segunda-feira, 31 de maio de 2021

Acho que estou ficando Cenil

Salve, Buteco! Rogério Ceni sofreu severas críticas após o empate por 0x0 contra o Vélez Sarsfield na última quinta-feira. Somando os comentários que li no Buteco, no Twitter e em grupos de WhatsApp que participo (além das interações individuais), uma boa parte da torcida achou que faltou foco na quinta-feira, enquanto eu faço parte da ala (talvez minoritária) que viu mais um problema tático causado do que propriamente um problema de foco ou de falta de empenho. Não que essa causa também não tenha tido a sua influência. Vejam bem, qualquer torcedor que acompanhe minimamente o Flamengo e conheça a sua História sabe muito bem que não são exatamente incomuns as atuações mornas ou "com o freio de mão puxado" após conquistas de títulos, quase sempre sucedidas por intensas comemorações. 

Não que eu considere o fim do mundo. Muito pelo contrário, é bastante comum que qualquer pessoa, após atingir uma meta importante, relaxe e perca o foco e a concentração. Pode ser nos estudos (prova ou concurso público) ou no trabalho (apresentação, conclusão de tarefa, etc.), o certo é que "é humano" ter alguma queda de ritmo após picos de tensão em um desafio. Quem sabe isso não influiu mesmo nas atuações contra o Vasco da Gama (Estadual/1x3) e contra o Vélez Sarsfield (0x0)? Quem sabe o grupo não tenha até tido dificuldade em focar na LDU antes do Fla-Flu da finalíssima?

O ponto que gostaria de destacar é outro. Vejo uma intrigante semelhança, talvez um padrão, nas atuações do Vélez Sarsfield e do Palmeiras nos respectivos primeiros 45 minutos de ambas as partidas. Não falo em identidade entre as posturas táticas desses dois adversários, afinal de contas, o Vélez disputou a posse de bola com o Flamengo e, na minha opinião, foi a campo para atacar e tentar descer para o vestiário com vantagem no placar, enquanto o Palmeiras, muito embora tivesse o mesmo objetivo final, bem ao seu estilo ficou menos com a bola e conseguiu até ser mais perigoso do que o Vélez.

O que me deixa encucado com as primeiras etapas de ambas as partidas é como os adversários buscaram atacar a construção das jogadas a partir do trio Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís, muitas vezes subindo a linha ofensiva para colocar pressão na nossa saída de bola. E como marcaram muito forte nesses primeiros 45 minutos, dificultando muito as ações rubro-negras. É claro que, sem Willian Arão e Bruno Henrique, contra os argentinos o Flamengo teve ainda mais dificuldades para construir, muito embora tenha cedido mais chances aos paulistas, que só não foram para o intervalo em vantagem porque Diego Alves operou um milagre (não sei se consciente ou por pura sorte).

Em ambas as primeiras etapas o time não criou e pareceu estático, com os adversários ocupando todos os espaços. Se o padrão existir mesmo, é bom que o Ceni descubra como superá-lo, já que, mesmo sem torcida nos estádios, conseguir se impor desde a primeira etapa é muito importante para fazer prevalecer o mando de campo, lembrando que as estatísticas diminuíram a prevalência dos mandantes nesse período pandêmico, mas não a suprimiram.

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Também há algo em comum nas etapas finais de ambas as partidas e é justamente a volta do Flamengo em outro ritmo, pressionando muito os adversários. É bem verdade que contra o Vélez durou bem menos e aqui sim acho mais plausível a tese da "impostura", pois faz sentido que, sem conseguir abrir o placar, o time tenha se poupado para a "decisão de campeonato na primeira rodada", contra o Palmeiras. Ontem, contudo, o time jogou bem durante todos os 45 minutos finais. O Bruno Henrique de 2019 pareceu ter voltado em uma máquina do tempo. Sua arrancada avassaladora lembrou a do segundo gol contra o mesmo adversário naquela que talvez tenha sido a vitória mais essencial da arrancada para o título. Se ontem os seus companheiros tivessem conseguido acompanhar o seu ritmo, o placar teria sido mais elástico.

De uma maneira geral, o time todo melhorou, mas especialmente meio campo subiu de produção. Gérson, Everton Ribeiro e Arrascaeta, que ficaram devendo muito na primeira etapa, voltaram muito bem para 45 minutos finais. Também gostei muito da atuação do Isla na etapa final, guardando posição e sendo muito sólido na marcação. Ninguém se criou pela nossa lateral direita.

Abel Ferreira, que havia poupado o time na quinta-feira, tentou de tudo, a ponto de fazer suas cinco substituições antes mesmo de Ceni fazer a sua primeira. Se, no plano tático, levou vantagem no primeiro tempo, foi impiedosamente massacrado na etapa final: segundo o SofaScore, foram 8 finalizações rubro-negras a gol contra apenas uma alviverde, e sete finalizações rubro-negras dentro da área contra apenas uma alviverde. Diego Alves praticou uma defesa, contra seis de Weverton.

No dia seguinte à conquista do superbicampeonato brasileiro, dividi com vocês, neste post, minhas dúvidas acerca do que chamei de "Fórmula Ceni" e também do que considerei uma "vitória tática" (sem nocaute, mas por pontos) de Abel Ferreira, enquanto no post da semana passada externei a minha preocupação com o que me pareceu ser uma idiossincrasia do nosso treinador em criar um sistema defensivo autoral, em prejuízo da eficiência.

Hoje, ao contrário, sinto-me bastante aliviado, primeiro porque, se os 45 minutos iniciais pareciam indicar uma vitória incontestável de Abel Ferreira, Ceni incontestavelmente "virou o jogo" no segundo tempo, superando todas as substituições e manobras do português.

Em segundo lugar, porque o sistema defensivo inegavelmente melhorou, sem prejudicar a produção ofensiva. Aliás, o pior momento aconteceu justamente quando o time não conseguia se impor em relação ao adversário e atacá-lo, o que acaba sendo mais uma prova da boa atuação na segunda etapa.

Mas melhor do que tudo isso, ao menos para mim, é constar que o nosso treinador apresenta sinais de evolução e de superação nos momentos mais difíceis. 

Ontem foi mais um deles.

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Quem me dá a honra de me acompanhar no Buteco sabe que eu sou pró-treinadores estrangeiros, por considerar que o Brasil, por nunca ter investido seriamente na formação de seus treinadores, atravessa uma enorme crise de qualidade nesse setor, especialmente após a entrada de vigor do artigo 28, § 2º da Lei 9.615/98, a "Lei Bosman dentro da Lei Pelé", extinguindo a "Lei do Passe". 

Em suma, na minha opinião, a maioria dos treinadores brasileiros é avessa ao estudo aprofundado de tática e, pior ainda, sequer tem a humildade de admitir o fato. A mentalidade dos dirigentes e dos jornalistas, em geral, é muito parecida, o que não surpreende, embora já seja possível sentir um movimento de mudança.

Além do Tite (figura intragável que espero jamais ver no Flamengo), se há um treinador que pode conseguir diminuir ao menos um pouco essa distância, na minha opinião, é Rogério Ceni. Vejo-o dando passos firmes nesse sentido. Aliás, não vejo distância entre o nosso treinador e os estrangeiros que trabalham no Brasil e na América do Sul nos clubes mais importantes, com a exceção de Marcelo Gallardo, do River Plate.

No Flamengo, Ceni já coleciona títulos importantes e vem superando momentos de dificuldade, inclusive revertendo expectativas altamente negativas, como nas partidas fora de casa contra Vélez Sarsfield e LDU, no Fla-Flu (finalíssima) e, agora, contra o Palmeiras de Abel Ferreira, um treinador que joga no velho estilo conservador europeu, que não me agrada, mas é muito admirado por grande parte dos treinadores brasileiros. A diferença é que Abel executa melhor do que eles, com muito mais critério e qualidade. 

É muito bacana constar que a trajetória de Ceni, muito embora não deixe de ter os seus acidentes, vem crescendo em consistência. Já havia dito a vocês que a antipatia por ele, de minha parte, havia deixado de existir pela admiração do que considero um corajoso trabalho no Fortaleza. Hoje já estou gostando do nosso treinador e torcendo muito para que atinja o patamar que o clube merece com um treinador.

Enfim, acho que estou ficando "Cenil" e espero que seja um bom sinal, pois tenho confiança de que dará certo.

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 30 de maio de 2021

Flamengo x Palmeiras

 

Campeonato Brasileiro/2021 - Série A - 1ª Rodada

Domingo, 30 de Maio de 2021, as 16:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís; Diego, Gérson, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Pedro. Técnico: Rogério Ceni.


Palmeiras: Weverton; Luan, Gustavo Gómez e Alan Empereur; Gabriel Menino, Felipe Melo, Patrick de Paula, Raphael Veiga e Viña; Rony e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira.

Arbitragem: Anderson Daronco (FIFA/RS), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Leirson Peng Martins (AB/RS) e Michael Stanislau (AB/RS). Quarto Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (AB/RJ). Árbitro de Vídeo (VAR): Daniel Nobre Bins (AB/RS). Assistente VAR: José Eduardo Calza (AB/RS). Observador de VAR: Giulliano Bozzano (CBF/MG).

Transmissão: Rede Globo (aberta) Premiere (sistema pay-per-view).


quinta-feira, 27 de maio de 2021

Flamengo x Vélez Sarsfield

            

Copa Libertadores da América/2021 - Grupo G - 6ª Rodada

Quinta-Feira, 27 de Maio de 2021, as 21:00h (USA ET 20:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e FilipLuís; Diego, Gérson, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Pedro e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni.

Image

Vélez Sarsfield: Hoyos; Guidara, Giannetti, De Los Santos e Ortega; Cáseres, Mancuello, Bouzat,  Almada e Janson; Lucero. Técnico: Mauricio Pellegrino.

Arbitragem: Leodan González, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Richard Trinidad e Andrés Nievas, trio da Asociación Uruguaya de Fútbol - AUF. Quarto Árbitro: Mario Díaz de Vivar (APF/Paraguai). Assessor de Árbitros: Sérgio Cristiano (CBF). Assessor de Vídeo: Jorge Larionda (AUF/Uruguai).

Transmissão: Fox Sports (TV por assinatura) Facebook/Conmebol TV (Internet).



A MAIOR EMOÇÃO DA MINHA VIDA


Texto de  Leonardo Barroso  

Antes de qualquer mal-entendido, e de que tome uma bronca da patroa, quero dizer que até hoje, a grande emoção de minha vida foi nosso casamento. Mas o casamento é uma grande emoção que vem aos pouquinhos, em várias pequenas doses, desde o pedido em si, da marcação da data, até a chegada do grande dia, a festa e tudo mais que vem de bom depois. É mais ou menos como um grande porre resultado de várias doses modestas, contudo constantes, de whisky durante uma festa. Nunca conseguimos lembrar do momento específico no qual ficamos bêbados, é o somatório de todos goles que nos derruba. Disse até hoje pois ainda não temos filhos, que dizem ser a maior emoção de todas, então posso apenas supor, no entanto sem grandes certezas, que a emoção da paternidade também deve estar no resultado da soma de muitos momentos mágicos, ao longo de muitos anos. 

No entanto, a emoção que conto aqui não é nenhuma destas tradicionais, importantíssimas, porém que adquirimos em suaves prestações ao longo do tempo, mas sim daquelas que vêm toda num só jorro de adrenalina, endorfina ou sabe-se lá que outras inas. Cai como um raio sem aviso. Aquela explosão de emoção-bomba avassaladora, homicida até, pois se o coração de quem a sentiu não for forte, dá boot na mesma hora. 

- Coitado, morreu de que? 

- Pela cara, de alegria! 

Contudo, aparentemente, o meu conseguiu sobreviver sem grandes seqüelas, já que ainda bate no meu peito enquanto escrevo, mas confesso que nem sei como resistiu, já que, como vou relatar aqui, a emoção que senti foi destas de arrancar os olhos das órbitas e as meias dos pés. 

Dito isso, tecnicamente talvez o título devesse ser "a emoção mais arrebatadora da minha vida", ou "a mais explosiva", mas como ficaria um troço meio afrescalhado, fica mesmo o título que já está. 

Ainda nas preliminares, também já tinha recebido ótimas notícias na minha vida que trouxeram emoções fabulosas, como quando soube que minha mulher, na época ainda namorada, havia sido resgatada sã e salva depois de um dia e uma noite perdida na Floresta da Tijuca. Ou quando eu próprio consegui encontrar nosso cachorro após ele ter ficado perdido (já virou tradição na família) vagando por toda Itaipava por uma noite inteira, com direito a relatos de seu atropelamento no meio da busca. Mas finais felizes como esses são sempre esperados, já que é nosso dever manter sempre o pensamento positivo nessas horas, nem imaginando desfechos diferentes. No entanto, a emoção sentida que vou contar agora, não trouxe resultados tão importantes quanto aquelas, chega a ser uma besteira até. Mas talvez seja exatamente por essa sua diferença das demais, por se tratar, ao contrário das outras, do inesperado e do imponderável, combinado com uma experiência quase mística, que a fez ser tão marcante e tão avassaladora. 

Então, sem outros desvios ou retornos, passemos à tal maior emoção da minha vida. 

Aconteceu em 27 de maio de 2001. Naquela tarde de domingo, como na música, fui ao Maracanã, acompanhado, como sempre, pelo Meio Quilo, amigo de duas décadas e companheiro da tantos carnavais fora de época que o Flamengo nos proporciona nas arquibancadas do maior do mundo. E o carnaval daquela tarde prometia. Era a finalíssima do que poderia ser o tri estadual. 

Era um dia muito especial para mim. Mesmo se o Fla conquistasse o título, contra todas as previsões dos que taxavam o Vasco como favorito, ainda mais contando com a vantagem de poder perder pela diferença de um gol, seria a primeira comemoração de título que, por causa dessas porradas que a vida de vez em quando nos dá, não poderia telefonar para a primeira pessoa para a qual sempre telefonava nas conquistas do Flamengo: meu irmão Ricardo, que em datas como essa sempre atendia ao telefone já dizendo "Mengão campeão, boa noite!". Ricardo sempre combinava de me encontrar nas comemorações no Clipper após os títulos, mas depois de tanta emoção e cerveja, o sono batia e ele acabava furando nossa arruaça na rua e comemorava em casa mesmo, com seus filhos pequenos. Então, voltando ao grande dia, entrei no estádio com uma latinha na mão, meu amigo do lado e meu irmão no coração. 

Aquela experiência mística que mencionei já começava a se anunciar. Antes, abro parênteses: sou ateu ortodoxo, agnóstico praticante, cético de carteirinha e descrente fanático. Encarno em quem vai à cartomante, saio de perto de papo sobre "outras vidas", não sei nem quero saber qual é meu ascendente, e só jogo tarô se for no lixo. Explicada então à minha suscetibilidade natural a experiências místicas, fecho parênteses. Sentamos atrás do gol da torcida do Flamengo. Para quem não sabe, ali fica a arquibancada verde, a mais popular, já com seus assentos individuais de plástico recém instalados, em um dos lugares mais crowdeados do Maraca. Imagina então numa final, contra o Vasco, valendo o tri. O tri! Pois bem, o Estádio Mário Filho foi lotando, aquele mar de gente inundando as duas torcidas, público anunciado de 60.038 pessoas, o Meio do meu lado direito, e o assento do meu lado esquerdo... vazio. Sessenta mil pessoas se apertando lá e aquele assento vazio. Cacete! Até o cara mas antiesotérico do mundo ficaria meio bolado com um negócio desses. Então tá. Negócio fechado. Ali era o lugar do meu irmão e não se fala mais nisso. 

A bola rolou no solo sagrado, e eu fiquei ali, conversando com a boca para o lado direito, e com o pensamento para o esquerdo. A nação rubro-negra ali presente, fazia barulho, mas, considerando que é sempre a que dá mais espetáculo, de um jeito meio tímido. Um esporro baixo, meio ressabiado. Afinal, ter que ganhar de dois gols de diferença numa final é soda. E a bacalhoada do outro lado fazendo a festa, já contando com a taça na mão. Só que aos 21 minutos de jogo, explodiu a torcida do mengão. Pênalti convertido pelo Edílson. A festa passou de lá para cá, até o Juninho Paulista empatar aos 40. Banho de água fria para o intervalo. Hora de comentar o jogo e xingar todo mundo da partida. O segundo tempo começou e logo aos 8 minutos, o Petkovic que nos treinos nem olhava para cara do Edílson, no jogo olhou para a testa dele, e botou a bola, num cruzamento em câmara lenta, bem no meio dela. Com todo o açúcar. E a testa do Capeta, agradecida pela doçura, empurrou a bola para as redes. Valeu a esperança, a alegria voltou à nossa torcida. Depois dos abraços no Meio e em mais uns 20 desconhecidos, comemorei silenciosa e particularmente com meu irmão ali do meu lado. Até que o tempo foi passando e ninguém comemorava mais, nem de cá, nem de lá. A cada minuto que passava a torcida do Vasco da Gama ficava mais perto do título, mas a ferida de um bi-vice ainda aberta e o temor de um gol algoz durante a pressão que o time rubro negro fazia, deixava a todos calados. A torcida do Flamengo, por sua vez, ansiosa por um milagre, um gol salvador nos últimos minutos também não emitia um som. Talvez porque estava toda ela rezando. Toda ela menos eu, que sou ateu. Ou era, já nem sei mais. Sessenta mil pessoas lá oprimidas por uma calmaria pesada no ar silencioso. Mas era a famosa calmaria que procede a tormenta. Em alguns poucos minutos, qualquer um dos dois lados do Maracanã expulsaria o silêncio com o grito de "é campeão". 

Então finalmente, depois de 8 parágrafos, chegamos àquela já famosa maior emoção da minha vida. Estava lá eu sentado, a cinco minutos do fim da partida. Desesperado. Eu e a torcida do Flamengo. E nesse caso, a expressão fica com um significado ainda maior: eu, a torcida do Flamengo e a torcida do Vasco. Desespero geral. Falta para o Fla bater. Como toda a falta perigosa em final de jogo, confusão generalizada, horas para se posicionar a bola. Foi então que virei para meu lado esquerdo e falei: Ricardo, sua companhia foi ótima, mas está na hora de você fazer alguma coisa. Então, na minha cabeça, fiquei imaginando meu irmão se levantando e começando a descer as arquibancadas em direção ao campo. Imaginei aquele pulo que só irmão caçula acredita que o irmão maior pode dar, e meu irmão sobrepujava o fosso que separa a geral do campo e pisava o gramado. Nessa altura o Pet já se posicionava para cobrar a falta. Foi aí que aquela cena que eu imaginava começou ficar tão real. Aos 43 minutos de jogo, do lado do camisa 10 do Flamengo estava meu irmão. Cada detalhe em seu rosto tão nítido como eu havia visto pela última vez há 5 meses e 3 dias atrás. Cada fio da sua barba estava lá. E ele me olhava com um sorriso largo, de orelha a orelha, seus dentes brilhando e com o braço e o polegar em sinal de positivo levantados. Ele não tinha uma expressão apenas confiante, tinha uma expressão exultante, esfuziante, quase uma gargalhada de alegria antecipada de quem já tinha certeza do que aconteceria. 

Foi quando aquela bola chutada lá do meio da rua, não sei se por um pé ou por dois ao mesmo tempo, fez uma curva impossível no ar e entrou no gol. Se furasse a rede e subisse um pouco mais, batia na minha cara. Foi ali, naquele momento, que se meu coração tivesse 7 vidas teria perdido 6 de uma vez. Desde a perda de meu irmão, repetia para mim mesmo a cada cinco minutos que tinha que ser forte o tempo todo, segurava a tristeza para tentar superar a perda e ajudar a cuidar de quem e do que ficou. Aquele sinal de positivo da imagem do meu irmão foi como se ele estivesse me liberando dessa obrigação. Como se estivesse agradecendo a força, me dando um tri de presente, e me liberando para me emocionar. Confesso que nem vi a comemoração nem mais lance nenhum do jogo. Nem do tempo regulamentar e nem dos descontos. Caí sentado, com o rosto enterrado no manto sagrado e chorei. Chorei muito. Até muito depois do apito final, molhava e melecava minha camisa do Flamengo toda. Vários desconhecidos, não sei se já informados pelo Meio, vinham me abraçar e me consolar e eu ali chorando sentado sem nem conseguir levantar a cabeça. Estavam ali juntos o místico, o inesperado e o imponderável, todos de uma só vez, de modo arrebatador e explosivo, gerando a maior emoção da minha vida. 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Motivação

 






Irmãos rubro-negros,



Antes de tudo, quero, com sincera alegria, emoção e gratidão, agradecer a esse grupo maravilhoso de atletas do Clube de Regatas do Flamengo. Quero agradecer à comissão técnica, liderada pelo Rogério Ceni, e a todos os profissionais do departamento de futebol do clube. Quero agradecer, também, à nossa diretoria, capitaneada pelo presidente Rodolfo Landim, que tem escrito em letras rubro-negras seu nome no panteão dos grandes presidentes da história do Clube de Regatas do Flamengo. 

Flamengo Tricampeão Carioca.

Flamengo fez uma partida muito boa sábado passado. Dominou amplamente as ações em campo. Se não teve a exuberância ofensiva de outros jogos, o time mostrou, por outro lado, mais consistência defensiva e equilíbrio entre os setores. Não fosse uma falha do Rodrigo Caio, o placar provavelmente seria mais dilatado a favor do time. 

Aliás, Rodrigo Caio tem falhado constantemente. Falhou na Libertadores, falhou na final da Supercopa do Brasil, e falhou no sábado. O que está havendo com nosso melhor zagueiro? Seriam as lesões? Será falta de atenção? O potencial do Rodrigo Caio é enorme e ninguém sabe disso melhor que a Nação Rubro-Negra. Contamos com você, que equilibra tão bem raça, técnica e inteligência tática. 

Flamengo vai a campo pela Taça Libertadores da América na próxima quinta-feira, no Maracanã, em jogo de que define a liderança no grupo. 

E no domingo, o Mengo estréia no Campeonato Brasileiro. 

Eu diria que, a par de ajustes táticos e algumas contratações pontuais, a questão do momento é a motivação da equipe. Sabemos do que esse elenco espetacular é capaz. Vimos que o time, que entrou mordido sábado passado em razão da postura e provocações do adversário, fez um jogo muito sólido. 

Motivação é algo fundamental em tudo na vida, desde o momento da concepção no ventre materno. Para que a mulher possa conceber, é necessário que o espermatozóide fertilize os óvulos. É uma corrida pela vida. 

Assim também no esporte. Motivação é da essência do futebol e no Flamengo a raça é característica inata do clube desde o seu nascimento. 

Com tantos títulos conquistados alguém pode indagar se o time ainda consegue motivar-se pelas disputas vindouras. Eu creio que sim, mas isso passa não só pelo elenco, mas também pela comissão técnica, pelos profissionais do departamento de futebol e pela diretoria. É algo que envolve toda a instituição Flamengo, inclusive a nossa torcida. 

Dito isso, e diante do início do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da fase final da Taça Libertadores da América, eu sou de opinião que o clube precisa de alguns reforços pontuais. O primeiro, um goleiro experiente, que saiba jogar com o pés e que tenha segurança com as mãos. Não precisa ser um investimento alto. Precisa ser um jogador que tenha condições de substituir o Diego Alves e dar conta do recado. O Gabriel Batista assumiu bem a posição, mas é um goleiro muito jovem. Há muito o que aprender para se tornar titular do gol do Flamengo.

Acredito que o elenco precise, ainda, de mais um zagueiro. Zagueiro top, para chegar, vestir a camisa e ser titular. Por fim, um meia para ajudar na armação das jogadas, seja pelo lado direito ou esquerdo.

Este início de temporada tem mostrado o crescimento de jogadores importantes, como Vitinho, que tem entrado muito bem em todos os jogos, Pedro, Michael, João Gomes, Hugo Moura, Matheuzinho e Ramon. Para um ano tão disputado como este, elenco dando o máximo é fundamental.

É isso, amigos, já me estendi demasiado neste post. A esperança é muito grande de que o Mengo continue trilhando seu caminho de glórias. 

Sempre com a graça e a intervenção de São Judas Tadeu, Avante Flamengo!


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Para finalizar, uma mensagem de carinho e apoio ao basquete do Flamengo, que está disputando a final do NBB: vocês são o Orgulho da Nação. 


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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


terça-feira, 25 de maio de 2021

Quiz: Flamengo HexaTricampeão!!!

Olá Buteco, bom dia!

Mais um caneco na conta desse histórico time do Flamengo, o primeiro Tri do ano. Que venham os outros dois!!!

No post de hoje, mais um quiz, para resgatarmos um pouquinho da campanha do Flamengo nos três títulos!

Grande Abraço e Saudações RubroNegras!!!


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Adapt or Die. Ceni e a Pressão no Flamengo

Foto: Cahê Mota (Globo Esporte)
Foto: Cahê Mota (Globo Esporte)

Salve, Buteco! A semana decisiva que anunciei no post da semana passada acabou terminando com um saldo positivo, com a classificação para as oitavas de final da Libertadores e o título de tricampeão carioca. Esse saldo poderia ser maior acaso a classificação tivesse vindo com uma vitória, mas a tanto maneira suada como foi conquistada, como o Fla-Flu do tricampeonato dão uma boa ideia do que potencialmente pode vir a ser o cenário das oitavas de final da Libertadores. 

O jogo de quarta-feira trouxe muita apreensão. Como ponderei nos comentários, acho que a Diretoria jamais poderia ter autorizado um time misto na última quarta-feira. Porém, a partir desse ponto, a fatura dos sustos contra a LDU deve ser cobrada na maior parte de Rogério Ceni. Na maior parte porque, se a decisão de escalar Léo Pereira na lateral esquerda (ou como um zagueiro mais à esquerda) pode ser classificada como desnecessariamente arriscada, em contrapartida o jogo, até a expulsão de Willian Arão, dava a impressão de que penderia a favor do Flamengo, ainda que com placar apertado e talvez sem maiores sustos na defesa, até porque Léo Pereira não estava comprometendo.

A atuação de sábado à noite, ao contrário, foi bem mais segura e consistente. Os números do SofaScore não deixam dúvida a respeito da superioridade rubro-negra sobre o Fluminense, adversário que apresentou um futebol digno de classificação, ainda que como segundo colocado, para a próxima fase da Libertadores. É bem verdade que o Tricolor se enrolou no confronto contra o Junior Barranquilla e pode até vir a ser eliminado na próxima terça-feira, porém o tropeço não invalida a premissa, já que não apaga o razoável rendimento nas três rodadas anteriores.

O certo é que o time entrou ligado no Fla-Flu e o desempenho me levou a concluir que é capaz de ser competitivo mesmo contra um adversário um pouco mais forte nas oitavas de final da Libertadores. Capaz em tese, vejam bem. Tanto pode vir um São Paulo, como um Deportivo Táchira, ou mesmo o próprio Fluminense ou uma Universidad Católica, que seriam uma espécie de meio termo, mas em qualquer caso o Flamengo será tratado como favorito, assim como, se Ceni não melhorar a defesa, permanecerão as dúvidas sobre o seu trabalho.

O vídeo abaixo ilustra bem o persistente problema do posicionamento da defesa na bola parada adversária:


Tem cabimento um posicionamento grotesco como esse? Não, né?

Parte da causa está na dificuldade de Rogério Ceni para reconhecer erros e limitações de sua proposta tática e de tomar decisões racionais para resolver os defeitos. Ora, o que diabos o Matheuzinho estava fazendo do lado esquerdo da defesa? Neste didático vídeo, o @obrunopet explica detalhadamente possíveis causas dos recorrentes problemas defensivos do Flamengo de Rogério Ceni, dentre elas o custo da opção de Willian Arão no miolo de zaga e essa fixa e aparentemente idiossincrática inversão dos laterais na marcação da bola aérea adversária.

Autoconfiança e ambição são características que podem trazer resultados excelentes, mas desde que na dose certa. Por exemplo, sem essas característica, inatas à personalidade de Jorge Jesus, 2019 não teria acontecido, embora volta e meia cobrassem uma pequena fatura, como a precipitação na escalação dos titulares na Vila Belmiro pela 38ª Rodada do Campeonato Brasileiro, resultando numa goleada perfeitamente evitável. O pacote Jorge Jesus, porém, produzia um saldo altamente favorável para o clube e o treinador. Até os atletas saíam ganhando. A questão é identificar o que fazia Jesus errar bem menos do que o Ceni, mesmo sendo ambicioso e correndo muitos riscos. Qualidade? Conhecimento? Experiência? Tudo isso junto?

A grande diferença, na minha opinião, é o discernimento. Ceni é trabalhador, tem potencial e busca saudavelmente o conhecimento, porém coloca a si mesmo e o time em situações absolutamente evitáveis e numa frequência indesejável. Arrisco dizer que se enrola na leitura de jogo muito mais por conta da sua preocupação em exibir um modelo autoral do que por falta de capacidade para decifrar o que acontece durante os jogos.

O alto sarrafo que passou a existir para os treinadores do Flamengo é, sem dúvida, um grande complicador. Já foi bem mais baixo, como todos sabemos, mas desde 2019 subiu consideravelmente e talvez nunca mais abaixe, condição factual que Ceni simplesmente não tem como modificar. Como todos sabemos, o clube suou muito para alcançar o status atual. Por isso mesmo, é incoerente reclamar da cobrança e ao mesmo tempo elogiar o clube que lhe dá todas as condições para trabalhar, usando as palavras do próprio treinador. Trata-se de um contexto não fracionável pela conveniência de quem quer que seja. Adapt or die, como disse o personagem de Brad Pitt ao dirigente ultrapassado no icônico filme Moneyball.

Experiência muitas vezes traz sabedoria e discernimento, mas não é necessariamente uma regra e mesmo pessoas mais jovens podem desenvolver essa qualidade mais cedo. A única forma que vejo para Ceni sobreviver no Flamengo é apender a enxergar a si próprio, dosar sua ambição e não dar passos maiores que as próprias pernas. No último sábado à noite, nosso treinador estava leve e solto, transparecendo alívio e felicidade na entrevista presencial pós-título. Foi agradável assistir. Cabe a ele criar as condições para que isso se repita por mais vezes. Torço muito por isso.

Por exemplo, a semana que ora se inicia também é muito importante, a exemplo da que se passou. Vencer bem o Vélez Sarsfield, assegurando a liderança do grupo e uma boa colocação na pontuação geral, e em seguida estrear no Brasileiro com uma vitória convincente contra o pressionado Palmeiras certamente ajudaria nosso treinador a sofrer menos pressão em junho, mês dos temidos desfalques no elenco.

O xis da questão é Ceni demonstrar que consegue rodar o elenco de maneira responsável no curso de uma maratona de jogos, mantendo um alto padrão de competitividade. Do contrário, não poderá reclamar da pressão. Isso aqui é Flamengo, as metas podem e são altas mesmo e a torcida, consciente desse fato, cobra e participa. Não há mais espaço para eliminações precoces e nem haverá confiança, aceitação e vida longa sem que Ceni aprenda a conviver e lidar muito bem com esse cenário (sem trocadilho).

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 23 de maio de 2021

(Hexa) Tricampeão



 

Bom die SRa tod@s.

sábado, 22 de maio de 2021

Flamengo x Fluminense

     

Campeonato Estadual/2021 - Final - 2º Jogo

Sábado, 22 de Maio de 2021, as 21:05h (USA ET 20:05h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Gabriel Batista; Isla, Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís; Diego, Gérson, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Gabigol e Bruno Henrique. Técnico: Rogério Ceni.


Fluminense: Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Yago Felipe e Martinelli; Kayky, Nenê e Luiz Henrique; Fred. Técnico: Roger Machado.

Arbitragem: Bruno Arleu de Araújo, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha. Quarto Árbitro: João Batista de Arruda. Árbitro de Vídeo (VAR): Carlos Eduardo Nunes Braga. Assistentes VAR 1 e 2: Pathrice Wallace Correa Maia e Diogo Carvalho Silva. Observador de VAR: Cláudio José de Oliveira Soares. 5º Árbitro: Daniel do Espírito Santo Parro. Técnico: Sergio de Oliveira Santos.

Transmissão:
TV Aberta: Rede Record
TV a Cabo, Internet e Celular: NET/Claro (https://www.claro.com.br/tv-por-assinatura/turbine/campeonato-carioca).
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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora...

SRN, Buteco.

E vem se aproximando aquele momento inevitável, Aquilo que a gente sabia que ia acontecer desde o começo.

Não quer dizer que queríamos isso, torcemos para que não acontecesse, mas será inevital.

O Bambi de Tróia será demitido.

Vai ser daquele mesmo jeito, os jogadores vão dizer que gostam dele, que ele é trabalhador, que treina muito, que dorme no CT, acorda de madrugada para estudar o adversário..

Nada disso fará diferença. É impossível manter no cargo um treinador que em OITO meses de trabalho não conseguiu arrumar o setor defensivo do time.

O Flamengo apresenta o pior defeito  para um sistema defensivo: a bola aérea.

Dá pra minimizar e tentar compensar outras fraquezas defensivas, mas não a bola aérea.

Porque é impraticável impedir o adversário de levantar uma bola na área. È a jogada mais simples e básica  do futebol.

E o Flamengo simplesmente não consegue evitar que TODA E QUALQUER bola alçada na área seja risco de gol.

Por isso, vai acontecer.

Só resta saber quando. E quem será o próximo...





quinta-feira, 20 de maio de 2021

Flamengo 2 a 2 LDU. A opção pelo sofrimento.


Flamengo optou por Rogério Ceni para treinar seu elenco ainda que tenha se mostrado insuficiente mesmo com o título do Brasileiro de 2020. Deveria ter aprendido a lição com Abel Braga, mas não. Técnico brasileiro é mais fácil de lidar porque já vem com o pacote de agentes agregados e a malandragem de vestiário em que faz um pacto com as lideranças.

Ao contrário dos demais anos de seca, à partir de 2019, com aquelas contratações com 100% de acerto, momento raro em qualquer time, que se juntaram a um elenco com alguns bons nomes (outros longe de serem) que se tornaram titulares, Flamengo produziu um time mágico, competitivo e referenciado. O Flamengo de Jorge Jesus. Um técnico que fez o elenco jogar o seu melhor.

Corta para 2020. Veio esta maldita pandemia. Vem o Benfica. E tudo desmorona. Jorge Jesus sai, titulares saem, e o Flamengo volta a apostar em técnicos inexperientes longe da envergadura que o elenco chegou a ter. Mas ainda assim consegue ser campeão brasileiro de 2020, um campeonato estranho em que os times que competiam para chegar em primeiro invariavelmente corriam para não chegar. E, em um empate do Internacional, ganhamos o título mesmo com Ceni e seu jeito de (des)armar o time.

Veio 2021. Ceni deve ajustar esta bagaça defensiva, certo? Não, pequeno gafanhoto. Primeiro que ele não sabe como fazer, segundo que ele demonstra não querer evoluir neste sentido. Senão certamente conversaria com o Flamengo para a contratação de auxiliar(es) técnico(s) de defesa. Isto não é vergonhoso. É até o recomendável. Se não sabe ou não pode fazer, contrate quem saiba. Fale com qualquer mestre de obra, gerente de produção, dono de negócio. 

E por não saber o que fazer com a defesa, chegando ao cúmulo de aproveitar um volante na defesa, e com isto tirando zagueiros destros de seu melhor posicionamento, bagunça tudo. E quando coloca zagueiros na posição, mal treinados, que saem muito mal na área, não sabem a quem marcar em cruzamentos, faz a área do Flamengo parecer festa funk. 

Ontem o Flamengo conseguiu empatar em um jogo difícil. De se ver. Ambos os times muito mal, com uma arbitragem horrorosa. Ceni resolveu poupar vários titulares para disputar carioquinha com Fluminense. Nem o culpo. E sim quem o deixa fazer isto. Prioridades devem ser estabelecidas pela Direção.  Flamengo conseguiu seu gol com o Pedro, mas sabemos que é apenas questão de tempo para o outro time fazer o seu. Ou os seus. Então viraram o jogo. No festival de cera que faziam, Flamengo aproveitou um intervalo e fez seu gol numa falha defensiva da também horrorosa defesa deles. Nível Flamengo. Isto depois do Ceni ter tirado Gabigol no intervalo.  E o empate foi justo. 2 a 2. 

Flamengo classificado. E agora disputará o primeiro lugar com o Velez. E sabemos que o Flamengo de Ceni em mata-mata é morre-morre.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Flamengo x LDU

               

Copa Libertadores da América/2021 - Grupo G - 5ª Rodada

Quarta-Feira, 19 de Maio de 2021, as 21:00h (USA ET 20:00h), no 
Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Gabriel Batista; Léo Pereira, Bruno Viana e Gustavo Henrique; Matheuzinho, Willian Arão, Gérson, Everton Ribeiro e Vitinho; Pedro e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni.



LDU: Gabbarini; Quintero, Guerra, Ordoñez e Cruz; Villaruel, Alcívar, Zunino, Johan Julio e Billy Arce; Luis Amarilla. Técnico: Pablo Repetto.

Arbitragem: Alexis Herrera (FVF/Venezuela), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Lubin Torrealba (FVF/Venezuela) e Tulio Moreno (FVF/Venezuela). Quarto Árbitro: Jesus Valenzuela (FVF/Venezuela). Assessor de Árbitros: Sérgio Cristiano (CBF). Assessor de Vídeo: Carlos Torres (APF/Paraguai).

Transmissão: Fox Sports (TV por assinatura), Conmebol TV (sistema pay-per-view) e Facebook (Internet).



O Caminho

 







Irmãos rubro-negros,



Como disse muito bem nosso fraterno amigo Gustavo na sua coluna de segunda-feira, o Flamengo está numa semana decisiva. Te peço emprestado o título da sua coluna, meu amigo. Temos jogo importantíssimo hoje pela Taça Libertadores da América e decisão do Campeonato Carioca no sábado. Semana decisiva.

Para nós rubro-negros, indo além dos nossos desafios imediatos, todo jogo do Flamengo guarda aquela emoção particular que envolve a enorme benção e alegria de simplesmente ver a camisa do Flamengo em campo.

E eu sou de convicção de que, numa campanha, tão especial quanto o momento decisivo do título e da glória, é a caminhada. Cada jogo do Flamengo tem a sua mística, tem a sua história, tem a sua importância.

Hoje enfrentaremos a LDU pela Libertadores. A vitória garante ao Flamengo o primeiro lugar em seu grupo. Uma bela campanha até o momento, que pode ser coroada com a primeira colocação. É o que nossa torcida espera.

E no sábado, a grande final do Campeonato Carioca. O primeiro jogo ficou caracterizado por um adversário completamente descontrolado, nervos em frangalhos, aproveitando-se da arbitragem para praticar antijogo, ensebação e falatório.

O Flamengo teve o domínio completo das ações no primeiro tempo. Mas falhou muito nos momentos de definição e finalização, saindo para o intervalo com o placar de 1x0, que poderia ter sido maior.

No segundo, certa firula, preciosismo e falta de intensidade. Em mais uma falha do sistema defensivo em bola parada, o adversário empatou. 

Ao Flamengo, se o clube realmente almeja conquistas este ano, há que se melhorar consideravelmente o sistema defensivo, o que é algo notório e que vem sendo dito por praticamente todo rubro-negro, jogo sim, outro também. Mas há que se melhorar, também, as finalizações. Time que pretende vencer títulos não pode perder gols em demasia ou simplesmente diminuir a intensidade e baixar a guarda, achando que pode resolver a qualquer momento. 

Então, existe essa percepção de que o time, embora esteja fazendo excelentes campanhas tanto no Carioca como na Libertadores, pode aperfeiçoar muito ainda o seu potencial. 

E a fé da Nação Rubro-Negra é de que isso aconteça, de que o Flamengo aprimore o seu futebol. A nossa fé é de que o Mengo faça duas grandes partidas, hoje e sábado, continuando essa tão emocionante caminhada, que, com a graça e a intervenção de São Judas Tadeu, nos tratá muitas glórias.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Quiz: Flamengo Bicampeão da Supercopa do Brasil 2021

Olá Buteco, bom dia!

Nessa semana de decisões, nada melhor do que recordar o Flamengo Campeão! No jogo de abertura da temporada, levamos o Bicampeonato da Supercopa do Brasil, sobre o Palmeiras. Vocês conseguem se lembrar de todos os detalhes dessa partida? 

No post de hoje, um convite à nossa lembrança desse jogão de bola, que terminou com final feliz para a Nação! 

Forte abraço, Saudações RubroNegras e Rumo ao Tri!!!!!


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Semana Decisiva

Salve, Buteco! Semana passada, no post sobre o calendário, comentava que, encerrado o ciclo de partidas contra rivais de menor expressão no Estadual, o calendário começaria a ficar complicado, especialmente na sequência envolvendo os dois Fla-Flus pela final do Estadual e as duas últimas rodadas do Grupo G da Libertadores. Faltou acrescentar a estreia pelo Brasileiro, no Maracanã, contra o Palmeiras, logo após a sexta rodada da fase de grupos, contra o Vélez Sarsfield.

A razão do "corte" entre o primeiro Fla-Flu, no último sábado, e a estreia pelo Brasileiro é um tanto óbvia: o Mais Querido só contará com todos os atletas do seu elenco até o jogo contra o Palmeiras, após o que os convocados para os jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e pela Copa América estarão à disposição das respectivas seleções.

Data

Adversário

Competição

Estádio

19/5 – 4ª Feira

LDU

Libertadores

Maracanã

22/5 – Sábado

Fluminense

Estadual

Maracanã

27/5 – 5ª Feira

Vélez Sarsfield

Libertadores

Maracanã

30/5 – Domingo

Palmeiras

Brasileiro

Maracanã

2/6 4ª Feira – Sorteio Conmebol – Libertadores – Oitavas de Final

Nessa sequência, acredito que a semana que ora se inicia é a mais decisiva para o futuro de Rogério Ceni no Flamengo. Vencer as duas próximas partidas garantirá o primeiro lugar no Grupo G e o tricampeonato estadual, deixando Ceni em situação confortável para tentar os 16 pontos no grupo com maior tranquilidade e ainda preparar o time para o que promete ser um pesadíssimo confronto contra o Palmeiras, virtual maior pontuador da fase de grupos da Libertadores e bicampeão paulista, e que, com a mais absoluta certeza, encarará o jogo como uma revanche da final da Supercopa do Brasil.

Vencer a LDU significa reduzir o confronto contra o Vélez a um "quase-amistoso", pois nesse caso os argentinos não poderão mais alcançar o Mais Querido. Ao contrário, um tropeço simplesmente colocará os hermanos na briga pelo primeiro lugar do grupo, já que não deverão ter problemas para superar o La Calera em Buenos Aires. E todo mundo quer um Vélez fazendo turismo no Rio de Janeiro, certo?

Além disso, conquistar o tricampeonato estadual é o tipo de "obrigação" que precisa ser cumprida, sob pena do nosso treinador semear uma tempestade. É o tal negócio: o Estadual, em tese, "não vale nada" e não cacifa treinador algum, mas derruba aquele que não cumpre a obrigação. Logo, se algo diferente do que duas vitórias vier a ocorrer, arrisco dizer que o futuro de Rogério Ceni no Flamengo poderá não existir.

Te cuida, Nareba...

***

Na sequência da estreia do Brasileiro, o Flamengo estreará na Copa do Brasil (Coritiba) já sabendo quem será seu adversário pelas oitavas-de-final da Libertadores. Será o momento de começar a preparar o time com sérios desfalques no elenco (convocados). Concordo com as críticas sobre a falta de variação na forma do time jogar. O Flamengo de Ceni cai muito de produção quando abaixa as linhas e diminui a pressão ou a frequência e a intensidade do "perde-e-pressiona". Assistindo a uma mesa-redonda após os jogos da tarde pelos estaduais, constatei que o Internacional de Miguel-Ángel Ramírez sofre exatamente a mesma crítica, diante das constantes oscilações durante as partidas. Será que é uma dificuldade inerente ao período de implantação do jogo posicional? 

Seja qual for a resposta, é fato que Ceni completou um semestre à frente do Flamengo no último dia 10 de março. São justas as cobranças para que o time melhore o sistema defensivo. O jogo do último sábado é prova concreta do risco que o Flamengo correrá na Libertadores e na Copa do Brasil se não resolver esse problema. Gosto do jogo posicional como ferramenta, mas não consigo me sintonizar com o que chamo de fundamentalismo filosófico de quase todos os seus adeptos, que parecem não aceitar ou considerar indigno o time simplesmente se defender com eficiência durante parte dos jogos.

Por outro lado, algumas críticas ao nosso treinador me deixam incomodado. Assisti a duas partidas do São Paulo na Liberadores (Rentistas e Racing) e achei que o desempenho dos Bambis em ambas deixou muito a desejar. Ainda não tive a sorte de os assistir jogar "em um bom dia". O mesmo posso dizer em relação ao Internacional do Ramírez. Talvez até exista essa diferença toda que muitos juram de pés juntos que coloca esses dois estrangeiros num patamar acima do nosso treinador, mas até agora, ao menos para mim, ela, a diferença, ainda não apareceu. Continuarei aguardando.

Quem tem no Palmeiras apenas 11 (onze) dias a mais do que Rogério Ceni no Flamengo é Abel Ferreira, cujo perfil de "estudioso pragmático" semeia uma dúvida em mim e numa boa parte da torcida. A equipe palestrina e o Atlético/MG parecem ser potencialmente os nossos adversários mais difíceis no segundo semestre. Mas não me surpreenderei se o Grêmio entrar para esse seleto clube. Aliás, com a volta de Dudu, o Palmeiras ganha muita força no setor ofensivo. Nossos adversários estão se reforçando com ao menos um atleta de alto investimento para rivalizarem com o Mais Querido do Brasil. O Atlético/MG trouxe Nacho Fernández e Hulk, enquanto o Grêmio parece estar próximo de repatriar o Douglas Costa.

É hora dos nossos jogadores de maior salário no elenco mostrarem ao que vieram e que ainda estão em outro patamar em relação à concorrência. Cadê o sangue nos olhos? Ficou só com o Gabigol?

***

A palavra está com vocês. 

Bom die SRa tod@s.