segunda-feira, 31 de agosto de 2015

3 Meses, 17 Rodadas

Salve, Buteco! Outra vitória fora de casa, mais três pontos e o Mais Querido volta à parte de cima da tabela, tomara que, dessa vez, de forma definitiva. A sequência de jogos até anima: dois adversários lutando contra o "campo gravitacional da ZR" (Avaí e Cruzeiro) e um Fluminense que vem na descendente desde que Ronaldinho Gaúcho entrou na equipe. Completada a 21ª Rodada do campeonato e restando 17 (dezessete) rodadas e três meses de competição, o Mais Querido está a 5 (cinco) pontos do G4 e de uma vaga na Libertadores da América/2016. Muito embora cinco pontos pareça uma distância plenamente alcançável, a disputa é travada com as melhores equipes da competição, o que exige aproveitamento superior ao atual, assim como índice de erros bem menor. Isso significa, em suma, que o Flamengo precisa melhorar significativamente o seu sistema defensivo e aprender a ser mais objetivo no ataque.

A propósito, e começando a falar da vitória ontem em Recife, o Flamengo foi absolutamente autêntico e coerente com as características positivas e negativas do seu elenco. No primeiro tempo, mesmo antes da expulsão, as laterais do Sport foram grandes avenidas pouco exploradas pelo nosso ataque. Destacou-se Canteros pelos passes, inclusive o lançamento magistral para Pará, que cruzou para o cabeceio certeiro de Everton. O Genérico ameaçou apenas em uma bola aérea isolada que parou no travessão de Paulo Victor. Já no segundo tempo achei que Oswaldo demorou a mexer na equipe. É preciso ter menos cerimônia para substituir ou mesmo não escalar Emerson Sheik, bem como coragem para utilizá-lo com mais inteligência e moderação, considerando os seus 36 (trinta e seis) anos de idade. O Sport, no segundo tempo, mesmo com um a menos, chegou a dominar as ações, dado o cansaço de Alan Patrick e o desgaste de Sheik, e somente com a entrada de Paulinho o Flamengo voltou a ter o controle total do jogo e a pressionar até o final da partida. Muitas chances de gol foram desperdiçadas.

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Contra o Vasco da Gama, na segunda partida, ao substituir forçadamente Guerrero e Ederson, Oswaldo colocou em campo praticamente um 4-2-4 com Everton, Cirino, Emerson e Paulinho, dando a impressão que era Cristóvão Borges que comandava o time de algum lugar do Maracanã. Ontem, contra o Sport, Oswaldo claramente apostou na posse de bola como mecanismo para controlar o adversário que tinha um a menos em campo, mantendo Alan Patrick e Canteros até o fim em campo. Quarta-feira passada Oswaldo não tinha Alan Patrick a sua disposição; ontem tinha, o que indica que deve ser essa a sua preferência. Aliás, não sei se atendendo a um perfil traçado pelo Departamento de Futebol, o Flamengo está claramente montando um time bastante técnico e que valoriza o toque e a posse de bola. Desde o miolo de zaga, passando pela lateral esquerda, meio e ataque, nota-se que o time tem, cada vez em maior número, jogadores com essas características, como é o caso de César Martins, Samir, Jorge, Canteros, Alan Patrick, Ederson, Emerson Sheik e Guerrero. Mesmo o reserva Kayke, a despeito das falhas nas finalizações, apresentou boa movimentação e desenvoltura nas trocas de passes.

O desafio, a par de melhorar o desempenho do sistema defensivo, é tornar a posse de bola efetiva finalizando com qualidade, algo que o time ainda não se mostra capaz de fazer, como ficou bastante evidente no jogo de ontem, que poderia ter terminado com um placar mais elástico. Por outro lado, o torcedor deve entender que o perfil da grande maioria desses jogadores não é o de "arrastar a bunda no chão" e nem o do "abafa" ou o do "chuveirinho". Por isso mesmo, a tendência é que o Flamengo seja um time cada vez menos brucutu e que prime cada vez mais pela qualidade, o que não pode ser confundido com "falta de raça". Times com esse perfil só apresentam resultados quando atingem elevado grau de evolução tática e entrosamento. Antes disso, a desorganização e os espaços cedidos podem facilmente ser confundidos com "falta de raça" ou com "time sem sangue", o que pode atrapalhar a compreensão do trabalho que tem condições de ser desenvolvido.

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Goleiros: Paulo Victor, César, Daniel e Thiago.
Laterais: Pará, Ayrton, Jorge e Armero.
Zagueiros: Wallace, Samir, Marcelo, César Martins e Frauches.
Volantes: Jonas, Márcio Araújo, Canteros e Luiz Antonio.
Meias: Alan Patrick, Ederson, Everton, Almir e Jajá.
Atacantes: Guerrero, Emerson Sheik, Marcelo Cirino, Kayke, Paulinho e Gabriel.

Conforme dispõe o parágrafo único do artigo 7º do Regulamento do Campeonato Brasileiro da Série A/2015, o prazo limite para registro de contratos de novos atletas com a finalidade de utilização regular no campeonato é 15.9.2015. Cerca de duas semanas, portanto. Hoje, vejo duas grandes carências no elenco: goleiro reserva e uma segunda opção para primeiro volante. Isso não significa que outras posições não possam ser reforçadas e o elenco, em relação a elas, aprimorado ano que vem. Refiro-me, no momento, ao que considero urgências pontuais.

Começando pelo gol, a ausência de Paulo Victor recentemente causou a perda de importantes pontos e posições na tabela do campeonato devido às falhas de César. Apostar em Daniel ou Thiago não parece ser minimamente sensato ou mesmo responsável. Talvez acender uma vela para que Paulo Victor não se contunda até janeiro resolva todos os nossos problemas nessa posição. Do contrário, é certeza que sofreremos graves apuros novamente.

Quanto aos volantes, acredito que o elenco careça urgentemente de outro jogador com o perfil do Jonas para atuar como primeiro volante, com todo o respeito ao esforçado, porém limitadíssimo Márcio Araújo, que espero ver fora da Gávea no final do ano. Daí pra frente as opções existem para formar o trio do meio: Canteros e Alan Patrick, Luiz Antonio e Alan Patrick, Canteros e Luiz Antonio, tudo a depender das condições de jogo, físicas e regulamentares. Na minha opinião, pelo que produziu em campo, o Alan Patrick é titular e deve permanecer em campo enquanto tiver condições físicas. Contudo, não o vejo mais recuado do que como terceiro homem, inclusive pelo pouco fôlego que demonstrou até o momento. Lembro, a propósito, que o time teve uma boa sequência com três volantes sob a direção de Cristóvão Borges, que infelizmente abandonou o pragmatismo em favor de uma formação mais ofensiva, moderna e ousada, para a qual, porém, o elenco ainda não estava pronto.

Especificamente em relação a Canteros, à medida em que o time evolua taticamente, seu futebol tenderá a aparecer ainda mais, porém haverá situações em que, para não perder o meio, Oswaldo precisará optar por ele ou Alan Patrick no segundo tempo, até porque o time que se desenha como sendo de sua preferência, como titular, não fez pré-temporada junto e apresenta jogadores com as mais distintas condições físicas no momento. É improvável que a equipe atinja uma sintonia fina tática tal que esses jogadores possam atuar por 90 (noventa) minutos juntos sem comprometer o sistema defensivo.

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Gostei do desempenho da dupla de zaga, a exemplo do que ocorreu na partida contra o Vasco da Gama na quarta-feira. Samir falhou novamente na bola aérea (como ocorrera contra o São Paulo), porém mais uma vez foi firme no combate. Não vejo espaço para a volta de Wallace no momento.

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O elenco não é ruim e pode subir na tabela. Serão 3 (três) meses e 17 (rodadas). Se Oswaldo é o treinador certo para esse elenco eu não sei. Terá esse prazo para provar que é. Fica então a pergunta: até onde Oswaldo e esse elenco podem chegar nesse período?

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Torcida potiguar convocada para o encontro com o Avaí na Arena das Dunas, quarta-feira, 2 de setembro, as 22:00h. Como de praxe, a palavra está com vocês para ajudar Oswaldo a escalar o Mais Querido.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 30 de agosto de 2015

Sport Recife x Flamengo



Campeonato Brasileiro 2015 - Série A - 21ª Rodada

Sport Recife - Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Diego Souza, Marlone e Maikon Leite; Hernane. Técnico: Eduardo Baptista.

FLAMENGO: PaulVictor; ParáCésaMartinsSamiJorge; Márcio Araújo, CanterosAlan PatricEverton; Emerson Sheik e KaykeTécnico: Oswaldo dOliveira.

Data, Local e Horário: Domingo, 30 de agosto de 2015, as 16:00h (USET/PRUCT/GMT 15:00h), no Estádio Aldemar da Costa Carvalho ou "Ilha do Retiro", em Recife/PE.

Arbitragem - Braulio da Silva Carvalho (ASP/FIFA/SC), auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA/SP) e Carlos Berkenbrock (SC). Quarto Árbitro: Emerson Luiz Sobral (PE). Delegado: Paulo Jorge Alves.

Pendurados: Paulo VictorParáMárcio AraújoAlan PatricEverton.

Alfarrábios do Melo

Reformulação.

A administração que acaba de tomar posse do Flamengo encontra diante de si o desafio de recuperar um clube que começa a se afastar da disputa dos principais títulos, após mais de uma década de protagonismo. Recebe um time qualificado, mas repleto de jogadores sem identificação com a instituição, desmotivados e incomodados com a falta de estrutura (salários e premiações atrasados, entre outros problemas).

Com efeito, a temporada flamenga pode ser considerada decepcionante. No primeiro semestre, o time amargou a pior campanha em um Estadual nos últimos 14 anos, terminando em uma inimaginável quarta posição, chegando ao requinte de não vencer nenhum clássico, perdendo quatro dos seis disputados. Já no Campeonato Brasileiro, mesmo após forte reforma no futebol, a equipe andou namorando a zona de rebaixamento, da qual se afastou após ligeira melhora. A âncora da temporada foi a conquista da Copa do Brasil, num trajeto facilitado pela eliminação precoce das equipes tidas como favoritas.

O diagnóstico para o fracasso é decretado. O Flamengo, após o fim da “Geração Zico”, optou por trilhar um caminho distinto do que lhe é peculiar. Foi às compras montar um time que desse retorno rápido. Investiu em jogadores com experiência em outros centros, outras realidades. Abriu mão inclusive de fomentar a criação de ídolos, permitindo que alguns jogadores usassem o clube como um rápido trampolim para suas aventuras europeias. A ideia foi ostentar uma equipe cara e cheia de medalhões forasteiros. Na prática, um time frio, distante e sem postura vencedora.

Agora é preciso rever tudo.

Com as finanças combalidas, a nova diretoria anuncia que não fará “loucuras” para contratar reforços. A primeira medida é dispensar o caro e valorizado treinador Jair Pereira, trazendo para seu lugar o talentoso e promissor Vanderlei Luxemburgo, que levou o modesto Bragantino ao título paulista e ao 8º lugar do Campeonato Brasileiro. Luxemburgo, além de estar em ascensão na carreira, é rubro-negro, jogou no Flamengo e conhece o clube, é cria da casa.

Cria da casa. A premissa passa a gravitar em torno desse ponto.

A primeira etapa é a dispensa ou a negociação de vários atletas. Bobô e Zanata acertam sua ida ao Fluminense, o zagueiro Fernando (autor do gol do título na Copa do Brasil) é vendido ao futebol português, o lateral Nelsinho (que chegou a criticar duramente o clube durante sua passagem) é devolvido ao São Paulo e o ponta-esquerda Paulinho Carioca (ex-Fluminense) é remetido ao México.
Luxemburgo recebe a missão de remontar o elenco com os jogadores das divisões de base. A geração campeã da Copa São Paulo de 1990 enfim viverá sua transição definitiva para os profissionais, fechando um ciclo iniciado em 1988, ainda com Telê Santana no comando. Chega o momento de jogadores como Rogério, Júnior Baiano, Fabinho, Luís Antônio, Marquinhos, Nélio, Marcelinho, Djalminha e Paulo Nunes serem efetivamente aproveitados na equipe principal, agora disputando o posto de titulares.

Há espaço para alguns reforços, que irão compor o elenco. O lateral-esquerdo Leonardo é vendido ao São Paulo (para onde havia sido emprestado), e em troca chegam o vitorioso e experiente goleiro Gilmar, o elogiado zagueiro Adílson e o espevitado meia Paulo César, como aposta. Do Guarani virá o raçudo volante Charles Guerreiro, da Portuguesa chega o habilidoso meia Toninho. Para a lateral-esquerda, o Flamengo recruta o ex-seleção Dida e para a zaga o rubro-negro aproveitará um litígio de Wilson Gotardo com o Botafogo e assim ganhará um líder natural. Os reforços, assim, conjugam perfis que aliam liderança, competitividade, experiência e talento, abrindo espaço para uma ou duas apostas.

Os jovens e os reforços irão se juntar a uma base de jogadores já montada. Zé Carlos, Ailton, Alcindo e Zinho são os jogadores com “tempo de casa” que, junto com Gaúcho e Uidemar, contratações bem-sucedidas do passado, formam um competente “elenco de apoio”.

Resta a questão da liderança maior. Para esse papel é eleito Júnior, o último remanescente da Geração Zico, que desde que retornou da Itália tem exercido um papel secundário (jogou de zagueiro com Espinoza e chegou a ser barrado por Jair Pereira durante a temporada anterior). O “Capacete”, que andava desmotivado, é convencido a continuar a carreira e ganha carta branca para se tornar a principal referência da jovem equipe flamenga que começa a se formar. Irá exercer, em termos de liderança e comando, papel semelhante ao outrora desempenhado por Zico.

Mas, para isso, é preciso resolver outra questão. Renato Gaúcho, ídolo e principal jogador do time na temporada anterior, está em boa fase e desfruta de prestígio junto aos torcedores e à crônica. No entanto, o craque não desfruta de bom relacionamento com os jovens da base e nutre uma velada rivalidade com Júnior, que não aprova o temperamento expansivo e irrequieto do atacante. Nesse contexto, surge uma proposta agressiva de Emil Pinheiro, que quer levar Renato para o Botafogo. O Flamengo inicialmente resiste (talvez como jogo de cena), mas a negociação acontece sem maiores obstáculos por parte do rubro-negro, o que magoa o atacante, que preferia permanecer na Gávea.

Assim, o elenco para a temporada de 1991 está montado, de uma forma completamente coerente com a premissa de devolver ao Flamengo sua identidade e algumas das características que fizeram do clube uma instituição vencedora ao longo de sua história. Não por acaso, jogadores, comissão técnica e dirigentes, apesar das dificuldades, parecem entusiasmados com o ano que está prestes a iniciar.

Vai começar uma história.

* * *

Mas o caminho está longe, muito longe, de ser fácil. O jovem time começa muito mal a temporada, sendo abatido por sucessivas goleadas. Os jornais gritam que o Flamengo montou um dos “piores times de sua história”. O time chega a permanecer algumas rodadas na lanterna do Campeonato Brasileiro. A recuperação, sempre sob desconfiança, começa apenas aos poucos, gradativa. Quando o time parece enfim estar crescendo, sofre uma contundente eliminação na Libertadores para o Boca Juniors. O treinador Luxemburgo, impaciente com a demora nos resultados, entra em atrito com vários jogadores e dirigentes e força a sua saída, enquanto há rumores de que esteja negociando um contrato com o Guarani. Algumas contratações não vingam, como Paulo César (que foge para sua terra natal em plena vigência de contrato), Toninho e Dida, todos devolvidos. Adilson até agrada, mas o clube, sem dinheiro, o devolve ao São Paulo. Nenhum jogador negociado será reposto.

Carlinhos assumirá o comando após a saída de Luxemburgo. Manterá as linhas gerais do trabalho do antecessor, embora promova algumas mudanças que tornarão a equipe mais equilibrada e ofensiva. O time-base será praticamente mantido e aprimorado. O perfil da equipe conjugará velocidade, forte marcação no meio, uma bola parada letal e muita, muita, mas muita raça e disposição. Fará um Estadual impecável, a ponto de, após uma vitória sobre o Vasco (2-0), arrancar de um jornalista europeu que assistiu ao jogo a declaração de que a atuação do Flamengo foi “a mais perfeita em termos técnicos e táticos que vi uma equipe de futebol desenvolver em toda essa temporada”.

Um dos “piores times da história do Flamengo” conquistará o Estadual de forma inapelável, irretorquível, com direito a goleada na Final. E, mesmo sem ainda saber, estará pronto para voos maiores.

Como sempre foi inerente à essência flamenga.


À nossa natureza.




sábado, 29 de agosto de 2015

Eu só queria sonhar...



Ontem eu tive um pesadelo e foi terrível!

Sonhei que o Flamengo não conseguia ganhar do Vasco, mesmo o time cruzmaltino sendo o maior saco de pancadas da primeira divisão do futebol brasileiro.

Sonhei com mais uma eliminação vexatória na Copa do Brasil e que o nosso tetra ficou um ano mais distante.

Pior! Sonhei que o Guerrero e o Ederson saíam contundidos de jogo ainda no primeiro tempo e de que o gol da eliminação seria marcado pelo Raphael Silva. Acredite quem quiser!

Sonhei com mais um gol de cabeça sofrido, o quadragésimo em sei lá quantas partidas.

Sonhei que o Oswaldo pediu para o time atacar para a torcida adversária no segundo tempo e acabou com uma das poucas tradições que se mantinham no Maracanã.

Meus amigos, não foi fácil. Sonhei com o racha dos blues, que o lema “Nada do Flamengo, tudo pelo Flamengo” não passava de uma mentira e de que a briga de egos era mais importante do que a instituição.

Sonhei que o futebol, carro chefe do clube, mais uma vez não merecia a atenção necessária e de que mais um ano havia sido jogado fora.

Sonhei até que o Biscotto (ele mesmo!) havia sido contratado novamente para ser vice de futebol do Flamengo. Eu sei, eu sei, daí é demais! Mas é sonho, o que posso fazer? Não é culpa minha. Como diria Lucas Silva e Silva, “tuuudo pode acontecer...”.

Alguns vão dizer que sou pessimista, que a solução é deixar de dormir. Pensamentos positivos atraem coisas boas dizem os mais esperançosos. Confesso que já não sei nem como sonhar.

Preferia ter sonhado com o Freddy Krueger do que ter tido o pesadelo que tive ontem. Pelo menos ele nem nos sonhos larga o manto sagrado, é torcedor de verdade!

Me belisquem! Me tirem desse pesadelo! Me façam ter alguma espécie de acidente para despertar, eu vi isso no filme “A Origem”, deve funcionar.

Se o caô definitivamente acabou eu não sei, mas esse pesadelo me parece ainda longe de terminar...


E eu só queria sonhar... 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Inaceitável


 

Irmãos rubro-negros,


naturalmente, a coluna tem de ser escrita ainda no rescaldo do resultado lamentável de quarta-feira passada.

Aliás, o futebol do Flamengo tem protagonizado indesculpáveis vexames, dentro e fora de campo, desde a semifinal da Copa do Brasil do ano passado.

São inúmeros episódios vergonhosos, que expuseram a instituição e demonstram que o futebol vai mal, muito mal.

Não se trata de comentar em cima de resultado, ou melhor, trata-se exatamente disso, pois perder quatro vezes seguidas para o time do Eurico, nas condições atuais, sendo eliminado nas oitavas-de-final da Copa do Brasil pelo último colocado do Campeonato Brasileiro, é motivo mais que suficiente para indignar e revoltar imensamente o povo rubro-negro.

E não adianta, após dois anos e meio de gestão, olhar para o alto, para baixo e para o pretérito ou apontar o dedo para quem quer que tenha passado pelo clube nos últimos anos.

O momento é de assumir a responsabilidade pelo gigantesco fracasso que tem sido a administração do futebol do Flamengo nos últimos trinta e dois meses.

E não dirijo essa observação apenas ao presidente Eduardo Bandeira de Mello, pois ele é o único que, bem ou mal, se expõe em nome do clube.

Pode não ser o presidente perfeito, mas ao menos ele se posiciona, ainda que de modo excessivamente polido.

Eu pergunto: quem, além dele, na diretoria do clube, faz uma defesa entusiasta da instituição? Ninguém.

...

A verdade é que o futebol do Flamengo sofre da completa falta de comando e de identidade. Isso pra mim é um fato.

Quem manda no futebol do Flamengo atualmente? O presidente Eduardo Bandeira de Mello, o Fred Luz e o Rodrigo Caetano. Ou seja: não manda ninguém.

Por isso, por causa dessa falta de hierarquia, comando e liderança, nenhum técnico de estilo calmo e estudioso dará certo no clube. Porque o técnico, muito além de se preocupar com o rendimento técnico e tático do time, terá de atuar também como disciplinador, orientador e supervisor dos atletas.

Esse vexame de quarta-feira deveria servir como um divisor de águas, deveria incentivar a reflexão de todos nós rubro-negros sobre os rumos do futebol do Flamengo.

Mas parece que estamos em estado de torpor, anestesiados. Acostumamo-nos aos reveses, às derrotas.

A impressão que se tem é de que a disputa eleitoral é muito mais importante que o futebol do clube. 

De um lado, na oposição, os que torcem contra; do lado da diretoria, os que douram a pílula.

E assim, de vergonha em vergonha, vai caminhando o futebol do clube.

Triste, muito triste.

...

Sobre os jogadores, nada tenho a acrescentar ao que o meu amigo Melo escreveu domingo passado.

Meu pensamento encontra-se em perfeita sintonia com o que está ali escrito.

Sem dúvida, esse é um dos times mais pusilânimes e covardes da história sagrada do Clube de Regatas do Flamengo.

Um time sem sangue, sem brio, sem ambição, que não se supera, que não deseja com fervor a vitória, a glória. Um time que se comporta de modo burocrático, diria até medroso, ansiando pelo apito final.

Isso é a antítese da alma flamenga.

...

Quanto ao Oswaldo, se foi dele a ordem de alterar o lado do campo, fazendo com que o clube atacasse no primeiro tempo para a torcida rubro-negra, digo o seguinte: começou muito mal seu trabalho no clube. 

Tradição como essa é para ser respeitada, até estatutariamente.

O Flamengo tem a obrigação, o dever moral, de escolher sempre atacar no segundo tempo para o lado em que se encontra a torcida rubro-negra. 

No caso do Maracanã, para o lado à esquerda das cabines de rádio e de televisão.

Afora essa questão, vale lembrar a enorme bobagem de colocar a um só tempo, ainda no primeiro tempo e com o Flamengo à frente no placar, Emerson, Everton, Paulinho e Cirino (um dos mais frouxos, se não o mais,  jogador que já vi vestir a camisa do Flamengo), deixando o Márcio Araújo, amarelado desde o primeiro tempo, e o Canteros, que não marca, não arma, não finaliza, sozinhos no meio de campo.

Quem deveria ter entrado, em vez do Cirino, era o Jonas. Perdemos o meio de campo. Perdemos a criação. Viramos um bando.

...

Bem, eu realmente não assimilei, nem vou assimilar, essa eliminação e a situação lamentável em que se encontra o futebol do Flamengo.

O clube é roubado rodada após rodada e não se vê uma reação realmente firme, assertiva, rígida.

Ontem o árbitro veio encomendado. Foi bastante condescente com o antijogo e a violência do adversário e excessivamente rigoroso com os jogadores do Flamengo.

Mas não fomos derrotados por isso. Faltou jogar como Flamengo.

Tristeza e revolta, amigos, é o sentimento no coração da massa rubro-negra.

...

E como a situação no Campeonato Brasileiro não é confortável, não há tempo para lamúrias.

O Flamengo precisa vencer a cachorra de peruca, o popóti, o famoso campeão da segunda divisão de 1987, aliás, campeão não, pois abandonaram a disputa de pênaltis antes de encerrá-la.

É de bom alvitre vencer. 

...




Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Sobrou Incompetência

E o Flamengo foi eliminado pelo Vasco. O pesadelo de muitos ocorreu. Vasco entrou para arrebentar e conseguiu. Com o juiz deixando a violência rolar solta pelo lado do Vasco enquanto amarelava o time do Flamengo. Fizemos  o primeiro gol em uma jogada de sorte. Uma bola cruzada bateu na perna do jogador do Vasco e entrou. E, claro, como teve um corta luz de um jogador saindo em impedimento, isto mereceu a repetição da cena umas cem vezes na transmissão. Não me lembro do mesmo enfoque no impedimento do gol do Vasco no primeiro jogo, ao meu ver bem mais clamoroso.


E agora Rodrigo?

O primeiro gol foi a senha para começar a série de agressões aos jogadores do Flamengo com o propósito de tirá-los do jogo. O técnico fundamentalista evangélico, capaz da violência de tirar uma estátua de Nossa Senhora da sala da imprensa do Vasco não teve qualquer tipo de consideração "crística" ao adversário. Bateram, bateram até conseguirem tirar jogadores importantes de campo. O Guerrero porque o jogador vascaíno ao cair lhe segura o tornozelo, o torcendo de forma proposital. E o Ederson, saindo com o rosto rasgado e perna machucada. Uma série de agressões seguidas não punidas pelo juiz.

Com a saída dos dois o Flamengo morreu no ataque. Sheik não dava conta. Cirino entrou, as usual, apagado e Paulinho, embora tentasse bastante, embolava as jogadas, chutava mal, não dando sequência. Everton, que enquanto teve mais folêgo conseguiu criar jogadas, simplesmente errava 10 entre 10 jogadas de último passe. A habilidade deste jogador em escolher SEMPRE a jogada errada impressiona. Deveria ser objeto de estudo. O erro persistente. Deveria tentar fazer como o personagem "looser" George Constanza, em um episódio da famosa e inesquecível série Seinfeld, em que, como tudo frequentemente dava errado em qualquer decisão que fizesse, resolveu justamente fazer sempre o oposto, conseguindo assim, grande sucesso...Everton no último passe deveria pensar em A e fazer B.

E com o Flamengo claudicante no ataque, e Sheik numa noite particularmente egoísta. Parecia o dono da bola, não passava para ninguém e queria finalizar sempre. Sheik sem Guerrero fica um jogador não solidário. Vasco aproveitou e resolveu atacar. E claro, defesa do Flamengo muito mal montada com o zagueiro com pulo de caracol, César Martins. Uma jogada de escanteio já tinha dada a tônica. Paulo Vitor (para não variar) sai muito mal do gol,  a bola fica sobrando para os jogadores do Vasco enquanto a zaga do Flamengo se limita a assistir e marcar a bola, até Paulo Vitor salvar numa defesa de reflexo. Falei para um amigo ao meu lado. "Ferrou. Esta defesa aí do Flamengo é garantida levar pelo menos um gol de bola aérea." E não deu outra. Logo após uma curiosa e diria medrosa entrada do Jonas (para reforçar o meio da área?), um jogador do Vasco que tinha acabado de entrar, em um cruzamento pela esquerda, pelo lado do Pará, que fez uma partida horrível, cabeceia SOZINHO na pequena área, sem qualquer tipo de marcação em um raio de 3m. Parecia pelada. Flamengo na bola aérea é de uma incompetência atroz. Mas de qualquer maneira coloco isto HOJE na conta do treineiro e do seu péssimo auxiliar Jayme, que há tempos (infelizmente) no Flamengo e ainda é incapaz sequer de auxiliar direito e indicar ao Oswaldo o ÚNICO zagueiro decente que o Flamengo possui em bola aérea para jogar, o Marcelo. Que, infelizmente, é perseguido e achincalhado pela torcida do Flamengo. O destino pune. E pune com a desclassificação do Flamengo. 

E agora? Como pode perder tanto assim para o Vasco em 2015? Tem desculpa, Rodrigo Caetano? Departamento de Futebol? Dirigentes? Não tem. Isto é acintoso e vexatório.



Por Flavio H Souza
twitter: @PedradaRN  

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Vasco da Gama x Flamengo


Copa do Brasil 2015 - Oitavas-de-Final - 2º Jogo


Vasco da Gama - Martín Silva; Madson, Rodrigo, Anderson Salles (Jomar) e Christiano; Guiñazu, Serginho, Júlio dos Santos, Nenê e Jorge Henrique; Thalles (Dagoberto). Técnico - Jorginho.

FLAMENGOCésar (Paulo Victor)Pará, César Martins (Marcelo), SamiJorge; Márcio Araújo (Jonas), CanterosEderson Everton; Emerson Sheik e GuerreroTécnico: Oswaldo dOliveira.

Data, Local e Horário: Quarta-feira, 26 de agosto de 2015, as 22:00h (USET/PRUCT/GMT 21:00h), no Estádio Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem - Wilson Pereira Sampaio (FIFA/GO), auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho (FIFA/SP) e Guilherme Dias Camilo (FIFA/MG). Quarto Árbitro: Marcelo Aparecido R. de Souza (SP). Delegado: Nilson de Souza Monção (SP).


Gol neles, Mengão !


Creio que todos nós preferimos que o Flamengo vença sempre jogando bem e na bola. Penso que não poderia ser diferente para o torcedor do clube que já teve um dos maiores times de futebol de todos os tempos, gozando do status de Campeão de tudo, absolutamente TUDO, sob a regência de Zico, Júnior e Leandro;

Mas, porém, contudo, todavia, a cultura popular, âmbito no qual está inserido o futebol, diz que "Pau que dá em Chico dá em Francisco", ou seja, a lei vale para todos, como muito bem lembrou o atual PGR Rodrigo Janot ao assumir o respectivo cargo em 2013; 

E onde e por que o jogo Flamengo x Vasco desta noite entra nessa história? Elementar, meu caro amigo do Buteco! O adversário da vez apenas sabe jogar de duas formas primitivas: a primeira alçando bolas altas sobre a defesa do oponente na tentativa de fazer gol e a segunda desferindo bordoadas em todas as direções, de cima para baixo e da direita para a esquerda, embaladas por gritos intimidatórios ao velho estilo do Tarzan e sua Jane embrenhados na selva;

O Flamengo não pode deixar-se novamente ser vencido pela vontade e no grito de quem quer que seja, muito menos por um time medíocre tecnicamente e que, no atual Campeonato Brasileiro, tem um número de gols igual à quantidade de expulsões de jogadores de campo. No primeiro caso é ridículo e no outro extrapola todos os limites esportivos, o que justifica a sua risível colocação no certame, a justa última posição na tabela, no caminho correto para o  terceiro e humilhante rebaixamento para a Segunda Divisão, em apenas oito anos, com direito a pedir música no "Show da Vida" da Poderosa, num domingo à noite antes de dezembro chegar;

Sendo a bola alta a jogada mais perigosa do adversário, a possível volta do goleiro Paulo Victor será bem-vinda, pois o jovem César, que equilibrou-se depois de um início vacilante, voltou a falhar bisonhamente, apesar da vantagem de usar as mãos e os joelhos levantados em disputas contra atacantes que usam a cabeça para alcançar a bola em sua pequena área, além do bônus da marcação de falta de ataque nesses lances, artifício muito usado pelos complacentes árbitros brasileiros;

Ninguém desconhece que será uma partida de alta tensão, mas o Flamengo tem que se impor porque é melhor, tem mais time, é mas equilibrado emocionalmente e, assim sendo, confio numa vitória. Eis o espírito da noite!

SRN!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Flamengo Caribenho



"O Flamengo não fica no estádio quando o jogo acaba, sai, é a própria multidão que se perde em mil ruas, levando para cada canto a presença do Flamengo."

Não é comum encontrar em Porto Rico alguém que se interesse por futebol. Essa ilha retangular de 160 x 100 km, que passou das mãos de espanhóis para americanos na guerra hipano-americana no fim do século XIX, com pouco mais de 4 milhões de habitantes tem como esportes mais populares o beisebol, o basquete e o boxe. Portanto, qual não foi minha surpresa ao conhecer, na família de minha esposa, o primo Omar. Encantado com o Brasil, estudioso das nossas culturas, amante do nosso futebol. Capaz de escalar as principais seleções canarinhas do século XX, de conversar longamente sobre Zizinho, sobre Djalma Santos, sobre Didi. Sobre Sócrates, sobre Falcão, sobre Zico. 

Zico.

Flamengo.

Não foi difícil estabelecer o vínculo: "Olha Omar, esquece essa coisa de CBF, a verdadeira paixão nacional é o Flamengo, é a religião da qual Zico foi o Messias que nos levou à terra prometida."

Desde então passou a ler o que encontrava sobre o Flamengo. Se tornou um conhecedor de Leandro, de Júnior, de Adílio. E de Carlinhos, de Bria, de Dida. Doutrinou uma amiga boricua e com ela desenhou e produziu camisas com motivos Flamengos. Uma para ele, outra para ela, outra para algum amigo, raramente passam de 4 ou 5 unidades. Me presenteou algumas. E houve reciprocidade, claro: camisas e bandeiras daqui para lá também.


Uma das camisetas boladas pelo primo para divulgar o Fla em Porto Rico


Em abril de 2013 no esquenta para um jogo do Flamengo, eu minha esposa e ele devidamente uniformizados, solenemente criamos a Fla-Puerto Rico. Por enquanto ainda temos 4 membros: nós 3 mais a amiga das camisetas.


Lançamento da pedra fundamental da Fla-Puerto Rico


Ainda em 2013, sua primeira visita ao Brasil, chegada em Salvador, dia de Flamengo, assistimos na Fla-BA. Foi seu primeiro contato com a grandeza do Flamengo, recinto repleto de rubro-negros, e ele encantado. E o Flamengo tomando gol de goleiro no fim do jogo. Ninguém disse que era fácil. Vimos vários outros num período de algumas semanas já documentado no Buteco nesta coluna.


Em Salvador, na companhia da Fla-BA


Finalmente chegou o momento da realização de um sonho: ver o Flamengo no Maracanã. Não se atreveria a vir sozinho, mas no momento em que confirmei minha vinda ao Rio ele comprou passagem também. San Juan - Miami - Galeão. 12 horas depois estava caminhando pelas aprazíveis ruas do Flamengo em busca de um cafezinho. E daí para a Gávea, secretaria. Para resolver um empecilho: a falta de CPF.

A primeira informação necessária para se associar ao Flamengo é o CPF. Sem isso não há possibilidade de associação pela internet. Enviei email para a secretaria, e a resposta veio tristemente curta: não havia jeito mesmo. Aí entra o Luiz Filho, esse incansável batalhador, que reclama com sua amiga Luzia na secretaria, e ela responde que tem jeito sim, que ela resolve. Então após o cafezinho rumamos ao encontro de nossa guardiã na secretaria. Não foi fácil, todo o sistema gira em torno do CPF, é a chave única identificadora dos sócios. Mas a obstinação com que o tema foi tratado venceu todos os empecilhos, e o primo Omar é aparentemente o primeiro estrangeiro sem CPF a se associar como Contribuinte Off-Rio.


Momento da entrega da tão sonhada carteirinha: só sorrisos


De posse da tão sonhada carteirinha, a primeira providência foi sair para poder entrar pelas catracas da entrada principal, recebendo a mensagem de Bem-Vindo estampada na tela. Momento histórico, devidamente registrado.


"Bem-vindo, estranho, ao seu lar"


Claro que o domingo foi um pouco decepcionante no esquenta, pouca gente nas ruas, bares meio vazios (até o Chico's!!), tudo diferente do que sempre vi em minhas visitas ao Maracanã. Claro, como bem retratou o Melo em sua brilhante coluna dominical, não há quem não esmoreça com tanta demonstração de falta de sei-lá-o-que, falta de tudo, derrotas para Palmeiras e Vasco. Repeti algumas vezes que tivesse o Flamengo ganhado bem do Vasco o cenário de domingo seria outro completamente diferente. Mas o primo Omar estava feliz com o que tinha e via, e interagiu com quem encontrou, tirou fotos, se emocionou com a grandeza do pouco que havia.


Esquenta no Cantinho dos Amigos: dessa vez não teve ENBuF


Já dentro do Maracanã pode cantar tudo o que ensaiou nas semanas que antecederam a viagem: vamu Flamengo, vai pra cima deles Mengo, vai começar a festa, acabou o caô, e que torcida é essa, que faz o que fez nesse nosso templo, contra todas as expectativas?

Torcemos, sofremos, pulamos, gritamos, reclamamos, vibramos, fomos Flamengo! E o Flamengo foi um pouco de Flamengo na tarde de domingo.


O Maraca é nosso!!


O que mais podia nos reservar um dia tão cheio de diferentes emoções, além de um bom chopp com sanduíche de pernil no Lamas, local de tanta história e tantas histórias? Só se fosse em companhia do grande irmão rubro-negro Norske, para fechar com chave de ouro essa viagem inesquecível para o primo Omar.


A resenha se deu no tradicional Lamas, berço da criação do Flamengo.


"Quem vai à Gávea não sente a grandeza do Flamengo. E, muito menos, quem vai à praia e vê a sede, lá atrás, baixa, estreita, com um andar só. Sente-se a grandeza do Flamengo cá fora, nas ruas, nas paredes que viram placares de vitórias do Rubro-Negro. E nos estádios, do lado das arquibancadas, das gerais. A multidão grita Flamengo, e o grito da multidão da uma ideia do que é o Flamengo, uma medida de sua grandeza. O Flamengo não está na Gávea, na praia, no Morro da Viúva: está em toda parte. É grande por fora."

PS: As citações em negrito são do Mário Filho, em Histórias do Flamengo.

PS2: E em dado momento havia pelo menos 15 bambis comodamente acompanhando de pé uma jogada qualquer de falta ou lateral no ataque do São Paulo. De pé no ataquezinho do São Paulo, perceberam? Realmente a Leste virou casa da mãe Joana. Nada que um bom brado a plenos pulmões "Aí, bambizada, vamos sentar que isso aqui não é Morumbi não. Todo mundo sentado, porra!!" não resolvesse. Confesso que me surpreendeu. Todo mundo sentou sem nem olhar para trás. LME ficaria, novamente, orgulhoso!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A Hora do Predador

Salve Buteco! Eu sei que não deveria ser assim. O time não deveria demonstrar dignidade apenas na chegada do terceiro técnico na temporada, não poderia perder três vezes seguidas para o mesmo rival que marcou apenas oito gols em vinte jogos na Série A, ocupando a lanterna com a defesa mais vazada e levando inacreditáveis trinta e quatro gols. Não poderia sobretudo ter perdido três vezes para o rival sendo que na última demonstrou, inequivocamente, menos atitude e dedicação dentro de campo. Não se deveria ter chegado ao ponto da estrela do time chorar ao marcar um gol após seis partidas em branco, sentindo a pressão. Não precisava ter sucumbido sem reação tantas vezes dentro de campo no Brasileiro.

Mas tudo isso acabou. O fio desvirou. Foi superior, mas dessa vez ganhou, e com uma peculiaridade importante, pois, jogando com intensidade e coragem, superou mais uma falha de seu goleiro reserva, titular por força das circunstâncias; manteve os nervos no lugar e a determinação, e virou o placar contra um candidato ao G4 no Maracanã, logo no dia seguinte à divulgação, pela imprensa esportiva, de dados segundo os quais na esmagadora maioria das vezes, no Campeonato Brasileiro/2015, quem sai na frente do placar vence a partida, estando as chamadas "viradas" em verdadeiro "perigo de extinção".

Diferentemente da partida contra o Santos, por exemplo, conseguiu segurar o placar e por pouco não o ampliou. Contudo, o momento não pede uma abordagem detalhada da partida. Bobagem perder tempo com trivialidades. O time passou o recado que acordou. Para a torcida, é importante que dure.

Quarta-feira a brincadeira acaba. As providências restantes para o despacho antecipado das Suicidas da Marquise rumo a mais uma temporada na Série B não só estão preparadas, como serão impiedosa e prontamente tomadas.

Em seguida, domingo será dia de enfrentar o Genérico Usurpador em Recife e somente então haverá espaço para pensarmos e debatermos o restante do ano. Até quarta-feira a noite, não existe outro assunto e nem pode existir outro foco.

Curtam o momento, a expectativa e a tensão que antecederá a vitória, tornando-a ainda mais saborosa.

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Tenho uma única preocupação para quarta-feira e ela está em nosso gol. Será preciso ter foco por noventa minutos e consciência de que a bola não deve chegar a nossa área de maneira alguma, em cruzamentos ou em conclusões a gol.

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Como de praxe, ajudem o Oswaldo a escalar a equipe.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 23 de agosto de 2015

Flamengo x São Paulo


Campeonato Brasileiro 2015 - Série A - 20ª Rodada


FLAMENGOCésar; ParáWallace, Samir e Everton; Márcio Araújo, Canteros, Alan Patrick Ederson; Emerson SheiGuerreroTécnico: Oswaldo dOliveira.

São Paulo - Renan Ribeiro; Lucão, Rodrigo Caio e Luiz Eduardo; Bruno, Hudson, Thiago Mendes, Michel Bastos e Carlinhos; Alexandre Pato e Centurión. Técnico - Juan Carlos Osorio.

Data, Local e Horário: Domingo, 23 de agosto de 2015, as 16:00h (USET/PRUCT/GMT 15:00h), no Estádio Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem - Anderson Daronco (FIFA/RS), auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (FIFA/GO) e Fábio Pereira (FIFA/TO). Quarto Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (SP). Delegado: Sérgio Cristiano Nascimento (RJ).

Pendurados: Paulo VictorWallace, Pará e Márcio Araújo.