terça-feira, 31 de julho de 2018

1º Turno: Retrospecto Histórico

Olá Buteco, bom dia!

Estamos chegando ao final do 1º turno do Brasileirão. A campanha do nosso Mengão é excelente, superando a campanha de 2011: 10 vitórias, 4 empates e apenas duas derrotas. Líder por 13, das 16 rodadas, sendo as últimas 10 de forma consecutiva. 

Para a coluna de hoje, resolvi pesquisar sobre os campeões do 1º turno e a relação entre este “título” e a classificação final do campeonato. A tabela me surpreendeu: achei que a relação entre vencer o 1º turno e vencer o campeonato não seria tão impactante, mas foi: em expressivos 75% dos casos analisados, o vencedor do 1º turno foi também campeão brasileiro. Se considerarmos os anos de 2003, 2004 e 2005 (onde havia mais que 20 equipes), esta porcentagem sobe para 80%. Eis os números, sendo em azul os campeões do ano:

OBS: Em 2009, Flamengo era apenas o 7º colocado, com 29 pontos ao final do 1º turno. No segundo, fizemos história e levamos o caneco.
Em linhas gerais, este modelo de campeonato brasileiro em pontos corridos apresenta uma característica interessante: embora, no início do campeonato, muitos times sejam apontados como possíveis candidatos ao título, conforme as rodadas vão se passando, invariavelmente temos um time arrancando na frente e apenas um outro a se postar como o perseguidor. Este ano, estamos nós por cima da carne seca, enquanto que o perseguidor da vez é o São Paulo.

Faltam 3 jogos para o fim do turno. Estamos com 34 pontos e o chekpoint para o fim do turno bate 38: uma vitória e um empate, totalmente acessíveis. No entanto, para garantir o turno, precisamos de 41, duas vitórias e um empate, na complicada sequência Grêmio (f), Cruzeiro e Atlético PR (f). Renato Gaúcho já sinalizou um time alternativo no sábado (jogo do Grêmio pela Libertadores é na terça) e este pode ser um fator-chave na nossa campanha. Vencer o Grêmio lá seria fantástico. 

***

Antes disso, porém, há o jogo pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. O timing desta partida é péssimo, mas este é um problema crônico do nosso calendário – que dá muitas datas aos estaduais – e que será recorrente para um Flamengo cada vez mais bem equilibrado financeiramente, capaz de montar elencos para disputar todos os títulos.

Conversando com outros rubro-negros, acredito que há uma parcela significativa da nossa torcida que não hesitaria em lançar um time misto amanhã, descansando o time principal para o confronto de sábado. Eu, sinceramente, não tenho a menor ideia da melhor formação. Se tivesse um mínimo grau de confiança em Pará, Trauco, Romulo, Arão, Geovânio e afins, acredito que também me inclinaria a colocá-los em campo. No entanto, podemos esperar dessa escalação algo diferente de uma derrota que praticamente nos eliminaria no jogo de ida?


Na lista de relacionados, a volta de Berrio e a presença de Vitinho, o mais novo contratado, com a simples missão de substituir Vinícius Jr. Vou arriscar um time, no qual descansariam Rodinei, Rever e Diego e deixo para os leitores suas considerações sobre o onze de quarta: Diego Alves; Pará, Thuler, Leo Duarte e Renê; Cuellar, Jean Lucas e Paquetá; Everton Ribeiro, Uribe e Marlos Moreno. 

Vamos, Flamengo!

domingo, 29 de julho de 2018

Líder com futebol de líder

Bom dia amigos do Buteco,

O Gustavo me pediu para substitui-lo hoje, e foi um pedido bastante feliz por que fui ao Maracanã ontem e poderei dar meu relato de uma ótima atuação do Flamengo.

Primeiro, o ambiente:estádio lotado, clima agradável, dia de Flamengo.

Impressionou o número de camisas azuis do Flamengo, recém lançadas, no Maraca; Flamengo bem faz o cidadão esquecer da crise.

Falando em crise, o Flamengo anunciou uma promoção de cerveja no estádio:até as 15.30, duas latas de cerveja a seis reais (o normal é uma lata a oito reais).

Imagino que a ideia fosse fazer o torcedor entrar mais cedo no estádio, consumir mais.Só que como tudo nesse país, tinha uma pegadinha:a promoção só era válida em alguns poucos bares do estádio, que ficaram lotados.Promoção picareta...

Mas vamos ao que interessa:Flamengo começou bem e espremeu a frágil agremiação do Recife, que só fazia se defender.

Em um escanteio, Réver ganhou pelo alto do defensor adversário e no rebote abriu o placar, fazendo justiça ao que as equipes produziam em campo.

Desse momento até o final do primeiro tempo, o Flamengo tentou jogar e o Sport tentava se defender, levando pouco ou nenhum perigo ao arco defendido por Diego Alves.

Eis que o futebol mostrou seu lado mais cruel, materializado na figura da "bola perua":finalzinho do primeiro tempo, Flamengo afrouxa um pouco a marcação e Marlone, meia do Sport, tem tempo pra cruzar e encontra o lateral direito Cláudio Winck no espaço entre Réver e o goleiro, e o atleta do time pernambucano empata a partida.Fim do primeiro tempo.

Em um momento quase constrangedor, o Flamengo apresenta sua mais nova aquisição, o atacante Vitinho, 2 minutos depois desse gol do Sport, no intervalo do jogo.

Demorou até a torcida sair do estado de irritação absoluta para aplaudir o reforço, mas quando o nosso novo atacante ajoelhou sobre o escudo do Flamengo disposto no gramado, a torcida foi ao delírio e ali passou o choque pelo gol adversário.


     Foto: Buda Mendes/Getty Images


Na volta do segundo tempo, o Flamengo mostrou ao oponente por que é o líder do campeonato, e resolveu a partida em menos de 10 minutos.

Um gol quase relâmpago de Paquetá após ajeitada de cabeça do Uribe abriu os trabalhos na segunda etapa, e minutos depois um golaço do cada vez melhor Éverton Ribeiro resolveu o jogo.

Depois dessa blitz inicial, o Flamengo criou várias chances e finalmente conseguiu o quarto gol em chute de fora da área do Uribe, em falha do goleiro Magrão.

A segunda metade da etapa complementar seguiu com o Flamengo dominando e perdendo outras ótimas chances de gol, enquanto a torcida fazia muita festa na arquibancada, comemorando a ótima atuação da equipe e mais uma rodada na liderança do campeonato, para desespero da imprensa paulista. 

Obs1: para quem é saudosista e sentia falta do Maracanã raiz, uma boa notícia, o estádio está voltando a ser popular, com tudo de bom e ruim que isso proporciona:torcida mais participativa, mais alegre, mais povão. Por outro lado, o estádio está mais bagunçado, um pouco mais sujo e com mais coisas quebradas.

Obs 2:time fez a primeira boa atuação pós Copa.E. Ribeiro está jogando em um nível perto do que já demonstrou no Cruzeiro, e Marlos Moreno teve um espasmo de bom futebol, o que pode ser muito útil no futuro próximo.

Domingo clássico de futebol no Rio de Janeiro, sol, goleada do Flamengo e liderança do campeonato.

Próxima parada: o desafiador mês de agosto. Saudações Rubro Negras!





Flamengo x Sport Recife


Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 16ª Rodada

FLAMENGO: Diego Alves; Rodinei, Réver, Léo Duarte Renê; Cuéllar; Everton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Marlos Moreno; Uribe. Técnico: Maurício Barbieri.

Sport Recife: Magrão; Raul Prata (Cláudio Winck), Ronaldo Alvez, Léo Ortiz e Sander; Deivid; Michel Bastos, Gabriel, Fellipe Bastos e Rafael Marques (Carlos Henrique); Carlos Henrique (Marlone). Técnico: Claudinei Oliveira.

Data, Local e Horário: Domingo, 29 de Julho de 2018, as 16:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, auxiliado por Anderson José de Moraes Coelho e Bruno Salgado Rizo; Quarto Árbitro: Fábio Rogério Baesteiro; Assistentes Adicionais 1 e 2: Rodrigo Gomes Paes Domingues e Rafael Gomes Félix da Silva, todos da Federação Paulista de Futebol.

Pendurados: Cuéllar, Henrique Dourado, Geuvânio, Renê e Rodinei.


sábado, 28 de julho de 2018

Sim, são. Muito são.

"Não existem países subdesenvolvidos. Existem países subadministrados".

Peter Drucker deve ter dito isso faz alguns anos, talvez eu nem fosse nascido ainda. Mas certamente explicaria a linha tênue entre o sucesso e o fracasso, considerando-se uma simples decisão mal tomada. Como eu não me lembro a última vez que usei essa frase para falar de Flamengo, here we go again.

O Flamengo era uma Nação subadministrada, e vivia (há os que ainda vivem) ligada e conectada ao "Isso é aqui é Flamengo" para ganhar um título a cada 5, 6 anos, passar nossos vizinhos em títulos no Carioca, e, principalmente, exacerbar a cagação de regra para o comportamento do mundo, sem, em um minuto sequer, olhar pro próprio rabo e ver a imundice que estava o quintal de casa. Erro crasso, diria um professor de qualquer curso de administração.

Então vieram os azuis. E o que me marcou, lá do começo da gestão, foi a frase do Arthur Muhlenberg (urublog, dizendo em um grupo "Teremos um time pobre mas limpinho. Tenham calma". E nós tivemos, e nós tivemos, e de repente, nosso time deixou de ser apenas limpinho para ser um elenco de peso.

Que se abram parêntesis (não, eu não estou fazendo politicagem por aqui. Até por cagar e andar para essa ciência, ainda mais quando se trata de Flamengo). Fechada a citação, voltemos.

Podemos e devemos criticar muitas coisas nessa administração. Inclusive, em alguns momentos, essa tal lerdeza muito constatada pelo torcedor. Mas existe o contraponto: de que adianta contratar na porralouquice e trazer os Andersons Pico, Walter Minhocas e quejandos da vida? É jogar dinheiro no lixo, concordam?

Tudo isso para outra ponderação: no globo esporte de terça ou segunda ouvi que os times de SP faturaram TODOS perto de 100 milhões de reais (os gambás, um pouco menos) com vendas para Egitos, Arábias e outros centros conhecidíssimos do futebol. E o Flamengo (diga-se, infelizmente) teve "apenas" que entregar o Vinicius Jr. pro Real Madrid (e recebeu 165 milhões).

Cá pra nós: quem aqui acredita que dá pra remontar um elenco/time em 15 dias e continuar encarando o Brasileirão? "Ah, mas a base ficou, o esqueleto do time taí". Sim, mas e o "craque" comprado na janela de julho, que veio de algum país com outra rotina de treinos e jogos, e chega morto no meio de um Brasileirão pegando fogo? Temos um exemplo dentro de casa, né? O sofrimento pra aguentar a sequência é muito grande.

Eu, Alexandre, acredito que passamos bem por essa janela - e espero que assim continue até seu fechamento. Perdemos quem já havíamos perdido, eram favas contadas. E fizemos as contratações pontuais. Até porque, venhamos e convenhamos, NÃO EXISTEM laterais decentes nesse mundo de meu Deus. A não ser, é claro, que você acredite que o Jujubinha, lateral do CRB que se destacou num jogo contra o Botafogo, seja ideal para a posição (não sei se existe um Jujubinha).

O fato é que o Flamengo ainda não pode ser chamado de um clube desenvolvido modo Centrum. Mas, sim, certamente, com certeza, absolutamente, podemos dizer que é um clube bem administrado. Hoje muitos querem jogar no Flamengo (exceto o Arão, que não sei mais o que ele quer da vida), e isso é sinal de quem a casa está arrumada. E assim deve continuar.

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Vitinho...

E nada mais digo.

SRN
CCM
DCF


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Foco no Campeonato Brasileiro











Irmãos rubro-negros,




a rodada do meio de semana foi favorável. O Mengão, porém, não fez o dever de casa e teve uma atuação muito ruim diante do Santos.

A sorte é que continuamos líderes e teremos no domingo uma excelente oportunidade de nos distanciarmos na liderança.

O time não tem mantido o nível das atuações apresentadas antes da parada para a Copa.

Preocupante.

Por outro lado, não há nenhum time apresentando um futebol muito acima dos demais.

O Flamengo tem todas as condições de conquistar o Campeonato Brasileiro e acho que o clube deveria priorizar a competição.

Para isso, porém, além de reforçar as posições carentes, sobretudo zaga e cabeça-de-área (para o ataque, vieram Uribe e Vitinho), é fundamental mudar a mentalidade que tem assolado o clube nos últimos anos.

Diferentemente da opinião expressada pelo Barbieri, empate nunca é satisfatório para o Flamengo. E em campeonato por pontos corridos, empate, em regra, é mau resultado.

Mas o fato é que o Flamengo só depende de si. E a torcida rubro-negra tem jogado junto.

Domingo o Maracanã estará lotado. É jogo para conquistar os três pontos. 

Avante Mengão!









...



Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


quinta-feira, 26 de julho de 2018

Santos 1 x 1 Flamengo. O empate dos arames-lisos

E o Flamengo foi na sempre complicada Vila Belmiro e empatou com o Santos. A estréia de nova terceira camisa e o Santos acabando de demitir treinador não ajudaram. São dois fatores que, historicamente, nos atrapalham. Por algum motivo desconhecido. Mas em relação ao Santos nem tanto. O time não jogou com as travas táticas do demitido Jair Ventura e isto não só ajudou o Santos, pois tornou-se um time mais agudo e com mais rápidas trocas de passes, como pode ter atrapalhado a leitura da comissão técnica do Flamengo a respeito de como o Santos se comportaria, pois seria uma incógnita.

Daí Flamengo entrou em campo. No lugar do querido e insubstituível Vinicius Jr, colocou Matheus Sávio, que na verdade não é atacante de ponta, e sim meia. Mas não nem tu vai tu mesmo. E também com Guerrero que aparenta muito triste de estar jogando no Flamengo, tal estado depressivo que entra em campo. Talvez tenha pensado que teria muitas ofertas por estar chegando ao fim de seu contrato. Aparentemente não está tendo. Mas Barbieri ainda insiste em escalá-lo como titular no ataque. Jogando com o nome, assim como Rever, que embora não tenha feito uma má partida, tem o Thuller, um zagueiro mais jovem e rápido, fazendo sombra e pedindo passagem.

Flamengo começou a partida já fazendo um gol. Oba. Parecia ser uma daquelas partidas. E aí, mais uma vez, começou a cozinhar o jogo. Esperando o Santos na tentativa de iniciar contra-ataques. Mas sem Vinicius Jr não tem bola longa.  A bola tem que ser tramada do inicio ao fim. Os laterais também ficaram mais na posição, até pq o Santos jogava muito pelas pontas. Flamengo insistia em jogadas pelo meio. Talvez por causa do Guerrero "pivô", que perdia a maioria dos lances e porque tanto Everton Ribeiro como Matheus Sávio não tem aquele "approach" de dar amplidão ofensiva pela ponta.

Paquetá, desde que voltou da Copa, perdeu aquele nível de futebol que o tornava sempre um destaque do time. Errando muitos, insistindo em passes arriscados pelo meio, que iniciavam vários contra-ataques do Santos. Diego muito marcado em suas subidas de ataque, se via sempre cercado. E Everton Ribeiro, apesar do gol que fez no início, foi bem tímido no primeiro tempo, melhorando no segundo. Matheus Sávio, bastante criticado pela torcida nas redes sociais, fez um jogo muito tático. Dando várias opções de passe pela esquerda, trocando vários lances tanto com Paquetá, como Diego, como triangulando com Renê.

Santos atacava, atacava, mas não finalizava. Em um lance mais perigoso, o talentoso Rodrygo, de 17 anos, costurou todo mundo na linha de fundo pela direita e centrou para a área e ninguém apareceu para colocar o pé. Foi um bom ensaio, porque minutos depois fez o mesmo lance, aí com sucesso. Primeiro passou pelo Diego fora da área, que preferiu não fazer falta para não tomar cartão. Mas deveria. Enfim, dentro da área fica menos tentador derrubar o garoto. Matheus Sávio passa como um trem desgovernado. Rodrýgo passa fácil por ele. Sobrou o Renê na frente dele, que, inesperadamente, ao invés de cercar simplesmente dá todo o canto esquerdo para ele, fazendo um movimento para direita. Rever que estava atrás dele, faz igual movimento. Resultado? Abre-se um lindo corredor para um passe rápido, na esquerda de nossos defensores, de Rodrygo e para o dito Gabigol. Santos empata. Na única finalização decente deles.

Empate até diria justo. Flamengo cercava, cercava, e atacava de forma insipiente. Ao centralizar o ataque sempre esbarrava a jogada no meio de área do Santos. Flamengo então finalizava de longe. E não deve treinar isto direito porque cada finalização era pior que a outra. Deus, não é possível chutarem tão mal seguidas vezes. A bola sequer vai no gol. Se vai é no centro onde o goleiro está. Mas geralmente isolam. Por isto que sempre repito. É preciso um auxiliar técnico direcionado a fundamentos. Tem jogador que não sabe defender, tem jogador que não sabe chutar, tem jogador que ainda cruza a bola rasteira pelo centro de campo, tem jogador cujos passes ainda tem uma limitação de distância, é preciso uma análise contínua da forma de jogar. E o pobre do técnico tem que cuidar da tática e de soluções diversas ao longo dos jogos para ser babá de jogador profissional. E isto, diga-se, não só no Flamengo. Erros de falta de treinos específicos em fundamentos  são flagrantes em todos os outros times. 


Enfim, veio o segundo tempo. A mesma ladainha. Mas Santos cansou. E permitiu mais volume de jogo pelo Flamengo que trocou Guerrero pelo Uribe (enfim) e Matheus Sávio pelo Geuvânio. Bem, Uribe entrou mais perdido que filho de profissional do sexo em dias dos pais, o fato de ter jogado pela ponta um jogo e neste entrar mais centralizado, pode ter o atrapalhado. E ele tem um peculiar defeito para centroavante. A bola se oferece para chute e ele, ao invés de finalizar, passa a bola. Invariavelmente errado. Por algum motivo o rapaz está acanhado de chutar por aqui. Ou já era assim. Não sei. Aconteceu isto em sua estréia e aconteceu de novo contra o Santos. Chuta rapaz! Até porque os outros não são lá estas coisas neste fundamento também.

Geuvânio deu mais profundidade pela esquerda. Embora não tenha confiança da torcida, se apresentou bem. Mas quanto a ele não se deve esperar tanto. Joga bem agora, amanhã fica moscando na posição. Mas ao menos sabe dar profundidade ofensiva pela ponta. E o Flamengo precisa disso. Começaria ele como titular. Ou o esquecido Jean Lucas. Não sei porque o gelo do Barbieri nele. Jean Lucas sabe se posicionar pelas pontas além de ter um bom posicionamento pelo meio. Mas, inesperadamente, foi substituído no coração do Barbieri pelo Matheus Sávio. 

Enfim, Flamengo fez mais um ponto. E agora está a dois pontos do São Paulo. Pode perder a liderança e a hashtag #SegueOLider hoje. Resta torcer para o time paulista não vencer o Grêmio.


quarta-feira, 25 de julho de 2018

Santos x Flamengo


Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 15ª Rodada

Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Dodô; Alison e Diego Pituca; Gabriel, Rodrygo e Bruno Henrique; Eduardo Sasha. Técnico: Serginho Chulapa (Interino).

FLAMENGO: Diego Alves; Rodinei, Réver, Léo Duarte Renê; Cuéllar; Everton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Matheus Sávio; Paolo Guerrero. Técnico: Maurício Barbieri.

Data, Local e Horário: Quarta-feira, 25 de Julho de 2018, as 21:45h (USA ET 20:45h), no Estádio Urbano Caleira ou "Vila Belmiro", em Santos/SP.

Arbitragem: Jailson Macedo Freitas, auxiliado por Elicarlos Franco de Oliveira e Jucimar Santos Dias; Quarto Árbitro: Paulo de Tarso Bregada Gussen; Assistentes Adicionais 1 e 2: Diego Pombo Lopez e Marielson Alves Silva, todos da Federação Baiana de Futebol.

Pendurados: Cuéllar, Henrique Dourado, Geuvânio, Renê e Rodinei.

Alfarrábios do Melo


Saudações flamengas a todos,

Findo o relaxante descanso da Copa do Mundo, o Flamengo volta nos provocar, mobilizar, fazer emergir nossas reações, sensações e emoções mais primitivas, convidando-nos a sair do eixo ao nos expor as mais diversas oportunidades de lidar com situações que, à primeira vista, recendem completamente divorciadas de qualquer cântico entoado pelo que se julgou denominar senso comum, testando nossos limites, transportando-nos aos etéreos e cinzentos recônditos onde repousam os últimos traços de sanidade.

Tava fazendo falta.

Assim, à guisa de reinauguração do hábito de construir estes rabiscos semanais, deixo nas próximas linhas minha impressão de torcedor, logo leigo, acerca de alguns assuntos que têm permeado a realidade flamenga nesses meados do ano da graça de dois mil e dezoito.

Preocupado.


VINICIUS JR.
Não, não foi uma perda banal. A lacuna deixada pela saída do garoto, mais que séria, foi grave. Porque, mais do que as recorrentes demonstrações de sua luxuriante capacidade técnica, mais do que os expressivos números inscritos nas publicações especializadas em dados estatísticos, números esses que o faziam ombrear, ou mesmo, em alguns casos, superar os festejados Neymar e Gabriel Jesus quanto cotejados em mesma idade, mais do que a sua inequívoca importância na trajetória do primeiro semestre, em que empilhou gols e assistências nos mais diversos jogos, mais do que tudo isso, a maior cratera deixada pela partida de Vinicius se dá em algo muito mais subjetivo. É a frustração da alma.

Vinicius Jr, mais do que identificado, encarnava a verdadeira personificação do jogador do Flamengo. Cara de moleque marrento, folgado, abusado, ignorando adversário, competição, estádio. Nutrindo pelo Flamengo uma reverência quase religiosa, rapidamente galopava para a condição de ídolo maior de uma Nação órfã desde 2009. Garoto de luz própria, capaz de transformar em espetáculo midiático qualquer pelada de aterro. Vinicius fazia notícia. Vinicius era a notícia. Não por acaso, nele se galvanizavam as mais diversas reações de ódio, inveja, ressentimento e recalque dos torcedores (entre eles, jornalistas) de outros clubes. Porque, mais do que craque do Flamengo, Vinicius era “o” Flamengo.

Não houve tempo, mas Vinícius teria sido o ídolo de cuja falta nos ressentimos desde 2009 (salvo um breve soluço com Ronaldinho). O cara que estamparia o nome em milhares de camisas de adultos e crianças. A referência. O craque.

Nesse papel que cabe aos clubes brasileiros (sem exceção) de mero exportador de matéria-prima barata para os europeus jogarem sua “NBA”, não havia muito a fazer. O talento e a luz própria de Vinicius eram de uma cintilância tão retumbante que soa de um lirismo “poliânico” conceber ser possível retê-lo por aqui em sua idade mais valiosa. E se foi.

Vai com Deus, Vinicius!


REFORÇOS
Parecia simples. Do time que terminou o semestre, houve duas saídas já previstas, o já citado Vinicius Jr e o atacante Felipe Vizeu, e outra baixa um tanto surpreendente, o volante reserva Jonas. Especulava-se a possibilidade de mais três perdas, no caso o volante William Arão, o lateral Trauco e o atacante Guerrero.

As reposições pareciam equacionadas. Caso Arão (pouco utilizado na jornada) de fato saísse, já havia o jovem (bem mais talentoso) Jean Lucas, o que aliás traria até uma melhoria no plantel. A venda de Vizeu abriria espaço para a ascensão de Lincoln, jogador em quem repousam muitas expectativas. E o Flamengo conseguiu se antecipar ao provável divórcio com Guerrero trazendo o colombiano Fernando Uribe, atacante de bons números no competitivo (para os padrões brasileiros) futebol mexicano. A venda de Trauco, apesar do enfático esforço do próprio, acabou, por ora, não se concretizando, eliminando a necessidade de reposição (fala-se aqui de reposição, não upgrade). Restavam, portanto, as lacunas deixadas por Jonas e Vinicius Jr.

E aí começou o drama.

Compreensivelmente, o Flamengo entendeu que, para a saída de Vinicius Jr, um jogador de alto nível deveria ser trazido, até para prover o elenco de um atleta capaz de emular os expressivos números produzidos pelo precoce craque. E, depois de marchas e contramarchas, “elegeu” o atacante Vitinho, rubro-negro declarado, que mantém com o clube um longo flerte desde o final de 2016. Seguiu-se um dramalhão digno dos novelões de priscas eras, uma história enjoativa, quase insuportável.

Flamengo acerta salário/contrato com o jogador, consulta o clube, assusta-se com os valores e deixa que o jogador se entenda com seu empregador. E espera. Enquanto isso, cede ao canto da sereia da ostentação de novo-rico e pensa em trazer um jogador “de griffe”, selo europeu de qualidade (vive sendo convocado para a Seleção de seu país). Tal como ocorrera com Vitinho, acerta-se com o holandês Ryan Babbel, mas se assusta com os valores pedidos pelo clube do atleta. E arrasta uma negociação que dura semanas, sem resultado. E, quando finalmente entende que Babbel, no frigir dos ovos, apenas desejava um contrato melhor com seu clube, volta-se novamente para… Vitinho. E, após mais algumas voltas e contravoltas, enfim o dramalhão parece se encaminhar para um final satisfatório.

Só que nisso passou-se uma Copa do Mundo inteira e mais dez dias de troco. E contando.

Na outra posição, o quadro se revelou ainda mais desolador. Porque, após o problemático Walace permanecer no futebol alemão (trocando apenas de agremiação), o clube aparentemente se resignou em conceder a enésima oportunidade para Rômulo, que reiteradas vezes tem demonstrado sua incapacidade de produzir futebol num nível suficiente para pleitear fazer parte de um elenco como o do Flamengo.

Evidentemente, a opção se revelou desastrosa e o preço foi cobrado.

Essa semana, enfim, o clube parece dar sinais mais concretos de que efetivamente logrará consumar as desejadas reposições. Caso os sólidos rumores recente não se esfumem em novas novelões cansativos, o Flamengo terá à sua disposição, além do já citado Vitinho, um volante paraguaio de Seleção e uma obscura promessa revelada em um centro menor, cuja contratação já se reveste polêmica, por conta de algumas peripécias desagradáveis do garoto nas redes sociais e de seu duvidoso estado físico.

As reposições, enfim, sairão da cartola. No entanto, impossível deixar de manifestar desapontamento e preocupação com a condução de todo o processo por parte da Diretoria. A realidade atual é que o time voltou da Copa mais fraco do que antes, chegando a apresentar deficiências que pareciam sanadas.

Haverá um lapso para incorporar os novos jogadores ao elenco. E, incorporados, ainda surgirá a questão da adaptação, do encaixe, essas coisas.

Que esse lapso temporal não sepulte a temporada do Flamengo.


CAMISA AZUL
Antes de encerrar, breve observação sobre o terceiro uniforme, que estreia hoje à noite, segundo informações.

É irrelevante emitir juízo de valor acerca da “beleza” da camisa, visto que subjetivo. Usar azul, cor que possui ligação histórica com o clube, também soa razoável, embora talvez fosse mais razoável sempre “casá-la” com o amarelo (ou dourado), para ratificar essa identidade de contexto. “Quebrar uma tradição” de “nunca ter jogado de azul” igualmente é um argumento que ganha fissuras diante do cotejo com a informação de que, na noite de 18 de fevereiro de 1977, o Flamengo disputou um amistoso no Estádio Nacional do Chile trajando camisas azuis e calções brancos, para evitar o choque de contraste com as camisas vermelhas da Seleção Chilena, seu adversário no prélio.

A questão que se coloca não é, portanto, de “quebra de identidade”, “fuga das raízes” ou “camisa feia/bonita”. É algo um tanto mais delicado.

Ao final do ano haverá eleições, que se anunciam renhidas, duras, com dedo na cara e cadeira voando. Fazer o time ir a campo ostentando uma camisa azul, cor que caracteriza a Situação, justamente em um ano eleitoral, soa algo evitável e desnecessário. E sabemos que em política pode-se atribuir tudo a qualquer coisa. Menos à ingenuidade.

Ficou longo. Paro por aqui.

Boa semana a todos,

terça-feira, 24 de julho de 2018

"Vamos por partes"

SRN, Buteco.


O Flamengo é uma fonte inesgotável de assuntos. É  tarefa hercúlea acompanhar e digerir as novidades na velocidade em que ocorrem.

Então:






- Jean Lucas e Matheus Thuller tiveram oportunidades no time. Causadas mais ppela necessidade do que pela convicção. Tiveram desempenhos notáveis, em especial o segundo, que deu segurança e firmeza a uma defesa lenta e vacilante. Como premio, ganharam o banco de reservas. Jean Lucas ainda parece ter caído ainda mais, passou a ser preterido pelo tenebroso Arão. O que nos leva a convicção de que existe no grupo uma hierarquia em que os mais rodados e de renome tem asseguradas vagas no time titular, independente da condição técnica.


- O que nos leva a seguinte pergunta: O que esse grupo, essa casta de privilegiados ganhou mesmo pelo Flamengo? Porque, para se ter tanta ingerência, tanta moral perante o clube, temos a impressão que se trata de um elenco dominante no futebol nacional. E essa é a situação do momento. O Flamengo cede aos desejos de um grupo que venceu UM campeonato carioca.  


-Seguimos. Leio que a venda de Arão está praticamente selada para a Grecia . É mais uma solução do que um problema, vai abrir espaços para Jean Lucas e talvez Ronaldo. Mas, no  meio da matéria sobre a tal venda, leio que alguém declarou que o Flamengo “precisa fazer caixa”.
O Flamengo precisa fazer caixa. Vendeu seu jogador mais precioso ,um reserva importantíssimo, e entre outros, entraram no caixa do clube mais de 200 milhoes .E o Flamengo ainda precisa fazer caixa?
Nesse angu tem caroço, pedra, cobra, lagarto...


-Com todo o respeito a quem gostou, mas camisa azul com desenho de golfinho é uma aberração. Pior: andei lendo pelas redes sociais que o projeto de terceira camisa pro ano que vem tem as cores cinza com detalhes naquele amarelo marca texto. Pode ser alguém fazendo zoeira, mas depois desse pijama que apresentaram ontem não duvido de mais nada.

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Acabou o filé mignon, precisamos comprar outra coisa.
- Sem problemas, temos algum dinheiro, vamos ao mercado.
- Compre uma picanha, então
- Picanha tá cara, me assustei com o preço.
- Traga um alcatra, então.
- Tá complicado também, não é nada barato e o açougue não quer dividir no cartão
- Dividir no cartão? Você não disse que tinha dinheiro?
- Tudo bem, vou dar um jeito, deixa comigo... Pronto, aqui está, trouxe essa lata de salsicha.

Vender Vinicius Jr, procurar por Babel e Vitinho e Trazer Everton Felipe (Who?) deixa de ser incompetência, é provocação.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Flamengo Pré e Pós-Copa da Rússia

Salve, Buteco! Todo mundo se lembra do Flamengo no segundo semestre de 2017, certo? Para resumir, o mês de julho começou bem, pois o time, que no final de junho acabara de vencer o Santos por 2x0 pela Copa do Brasil na Ilha do Urubu, no mesmo estádio venceu o São Paulo por idêntico placar, goleou o Palestino no Chile e, na sequência, venceu com autoridade o Vasco da Gama em São Januário. Com a confiança em alta, o time perdeu na mesma Ilha para o Grêmio, futuro campeão da Libertadores, e a partir de então começou a curva descendente que marcou a saída de Zé Ricardo do comando do Flamengo. Tudo isso aconteceu há apenas um ano atrás. Em agosto/2017 Rueda assumiu e, sem chegar a brilhar, conseguiu colocar o time novamente em patamar minimamente competitivo, a ponto de conquistar uma vaga na Libertadores e decidir duas competições eliminatórias – Copas do Brasil e Sul-Americana. A passagem de Rueda ficou marcada pelo bom aproveitamento de três jogadores egressos da base – Lucas Paquetá, Felipe Vizeu e Vinicius Jr., embora este último ainda não fosse titular.

E de lá pra cá, o que mudou? Na minha opinião, o Flamengo terminou o primeiro semestre de 2018 com uma evidente evolução, formando seu segundo melhor time deste século, atrás do escrete campeão de 2009. Comparando com o time de 2017, os laterais reservas, promovidos a titulares, deram mais vitalidade e força física ao time, melhorando o sistema defensivo, especialmente Renê na lateral esquerda. A zaga teve um salto de qualidade com as atuações da dupla Léo Duarte e Matheus Thuler, e Jonas, surpreendendo, mostrou-se um reserva tão eficiente a ponto de, ainda na passagem de Carpegiani, tomar por alguns jogos a titularidade do absoluto Gustavo Cuéllar.

Mas não foi só o sistema defensivo que melhorou. Vinicius Jr., ganhando a titularidade após a negociação de Éverton Cardoso (para mim, muito bom jogador de elenco), auxiliado pela meteórica ascensão, desde o segundo semestre de 2017, de Lucas Paquetá, elevou o Flamengo ao topo de competitividade no Brasil e na América do Sul. O desempenho da equipe nos confrontos contra os melhores do país e o milionário time do River Plate é prova disso. O forte do time era o equilíbrio. Se Éverton Ribeiro é mais um “ponta construtor”, o ímpeto ofensivo de Rodinei ajudou a trazer força e boas jogadas ao setor, enquanto na esquerda Renê se tornou imprescindível pela consistência defensiva que propiciou ao time, a ponto de ninguém sentir falta de sua pouca ousadia no apoio, até porque lá na frente Vinícius Jr. se encarregava de jogar por ele e mais uns dois. Até Diego, que vinha de uma longa fase improdutiva, melhorou muito após a frustração da convocação e uma aparente volta as suas características originais, livre de um suposto “compromisso” com o treinador da seleção brasileira. Finalmente, Felipe Vizeu, em seus últimos dias com a camisa rubro-negra antes de jogar pela Udinese, foi decisivo marcando os gols que Henrique Dourado não conseguiu.

Durante a Copa do Mundo da Rússia, com todas as competições paradas, aconteceu o que se temia, quando o Real Madrid exigiu a incorporação de Vinícius Jr. e pagou a parcela restante, e o que não se esperava, quando Jonas foi negociado e para os lugares dos dois ninguém foi contratado.

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O Flamengo pós-Copa da Rússia é diferente não apenas pela saída de Vinícius Jr. Com a volta de Réver à zaga, o time ganhou em experiência e altura nas disputas de bola aérea, mas perdeu em velocidade e força física nas disputas individuais. Com a negociação de Jonas, Gustavo Cuéllar não tem mais um reserva à altura, o que dificulta, senão inviabiliza manter a solidez defensiva na sequência de jogos. A atual situação do setor esquerdo do ataque é sintomática: no início do ano, o elenco contava com Everton Cardoso (titular), Vinícius Jr. (a caminho de barrar o titular) e Marlos Moreno (terceira opção). No Flamengo pós-Copa, Marlos Moreno se tornou a única (atenção, única!) alternativa para a posição e o titular do início do ano, do planejamento da temporada/2018, foi cedido ao São Paulo e é titular absoluto do adversário direto na disputa do título brasileiro. Mesmo agregando Matheus Sávio (lugar de Éverton Cardoso) como opção, o desequilíbrio em relação ao setor direito, que conta com o titular Éverton Ribeiro e os reservas Geuvânio, Orlando Berrío e Thiago Santos, é mais do que evidente.

Uma das alternativas que Maurício Barbieri vem tentando é a escalação de dois centroavantes, opção treinada conscientemente durante a Copa do Mundo, como informou várias vezes a cobertura jornalística diária do clube. Pelo que se viu do Flamengo em campo nos últimos cento e oitenta minutos, por mais que se considere todos os contrapontos possíveis, como a falta de ritmo e a perda que um jogador do nível de Vinícius Jr. representaria a qualquer equipe do mundo, os fatos estão postos como uma realidade inegável: o time desceu de padrão.

No Flamengo pré-Copa da Rússia problemas do elenco como a insegurança dos laterais reservas e o nível mediano dos titulares, além da elevada média de idade e frequentes contusões dos zagueiros Juan, Réver e Rhodolfo, eram compensados pelo excelente conjunto e o bom momento do time que vinha entrando em campo. No Flamengo pós-Copa da Rússia, o clube parece cultivar esses mesmos prolemas somando-os a outros que cria ou poderia perfeitamente evitar, como se a preferência fosse descer de patamar.

Maurício Barbieri, jovem muito talentoso e promissor na profissão de treinador, que tem grandes méritos na formação do ótimo Flamengo pré-Copa da Rússia, busca manter a consistência tática do time e se vira como pode. Ainda não estão claros todos os seus motivos, mas temo que, premido pelas circunstâncias, caia no erro comum a vários treinadores brasileiros e busque apoio nos “mais experientes”. Espero sinceramente que não seja o caso, até porque a história recente do clube mostra que essa não é uma boa solução e, na minha avaliação, a melhor fase de seu trabalho em 2018 decorreu, dentre outros fatores, justamente de escalar os jogadores que estavam em melhores condições.

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Os problemas do Flamengo pós-Copa da Rússia foram expostos no confronto de quarta-feira passada contra o São Paulo no Maracanã. O chamado jogo de seis pontos demonstrou que o adversário conseguiu manter e talvez até tenha elevado o nível de competitividade que apresentava antes da Copa do Mundo, enquanto o Flamengo não resolveu os seus mais latentes e caiu de padrão. O gol tricolor não surgiu do acaso, pois foi amadurecendo desde o primeiro tempo da partida. As chances perdidas pelo Flamengo poderiam ter mudado o placar, que, sem dúvida, teve a contribuição do acaso na sua formação, mas aquele equilíbrio rubro-negro do final do primeiro semestre inegavelmente se foi.

Sábado, contra o Botafogo, Barbieri foi extremamente feliz ao arriscar com Matheus Sávio e o esquema de dois centroavantes, se não foi um tremendo sucesso, não chegou a comprometer. Os sete minutos iniciais foram abençoados e no restante dos noventa, mesmo quando a equipe canina tentou “gostar do jogo”, o controle foi rubro-negro, sem sustos. Porém, não é difícil perceber que, a médio e longo prazos, a fatura tende a ser cobrada, por mais apoio e energia positiva que a Maior Torcida do Mundo mande para os seus jogadores.

A não ser, claro, que a Diretoria resolva pôr os pés no chão e busque jogadores que realmente tenha condições de custear no mercado internacional. Por sinal, falando em diretoria, Carlos Noval cada vez mais mostra que sabe tudo de formação de atletas, inclusive na problemática transição da base para o profissional. Ele e Bruno Spindel, contudo, estão devendo, e muito, no quesito contratações e desempenho na janela internacional de transferências. Como será que a Diretoria amadora avalia essa situação?

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O confronto de quarta-feira contra o Santos, na Vila Belmiro, não me parece ser propício para o esquema tático com dois centroavantes. Eu escalaria o time com Diego Alves; Rodinei, Léo Duarte, Matheus Thuler e Renê; Cuéllar; Everton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Matheus Sávio (Marlos Moreno); Uribe. 

E vocês?

Bom dia e SRN a tod@s.

sábado, 21 de julho de 2018

Flamengo x Botafogo


Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 14ª Rodada

FLAMENGO: Diego Alves; Rodinei, Réver, Léo Duarte Renê; Cuéllar; Diego, Lucas Paquetá e Matheus Sávio; Paolo GuerrerFernando Uribe. Técnico: Maurício Barbieri.

Botafogo: Jefferson; Luiz Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Jean, Matheus Fernandes e Rodrigo Lindoso; Rodrigo Pimpão, Kieza e Leonardo Valencia. Técnico: Marcos Paquetá.

Data, Local e Horário: Sábado, 21 de Julho de 2018, as 19:00h (USA ET 18:00h), no Estádio Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (FIFA), auxiliado por Miguel Caetano Ribeiro da Costa e Gustavo Rodrigues de Oliveira; Quarto Árbitro: Evandro de Melo Lima; Assistentes Adicionais 1 e 2: Tiago Luis Scarascati e Douglas Marques das Flores, todos da Federação Paulista de Futebol.

Pendurados: Cuéllar, Henrique Dourado, Geuvânio, Renê e Rodinei.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Dez Anos de Vida!









Irmãos rubro-negros,





Nosso amado Buteco do Flamengo comemora hoje dez anos de vida.

Como passaram rápido estes dez anos!

Eu já disse, reiterei e confirmei, mas nunca é demais repetir que o Buteco do Flamengo é muito especial e tem lugar destacado no meu coração.

Seja comentando assiduamente, seja como leitor silencioso, o Buteco proporciona excelentes reflexões sobre o nosso Mengo.

Eu agradeço ao Rocco, ao Gustavo e ao Bcb, que administram com tanto carinho este espaço.

E eu agradeço a vocês amigos, que estão aqui no Buteco dia e noite, os sete dias da semana, trazendo vida, vibração e cuidando do Buteco, para que ele sempre tenha companhia e nunca esteja só.

Como humilde que é, tenho certeza de que se fosse perguntado ao Buteco o que gostaria de ganhar de presente de aniversário nesta data tão especial, ele responderia: uma grande vitória amanhã.

Que assim seja.

Parabéns, Buteco do Flamengo!

Que venham mais dez anos!


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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Umz vez Flamengo, sempre Flamengo.

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Bom dia amigos do Buteco,
No dia de hoje, 20 de julho de 2018, nosso estimado blog completa 10 anos de vida!
Dez anos de um espaço democrático, acolhedor e que tem permitido que possamos debater sobre nosso amado Flamengo em alto nível.
No dia da inauguração do Buteco, em 20 de julho de 2008, nosso time perdeu para o Vitória no Maracanã, mas, como hoje, era o líder do campeonato brasileiro daquele ano.
Nesse espaço de tempo, tivemos muitas alegrias e tristezas, vimos craques e pernas de pau, ganhamos e perdemos e em todos esses momentos foi aqui no Buteco que pudemos expressar nossa alegria, raiva, comemorar ou extravasar.
Em dez anos muita coisa mudou, mas o Buteco se manteve constante, uma rocha sempre a disposição para quando precisamos sair um pouco dos nossos problemas, das aflições do dia a dia e simplesmente podermos falar da nossa paixão, o Flamengo. 
No Buteco, nem que seja por uns minutos do dia, nossas preocupações deixam de ser a saudade de um ente querido, a crise econômica ou um problema de saúde e nesse nosso universo a vida se resume ao resultado do time, ao ponta esquerda que a diretoria não contrata ou algo que se conseguíssemos pensar com um pouco menos de paixão, não seria tão importante assim.
Portanto, só me resta deixar um muito obrigado ao Rocco e ao Gustavo, a quem dedico esse humilde texto, por terem criado esse espaço, e a todos os amigos do Buteco do Flamengo, passados, presentes e futuros, por fazer desse blog um ambiente realmente especial.


Parabéns Buteco pelos seus 10 anos e que venham muitos outros!!!
(By Bcb)


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Flamengo 0 x 1 São Paulo - De volta da Copa do Mundo

E voltamos da Copa do Mundo. E, paradoxalmente, numa partida do mesmo sentimento que todo brasileiro que acompanhava a Copa sentiu na suspensão do Casemiro. Sua substituição pelo mosca-morta do Fernandinho, que teoricamente, "jogava na mesma posição". O tal que em 2014 entregou tudo para os alemães, e que, por algum motivo que seu agente, Tite e CBF conhecem, foi chamado de novo para ferrar o Brasil em 2018.

Enfim, voltando ao Flamengo. Tínhamos uma situação parecida, mas com um agravante. Além de mosca-morta, o substituto do Cuellar (também suspenso), sequer joga na posição de primeiro-volante. Sua posição é o banco. Mas, por algum motivo também desconhecido, o técnico recém-efetivado do Flamengo resolveu colocá-lo como primeiro-volante. Lágrimas amargas.

"Ele treinou o time". Disseram. "Testou vários posicionamentos diferentes com n jogadores". Repetiram. Mas, a matemática, assim como a vida, é cruel e fria. O que é errado invariavelmente dá errado. Assim como a substituição de um bom zagueiro jovem e rápido, o Thuler, por um zagueiro na curva descendente da carreira e lento, o Rever. Mas que tem "mais nome". Não coincidentemente o critério também utilizado na Copa do Mundo pelo Tite na escalação de alguns jogadores. O que demonstra que Barbieri, uma vez efetivado, resolveu seguir o padrão comum dos técnicos brasileiros."Para que se estressar com o grupo?"

Flamengo começou a partida bagunçado e assim continuou até o final. Espaçado demais, meias que dificilmente triangulavam, Guerrero mais isolado na frente que a Ilha de Trindade, parecia um time com o corpo quebrado sem fisioterapia, sem ritmo e com a tática esquecida. O que me faz perguntar que treinamentos são estes que foram realizados na Ilha do Urubu. 

Mas São Paulo, o time cai-cai do Aguirre, não tem nada com isto. Jogou por uma bola. E conseguiu ela. Numa falha coletiva, de Rever, Rodinei, Renê e Romulo (os 4 R's do apocalipse) fez seu gol numa bola cruzada que talvez, analisando depois, tenha tido falha do Daniel Alves tb. Poderia ter saído e cortado. Lance difícil, todavia. Renê, sem senso nenhum, com o time bem espaçado, simplesmente resolveu chutar a bola bem para frente, com um São Paulo armado para contra-ataque. Resultado, bola pro São Paulo, toque de bola rápido para frente. Flamengo, na leseira, demora a voltar. Rodinei esqueceu que isto também deveria ser sua obrigação. Deveria estar ocupado fazendo selfies e entrevistando o banco de reservas. Rever tira a bola, fraco como em uma pelada ruim, ela sobra, é cruzada para a pequena área. Dois atacantes sobem junto de Renê que cai bisonhamente, e gol do Everton. Gol de ex. Do tal que não acertava uma finalização no Flamengo.

Flamengo que antes já tinha dado uma boa cabeçada na trave com Paquetá foi a frente. Com Uribe no lugar do Marlos, que, inesperadamente, por um único momento, lembrou o insubstituível Vinicius Jr, em bom lance pela lateral do campo. As chances se sucederam. Uribe se colocava bem, mas sem jogar desde maio, finalizava como o falecido Gabriel. Pés de curupira. Em um lance com o gol aberto, sem goleiro, chutou para fora. Para ser justo, deu uma boa cabeçada, bola quica no chão, e Cidão, goleiro do São Paulo, fez um milagre.

Aí Barbieri colocou Trauco (?) para jogadas pelas pontas. Que não fez. E Matheus Sávio (??), que embora tenha entrado fazendo bons lances, rapidamente sumiu junto com os outros. O que, claro, revoltou a torcida e lembrou da cobrança que se tem por reforços. Que não foram feitos por esta diretoria, com exceção do Uribe. Realmente não pode termos apenas uma opção de atacante pelas pontas (Marlos) que não seja mosca-morta (Geuvânio) nem contundido (Berrio). Muito trash ter que apelar para lateral. Não podemos ter apenas um único jogador no elenco que jogue de primeiro-volante. Flamengo repassou o Jonas. E pior, feliz. Como se tivessem primeiros-volantes a dar com pau por aí. Não tem!

Laterais e zagueiros que temos, talvez não segurem a onda das necessidades competitivas de agosto. Em que pese a inexperiência do Noval em questão de contratação de profissionalis, esta falta de contratação está em sua conta enquanto diretor e mesmo da gestão do Flamengo, na pessoa do VP de Futebol, na questão de cobrança em relação a este problema. Que até pode estar sendo realizada, mas daqui de fora só vemos a superfície e na superfície só temos Uribe de novo e as saídas de Vinicius Jr, Jonas e Vizeu.

Mas, ainda seguimos líder. Embora por um ponto. E na próxima partida enfrentamos o Botafogo. Podemos ganhar mas temos que melhorar muito. Sair do time amador de pelada cansado de ontem, com reposição lenta e espaçado, para um time efetivamente profissional digno de todo trabalho e imenso orçamento proporcionado ao futebol.