ser reformulado, demorou ainda mais a ser armado e mais ainda a ser treinado. É importante olhar para essas situações com consciência crítica para aprender com os erros e dar início a um processo de evolução. Temos hoje um departamento de futebol minimamente estruturado para que o time possa ser planejado com metas e objetivos claros. Isso precisa ser assimilado pela cultura do clube para que não precisemos mais passar metade do ano nos preocupando com rebaixamentos, contratações e coisas desse tipo. O resultado das eleições em Dezembro pode fazer com que tenhamos um novo ciclo sendo começado do zero. Seja quem for que assuma o comando do clube, é importante construir a partir do trabalho que finalmente começou a acontecer.

Jogamos fora quase um turno inteiro e agora vamos disputar o returno na base do tudo ou nada. Estamos em evolução e na torcida por mais uma arrancada que entre para a história e encha a Nação de orgulho.

Avante Mengão!

abs e SRN!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

No creo en brujas, pero...


A primeira fase do Campeonato Brasileiro se encaminha para o apagar de suas luzes e o Flamengo tem que buscar, na segunda parte, uma campanha inversa à realizada no 1º turno da competição para recuperar o tempo ingenuamente perdido com Joel Santana, treinador-bombeiro que não possui em seu longo currículo sequer um bom trabalho feito a longo prazo, pois fogo lambendo o patrimônio se apaga pra ontem, não se esperando muito tempo para eliminar as labaredas a fim de diminuir os estragos provocados, fato que não foi providenciado em seu devido tempo pela peçonhenta diretoria de plantão até dezembro que vem. Tal devastação, esta sim, uma verdadeira herança maldita caída no colo do Dorival Júnior, que tem "rodado a baiana" para dar uma cara de time ao bando completamente desorganizado que encontrou, verdadeira façanha construída pela tropa de choque da incompetente presidente do clube e seus asseclas, os quais conseguiram a proeza de não montar uma equipe de jogar futebol durante a pré-temporada, Campeonato Estadual, Libertadores e pré-temporada.2, tudo somado, com o atual elenco do mais-querido do Brasil;

Dorival voltou com Felipe ao gol, onde fez grande atuação contra o Vasco da Gama, procedeu um up-grade com Welliton que nas duas últimas partidas foi um jogador normal, recebeu de presente o paraguaio Cáceres, uma boa surpresa para a maioria da torcida, tendo participado de três jogos com três vitórias e importante presença no meio de campo, trabalhou táticas, posicionamentos e fundamentos no CT, a ponto de até os 15' da primeira etapa do jogo de domingo passado, o time atingir a marca recorde do ano, já que havia errado apenas um passe através de Renato Abreu. Ele, não podia ser outro, ele mesmo, o insubstitível R11;

"No creo en brujas, pero que las hay, las hay", lembro dessa premissa nessas horas, pois a posição do time na tabela não é confortável, a 17 pontos do líder, justamente o adversário com quem temos um jogo a menos, mas não entrego os pontos dando o ano como perdido. Bastante água e gols vão cair e entrar até o final de tudo, e os líderes tradicionalmente vivem os seus momentos de desacertos em campeonatos de longa duração ou quem não lembra do Internacional em 2008 virando o turno com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado? Como torcedor penso que já vi de tudo, embora sempre apareçam novidades pelo caminho, e espero assim como desejo que o Flamengo realize no 2º turno a campanha que o Atlético MG fez no primeiro e vice-versa, expandindo o mesmo sonho para os demais rivais e me fundamento no crescimento da equipe sob o comando do novo treinador, com esperanças de que os jogadores que chegam se firmem como titulares e que suas qualidades sejam novamente potencializadas, traduzidas em vitórias e nos levando a chegar juntos dos primeiros para disputar o título ou uma vaga na Libertadores de 2013;

Reconheço a dificuldade da missão mas não a vejo como impossível, que é aquilo que, muitas vezes, para os que não conhecem a sua existência, vão e fazem o que nunca foi feito.

Finalizo com o retorno do Adriano à sua casa sacramentada no dia de ontem. Se dependesse do meu voto, seria naturalmente contrário. Mas o Imperador voltou e como torcedor-torcedor estou com ele enquanto ele estiver com o Flamengo, fazendo bem ao Flamengo, doando sangue e suor para e pelo Flamengo.

Seja bem-vindo de novo, Adriano, esprema o cérebro, não dói e empurra as pessoas para a frente. Felicidades e que tal repetir 2009?

SRN!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Flamengo, o destruidor de jogadores!


Para ser direto e reto, existem jogadores que só jogam antes de passar pelo Flamengo, existem jogadores que só jogam depois de passar no Flamengo, e existem jogadores que só jogam contra o Flamengo. Todos prejudiciais! Precisamos de uma espécie de Monneyball, para que contratemos e formulemos elencos vencedores e com poucas carências e deficiências, ou minimizá-las ao máximo, para que o Flamengo não seja danado. Existem também dirigentes e profissionais que também só fazem mal ao clube, e isso, nem adianta listar porque ficaria escrevendo por minutos.

Problemas existiram aos milhares. Contratações sem critério algum, como Dill, Luvanor, Walter Minhoca, Negreiros, entre outros; assim como craques contratados com times “tortos” e elencos frágeis. Tenho na lembrança o time de 2000 com Alex, Denílson, Edilson e Pet, com volantes fracos Mozart e centroavantes como Tuta e Leandro Machado (um grande problema atual); mas talvez o maior problema do Flamengo seja a estrutura podre e viciada em privilégios para alguns empresários desde a base ao profissional (lemos e ouvimos muito sobre isso há anos), além do amadorismo na condução do futebol, com pressão de conselheiros e diretores amadores, treinos na Gávea, e um futebol de década de 40 em relação a gestão esportiva.

Tudo isso para pensar sobre onde Love, Liédson e Adriano podem nos levar? Com um meio fragilizado, medalhões jogando pouco e promessas muito verdes jogadas às feras, isso sem contar que falta ao menos um zagueiro que imponha respeito e nos dê segurança e em meia que crie de fato, é a repetição da fórmula, assim continuaremos destruindo jogadores. A molecada aguenta o tranco? Acho que com pelo menos estes “para-raios” a responsabilidade não poderá recair sobre os ombros deles.

Para somar experiência com os três jogadores do elenco atual acima citado o elenco dispõe de Gonzales, Cáceres, Ibson, Felipe, Léo Moura, Renato Abreu, Deivid e Botinelli. No caso dos jogadores em negrito, os contratos em vigor se encerram ao final deste ano, dois jogadores de grande nível seriam melhores do que os cinco demonstrados, ou seja 2013 promete. Promete mais com uma possível não reeleição de uma presidenta que não conseguiu gerir o carro chefe do clube omitindo-se em TODOS os principais imbróglios.

Menos mal que o Flamengo agora tem um profissional para gerenciar o futebol e as finanças, que os bons ventos continuem a soprar e que sejam ventos profissionalizantes, somente assim não destruiremos tantos jogadores por falta de estrutura e conhecimento.

Ubique, Flamengo!
SomoFlamengo, VamoFlamengo!
DesocupPatrícia! 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Flamengo de Volta

Buongiorno, Buteco! Começar uma semana com uma vitória sobre o super-favorito Vasco da Gama não é nada mal, concordam? Toda a torcida arco-íris, toda a crônica esportiva dava o favoritismo para o outro lado, como se a nossa derrota fosse uma mera questão burocrática, mas futebol, na prática, e em clássicos... Só que a história dessa específica partida e dessa bela vitória rubro-negra não pode ser resumida à mistica da rivalidade e das surpresas que costumam ocorrer em confrontos desse tipo, sob pena de sermos extremamente injustos com o trabalho do treinador Dorival Júnior no Flamengo. E quando me refiro ao trabalho de Dorival, vou muito além do costumeiro aspecto tático e técnico; Dorival efetivamente devolveu ao Flamengo algo que não víamos há muito tempo: a cara de Flamengo; de um time de futebol organizado, trabalhador, ordeiro, sério. Agora ninguém mais pode, com seriedade, criticar o clube no cotidiano de trabalho da Comissão Técnica do futebol profissional. Não como se fazia antes; não depois de Dorival. Independentemente do tamanho dos títulos que o clube tenha ganhado nos últimos anos, pergunto-lhes há quanto tempo vocês não viam isso no Flamengo? Preparem-se para puxar muito pela memória na busca pela resposta... Enfim, temos o Flamengo de volta. Podemos erguer novamente a cabeça e não ter vergonha do que acontece no nosso Departamento de Futebol.  E aqui é preciso também registrar a seriedade do trabalho do Zinho.

Fiz questão de fazer esse introito porque acho, sinceramente, que o trabalho tático e técnico do Dorival, apesar de ser muito bom, acima da média nesse começo, e já ter apresentado resultados extraordinários, os quais por isso mesmo não dão à torcida direito a qualquer tipo de reclamação até aqui, apresenta pontos nos quais pode e deve ser aperfeiçoado. Pegando por exemplo a partida de ontem, no primeiro tempo o Flamengo começou, digamos, mais ligado do que o Vasco, marcando no campo do adversário e pressionando, tentando aproveitar os espaços cedidos; mas quando eles acertaram e apertaram a marcação, logo após transcorridos dez minutos, equilibraram o jogo e dez ou quinze minutos depois já dominavam, criando várias oportunidades de gol, salvas pelo nosso goleiro Felipe, algumas delas no reflexo, no susto mesmo.

Contraditoriamente, pois é assim que não raro as coisas acontecem no futebol, o gol saiu quando o Vasco exercia maior pressão sobre o Flamengo. Ramon ocupou exatamente faixa da meia esquerda, avançou em um rápido contra-ataque, chutou a gol e, no rebote de Prass, Vagner Love, carrasco cruzmaltino, voltou à liderança da artilharia do campeonato marcando o gol da vitória. No segundo tempo, novamente tenho que destacar o espírito da equipe para concluir que temos o Flamengo, o autêntico, o verdadeiro Flamengo de volta. O time não recuou e continuou a jogar de igual para igual com o Vasco; tanto que, assim como o adversário, perdeu chances de gol, uma delas incrível, inacreditável, com Leonardo Moura; daquelas de deixar o Deivid com inveja ou, como disse o meu amigo Carlos Mouta, de sair porrada, se fosse numa pelada.

Podemos destacar, por fim, a segurança que Cáceres deu na proteção à zaga, pois em três jogos que atuou a equipe não tomou gol, e mais uma partida segura de Welinton na zaga, a segunda seguida, além da boa entrada de Adryan no segundo tempo, criando grandes jogadas. No final, o placar poderia ter sido até maior, mas a Nação rubro-negra em todo o mundo saiu feliz com a superioridade incontestável da equipe sobre o adversário que todos diziam que seria tão superior, que era tão favorito, e que foi tão perfeito para a ocasião.

Contraponto tático - Basicamente, o 4-3-3 de Dorival ressente-se de um problema a ser aperfeiçoado: Cáceres joga como volante mais fixo e centralizado, enquanto Luiz Antonio, pela direita, e Renato Abreu, pela esquerda, fazem o vai-e-vem fechando a marcação pelos setores direito e esquerdo do meio, respectivamente, e apoiando o ataque pelos mesmos lados do campo. O problema reside na dificuldade que ambos têm, especialmente Renato Abreu, pela idade, de realizar tão exaustiva função durante toda a partida sem que a equipe perca volume de jogo, algo nitidamente sentido no primeiro tempo. Nos áureos tempos em que Leonardo Moura e Juan decidiam jogos, o Flamengo podia jogar sem meias, pois os volantes faziam a contenção e cobriam os laterais, que, quando não eram alas, transformavam-sem muitas vezes em meias durante as partidas e supriam a falta de criação no meio. Júnior, enquanto lateral, cansou de executar essa função nos velhos tempos do time de 1981. Hoje não temos laterais que possam exercer essa função com regularidade, até porque Leonardo Moura é apenas uma pálida sombra do passado. Os pontas do atual time tampouco têm características compatíveis com a armação de jogadas e o único volante que as têm é Luiz Antonio, que não pode exercê-las sozinho. Eis o desafio atual de Dorival para encontrar a melhor formação dentro desse ótimo esquema tático que vem utilizando para a equipe.

Hora de virar a página - O Flamengo tem, hoje, dois jogadores que, sem dúvida, têm sua marca na história do clube, merecidamente, cada um do seu jeito, com sua contribuição, e na sua proporção, e merecem ser reconhecidos por isso; porém, nenhum dos dois, hoje, merece ser titular do time; nenhum dos dois, muito menos, merece ser alçado à condição de ídolo sacrossanto insubstituível e, lamento dizer, nenhum dos dois deveria ter seu contrato renovado no final do ano. Podem ser úteis nessa reta final, mas não precisam jogar todas as partidas. Refiro-me a Leonardo Moura e Renato Abreu. É hora de virar a página.

Leonardo Moura há tempos vem demonstrando não ter mais condições físicas de suportar a intensidade e quantidade de jogos como lateral. A nossa lateral direita tem sido uma avenida há muito tempo e nenhuma providência foi tomada porque Leonardo Moura é um ídolo do clube e no Flamengo há essa tradição, que deveria ser mudada, de que em ídolo não se mexe; que ídolo tem que jogar e ser titular insubstituível mesmo que não esteja jogando porcaria alguma. Tanto em 2011, como em 2012, Leonardo Moura conseguiu fazer um bom primeiro semestre, apesar das falhas na defesa, e nesse ano, repetindo 2011, apresenta grande queda de rendimento no segundo semestre. Acho até que poderia ser útil se utilizado, em esquema de revezamento com outro jogador, na posição que hoje é de Negueba na equipe; porém, acho que isso significaria retardar indevidamente e atrapalhar o inevitável processo de renovação. A vida segue. The show must go on.

Muitos rubro-negros têm atribuído a Dorival Júnior a subida de rendimento de Renato Abreu nos últimos jogos. Apesar do extraordinário trabalho do treinador até o momento, nada mais injusto com o atleta, a quem deve ser atribuído 100% do esforço. Na verdade, se analisarmos como as coisas realmente aconteceram, tudo passa por uma grande injustiça cometida por Joel Santana na partida contra o Corinthians no Engenhão, quando covardemente atribuiu apenas a Bottinelli a responsabilidade pelos gols tomados no primeiro tempo, substituindo apenas o gringo e protegendo o Canelada e seu "calcanhaço". A saraivada de críticas recebidas entre aquela partida e a seguinte, contra o Cruzeiro, em Minas Gerais, fizeram com que Joel cometesse outra grande injustiça: substituiu Renato Abreu na primeira da sequência de partidas em que elevou o nível de seu jogo, apenas para mostrar que podia, para mostrar autoridade, tentando amainar as críticas, exatamente numa partida em que o atleta não mereceu ser substituído, pois talvez tenha sido até o melhor da equipe. E para quem não se lembra, o Flamengo dominou o jogo inteiro; Vagner Love é que não colaborou. O ponto é: por vários motivos, dentre os quais brio, vontade de mostrar que ainda pode ser útil e, obviamente, o fato de seu contrato expirar no final do ano, Renato está dando tudo de si para reverter essa situação, e o início dessa reviravolta antecedeu a chegada de Dorival, justiça seja feita.

Dorival, porém, deve estar atento: contra o Vasco Renato jogou uma partida burocrática. Fez duas jogadas perigosas, ao ir à linha de fundo, uma em cada tempo, e no restante do jogo atuou no mesmíssimo nível da época de Vanderlei Luxemburgo e Joel Santana. É aqui que deve ser analisada, criteriosamente, a relação custo/benefício e o desgaste que sempre ocorre ao deixá-lo fora da equipe titular. E Renato, claramente, não tem mais condições de disputar partidas inteiras aos finais e meio de semana mantendo o nível, que já está aquém do alto salário. É hora de enxergar as coisas como realmente são, sem ilusões, e virar a página, ou Dorival terá a mesma pedra no sapato que seus antecessores para montar um time veloz, moderno e solidário.

Zinho, o Discurso e a Prática - Zinho, em entrevista ao Globo, neste domingo, você disse, expressamente, que brigar pela Libertadores fica para o ano que vem. Gostaria apenas de te dar um toque: até uns meses atrás, a sua chefe tinha grandes chances de ser reeleita; hoje, cogita-se até de ela não se candidatar. O nome do chefe pode mudar. Acho que você não está se comportando como um funcionário público acomodado, daqueles que se escoram na estabilidade e deixam o paletó na cadeira, mas é bom afinar o discurso e a prática, ok? O nome do chefe pode mudar. Ademais, você até parece que não é Flamengo! Para o Flamengo, nada é impossível. Certas coisas não devem ser ditas.

Que venha a cachorrada!

Bom dia e SRN a todos.

domingo, 19 de agosto de 2012

Flamengo x Vasco da Gama




Campeonato Brasileiro 2012 - Série A - 18ª Rodada.

FLAMENGO - Felipe; LeonardMoura, Welinton, Gonzalez e Ramon; Cáceres, LuiAntoniRenatAbreu; Negueba, Vagner Love Thomaz. Técnico - Dorival Júnior.

Vasco da Gama - Fernando Prass; Auremir, Dedé, Douglas e William Matheus; Nílton, Wendel, Juninho Pernambucano e Carlos Alberto; Éder Luis e Alecsandro. Técnico - Cristovam Borges.

Data, Local e Horário: Domingo, 19 de agosto de 2012, as 18:30h (USA ET 17:30h), no Estádio Olímpico João Havelange, o "Engenhão", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ) e Rodrigo Pereira Joia (RJ).

sábado, 18 de agosto de 2012

O BOM OU O MAU FILHO A CASA TORNA?





Em ano de eleição pode-se esperar tudo, principalmente o velho e fétido populismo barato, que eclode em todos os cantos do País da Copa, das Olimpíadas, do não saneamento básico e do vergonhoso IDH.


Diante de protestos com faixas que ganharam as capas do mundo ao serem mostradas em plena Olimpíadas, dos pífios resultados dos atletas olímpicos que o Flamengo banca a peso de ouro pra ganhar medalhas para o Brasil, da fulgurante fama de pé-frio e de uma onda de reprovação cada vez maior, nossa excursionante Presidenta e seus adidos parecem finalmente lançar mão da famosa "carta escondida na manga".

A questão é se tal carta realmente é um coringa folclórico, que nada vale no poker, ou se é um "As" capaz de promover um memorável Straight Royal Flush, como ocorreu no cada vez mais distante passado, mas que ainda permeia e segue vivo na imaginação dos mais otimistas. 

Ao ler sobre o possível retorno do Adriano para o Flamengo, me veio a mente a célebre frase "o filho pródigo a casa torna". Acabei por encontrar a seguinte lição, que me pareceu bem adequada metaforicamente a situação: 

"Existem palavras que se fixam na memória das pessoas com um significado que nem sempre corresponde ao que está nos dicionários. Uma delas é "pródigo". Uma rápida consulta às pessoas que estiverem perto de você será suficiente para constatar que a maioria acha que "pródigo" tem valor positivo. Muita gente até liga "pródigo" a "prodígio". O filho pródigo seria o filho genial, extremamente bom. É muito conhecida a frase "O filho pródigo a casa torna".

E por que volta? Por que é bom e não esquece os seus? Nada disso. Volta porque gasta tudo que recebe do pai como pagamento antecipado da herança. Isso está no Evangelho. É exatamente a parábola do filho pródigo. Uma consulta a qualquer dicionário é suficiente para descobrir que "pródigo" significa "esbanjador, gastador, perdulário, extravagante". http://www.bibliaonline.net/dicionario/?acao=pesquisar&procurar=filho%20pr%F3digo&exata=on&link=bol&lang=pt-BR

Nem acho que o Adriano venha atrás de dinheiro ou que essa seja sua força motriz (embora, claro, seja muito bem vindo pra ele). Na minha visão, o esbanjador, perdulário, gastador aplica-se ao Impera na relação que ele mantém com o próprio futebol, corpo, talento, condição física e técnica, deixados de lado, gastos, maltratados e surrados pelo próprio. O talento e a capacidade de decidir jogos sempre foram sua fortuna, ora escassa ou mesmo zerada. 

Outra questão de suma importância é analisar o quanto tal contratação irá prejudicar o implemento e a rotina de uma maior disciplina, treinos, cobranças, comprometimento dos jogadores etc, além, claro, de uma possível volta ao noticiário policial ou à patrulha da imprensa marrom.

Por fim, a consideração imaterial, de valor incalculável, inestimável. Hoje o Adriano ainda é, pra boa parte da torcida, um grande ídolo, o responsável ou um dos maiores responsáveis pela conquista do Hexa, era "O Cara", inclusive pra mim, confesso. Tenho grande receio do que o pródigo Adriano de 2012 pode causar ao Imperador campeão de 2009.

SRN 

Ps. Domingo é dia de bacalhoada.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

As tais oscilações


Assim que o Flamengo venceu a primeira partida sob seu comando, o técnico Dorival Jr fez questão de por um freio nas esperanças da torcida: "O time ainda vai oscilar!" Sábias palavras para tentar controlar uma euforia natural em uma torcida que andava carente até do mais básico que deve ser apresentado por um time de futebol. O problema é que, em se tratando do Flamengo, a distância entre a euforia e o oba-oba tende a ser quase nenhuma e então o treinador foi bastante inteligente ao preparar a Nação para entender um time ainda em formação.

Vi muita gente exaltando a evolução da equipe após as duas vitórias consecutivas contra dois times bastante fracos e confesso que eu mesmo cheguei a me aventurar no simulador de resultados para ver se uma reação seria possível com uma boa sequência de jogos. O time pareceu mais coeso, disciplinado e consciente em campo. Vimos que a saída de bola agora tem um direcionamento, buscando as laterais ao invés dos chutões Joelianos que devolviam a bola para novo ataque dos nossos adversários. Vimos os volantes auxiliando os laterais e esses os pontas para a criação de jogadas e muitas outras coisas que não víamos há tempos sendo executadas por caras com a camisa do Flamengo. Mas a evolução do time carecia de um teste contra um adversário mais forte e quando enfrentamos um time grande fora de casa, pudemos ter uma boa noção do quanto realmente avançamos e do que esperar das tais oscilações sobre as quais o treinador avisou a torcida.

O time do Flamengo manteve a postura mesmo encontrando dificuldades contra um adversário bem postado na defesa, só que a expulsão idiota complicou tudo. Ali foi possível perceber que ainda falta maturidade para boa parte do time e confiança para crescer nas partidas nos momentos desfavoráveis. Logo após o duplo impacto da expulsão+gol que levamos o time ficou completamente perdido e desarticulado por alguns momentos e nunca chegou a se recuperar totalmente no aspecto emocional da partida. Me questiono sobre o por quê de um sujeito com experiência internacional, duzentos anos de carreira, sendo uns 130 no Flamengo como o Ibson, agir de uma forma tão estúpida. Penso que caras como ele e o Leo Moura, que se acostumaram com um Flamengo frouxo e tolerante com a indisciplina tática e profissional, talvez estejam tendo um período difícil nesse momento em que o Zinho e o Dorival fizeram o nível de cobrança subir. Espero que isso acabe funcionando como um tipo de seleção natural, forçando os que não se enquadrarem a ficar para trás ou buscar novos ares como aconteceu com o Diego Maurício que foi realizar o sonho de jogar num time recém-promovido a primeira divisão da Rússia, Ucrânia ou algo do gênero.

Sobre a situação do jogo, haviam duas escolhas possíveis a meu ver, que seriam a recomposição do meio para tentar buscar um empate ou a tentativa de uma reorganização do posicionamento para observar o comportamento do time com um a menos. É claro que estou apenas supondo que o Dorival tenha optado pela segunda - na verdade existem bem mais que duas opções - e achei interessante ver a tentativa de mudança no posicionamento do Thomas e do Negueba no início do segundo tempo buscando recompor o espaço no meio. Ainda que não tenha dado muito certo, valorizo o fato de os caras estarem cumprindo ou tentando cumprir uma função tática dentro do campo ao invés de correr aleatoriamente atrás da bola como um time de garotos de 10 anos em aula de educação física na escola.

Ainda que, na minha opinião, o técnico tenha cometido um erro na escalação do time optando pela entrada do Ibson e deslocando o Luiz Antônio para 1o volante - eu teria optado pelo Muralha e mexido minimamente na estrutura do time - acho que ainda estamos numa fase de experiências com o elenco. Uma triste constatação, considerando todo o tempo que foi jogado fora com o Joel Santana no comando, mas que deve servir como parâmetro para que analisemos o time jogo a jogo constatando (ou não) algum tipo de evolução. A vantagem é que poderemos também avaliar o time e o elenco a cada jogo observando carências e potencialidades para que, na virada para a próxima temporada, o Flamengo possa se reforçar de forma pontual e eficiente, formando novamente um grande time para vencer os campeonatos em disputa.

Domingo teremos uma nova prova para o emocional da garotada Flamenga. O Clássico dos Milhões em um momento em que o adversário tem um time formado há mais tempo, entrosado e forte vai nos permitir observar se Wellinton realmente evoluiu com treino e observação, se o Negueba vai mesmo consolidar essa postura ousada e produtiva e se o Leo Moura ainda quer alguma coisa com o futebol profissional ou se realmente chegou o momento de ele passar o bastão. Somos franco-atiradores, e por isso temos que ir pra cima deles. Vamos Mengão!

abs e SRN!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Palmeiras x Flamengo




Campeonato Brasileiro 2012 - Série A - 17ª Rodada.

Palmeiras - Bruno, Artur, Maurício Ramos , Thiago Heleno e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, Patrik e Valdívia; Obina e Barcos. Técnico - Luiz Felipe Scolari.

FLAMENGO - Felipe; Leonardo Moura, Welinton, Marllon e Ramon; LuiAntonio, Ibson Renato Abreu; Negueba, VagneLove e Thomaz. Técnico - Dorival Júnior.

Data, Local e Horário: Quarta-feira, 15 de agosto de 2012, as 21:50h, no Estádio Arena Barueri, em Barueri/SP (USA ET 20:50).

Arbitragem: Célio Amorim (SC), auxiliado por Rosnei Hoffmann Scherer (SC) e  Ezequiel Barbosa Alves (MS).

De bando a time!


"Lá vem o Flamengo subindo a ladeira!". O último treinador (?) deixou no espólio para Dorival Júnior uma ladeira das mais íngremes, que precisa ser vencida com muitos treinamentos, raça e ousadia na falta de opções consolidadas, pois há que testar todos os esquemas de jogo viáveis e todas pratas da casa à disposição, fatos que não foram devidamente valorizados lá atrás no Campeonato Estadual, momento propício para se ajustar um time para os dias de hoje, com o Brasileirão em curso. Todo início de ano se fala a mesma coisa e todas as metades se parecem entre si, como se irmãs gêmeas fossem. É a vocação para a hipertensão e o infarto do miocárdio esperar o último minuto da janela de transferências para contratar na emergência que se instala e, depois dela, obtido o insucesso com o resto do resto, contratar jogadores antes desprezados ou promover os juniores para darem conta do recado. É o que sobra da festa.

É também o já conhecido "correr com o carro pegando fogo". O Flamengo gosta disso, vive dessa energia provocada por essa estranha vocação. De acordo com esse modus operandi, Liedson chegou agora em agosto e já estreiou sábado passado na vitória sobre o Náutico, em Volta Redonda. Os garotos seguem entrando e saindo do time obedecendo à mesma rotina. Ora Thomás é o titular da vez, ora fica em casa para ceder o lugar a Adryan. Num jogo as esperanças recaem sobre Negueba para desafogar o Love da marcação da zaga, noutro o hermano pisca-pisca, Bottinelli, é lançado no fogo errando tudo mais uma vez, assim como Welliton entra como zaqueiro-ficção, provocando no nosso goleiro mais uma preocupação além do ataque adversário, e até Marlon reaparece na defesa, sem contar Felipe barrado por Joel Santana, mas que voltou para se firmar no gol novamente, apontando o banco de reservas para o ex-titular Paulo Victor, chamuscado pelos erros cometidos na derrota para o São Paulo;

Não há alternativa para se fazer, com urgência, de um bando um time de futebol durante uma dura e longa competição, sendo o enredo baseado num samba muito doido, embora existam eventos que vão dando certo como a chegada e entrada na meiúca, transcorridos 1/3 das rodadas, do paraguaio Cáceres, com boa tomada de bola e rápida saída para o contra-ataque;

Dorival Júnior ainda vai queimar muita a mufa até encaixar um time ideal. O ataque deverá ficar restrito a Love e Liedson, mais o Adriano caso a novela de sua recuperação seja concluída, com algumas variações para as entradas improvisadas de Negueba (sim, não é atacante, é meia-atacante segundo seu ex-treinador Adílio), Adryan e Thomás. No meio de campo, Cáceres e Luis Antonio parecem garantidos e espero, desejo, oro e bato os meus tambores imaginários para que o Renato Abreu não leve a vaga no grito com o novo treinador como este já demonstrou que não irá permitir, estando Muralha e Íbson de sobreaviso, e ainda um dos meninos citados acima para a função de municiador dos atacantes. Para as laterais, até dezembro, o martelo está batido e a zaga, ahhhh...a zaga, grande zaga, o que fazer com uma zaga que tem Welliton como inimigo número 1, fogo amigo, procurado com sucesso pelos mais inofensivos atacantes adversários? Desisti desse rapaz, e iria para a partida de logo mais, em São Paulo contra o Palmeiras, com Marlon e Frauches;

E vamos em frente com as chamas lambendo os sapatos, pois há muito o que fazer nesse rescaldo do Flamengo amarrotado como uma calça que saiu de dentro de uma garrafa. Dá para ganhar do Palmeiras enquanto as labaredas são apagadas. Gosto do estilo ofensivo do time que está ganhando cara, jeito e se renovando. O tempo urge e volta o lema "vencer ou vencer".

SRN!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olímpico, como?



O dinheiro do Flamengo, assim como o dinheiro do Brasil como nação nos Jogos olímpicos parece ter sido mal gasto. Esta é a impressão que tenho. Logicamente algumas boas novas, normal que isso ocorra em jogos olímpicos, que considero o “campeonato mundial dos esportes combinados”, realizados em um mesmo período curto de 19 dias, o que é fantástico.

Em se tratando de Flamengo o desempenho de seus principais atletas foi muito ruim tirando os atletas do Basquetebol masculino. Fabiana Beltrami, campeã mundial do remo, em uma categoria não olímpica (individual) não conseguiu ir a uma final na dupla; Diego Hipólito terminou sua participação com um tombo com 10 segundos de participação e César Cielo foi batido por seus rivais. Acharia normal se não fossem as desculpas dadas. Sinceramente penso que desde a história do dopping, César vem mal psicoemocionalmente, penso que o clube deve ajudá-lo. Falando em dopping, a nota triste é que o único caso brasileiro foi exatamente de um atleta do clube, no remo.

Como construir um Flamengo olímpico de verdade? Olhando obviamente para a formação de atletas/cidadãos, e porque não, tirando proveito disso, tanto na própria prospecção de atletas, quanto nos benefícios fiscais, entre outros. Tentarei explicar o que penso dever acontecer em tópicos:

  • Não podemos inventar mais novas modalidades. Iremos com as que temos e são 6 (Basquete, Vôlei, Desportos Aquáticos, Remo/Canoagem, Ginástica, Judô);
  • Aprimoramento e dedicação total a estes esportes;
  • Construir um centro olímpico de prospecção de talentos e de desenvolvimento de atletas, um CT Olímpico, fora da Gávea, onde ficariam apenas as escolinhas;
  • Formar gerações para 2020 e 2024, não para 2016, assim geraríamos o “desenvolvimento sustentável” dos esportes autonomamente, sem que dependam do futebol;
  • Grandes peneiras de atletas.

Como fazer isto com as condições atuais?

  • Convênio com a secretaria municipal de educação para que algumas escolas da cidade olímpica sejam cooperadas com o trabalho do clube;
  • Criação de polos específicos nestas escolas, dado que não existe o centro olímpico do clube;
  • Escolha de 18 escolas que fariam este trabalho de polo/prospecção, três para cada esporte;
  • Profissionais do clube capacitando e supervisionando os professores destas escolas, para trabalho integrado;
  • Peneiras nas escolas, que aceitariam estudantes de outras escolas para o desenvolvimento dos mesmos, e estes depois de selecionados devem estudar na escola em que praticam o esporte, ou seja, uma espécie de bolsa-esporte, educação e mérito;
  • Projeto integrado de educação e esporte nas escolas, educação integral das 9 da manhã às 4 da tarde, com educação treinamento, acompanhamento médico/odontológico/psicológico;
  • Capacitação de recursos públicos por um projeto bem estruturado, via leis de incentivo fiscal;
  • Um patrocinador para cada modalidade, que teria condições ainda de integrar suas marcas investindo nos projetos de prospecção e formação.

Com todos estes aspectos postos se garantiria o futuro dos esportes do clube, a competitividade dos mesmos, não se teriam falcetas ou falácias sobre um Flamengo olímpico, os custos seriam baixos par o estado e para o clube e o retorno grandioso. Além disso, as empresas por meio de uma cota básica de patrocínio ou o patrocínio integral das modalidades teriam retorno mercadológico garantido, e por consequência garantiriam a autonomia de gestão das modalidades. Não é preciso dizer que para tanto dependeríamos de uma gestão profissional de tudo isso. Temos bons modelos, como por exemplo, o projeto da Unilever no Paraná e no Rio de Janeiro (tendo o vôlei como base). Estas linhas mal traçadas podem ser amplificadas e melhor desenvolvidas, tento apenas dar um direcionamento também profissional ao criticado e também atado esporte olímpico do Flamengo, que é sim , salvo a exceção do basquete, muito mal gerido.

Ubique, Flamengo!
SomoFlamengo, VamoFlamengo!
DesocupPatrícia!