terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olímpico, como?



O dinheiro do Flamengo, assim como o dinheiro do Brasil como nação nos Jogos olímpicos parece ter sido mal gasto. Esta é a impressão que tenho. Logicamente algumas boas novas, normal que isso ocorra em jogos olímpicos, que considero o “campeonato mundial dos esportes combinados”, realizados em um mesmo período curto de 19 dias, o que é fantástico.

Em se tratando de Flamengo o desempenho de seus principais atletas foi muito ruim tirando os atletas do Basquetebol masculino. Fabiana Beltrami, campeã mundial do remo, em uma categoria não olímpica (individual) não conseguiu ir a uma final na dupla; Diego Hipólito terminou sua participação com um tombo com 10 segundos de participação e César Cielo foi batido por seus rivais. Acharia normal se não fossem as desculpas dadas. Sinceramente penso que desde a história do dopping, César vem mal psicoemocionalmente, penso que o clube deve ajudá-lo. Falando em dopping, a nota triste é que o único caso brasileiro foi exatamente de um atleta do clube, no remo.

Como construir um Flamengo olímpico de verdade? Olhando obviamente para a formação de atletas/cidadãos, e porque não, tirando proveito disso, tanto na própria prospecção de atletas, quanto nos benefícios fiscais, entre outros. Tentarei explicar o que penso dever acontecer em tópicos:

  • Não podemos inventar mais novas modalidades. Iremos com as que temos e são 6 (Basquete, Vôlei, Desportos Aquáticos, Remo/Canoagem, Ginástica, Judô);
  • Aprimoramento e dedicação total a estes esportes;
  • Construir um centro olímpico de prospecção de talentos e de desenvolvimento de atletas, um CT Olímpico, fora da Gávea, onde ficariam apenas as escolinhas;
  • Formar gerações para 2020 e 2024, não para 2016, assim geraríamos o “desenvolvimento sustentável” dos esportes autonomamente, sem que dependam do futebol;
  • Grandes peneiras de atletas.

Como fazer isto com as condições atuais?

  • Convênio com a secretaria municipal de educação para que algumas escolas da cidade olímpica sejam cooperadas com o trabalho do clube;
  • Criação de polos específicos nestas escolas, dado que não existe o centro olímpico do clube;
  • Escolha de 18 escolas que fariam este trabalho de polo/prospecção, três para cada esporte;
  • Profissionais do clube capacitando e supervisionando os professores destas escolas, para trabalho integrado;
  • Peneiras nas escolas, que aceitariam estudantes de outras escolas para o desenvolvimento dos mesmos, e estes depois de selecionados devem estudar na escola em que praticam o esporte, ou seja, uma espécie de bolsa-esporte, educação e mérito;
  • Projeto integrado de educação e esporte nas escolas, educação integral das 9 da manhã às 4 da tarde, com educação treinamento, acompanhamento médico/odontológico/psicológico;
  • Capacitação de recursos públicos por um projeto bem estruturado, via leis de incentivo fiscal;
  • Um patrocinador para cada modalidade, que teria condições ainda de integrar suas marcas investindo nos projetos de prospecção e formação.

Com todos estes aspectos postos se garantiria o futuro dos esportes do clube, a competitividade dos mesmos, não se teriam falcetas ou falácias sobre um Flamengo olímpico, os custos seriam baixos par o estado e para o clube e o retorno grandioso. Além disso, as empresas por meio de uma cota básica de patrocínio ou o patrocínio integral das modalidades teriam retorno mercadológico garantido, e por consequência garantiriam a autonomia de gestão das modalidades. Não é preciso dizer que para tanto dependeríamos de uma gestão profissional de tudo isso. Temos bons modelos, como por exemplo, o projeto da Unilever no Paraná e no Rio de Janeiro (tendo o vôlei como base). Estas linhas mal traçadas podem ser amplificadas e melhor desenvolvidas, tento apenas dar um direcionamento também profissional ao criticado e também atado esporte olímpico do Flamengo, que é sim , salvo a exceção do basquete, muito mal gerido.

Ubique, Flamengo!
SomoFlamengo, VamoFlamengo!
DesocupPatrícia!