quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Sobrou Incompetência

E o Flamengo foi eliminado pelo Vasco. O pesadelo de muitos ocorreu. Vasco entrou para arrebentar e conseguiu. Com o juiz deixando a violência rolar solta pelo lado do Vasco enquanto amarelava o time do Flamengo. Fizemos  o primeiro gol em uma jogada de sorte. Uma bola cruzada bateu na perna do jogador do Vasco e entrou. E, claro, como teve um corta luz de um jogador saindo em impedimento, isto mereceu a repetição da cena umas cem vezes na transmissão. Não me lembro do mesmo enfoque no impedimento do gol do Vasco no primeiro jogo, ao meu ver bem mais clamoroso.


E agora Rodrigo?

O primeiro gol foi a senha para começar a série de agressões aos jogadores do Flamengo com o propósito de tirá-los do jogo. O técnico fundamentalista evangélico, capaz da violência de tirar uma estátua de Nossa Senhora da sala da imprensa do Vasco não teve qualquer tipo de consideração "crística" ao adversário. Bateram, bateram até conseguirem tirar jogadores importantes de campo. O Guerrero porque o jogador vascaíno ao cair lhe segura o tornozelo, o torcendo de forma proposital. E o Ederson, saindo com o rosto rasgado e perna machucada. Uma série de agressões seguidas não punidas pelo juiz.

Com a saída dos dois o Flamengo morreu no ataque. Sheik não dava conta. Cirino entrou, as usual, apagado e Paulinho, embora tentasse bastante, embolava as jogadas, chutava mal, não dando sequência. Everton, que enquanto teve mais folêgo conseguiu criar jogadas, simplesmente errava 10 entre 10 jogadas de último passe. A habilidade deste jogador em escolher SEMPRE a jogada errada impressiona. Deveria ser objeto de estudo. O erro persistente. Deveria tentar fazer como o personagem "looser" George Constanza, em um episódio da famosa e inesquecível série Seinfeld, em que, como tudo frequentemente dava errado em qualquer decisão que fizesse, resolveu justamente fazer sempre o oposto, conseguindo assim, grande sucesso...Everton no último passe deveria pensar em A e fazer B.

E com o Flamengo claudicante no ataque, e Sheik numa noite particularmente egoísta. Parecia o dono da bola, não passava para ninguém e queria finalizar sempre. Sheik sem Guerrero fica um jogador não solidário. Vasco aproveitou e resolveu atacar. E claro, defesa do Flamengo muito mal montada com o zagueiro com pulo de caracol, César Martins. Uma jogada de escanteio já tinha dada a tônica. Paulo Vitor (para não variar) sai muito mal do gol,  a bola fica sobrando para os jogadores do Vasco enquanto a zaga do Flamengo se limita a assistir e marcar a bola, até Paulo Vitor salvar numa defesa de reflexo. Falei para um amigo ao meu lado. "Ferrou. Esta defesa aí do Flamengo é garantida levar pelo menos um gol de bola aérea." E não deu outra. Logo após uma curiosa e diria medrosa entrada do Jonas (para reforçar o meio da área?), um jogador do Vasco que tinha acabado de entrar, em um cruzamento pela esquerda, pelo lado do Pará, que fez uma partida horrível, cabeceia SOZINHO na pequena área, sem qualquer tipo de marcação em um raio de 3m. Parecia pelada. Flamengo na bola aérea é de uma incompetência atroz. Mas de qualquer maneira coloco isto HOJE na conta do treineiro e do seu péssimo auxiliar Jayme, que há tempos (infelizmente) no Flamengo e ainda é incapaz sequer de auxiliar direito e indicar ao Oswaldo o ÚNICO zagueiro decente que o Flamengo possui em bola aérea para jogar, o Marcelo. Que, infelizmente, é perseguido e achincalhado pela torcida do Flamengo. O destino pune. E pune com a desclassificação do Flamengo. 

E agora? Como pode perder tanto assim para o Vasco em 2015? Tem desculpa, Rodrigo Caetano? Departamento de Futebol? Dirigentes? Não tem. Isto é acintoso e vexatório.



Por Flavio H Souza
twitter: @PedradaRN