quinta-feira, 29 de abril de 2021

Ovos com Presunto


Meu irmão tinha uma particularidade enquanto criança. Como era muito chato de comer quando íamos a algum restaurante (saudosos tempos em que isto era possível) ele sempre pedia o mesmo prato: Ovos com Presunto. Não importa se o restaurante era especializado em massas, cozinha francesa, o que fosse. Sua limitação de paladar o fazia optar pelo prato de segurança, o tal ovos com presunto. E ficava feliz na dele com este prato simples. 

Ovos com Presunto para mim virou um símbolo da limitação por opção. Você não sabe o que quer, tem medo de experimentar, tem receio de uma tentativa que alcance novos voos, então vai no "ovos com presunto" da vida. Isto vale para emprego, carreira, até relacionamento. Segue com seus ovos com presunto pelo caminho, que é a sua "zona de conforto".

Relacionando isto com o Flamengo. Rogério Ceni. Tem seus ovos com presunto no elenco. Aliás, todo técnico tem. Mas o Rogério Ceni, com sua limitação natural de ex-jogador que contou com uma maioria de técnicos brasileiros em sua formação tática, e com pouco estudo como técnico, não seria um "ovos com presunto"? Dele não se pode esperar variação tática brilhante ou mesmo soluções defensivas ou de ataque mais arrojadas. Flamengo, com ele, joga o feijão com arroz, só que, ao contrário dos demais times locais, com um elenco estelar. 

E este feijão com arroz (mais uma analogia) tem problemas graves de tempero em compactação e mesmo de mobilidade ofensiva, com jogadores congelados em suas posições durante boa parte do tempo. Ao contrário do dinamismo visto na recente (mas que agora já parece distante) era JJ. Mas está ganhando, ainda que claudicante em vários momentos. E parece que está bastando. Mas até o Fluminense está ganhando também. O que gera alguma ponderação à respeito.

O fato é que o time do Flamengo é previsível e facilmente atacável. Mas ganhou o Brasileiro assim, mesmo que na bacia das almas, com a sorte do adversário direto ter empatado sua última partida. Ganhou a SuperCopa também. Então continuemos de Ovos com Presunto. Por enquanto está saciando a fome.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Avante Flamengo!

 







Irmãos rubro-negros,



Mengão venceu e sou extremamente grato pela vitória rubro-negra. Sempre feliz pelo Flamengo.

Ser Flamengo é amar nos bons momentos e nos momentos difíceis também.

E sou rubro-negro que gosta de ver o copo cheio, de ter a esperança da vitória sempre e em qualquer circunstância.

Estou extremamente feliz pela vitória hoje.  

Mas acho que o Flamengo pode jogar muito mais, seja quanto à motivação, à raça e a organização tática. Não que o time tenha de dar banho de bola. De modo algum. 

Tenho, contudo, a impressão de que o time está excessivamente dependente do talento individual dos nossos jogadores. 

Rogério Ceni, você tem contigo o amor, a fé e a esperança de 50 milhões de rubro-negros.

Você é o comandante. 

Como líder, você precisa fazer as escolhas que são as melhores para o Flamengo. 

Somos Flamengo.

Sou ingênuo. Sou Flamengo. 

Vamos assim, entre dúvidas, sofrimento e uma certeza: o amor pelo Clube de Regatas do Flamengo.


...


Parabéns à diretoria rubro-negra, ao marketing do clube, que em meio à crise econômica sem igual, está conseguindo fechar patrocínios excelentes para o Flamengo, como o anunciado ontem com o Mercado Livre. 

Numa visão geral, o trabalho, desde a disputa por maior autonomia do clube em relação às transmissões dos seus jogos, os ótimos contratos negociados em favor do clube, as iniciativas sociais da diretoria do Flamengo, inéditas na história do futebol brasileiro, é histórico.


...


Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


terça-feira, 27 de abril de 2021

Flamengo x Unión La Calera

             

Copa Libertadores da América/2021 - Grupo G - 2ª Rodada

Terça-Feira, 27 de Abril de 2021, as 19:15h (USA ET 18:15h), no 
Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Willian Arão, Bruno Viana e FilipLuís; Diego, Gérson, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni.


Unión La Calera: Arias; Ramírez, Vilches, García e Oyandel; Valencia, Castellani, Wiemberg e Vargas; Cavalleri e Vilches. Técnico: Luca Marcogiuseppe.

Arbitragem: José Argortre (FVF/Venezuela), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Milcíades Saldívar (APF/Paraguai) e Luis Onieva (APF/Paraguai). Quarto Árbitro: Juan Nelio García (FBF/Bolívia). Assessor de Árbitros: Hilton Moutinho (CBF/Brasil). Assessor de Vídeo: Rodolfo Otero (AFA/Argentina).

Transmissão: Fox Sports (TV por assinatura).



segunda-feira, 26 de abril de 2021

O Unión La Calera

Salve, Buteco! O nosso próximo adversário pela Libertadores (terça-feira, 19:00h, SBT e Fox Sports) será o modesto Unión La Calera, da cidade de La Calera, situada na província de Valparaíso, no Chile. Fundado em 1954, é resultado de uma fusão de cinco clubes da própria cidade, cujo nome remete a jazidas de calcário e ao processo de extração de cal, principal atividade econômica da região. Até 2018, suas participações na elite do futebol chileno foram regulares entre os anos de 1962 e 1974, mas depois disso passou um longo tempo entre as Séries B e C (exceção para a temporada de 1985), tendo retornado apenas na última década, na qual só frequentou a B entre 2016 e 2017, dando a impressão de que "voltou para ficar" desde 2018. Os "Cementeros", como também são conhecidos, não possuem títulos de expressão na divisão principal chilena. Seu melhor resultado foi o vice-campeonato no campeonato nacional, justamente na temporada de 2020, na qual também surpreenderam chegando às quartas-de-final da Copa Sul-Americana, quando foram eliminados pelo Junior de Barranquilla, após passarem por Fluminense e Deportes Tolima, da Colômbia.

Depois da rápida passagem pela Série B entre 2016 e 2017, o La Calera desde 2018 vem emplacando uma sequência de treinadores argentinos, na seguinte ordem: Francisco Meneghini, Walter Coyette, Juan Pablo Vojvoda e o atual, Luca Marcogiuseppe. A Vojvoda é reconhecido o mérito do histórico vice-campeonato chileno e da primeira classificação do clube para a Libertadores, além da boa campanha na Sul-Americana/2020. Contudo, segundo o Rodrigo Coutinho (@RodrigoCout), do Uol, nesse ótimo texto analisando o perfil dos treinadores dos nossos adversários, o atual treinador, Luca Marcogiuseppe, auxiliar de Marcelo Bielsa durante sua passagem pelo Athletic Bilbao (2011/2013), vem montando um time "mais reativo e direto", ou seja, "os Cementeros não ficam tanto tempo com a bola".

O único jogador conhecido da torcida brasileira é o veteraníssimo Jorge Valdívia, vulgo "Mago", na flor de seus 38 anos de idade. A outra referência técnica do time seria Jeisson Vargas, segundo atacante.

Pelo perfil do adversário, a dinâmica tática dos dois confrontos está definida. Ceni precisa ajustar a compactação entrelinhas e a exposição da linha de zaga, devido inclusive à idade dos laterais e do primeiro volante.

***

Na temporada 2021, Ceni esteve à beira do campo somente a partir da vitória sobre o Bangu por 3x0, no último dia do mês de março. Analisando as escalações dessa partida e da subsequente (5x1 sobre o Madureira), que precederam a partida contra o Palmeiras pela Supercopa do Brasil, constata-se que nosso treinador as utilizou para trabalhar o time titular. Diferentemente, nas duas últimas partidas pelo Estadual a formação que esteve em campo foi a chamada "alternativa", com pouquíssimos titulares. Por coincidência, essas duas últimas partidas foram justamente contra os adversários mais fortes entre os de menor investimento no Estadual, ou seja, os que se classificaram em terceiro e quarto lugares, Portuguesa e Volta Redonda, os quais, além disso, disputavam, a primeira, uma vaga  as semifinais da Taça Guanabara e, o segundo, o próprio título. De todas as anteriores, inclusive as dirigidas por Maurício Souza, a formação alternativa enfrentou equipes inferiores, talvez com a exceção do time B do Fluminense, e certamente em contextos menos decisivos.

Não sei se foi algum fator excepcional ou se pode-se atribuir ao nível dos últimos dois adversários pelo Estadual e também ao contexto decisivo, mas acho que o rendimento do time alternativo decaiu a olhos vistos, o que acendeu em mim um alerta. É que esse time alternativo ou formações a ele muito próximas ainda precisarão ser utilizados em várias ocasiões ao longo da temporada, situação que pode piorar a depender da quantidade de jogadores convocados para a Copa América e Eliminatórias. O nível dos adversários e a dificuldade dos confrontos tende a subir bastante. Senti a falta de um armador no meio de campo.

Ceni já pediu à Diretoria um meia para suprir o elenco nas ausências de De Arrascaeta e Everton Ribeiro, mas a situação financeira atual, de queda de arrecadação, dificulta o investimento. Sem opções viáveis no mercado brasileiro, segundo o site Torcedores.com, nesta matéria, a busca do CIM teria por alvo, na América do Sul, jogadores que ainda são promessas, e, na Europa, jogadores em final de contrato.

Trata-se de contratação imprescindível para suportar a maratona de jogos e as convocações.

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A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

sábado, 24 de abril de 2021

Flamengo x Volta Redonda

  

Campeonato Estadual/2021 - Taça Guanabara - 11ª Rodada

Sábado, 24 de Abril de 2021, as 19:00h (USA ET 18:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Matheuzinho, Bruno Viana, Gustavo Henrique, Bruno Viana e Renê; Willian Arão, Gérson e Vitinho; Gabigol, Pedro e Michael. Técnico: Rogério Ceni.


Volta Redonda: Andrey Ventura; Oliveira, Heitor, Gabriel Pereira e Luiz Paulo; Bruno Barra, Emerson Jr., Hiroshi e Luciano Naninho; Alef Manga e João Carlos. Técnico: Neto Colucci.

Arbitragem: Grazianni Maciel Rocha, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Rosa de Oliveira Espósito. Quarto Árbitro: Maurício Machado Coelho Junior. Técnico: Cláudio José de Oliveira Soares.

Transmissão:
TV a Cabo, Internet e Celular: NET/Claro (https://www.claro.com.br/tv-por-assinatura/turbine/campeonato-carioca).
Internet: FlaTV+ (https://flatvmais.com.br//) e  FFERJ (https://campcarioca.com.br/ppv/), ambos pelo sistema pay-per-view.



sexta-feira, 23 de abril de 2021

Exigentes e Exigências

 

SRN, Buteco.

Quem viveu e torceu pelo Flamengo da década  de 2000 foi forjado no fogo.

Foi uma época tenebrosa para o Flamengo. Não havia dinheiro, não havia estrutura, não havia planejamento.

Times fraquíssimos enxertados de algum grande talento que se propunha a uma aventura no Rio de Janeiro , geralmente por um contrato irreal que fatalmente acabou na justiça do trabalho.

Enfim, uma desgraceira dentro e fora de campo.

Pois tenho a impressão que voltamos a esses tempos ao abrir as redes sociais.

Torcedor reclamando de vitória(????), insuflado por Impren$$a inimiga. Cheguei ao ponto de ver gente contando com a derrota para “acelerar a queda do treinador”.

Como é que pode alguém deixar de comemorar um feito fantástico, uma vitoria na Argentina pela Libertadores, coisa que somente o Flamengo se Zico alcançou, por picuinha ao treinador?

Sinceramente, deve ter perdido alguma coisa pelo caminho. Ou não sei mais ser torcedor.

 

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Sobre o jogo, fica evidente que o time tem muita qualidade do meio pra frente, incluindo aí o apoio pelo meio do Felipe Luiz.

Na defesa, evidente que há problemas.

Em que pese a proposta de jogo implicar rm correr riscos, me parece que o nivel dessa exposição ainda é muito elevado.  Toda jogada de ataque adversário, seja qual for, invariavelmente se transforma em finalização a gol. Embora seja verdade também que, com excessão do jogs contra o Palmeiras, as chances criadas pelos adversários foram poucas. E mesmo assim, foram varios gols sofridos.

Mal comparando , lembra o inicio da era JJ, onde parecia que cada chute na direção do gol do Flamengo entrava .

Se o treinador vai ter capacidade para equilibrar essa situação, só o tempo dirá.

Sendo sincero, acho que não. Mas torço muito que consiga. Seja lá quem for o treinador.

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O maior estorvo do time hoje se chama Everton Ribeiro.

Titular absoluto e intocavel, não joga nada faz um ano.

Muito se fala do Diego, até com razão. Mas hoje Everton Ribeiro é ais nocivo ao time do que ele ( que, aliás, fez uma partida espetacular contra o Velez. Contra fatos, não há argumentos)

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Caso algum titular venha a entrar em campo na esdruxula partida que não vale absolutamente NADA amanhã, será a maior demonstração de amadorismo desde que o Demônio de Saias ordenou o desvio do ônibus do time no fatídico jogo conta La U.




quinta-feira, 22 de abril de 2021

A Crítica ao Crítico


Interessante é a moda passageira, insuflada agora por parte da imprensa brasileira, que é criticar os críticos. Pelo jornalismo tupiniquim só eles tem o direito de tecer análises críticas sobre o time do torcedor, o qual cabe apenas bater palmas como foca às análises de tão foscas mentes jornalísticas ou acenar com a cabeça aprovando ou reprovando. E olhe lá.

Na mente zircônica desta galera o torcedor que critica "não sabe torcer". Eles, que não torcem, agora querem ser sommeliers da forma de torcer. 

Então o torcedor vê seu time com boa defesa porém ataque insipiente. Faz um gol na sorte, se tranca lá atrás e ganha. Se o torcedor ainda que esteja feliz reclame que com este ataque seu time não chegará a lugar nenhum e precisa melhorar, o jornalista insufla uma cambada de torcedores supostamente acríticos e pronto. O crítico vira a próxima Joana D'Arc, em que ser queimado vivo não é o suficiente. Não é torcedor. A ele basta apenas ficar feliz ou triste. A análise fica por conta destes seres iluminados com velas apagadas que são remunerados para isto e não querem concorrência.

Torcedor torce e também analisa. Em uma competição ao mesmo tempo que assiste verifica as deficiências e virtudes de seu time. E talvez do adversário. Porque o objetivo final é ser campeão. Ganhar do Velez é muito bom. Seria o suficiente se fosse uma decisão como a SuperCopa. Mas é apenas uma partida entre tantas que haverá ainda na competição. "Ah mas a estatística!..."(de repente o jornalista vira matemático e historiador). A história vai sendo construída e reformando estatísticas. Além disso o Flamengo depois da era Zico e antes da era Gabigol invariavelmente formava times sofríveis com dificuldades até contra times paraguaios. Toda estatística desta era coloca o Flamengo a sete palmos de terra. 

Hoje é diferente. Flamengo é uma potência em forma de elenco. E esta potência é sub-aproveitada pelo atual técnico que simplesmente não sabe armar defesa. E com a escalação do Arão como zagueiro e a inclusão do Diego como primeiro volante a tornou ainda mais vulnerável. E o torcedor não pode reclamar disso? A chuva de gols que o Flamengo anda tomando até de Piraporas da vida não é motivo do torcedor se preocupar?

O torcedor pode se inquietar ainda que vença uma partida classificatória. Porque pensa no título. O time adversário com estes problemas ele nem liga. Não é seu foco. Este time que lute. Ou melhor, que nem lute. O Flamengo é meu time, e não do jornalista. Então me deixe preocupar ainda que fique feliz com a vitória.


quarta-feira, 21 de abril de 2021

Vitória Rubro-Negra

 






Irmãos rubro-negros,



Grande vitória rubro-negra em solo argentino.

Peço a vocês, por favor, que me perdoem a falta de uma análise mais acurada.

Vimos os mesmos problemas defensivos de sempre. 

Mas vimos também o Flamengo jogando muito, com muita raça, e podendo, no final, ter saído com uma goleada histórica.

Time continua espaçado, com falhas de posicionamento defensivo. Eu já expressei minha opinião aqui, mais de uma vez, que a prioridade do Flamengo deveria ser a contratação de uma comissão técnica de nível europeu. Só que não adianta nós vivermos disso. Uma vitória rubro-negra como a de hoje é para ser deliciosamente saboreada. 

O que virá amanhã ou na próxima rodada da Libertadores? É uma incógnita. Mas o prazer de vivenciar o Flamengo vencer, saindo duas vezes atrás no placar, o líder do Campeonato Argentino dentro da casa deles pela Taça Libertadores da América é algo indescritível. 

Um sentimento de emoção incrível.

Assim é o Flamengo. Sofrido, emocionante, na raça.

Para mim, modestamente, os destaques do jogo foram Arão, Diego, Filipe Luís, Gabigol e Arrascaeta.

Diego jogou muito. Muita raça e brio. E qualidade na saída de bola. Jogou muito. Partidaça.

Gabigol sofreu e marcou o pênalti que empatou o jogo em 2x2. Muita movimentação e muita vontade. Marcando em cima a saída de bola deles. Abrindo espaço, chutando, procurando o gol. Craque.

Arrascaeta é o gênio. Pessoal de outros clubes dizia que ele sumia em campo, não aparecia em jogo grande. O Arrascaeta que veste a camisa do Flamengo joga muito, se movimenta, tem raça. E quando ela, a bola, chega à feição, o uruguaio define para nós, a Nação Rubro-Negra.

Flamengo poderia ter saído do José Amalfitani vencendo por uma goleada histórica, tamanho o número de oportunidades criadas pelo time.

Flamengo 3x2 Velez Sarsfield foi perfeito, como tinha de ser. 

Rogério Ceni, você carrega a esperança de 50 milhões de rubro-negros. Hoje o Flamengo ofensivamente foi muito bem no segundo tempo. Envolvente, criando chances e procurando definir as jogadas.

Falta acertar o sistema defensivo sem descurar da ofensividade e criatividade. 

Trabalho difícil. Achar esse equilíbrio é o que dará ao Flamengo a competitividade necessária para avançar rumo às glórias tão almejadas. 

Eu te amo Flamengo.


...


Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


terça-feira, 20 de abril de 2021

Vélez Sarsfield x Flamengo

           

Copa Libertadores da América/2021 - Grupo G - 1ª Rodada

Terça-Feira, 20 de Abril de 2021, as 21:30h (USA ET 20:30h), no Estádio José Amalfitani ou "El Fortín", em Buenos Aires, Argentina.

Vélez Sarsfield: Hoyos; Guidara, Giannetti, Abram, Brizuela e Ortega; Cáseres, Galdames e  Almada; Janson e Lucero. Técnico: Mauricio Pellegrino.

FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Willian Arão, Gustavo Henrique (Bruno Viana) e FilipLuís; Diego, Gérson, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni.



Arbitragem: Wilmar Roldan, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Wilmar Navarro e Miguel Roldan, trio da Federación Colombiana de Fútbol - FCF. Quarto Árbitro: Carlos Ortega (FCF/Colômbia). Assessor de Árbitros: Herman Maidana (Asociación del Fútbol Argentino - AFA). Assessor de Vídeo: Carlos Torres (Asociación Paraguaya de Fútbol - APF).

Transmissão: Sistema Brasileiro de Televisão/SBT (rede aberta) e Fox Sports (TV por assinatura).



Checkpoint Libertadores




Olá Buteco, bem-vindos!

Recomeçamos hoje nossa trajetória na Copa Libertadores da América, em busca do tricampeonato!

O grupo não é fácil, com um time tradicional da Argentina, o Vélez Sarsfield e a sempre difícil de ser batida (especialmente em Quito), LDU. Quando um grupo tem três forças disputando as vagas e uma baba, é sempre complicado e quem perder ponto para o La Calera acabará precisando pontuar fora contra os demais.

A sequência dos nossos jogos na tabela é ruim, porque pegamos primeiramente como visitantes os dois times que brigarão pela vaga. Precisamos pontuar para chegar nos jogos em casa mais confortáveis. Por outro lado, o La Calera joga em casa contra LDU (amanhã) e contra o Vélez (3a rodada), nesta mesma época, o que pode ser interessante para nós, uma vez que, se fosse ao contrário, eles provavelmente chegariam a estes jogos já eliminados. Assim, não é desprezível a chance deles tirarem pontos dos dois.

Em 2019, o grupo era muito parecido: Flamengo, LDU, Peñarol e San José. Nós terminamos em primeiro do grupo, mas LDU e Peñarol também terminaram com os mesmos 10 pontos que nós conseguimos. Um dos jogos-chave do grupo acabou sendo San José 3x1 Peñarol, na 5ª rodada, o que nos permitiu jogar pelo empate na última rodada. O San José fez apenas 4 pontos no grupo, esses 3 da vitória contra o Peñarol, mais um empate em casa contra LDU. Nossa vitória lá, na 1ª rodada, foi também outro dos jogos-chave nesse grupo.

Enfim, a chave para a classificação passa por vencer o La Calera aqui e lá. Além disso, outra vitória fora de casa, hoje ou daqui a 15 dias (mais complicado pelo fator altitude) nos deixaria em uma posição interessante. Se não conseguirmos vencer, dois empates também deixariam a classificação encaminhada. 

Não quero me aprofundar na discussão sobre treinador. O clube tem sua avaliação do trabalho do Ceni, uma conjectura financeira que dificulta a chegada de nomes mais badalados e, como sempre aconteceu no meio do futebol, performance e resultados irão sustentá-lo ou tirá-lo do cargo. Torço para que consiga extrair um bom futebol do grupo e que retomemos o caminho das vitórias. 

É importante lembrar que, este ano, a fase de grupos será jogada em seis meios de semana consecutivos. Este será mais um desafio para a gestão do grupo: início de temporada e já vários jogos em sequência. Risco de lesões é alto, precisaremos usar bem o banco. 

Vai pra cima deles, Mengo!!!

Saudações RubroNegras!!!

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O Vélez Sarsfield e a Estreia sob Pressão

Salve, Buteco! Como todo mundo já sabe, o Mais Querido estreará na Copa Libertadores da América amanhã, terça-feira, 18 de abril de 2021, contra o Club Atlético Vélez Sarsfield, em Buenos Aires, na Argentina. O  "El Fortín", como também é conhecido o nosso próximo adversário, foi fundado em 1910 por imigrantes italianos e seu nome deriva da "Estación Vélez Sarsfield del Ferrocarril Oeste", hoje apenas Estación Floresta, na região oeste da capital argentina. Após ter sua sede no bairro Villa Luro, desde a primeira metade da década de 1940, quando se recuperou de uma grave crise institucional, está sediado no bairro de Liniers, local em que foi construído o belo estádio José Amalfitani, batizado com o nome de um histórico ex-presidente do clube e que hoje tem capacidade para 49.540 espectadores. Local de partidas da Copa do Mundo de 1978, o "El Fortín" (também apelido do estádio) receberá esperado confronto de amanhã.

Essa tradicional equipe argentina disputa com o Estudiantes La Plata o posto de "sexto grande" do futebol argentino, já que apenas são reconhecidos como "grandes" os gigantes Boca Juniors e River Plate, além da dupla de Avellaneda, Independiente e Racing, e ainda o San Lorenzo. Médio ou grande, o certo é que o Vélez conquistou onze edições do campeonato nacional e teve na década de 90 o seu apogeu, quando conquistou a Libertadores da América e vários outros títulos oficiais internacionais (Libertadores, Recopa, Supercopa e Copa Interamericana), inclusive o Mundial Interclubes ou Copa Intercontinental de 1994, quando, dirigido pelo mítico Carlos Bianchi e capitaneado por José Basualdo dentro das quatro linhas, derrotou, com autoridade (2x0), ninguém menos do que o poderoso Milan de Fábio Capello, Baresi, Maldini, Desailly, Donadoni, Boban e Savicevic.

Curiosamente, o Fortín só vivenciou dissabores quando, em sua década mais gloriosa, enfrentou o Mais Querido do Brasil por diversas competições sul-americanas, ocasiões nas quais invariavelmente terminou eliminado. Todos os confrontos entre as duas equipes foram disputados entre 1993 e 2000 pelas seguintes competições: Torneio Libertad (1993), Supercopa dos Campeões (1995 e 1997) e Copa Mercosul (1997, 1998 e 2000). Ao todo, foram 9 jogos, com 6 vitórias rubro-negras, 1 empate e apenas duas vitórias fortineras.

No Século XXI, o Vélez disputou a Libertadores por dez ocasiões e foi eliminado na fase de grupos nas três primeiras (2001, 2002 e 2004). Em compensação, nas sete subsequentes (2006, 2007, 2010, 2012, 2013 e 2014) conseguiu se classificar, seis vezes como primeiro e uma como segundo do grupo, parando quatro vezes nas oitavas de final e três nas quartas de final. Curiosamente, nas duas vezes em que enfrentou a LDU (2006, fase de grupos, e 2010, oitavas de final), venceu os jogos disputados no Estádio Casa Blanca, em Quito.

Voltando à Libertadores após uma ausência de seis edições, o Fortín, na condição de líder isolado do Grupo B do Campeonato Argentino, estreia recebendo o Mais Querido em um momento turbulento, no qual o sistema tático do treinador Rogério Ceni é questionado pela quantidade de gols e oportunidades cedidas aos adversários.

Adendo ao post: o Rodrigo Coutinho (@RodrigoCout), do Uol, publicou há poucas horas esse ótimo texto analisando o perfil dos treinadores dos nossos adversários. O Vélez é dirigido pelo experiente Maurício Pellegrino, que treinou Leganés, Alavés, Southampton, Independiente, Estudiantes e Valencia.

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Como sempre busco fazer em todas as minhas análises e opiniões sobre o Flamengo, tentei ser justo com Rogério Ceni, destacando suas virtudes e os aspectos negativos. Confesso que, mesmo considerando-o um treinador em crescimento na profissão (não é mais um iniciante, mas também não chega a ser experiente), não imaginava que, às vésperas da estreia na Libertadores/2021, e após um semestre no cargo, estaria na mesma situação que o seu tão criticado antecessor quando de sua demissão, com a desconfiança da torcida e da Diretoria devido a um esquema tático desequilibrado e mal executado, o qual é facilmente explorado pelos adversários dos mais diversos patamares.

Indico a vocês a leitura de duas threads sobre a situação tática atual da equipe, a primeira do jornalista André Nunes Rocha, do portal Uol, e a segunda do meu amigo e grande rubro-negro Patrick (@patrick_1972), ícone da FlaTT.

Minha impressão é que Rogério Ceni errou não apenas nas decisões que tomou e escolhas que fez, mas sobretudo no timing. Há quase três semanas atrás, neste post, eu comentava com vocês a respeito da opção de voltar à beira do campo juntamente com os titulares, o que não diferia do que Jorge Jesus havia feito em 2020. O problema não é fazer experiências, mas chegar a uma das duas competições mais importantes do calendário com o sistema defensivo praticamente em frangalhos.

Nunca foi tão evidente a falta de experiência do nosso treinador. Pior do que não saber fazer é não reconhecer que não sabe fazer.

***

Vamos torcer para que o Vélez de amanhã seja o da derrota por 1x7 para o Boca Juniors no último 8 de março. E para atrair energias positivas, deixo vocês com os melhores momentos das duas últimas vitórias rubro-negras sobre os anfitriões de amanhã no José Amafitani, a última delas narrada pelo saudoso Luciano do Valle.


A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

sábado, 17 de abril de 2021

Portuguesa x Flamengo


Campeonato Estadual/2021 - Taça Guanabara - 10ª Rodada

Data, Local e Horário: Sábado, 17 de Abril de 2021, as 21:05h (USA ET 20:05h), no Estádio Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro/RJ.

Portuguesa: Negueti; Watson, Pedro, Guerra e Luís Gustavo; Wellington Cezar, Mauro Silva, Cafú, Chay, Romarinho e Jhulliam. Técnico: Felipe Surian.

FLAMENGO: HugSouza; Matheuzinho, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e Renê; Hugo Moura, JoãGomes, Pepê; Michael, Vitinho e Pedro. Técnico: Rogério Ceni.


Arbitragem: Rafael Martins de Sá, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Daniel do Espírito Santo Parro e Fabiana Nóbrega Pitta. Quarto Árbitro: Daniel Wilson Barbosa de Castro. Técnico: Edilson Soares da Silva.

Transmissão:
TV Aberta: Rede Record
TV a Cabo, Internet e Celular: NET/Claro (https://www.claro.com.br/tv-por-assinatura/turbine/campeonato-carioca - sistema pay-per-view).
Internet: FlaTV+ (https://flatvmais.com.br//) e FFERJ (https://campcarioca.com.br/ppv/), ambos pelo sistema pay-per-view.



quinta-feira, 15 de abril de 2021

Flamengo x Vasco da Gama

  


Campeonato Estadual/2021 - Taça Guanabara - 9ª Rodada

Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, as 19:00h (USA ET 18:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Willian Arão, Bruno Viana e Filipe Luís; Diego, JoãGomes, Gérson e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni.


Vasco da Gama: Lucão; Léo Matos, Ernando, Leandro Castan e Zeca; Andrey, Galarza e Marquinhos Gabriel; Morato, Germán Cano e Gabriel Pec. Técnico: Marcelo Cabo.

Arbitragem: Bruno Arleu de Araújo, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha. Quarto Árbitro: João Batista de Arruda. Técnico: Cláudio José de Oliveira Soares.

Transmissão:
TV a Cabo, Internet e Celular: NET/Claro (https://www.claro.com.br/tv-por-assinatura/turbine/campeonato-carioca).
Internet: FlaTV+ (https://flatvmais.com.br//), VascoTV e  FFERJ (https://campcarioca.com.br/ppv/), ambos pelo sistema pay-per-view.


A luta continua


Flamengo ganhou o título da SuperCopa contra o Palmeiras de forma fortuita. Palmeiras teve 4 chances para fechar a disputa de penaltis e não conseguiu. Duas em cobranças do Flamengo, que entraram, e duas deles, que desperdiçaram. Isto não é comum. Porém, aconteceu. Se o Palmeiras tivesse ganho não seria nenhum absurdo e todos elogios ao Flamengo ao fim da disputa veríamos transformados em ofensas. Mas o futebol, assim como a vida, não é feita a base do "se", considerando a perspectiva passada. É o que acontece. E o Flamengo foi o campeão. Com um futebol bem jogado? Não. Com um futebol evoluído? Também não. É um futebol previsível, espaçado, que depende demasiadamente de talento individual porque a atuação coletiva é bisonha considerando o famoso patamar de 2019.

Ceni insiste em sua criação de colocar Arão na zaga, nosso melhor primeiro volante, para dar espaço ao medalhão Diego. Que é meia. E nem jogou mal, diga-se. Mas é aquele jogador adaptado sem a cancha da posição. Assim como o Arão de zagueiro. Logo, o Flamengo é muito frágil as movimentações do adversário na entrada de nossa área. Perde também em termos de combatividade e antecipação de jogadas em nosso campo. Isto contra times brasileiros com táticas frágeis e previsíveis até é sustentável, porém contra os nossos adversários hermanos na Libertadores não vejo como ter grande sucesso. 

Grêmio e Palmeiras, ditos times brasileiros  de primeira linha, foram derrotados ontem por times argentinos de segunda linha.  Mas Palmeiras tem técnico português, o Abel Ferreira. Sim, mas sinceramente conseguiu implementar um padrão europeu ao Palmeiras? Ou sucumbiu às dificuldades do jogador brasileiro de sair de fora da caixinha do padrão tático limitado conduzido pelos churrasqueiros locais?

Enfim, hoje temos jogo contra o Vasco, cujo presidente fica chorando pelos cantos pela supremacia do Flamengo no futebol carioca. Vasco, um clube que teria todas as condições de fazer uma revolução administrativa e alçar voos maiores, tal como fez o Flamengo à partir de 2013. Mas ninguém quer passar pelo momento pão com ovo. Quer continuar a ir em restaurantes caros comprando o que não pode pagar. 

Flamengo poderia fazer mais. Ter a total supremacia tática no futebol brasileiro, mas isto dá trabalho e custa caro, pois trazer técnico capacitado e corajoso é difícil e as ofertas são poucas. Continuaremos com o Ceni mesmo e suas pardalices grotescas que talvez visem agradar os medalhões, traumatizado ainda pela sua estada no Cruzeiro. E cá para nós, talvez ele de fato não consiga fazer melhor que isto e fará parte no futuro do rodízio de técnicos que é característica do futebol brasileiro.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Notas Rubro-Negras

 







Irmãos rubro-negros,



Que vitória espetacular no domingo passado. Flamengo Bicampeão da Supercopa do Brasil.

Vale a conquista e vale o título. Com o Flamengo é sempre sofrido e com emoção. Inesquecível. Vitória da alma flamenga.

Menção honrosa ao melhor goleiro do Brasil, Diego Alves. 

Eu gostaria de tecer alguns comentários sobre o jogo.

Na minha modesta opinião, o Palmeiras se mostrou mais organizado. Foi um jogo equilibrado, mas o que equilibrou a balança para nós foi o enorme talento e categoria do nosso elenco. 

Time do Flamengo está muito espaçado, sobretudo sem a bola. Eu vi o Bruno Henrique e o Everton Ribeiro vindo dar combate quase que na área do Flamengo. Isso é orientação típica de técnico brasileiro. Isso desgasta muito o atleta. 

E mesmo quando o time ficava atrás da intermediária, marcando do meio para trás, ainda assim dava espaço ao adversário. Isso é problema de compactação e posicionamento.


...


O Flamengo do Jorge Jesus funcionava porque o time jogava muito compactado. Se o time avançava a marcação, todas as linhas acompanhavam; se o time resolvia dar campo ao adversário, as linhas recuavam também. Como se sanfona fosse.

Os jogadores sabiam exatamente onde se posicionar. Onde estava a bola, havia dois, três jogadores nossos. 

E o Bruno Henrique e o Everton Ribeiro não precisavam recuar até nossa área para marcar, porque o Jorge Jesus entedia que a adoção de um sistema de jogo ofensivo e de pressão exigia alguns riscos, um dos quais a excelência em saber defender com poucos jogadores. Um gênio exercendo a sua arte, assim se pode dizer do Jorge Jesus.


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O Rogério Ceni ainda é um técnico em início de carreira. Tem muito a aprender. Ele é o nosso comandante técnico e tem toda minha torcida, porque eu sou Flamengo. Quem veste a camisa rubro-negra, tem a minha torcida. Eu torço para o Flamengo, não para "a", "b" ou "c".

Mas o Ceni precisa analisar os jogos e entender o que não está funcionando. Ele quer o time jogando de uma maneira, mas o sistema defensivo não está produzindo bem. 

Time está espaçado, concede muitos espaços. Os jogadores correm muito e muitas vezes sem lógica dentro do sistema de jogo. Se cansam porque têm de correr atrás da bola e do adversário. Não encurtam o campo. A movimentação é um tanto quanto estática, sempre de beira de campo, do Bruno Henrique e do Everton Ribeiro. Não sai disso.


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Eu vejo que o problema é mais de falta de solidez tática do que de nomes.

Mas o Ceni tem trocentas formações possíveis com o elenco que o Flamengo lhe proporciona.

Pode escalar o João Gomes e adiantar Diego e Gerson. Pode escalar o João Gomes no lugar do Diego, o que não recomendo, porque o Diego está jogando muito bem. 

Pode manter Diego e Gerson e escalar o Vitinho, no lugar do Everton Ribeiro.

Mas a mudança que eu acho pode dar um efeito melhor é retornar o Rodrigo Caio para a zaga-central.

O nosso amigo aqui do Buteco, Carlos Cesar, disse algo com o que eu concordo plenamente: o Rodrigo Caio joga muito melhor como zagueiro-central do que como quarto-zagueiro. 

Com o Rodrigo Caio na zaga-central, o Willian Arão pode voltar para sua posição original, de volante, onde ele rende muito bem. Pode recuar para ajudar a saída de bola da equipe, como fez amiúde com o Jorge Jesus. E pode jogar com Diego e Gerson, ou com Gerson e Everton Ribeiro.

Jogue quem for da preferência do técnico, o problema maior é de organização tática.

Futebol é muito competitivo. Erros precisam ser evitados e virtudes multiplicadas. 

Eu ainda acho, com todo o respeito ao Rogério Ceni, que nessa brincadeira já conquistou dois títulos nacionais pelo Clube de Regatas do Flamengo, mas eu ainda acho que a prioridade atual do clube deveria ser a contratação de uma comissão técnica de nível europeu. 

Como não acredito que isso acontecerá, seja pela questão financeira, seja pela confiança da diretora no trabalho da comissão técnica, vou torcer para quem veste a camisa do Flamengo, com a esperança de que o Rogério Ceni consiga fazer o time do Flamengo jogar um futebol de alto nível, conquistando vitórias e títulos. 


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E na quinta-feira tem clássico pelo Campeonato Carioca.

Avante Flamengo!


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E o Clube de Regatas do Flamengo conquista a Champions League Américas, garantindo lugar no Mundial.

Honra máxima aos heróis do basquete rubro-negro.


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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


segunda-feira, 12 de abril de 2021

A Fórmula Ceni - Dúvidas Pós-Superbicampeonato

Salve, Buteco Superbicampeão! A Supercopa do Brasil/2021 desenhou-se antes da bola rolar como um duelo de estilos entre a busca de controle de jogo com posse de bola pelo Flamengo de Rogério Ceni contra o jogo vertical e de contra-ataques do Palmeiras de Abel Ferreira. O anúncio das escalações praticamente confirmou o que se veria em campo, com a entrada de Wesley no lugar de Willian "Bigode", formando um trio de atacantes velocistas com Rony e Breno Lopes. Contudo, logo no início da partida o português mostrou suas garras "lendo" perfeitamente a fragilidade do sistema defensivo do Flamengo e surpreendendo com uma efetiva marcação alta que garantiu o golaço de Raphael Veiga, após um drible de cinema sobre o improvisado Willian Arão. 

O Flamengo demorou para entrar no jogo, mas conseguiu apresentar um pouco do futebol envolvente que havia exibido contra adversários mais fracos no Campeonato Estadual, virando o placar. Digo um pouco porque, apesar do número de chances criadas, aconteceu somente a partir dos 17 minutos, com o arremate de longa distância de Bruno Henrique, e mesmo assim não se tratou de um domínio absoluto, pois o Palmeiras continuou a incomodar a nossa defesa e a criar chances concretas de gol, como o lance em que Diego salvou quase em cima da linha (28 minutos), além das defesas de Diego Alves.

Quando Arrascaeta virou o jogo com um golaço aos 48 minutos, o Flamengo desceu para o vestiário mais aliviado por tomar a frente do placar de um jogo em que, apesar das chances criadas de lado a lado, foi mais controlado taticamente do que controlou. 

***

A titularidade de Diego Ribas é um dos pontos de maior controvérsia entre os torcedores do Flamengo. Abro um parênteses para tocar nesse assunto, antes de falar sobre o segundo tempo da partida, por achar importante distinguir o que me parece ser um erro conceitual de algumas situações práticas que não podem ser a ele atribuídas, por não terem sido por ele causadas.

Cito o primeiro dos oito gols marcados por Diego Ribas pela Juventus, compilados neste vídeo do YouTube, para servir de exemplo do estilo que marcou o seu jogo na maior parte da carreira e também o seu início no Flamengo. Atribuo à chegada de Diego, muito mais do que a de Paolo Guerrero, à subida de patamar do Flamengo a partir de 2016, não ainda o patamar alcançado em 2019, mas o de "time de G4" ou que chega às finais das copas, do qual nunca mais desceu desde então. Foi, portanto, o passo decisivo, seguido por muitos outros e até mais importantes. Estou longe de ser um "hater" e reconheço a importância de sua passagem (ainda não concluída) pelo clube.

O golaço pela Juventus define o estilo "carregador de bola" de Diego, que sempre foi muito mais um jogador de conduzi-la até as proximidades do espaço vazio do que um meia armador de passes mais longos e desenhados. Ocorre que, na minha opinião, depois da contusão de 2017, sofrida durante a vitória sobre o Athletico/PR na Libertadores, e que acabou sendo uma das causas determinantes da eliminação no Gasómetro, Diego perdeu o dinamismo e nunca mais foi o mesmo, pouco conseguindo ser efetivo jogando como meia mais à frente, encostando nos atacantes. Um dos poucos jogos em que acho que isso ocorreu foi o dos 2x0 sobre o São Paulo, justamente a nossa última vitória sobre o Tricolor do Morumbi, ainda no já distante ano de 2017.

O recuo de Diego Ribas não é novidade no Flamengo. Aconteceu também com Renato Abreu em 2011. Meias que já não conseguem ser efetivos no último terço do campo (nunca foi o forte do Renato), quando recuados para a "volância" (funções táticas mais defensivas), geralmente agregam muita qualidade à construção das jogadas, porém esse recuo exige uma solução tática para a perda de combatividade. Naquele time de 2011, a solução era a escalação de ao menos um "volante de contenção", como Aírton, Maldonado ou Willians.

Já o recuo de Willian Arão para zaga e a escalação de Diego como "primeiro volante" (meia de funções táticas mais defensivas), como em um "segundo recuo" do meia, foi uma boa sacada de Rogério Ceni, porém não chega sequer a ser 100% original, já que não deixa de ser um avanço da ideia concebida por Maurício Barbieri ainda em 2018, como prova o segundo tempo histórico do time na Arena do Grêmio (1x1), com o gol de empate marcado no finalzinho da partida por Lincoln. A questão é que, como bem definiu o meu amigo Adriano Melo (@Adrianomelo72) em um grupo de WhatsApp que integramos, Rogério Ceni "sentou em cima dessa grande sacada", transformando-a imprudentemente em "plano A" para a temporada/2021 do Flamengo. 

O que poderia ser uma interessante ferramenta alternativa para determinadas situações de jogo foi imprudentemente convertida em estratégia principal. Imprudente porque, além da perda de combatividade, a "Fórmula Ceni" eleva perigosamente a média de idade do time titular, que já conta com vários veteranos, como Diego Alves, Isla e Filipe Luís, além de ao menos um jogador que vem apresentando problemas físicos, caso de Rodrigo Caio, e de outros que não têm na parte atlética um dos seus principais predicados, casos de Everton Ribeiro e De Arrascaeta.

Eis aqui o erro conceitual ao qual me referi: Ceni gosta e busca o controle de jogo pela posse de bola e marcação com linhas altas, filosofia que exige forma física apurada e muita intensidade nas ações, inclusive de recomposição; contudo, sua "fórmula ideal" para atingir esse objetivo é executada por jogadores veteranos que não conseguem manter esse padrão por muito tempo. E como não bastasse, tudo isso é executado por uma primeira linha "cambaleante", com Willian Arão improvisado, deslocando Rodrigo Caio para a quarta-zaga, e um Isla titubeante na marcação.

O time ideal de Ceni tem qualidades, como a construção de jogadas a partir do bom passe de Willian Arão na zaga e de Diego recuado, porém, em contrapartida, possui curto prazo de validade durante os noventa minutos de jogo contra adversários mais fortes.

Fecho aqui os longos parênteses.

***

O mais bacana de se discutir futebol é constatar como a prática derruba ou relativiza conceitos e teorias. Vejam bem, acabei de apontar o que para mim é um erro conceitual do Ceni no seu time ideal (recuos de Willian Arão e Diego), porém os problemas que em tese esse erro pode causar não foram por ele provocados no fraco segundo tempo do Flamengo na partida de notem. Prova disso foi a piora do time com a saída de Diego Ribas. É aqui que, por uma questão de justiça, preciso mencionar as fraquíssimas atuações de Gérson e Everton Ribeiro e até perguntar se era mesmo o Diego que tinha que ter sido substituído.

O maior problema de Rogério Ceni no Flamengo vem sendo a leitura de jogo. A substituição de Diego me leva a crer que Ceni tem plena consciência do risco trazido pelo seu conceito, porém continua a se enrolar no momento tomar decisões no calor das partidas. Diego jogava bem melhor do que Gérson e Everton Ribeiro e não era absurdo temer pelo seu desgaste físico em uma partida tão intensa ou "pegada". Contudo, na prática, Abel Ferreira tirou o volante veterano, pesadão, psicopata e amarelado (Filipe Melo) e colocou dois jovens meias que simplesmente engoliram os opacos e desligados Gérson e Everton Ribeiro, que sobrecarregavam Diego e sobrecarregaram João Gomes. Aliás, foi digna de elogios a atuação do jovem Danilo, que veio a perder a cobrança de pênaltis que determinou a virada da disputa e o título.

Ceni, portanto, tirou de campo o seu melhor meia recuado, destaque do SofaScore Brazil (@SofaScoreBR) no primeiro tempo, e deixou os dois inoperantes, enquanto o seu oponente colocou dois jogadores que elevaram a intensidade da sua equipe. 

Isso explica por que o segundo tempo foi taticamente do Palmeiras, que envolveu o Flamengo com um jogo um tanto arcaico de cruzamentos para a área, o qual, porém, evidenciou (mais uma vez) a aguda percepção de Abel Ferreira, que explorou inteligentemente a fragilidade do jogo aéreo da nossa primeira linha. Mas como estamos falando de teorias que desabam na prática, foi o Flamengo, nos minutos finais, que criou duas grandes chances, transformando Weverton no principal personagem da partida com a bola rolando.

Se eu tivesse que usar uma metáfora para definir, no plano tático, o confronto entre Ceni e Abel durante os noventa minutos, usaria uma luta de boxe que terminou sem nocaute. Ceni seria aquele lutador que terminou a partida com os dois olhos "fechados" e o rosto inchado, enquanto Abel Ferreira venceria por pontos, porém com  contusões mais leves:

Os 90 minutos terminaram deixando mais dúvidas do que respostas à Nação Rubro-Negra.

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A atuação de Diego Alves na disputa por pênaltis pode ser definida como uma das mais maiores já vistas nos gramados brasileiros. A maneira como, no momento mais decisivo da disputa, agigantou-se e demoliu psicologicamente os cobradores do Palmeiras merece ser imortalizada no vasto rol de conquistas rubro-negras.

Diego Alves conseguiu a proeza de superar o excelente Weverton, para mim o melhor goleiro do futebol brasileiro, que não deve nada aos seus compatriotas e companheiros de posição que jogam no futebol europeu, sendo o elemento determinante para a virada a partir de "dois match points" do adversário.

A polêmica em torno de sua renovação de contrato deixou de fazer sentido.

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Abel Ferreira estava bufando de raiva na entrevista coletiva. Mal conseguiu se conter. Não tenho dúvidas de que colocará como meta nesse ano superar o Flamengo de Rogério Ceni nos pelo menos dois confrontos diretos que os times terão pela frente, pelo Campeonato Brasileiro. O próximo, aliás, será disputado na primeira rodada...

Será interessante acompanhar qual o efeito psicológico que a partida de ontem terá nas futuras. Porém, dá pra cravar com certeza de que Flamengo e Palmeiras estão, jogo a jogo, forjando a maior rivalidade interestadual do futebol brasileiro, maior até do que a que existe entre Flamengo e Atlético/MG.

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A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.