segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Flertando com o Desastre

Buongiorno, Buteco! Quarta-feira tem jogo! Alguém se lembra disso? A nossa "Suprema Mandatária" parece que não, infelizmente. Muita festa, muita dança, parecendo que a contratação do Vagner Love, como um passe de mágica, apagará todo o passado recente de decisões cretinas e má administração do Departamento de Futebol: as crises, a pré-temporada desastrosa, a rasteira levada do Fluminense no episódio Thiago Neves... Ah, e ainda encontra-se tempo para fritar o Destreinador, fazendo contratações (ainda que boas) por ele não aprovadas (a do Gonzales, a propósito, é muito bem vinda, mas para que continuar com um treinador que não quer bons reforços?), cogitando reforços por ele já vetados (Adriano) e insinuando que ele pode ser demitido acaso não consiga bons resultados, além de deixar vazar uma provável demissão após o jogo de quarta-feira, seja ele qual for o resultado. Tudo o que importa para a nossa presidente são as aparências e a sua imagem, a fôrma; pouco importa que, por dentro, haja um vácuo, um vazio de conteúdo.

"Opa!" "Peraí", diria um desavisado que, por exemplo, acabasse de chegar do exterior e não soubesse do que se passa. "Mas o Flamengo então goleou no primeiro jogo? Vai enfrentar o time do convento? A classificação já está garantida?" Muito provavelmente ficaria estarrecido com as respostas negativas para as três perguntas. O Flamengo perdeu a primeira partida, o treinador, enfraquecido e, eu diria, desmoralizado, balança mais do que o King Kong no alto do extinto Empire States e o time está jogando um futebol ainda pior do que o apresentado no segundo turno do Brasileiro/2011.

Nunca se menosprezou tanto um adversário como o Flamengo está fazendo com o Real Potosí, apesar da séria e bem planejada preparação física realizada em Sucre. As atitudes da diretoria e do Destreinador denotam uma certeza de controle da situação e de que o Flamengo se classificará tranquilamente no Engenhão, mas será que há razão para tanto otimismo, afinal de contas, a dupla Willians e Renato Abreu muito provavelmente estará encarregada de criar as jogadas para os atacantes (se é que teremos mais de um mesmo) e o futebol apresentado pela equipe titular neste ano é o mais medíocre possível. É claro que que eu sei, todos sabem, que perder para um time com a "categoria" (?) do Real Potosí seria uma "façanha" comparável com a derrota para o América do México, mas alguém por aí se lembra de quando foi a última vitória dessa formação tão insistida pelo Luxemburgo por dois ou mais gols de diferença? Pergunto isso pela eventualidade do Potosí fazer gols e o Flamengo ter que evitar a decisão da vaga em cobrança de pênaltis...

O quadro se completa com a situação mal resolvida com a estrela da companhia, Ronaldinho Gaúcho. Na verdade, a contratação de Ronaldinho vem se tornando um exemplo clássico de desperdício de dinheiro e de incúria administrativa, a ser citado em cursos de administração esportiva. Ronaldinho poderia ter utilidade jogando como meia, por exemplo, na posição que Petkovic jogou em 2009, pois, efetivamente, o melhor que sabe fazer, hoje, é colocar os companheiros na cara do gol; contudo, é escalado no ataque, não raro como centroavante, homem de área (!), posição em que não tem como render, já que não é o mesmo jogador de outrora, especialmente em velocidade, ou mesmo porque nela jamais jogou antes. Parece que o que importa, para Patrícia Amorim, é ter Ronaldinho no elenco e poder se gabar aos quatro ventos desse feito, sendo irrelevante que se gaste os tubos de dinheiro com ele por mês para que jogue, mal, fora de posição. Se o Departamento de Marketing conseguisse fazer bom uso de sua imagem com produtos, mas nem isso!

Pior ainda do que o posicionamento de Ronaldinho em campo é a forma com que a diretoria trata o pagamento dos seus vencimentos. Joga a responsabilidade pelo pagamento da maior parte a uma empresa com a qual sequer assinou um contrato e diz que os atrasados são responsabilidade dessa mesma empresa, com a qual não assinou o contrato (!). Puxa vida, fiquei sem entender essa. Alcançando milhões de reais, a dívida assusta, até porque outras, que com o passar do tempo se tornaram gigantescas, como as contraídas com Gamarra, Romário, Petkovic e Edmundo (só para citar alguns exemplos), começaram exatamente assim. E não podemos esquecer do efeito deletério que uma saída de Ronaldinho Gaúcho, sem receber esses atrasados, teria na imagem atualmente combalida do clube, graças às trapalhadas de sua presidente - seria um pouco difícil, sendo eufêmico, convencer outra estrela internacional, no futuro, a aceitar um modelo de contratação como esse.

Essa situação do Ronaldinho precisa ser definida, com a regularização do seu pagamento, inclusive dos atrasados, ou com o acerto para a sua saída. Hoje, o Flamengo tem um jogador cujo irmão/procurador cobra aos quatro ventos o pagamento dos atrasados, com uma série de ameaças, e ele, atleta, ainda joga de evidente má-vontade, visivelmente insatisfeito com a situação. A relação com a torcida começa a se deteriorar e, repito, sua saída levando calote seria péssima para a imagem do clube, prejudicada pela passagem tsunâmica de Patrícia Amorim pela Presidência. Certo mesmo é que é absolutamente insuportável vê-lo jogando de má-vontade e vestindo o Manto Sagrado.

O Flamengo/2012, portanto, flerta com o desastre. Pode ser que ele não venha contra o Potosí e é melhor mesmo que não, pois as proporções da tragédia seriam bíblicas, mas alguém aí aposta todas as fichas em uma classificação numa eventual fase de grupos, acaso o quadro atual se prolongue no tempo?

Bom dia e SRN a todos.

domingo, 29 de janeiro de 2012

PaRANoiA dELiRAnTe






Boa tarde/noite amigos do Buteco, primeiramente peço desculpas pela hora da postagem.

Hoje resolvi compartilhar com vocês algo que venho sentindo nos últimos dias e, na medida do possível, averiguar se se trata de algo particular ou coletivo.

Diante das últimas notícias dando conta que o elenco estaria contra o técnico, das denúncias veiculadas no blog do Paulinho, do racha da Diretoria com o Luxemburgo, racha do R10 com o técnico e exigência de sua saída, contratações bisonhas como Itamar, possível venda de parte dos direitos dos jogadores da base, cogitação de um nome que me causa arrepios como Zé Love, a multa de 4 milhões do Destreinador, contrariedade do mesmo em relação a contratação pouco custosa do zagueiro González etc, etc, agora passei a assistir aos jogos do Flamengo com a incômoda sensação de que tem sempre algo por trás de determinadas situações.

Jogo contra o Potosí: Flamengo entra em campo com 4 volantes. Luxa quer perder de propósito pra ser demitido e ganhar sua multa milionária? Ou, ao contrário, seu receio de ser demitido é tão grande que escala de forma covarde e medrosa?

Os jogadores, por sua vez, querem a demissão do técnico. Até que ponto podem ir? Perdemos o primeiro jogo contra um adversário risível. Existe algo por trás dessa derrota, que não apenas um sistema tático horroroso, composto de vários botinudos sem a menor técnica e habilidade pra jogar em alto nível?

E agora, na próxima 4a feira? Técnico quer perder pra ser demitido e levar sua multa? Jogadores querem que ele saia e farão corpo mole?

Ontem, jogamos com Jael e Negueba no ataque. Me pergunto: por quê? Jael é mais um dos indicados pelo "professor" pra utilizar o Flamengo como vitrine e turbinar ganhos pra terceiros (parece que se for vendido, pasmem, o Flamengo não ganha absolutamente nada com isso). Negueba já tinha jogado na Bolívia, mas ainda assim permaneceu 90 minutos em campo errando tudo que tinha direito. Foi especulado que alguns jogadores dos juniores teriam assinado uma procuração, passando a ser empresariados por gente ligada ao treinador. Negueba seria um deles?

Afinal, o que há por trás dessa relação que chegou as raias do ridículo e do patético entre o Destreinador e o Renato Canelada, que em hipótese alguma é substituído? Parte do salário do jogador não chega ao próprio bolso?

Por outro lado, porquê fazer um contrato de mais de 2 anos com um treinador, com uma cláusula de multa altíssima, proporcional ao tempo que falta, quando é sabido que raríssimas vezes um técnico de futebol no Brasil alcança tal tempo de serviço?

Enfim, são muitas perguntas e cada dia mais tenho a impressão que o critério meritório vem sendo deixado de lado e outros critérios escusos ou pouco claros vêm ganhando espaço.

Ou tudo isso não passa de paranoia delirante? O que acham?


sábado, 28 de janeiro de 2012

Macaé x Flamengo




Campeonato Estadual - Taça Guanabara - 1ª Rodada.

Macaé - Luís Henrique, Édson, Ramon, Douglas Assis e Gérson; Bruno Barra, André Gomes, Gedeil e Wallace; Pipico e Charles Chad. Técnico: Toninho Andrade.

FLAMENGO - Paulo Victor, João Felipe, Marllon, Frauches e Magal; Maldonado, Luiz Antonio, Camacho e Bottinelli; Negueba e Jael. Treinador: Antônio Lopes Júnior.

Data, Local e Horário: Sábado, 28 de janeiro de 2012, as 17:00h (USA ET 14:00h), no Estádio Cláudio Moacyr, o "Moacyrzão", em Macaé/RJ.

Arbitragem: Antonio Frederico de Carvalho Schneider, auxiliado por Eduardo de Souza Couto e Francisco Pereira de Souza.


Nomes possíveis, para soluções definitivas


Fé em Deus e pé na tábua! Hoje nada de futebol. É comum ficarmos sempre falando dos problemas de gestão do Flamengo, mas resolvi sair do comum e tentar propor alguns nomes ligados ou não ao Flamengo que poderiam melhor administrar o clube como um todo. Vou reiterar que os nomes viriam na administração de modelos independentes, que já falei e venho sempre falando em minhas colunas. Quem não souber do que digo, é possível procurar as colunas anteriores, as de sábado. Pois bem, vou tentar simplificar com nomes e funções onde penso ser provável sucesso numa gestão profissionalizada do clube.

Começo por João Henrique Areias, o nome que mais me agrada para o Marketing e o Patrimônio do Flamengo, aliás ele é o nome que eu votaria se já fosse sócio. Na ultima eleição tinha propostas modernas e traria o clube para o Século XXI, mas uma reviravolta tirou integrantes de sua chapa para o apoio de Plínio Serpa Pinto. Areias é sério e competente, conhece muito sobre gestão, com larga experiência dentro e fora do clube, onde já foi o responsável pelo Marketing, e mais recentemente pelo basquete, formatando o modelo de gestão atual e vencedor entre outras contribuições. Seria o meu presidente facilmente.

João Fernando Rossi é o diretor de esportes coletivos do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, que sabemos é um case de sucesso, com suas 44 modalidades esportivas (isso mesmo, quarenta e quatro, veja). Mesmo sendo diretor de esportes coletivos no Pinheiros, faria uma gestão compartilhada com outro dirigente nos olímpicos do Flamengo. Cuidaria dos esportes aquáticos, ginástica olímpica, remo/canoagem e judô. Contribuiria enormemente não só na gestão, mas na obtenção de recursos para o clube por meio de patrocínios e por leis de incentivo e isenções fiscais, como ocorre competentemente no ECP. Vale muito a pena ir ao site do Pinheiros ver o nivel de organização e gestão.

Bernardo Rezende, ele mesmo, o multicampeão Bernardinho, que seria responsável por duas modalidades volei, basquete e as escolinhas de todas as demais modalidades do clube. O trabalho não é novo para ele, pois está bastante acostumado, adaptado, o Flamengo nem tanto. Ganharíamos na reestruturação das escolinhas com um nome quase perfeito para este novo modelo de gestão, na captação de receitas em esportes tradicionais e seria um belo desafio para ele. O Flamengo só teria a crescer, projetando trabalhos de longo prazo. Mesmo não sendo torcedor do clube, já foi nosso atleta, e se não me engano, formado na Gávea, e vice-campeão olímpico em 1984. Um bom filho.

Renan Dal Zotto, para quem achou esquisito é isso mesmo! O craque do vólei, da geração de prata, como o anterior, é um competente dirigente esportivo. Atualmente ele é ao mesmo tempo Gerente-esportivo do Florianópolis/Sky (volei) e diretor de marketing e consultor do futebol do Figueirense. Cuidaria em tempo integral do Futebol (também com o Futsal, futebol de sete, futebol de areia e categorias de base, que se integradas, as modalidades gerariam muitos futuros craques). É o gerente profissional que nos falta. Não há nome tão ou mais competente no mercado, em certa disponibilidade e ainda é barato para o mundo do futebol, dificilmente haverá alguém que seja o entremeio do esporte profissional e o "futebol do Flamengo".

Para a parte mais problemática e capital deste projeto, o clube social, um dirigente da gestão atual, Alexandre Wrobel. Como chego até este nome? Advogado e empresário do ramo imobiliário, é o responsável pela construção e a finalização do CT, o Ninho do Urubu, pelas negociações do edifício Morro da Viúva e outros projetos relacionados à pasta. É o atual vice de patrimônio do Flamengo, e seria o cara do FlaGávea. Conhece bem o clube, sabe como funcionam os processos e para mim é o único que executa bem o seu trabalho e  com competência (a diretoria de basquete também) no “ministério” de Patricia Amorim. 

O Flamengo é administrável. Falta é competência e comando, e não seria preciso modificar o estatuto para fazer o que propus. Um exemplo disso é a resolução sobre o Morro da Viúva que dará aproximadamente R$ 3,2 MI/ano ao clube. Esta semana se aventou a possibilidade de um contrato de franqueamento de lojas do clube, que poderá dar aproximadamente R$ 4,5 MI/ano ao clube, que se somados aos valores acima seriam R$ 7,7 MI/ano. Com transparência nos projetos, nas execuções e com a credibilidade dos gestores a marca Flamengo, e logo o clube, se capitaliza e cresce. Pegando uma expressão antiga, dá sim para se fazer com que os bolos cresçam, cada um deles!

Somos Flamengo, Vamos Flamengo!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dos males, o menor.


Na foto, José Aldo, campeão peso pena do UFC e Rubro-negro.

Rodrigo Romeiro

Saudações, car@s butequeir@s rubro-negr@s. Semana agitada, de bola rolando e de muitas notícias de bastidores. Por enquanto, continuamos com mais notícias ruins do que boas. Nada fora do roteiro que vem sendo escrito por essa diretoria.

Infelizmente não pude ver o jogo de ontem. Apenas ouvi. Por isso, estou incapacitado de analisar a parte tática e técnica. Estou de férias no interior de Pernambuco, Caruaru, cidade repleta de flamenguista, em que não dou uma só volta no quarteirão sem ver um manto sagrado. Achei que veria o jogo em canal aberto, com facilidade, mas não consegui ver o jogo em canal algum, nem na Fox, que teve a pachorra de transmitir o jogo do Inter. Vai entender!

O resultado não foi dos piores e, como disse o Gerson, ao final do jogo de ontem, o Flamengo tem que meter no mínimo quatro aqui embaixo. O curioso, e ao mesmo tempo irritante, ficou por conta das quase substituições do Renato Abreu durante a partida.

Lá pelas tantas, o repórter da rádio globo anuncia: “Luxemburgo vai mexer, deve sair Renato Abreu”. Mas não, sai Airton e Deivid. Logo vem um comentário jocoso: “agora o torcedor do Flamengo só tem mais uma esperança do Renato ser substituído”. Em seguida outro comentário, esse com um aparte: “Renato Abreu cansou. Não fulano, Renato Abreu já começou a partida cansado”. Por fim, o repórter anuncia: “Luxemburgo vai fazer sua última alteração, sai Renato Abreu”. Penso: ufa, pelo menos não é mais insubstituível. Mal termino meu pensamento e o repórter estraga prazeres diz: “Luxemburgo mudou, sai Willians”.

Acredito que já virou gozação. O Luxemburgo faz isso de propósito, só para tirar uma com a nossa cara. Não é possível que essa seja uma posição séria. Se realmente a demissão do Luxemburgo já era dada como certa, depois do jogo de ontem não devem ter restado dúvidas. Esse é um dos aspectos positivos do jogo de ontem; tivemos um resultado reversível e que ao mesmo tempo deixa claro o péssimo trabalho feito pelo treinador. Como inúmeras vezes foi profetizado aqui no Buteco, Luxemburgo vai morrer abraçado com o Renato Abreu.

Mas não só de notícias ruins desenrola-se a semana do Flamengo. Amanhã deveremos ter a apresentação do Love. Sem dúvidas uma grande contratação, na nossa posição mais carente. Claro que essa diretoria não poderia ter feito um bom negocio e tinha que pagar mais caro do que devia. Se não tivessem perdido Tiago Neves e Alex Silva (esqueçam o caráter e pensem só na bola), com a chegada do Marcos Gonzales e do Love, teríamos um time para disputar até o título da libertadores. Mas agora, continuaremos com carências, precisamos de um zagueiro e um meia.

Car@s Butequeir@s, dos males o menor. Perdemos por um gol, fizemos gol fora e o adversário é fraquíssimo. Nossas chances classificação são altas. Além disso, muitas fontes dizem que o Luxemburgo já caiu, o que não nos levará a um céu de brigadeiro, mas ao menos nos tirará dessa tempestade.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Real Potosí x Flamengo


Taça Libertadores da América - 2012. Fase Preliminar - 1º Jogo.

FLAMENGO: Felipe; Leonardo Moura, Welinton, David Braz e Júnior César; Aírton, Luiz Antonio, Willians, Renato Abreu e Ronaldinho Gaúcho; Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Real Potosí: Lapczyk; Centurion, Jiménez, Juarez, Torrico; Ortiz, Ovando, Pachi e Rivero; Angola e Torrez. Técnico: Victor Zwenger.

Data, Local e Horário: Quarta-feira, 25 de janeiro de 2012, no Estádio Victor Agostín Ugate, em Potosí, Bolívia, as 21:50h (USA ET 18:50h).

Arbitragem: Líber Prudente, auxiliado por Carlos Pastorino e Carlos Changala, todos do Uruguai.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ela voltou!

Enfim, rolou a bola de uma vez por todas neste ano de 2012, devolvendo ao ostracismo o alvará do CT do Flamengo e a ferrugem da caçamba do velho carrinho de mão usado na obra, após usufruírem os seus 15 minutos de fama na entediosa entressafra do futebol brasileiro, quando a novidade tirou nota zero e a fofoca, o disse-me-disse e afins fizeram subir os combalidos índices de audiência da mídia esportiva com a inestimável colaboração de seu maior e melhor fornecedor, o próprio Flamengo, de onde vaza tudo para o lado de fora de seus muros. Aliás, escapa tanto que parece não tê-los e lembra a quem a tudo assiste alguns trechos da canção infantil de autoria de Vinícius de Moraes, o grande Vina:

"Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
...............
Ninguém podia dormir na rede
Porque a casa não tinha parede
..................................................."

Já que a redonda voltou de suas férias, os promissores garotos da base do Flamengo encheram de esperança a torcida ao brindá-la, mais uma vez, com um futebol digno do antigo slogan "craque o Flamengo faz em casa". Creio que, com critério e bom senso, o clube poderá ter a seu dispor ao longo dos próximos dois anos um grande time formado pelos meninos Muralha, Thomás, Luiz Antonio, Adryan, Camacho, entre outros, com cada um subindo para os profissionais a seu tempo, no seu ritmo de crescimento, sem açodamento, sem euforia desmedida e com seriedade. No Flamengo é difícil juntar tudo isso, eu sei, mas vamos tentar, não custa muito.

Nessa transição que não é feita da noite para o dia, surgirão os espertalhões de sempre, velhos conhecidos, na tentativa de tirar algum proveito numa precoce transferência para outro clube. Caberá, então, ao Flamengo se mirar no exemplo do Santos e segurar suas promessas por alguns anos, lucrando tecnicamente com o talento delas para, mais à frente, realizar ótimas transações para o clube, tendo em vista que o mercado exterior é um caminho praticamente inevitável, constando do cardápio de cada grande jogador que surge no mercado pelo menos uma passagem fora de casa para a sua independência financeira e crescimento profissional. Nada mais justo, porém, que seja feito depois de uns 5 anos de atuações no 1º time do clube.

E a bola rolará de novo logo mais em Potosí, eita coisa boa, no primeiro jogo da fase da pré-Libertadores, há 4095m de altitude, praticamente 12 mil pés, onde os aviões que não dispõem de sistema de pressurização, para chegarem, obrigam os seus ocupantes ao uso de máscara de oxigênio, por questões de segurança física. Mas é lá em cima do morro que o Flamengo tem a missão de encarar de frente o Potosí, com o velho time do ano passado, o mesmo esquema, a mesma valsa, o mesmo trio de volantes de bicões pra cima, chutão pra frente e passes precisos, de 2m, para os lados, quando não erram, pois, como todos já viram, muitas vezes erram, conseguem a tal proeza.

Em tais condições de temperatura e pressão, a famosa CNTP, não espero uma grande atuação técnicamente falando, conheço minha turma, mas como torcedor exijo vontade, determinação e raça. O "faltou vontade" vomitado pelo truculento Alex Silva após o último amistoso, em Londrina, é inadmissível, intolerável, partindo de um profissional pago a peso de ouro justamente para ter...vontade de jogar com seriedade, vontade de cumprir bem as suas funções profissionais e orgulho de fazê-lo, o mínimo que um funcionário de um clube ou empresa tem que exigir de si próprio, embora nem sempre consiga realizar a sua tarefa perfeitamente, o que é compreensível. O que não pode faltar é motivação para a realização do trabalho para o qual é preparado e remunerado ou, então, que vá fazer outra coisa que lhe seja mais interessante, que o deixe feliz em sua execução.

Enquanto escrevo, ouço a torcida excitada pela iminente contratação do Vágner Love. Espero que quando estas palavras estiverem publicadas, a sua vinda sejam favas contadas depois daquela proposta de 60...bem deixa pra lá, acho que foi apenas uma comédia sonhada naquela casa sem paredes, sem teto e sem...CHEFE.

Gol neles, Mengão!

SRN!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

No Topo do Mundo Futebolístico e Na Berlinda

Buongiorno, Buteco! Começamos a semana na ansiedade do confronto de estreia do Mais Querido na Pré-Libertadores, logo no "Topo do Mundo Futebolístico", pois, afinal de contas, não se sabe de outro lugar no planeta em que se dispute futebol profissional a uma altitude maior do que na rústica (e, na minha opinião, bela) cidade boliviana de Potosí, de passado rico e mineração, porém de presente modesto em termos econômicos. O adversário, o Real Potosí, segundo informações que circularam recentemente na Internet, tem folha salarial que não chega a R$ 100.000,00 (cem mil reais), ou seja, algo que se compara a um time mediano ou pequeno do interior do Estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais ou São Paulo nos dias de hoje. Mas nos 4.000 metros de Potosí o ar rarefeito e, os Deuses rubro-negros queiram que não, eventual chuva e vento, além do frio, tornam as condições ambientais um tanto extremas e podem efetivamente nivelar tecnicamente a partida. Resta torcer para que a preparação em Sucre e agora em Potosí venha de fato produzir os efeitos desejados.

Medo de hostilidade da torcida boliviana por conta da campanha contra jogos na altitude? Não. Trata-se de um povo pacato, ordeiro e educado, feliz, pelo que se lê nos jornais, pela presença de Ronaldinho Gaúcho em sua cidade. Se receio pode haver para essa partida, ele tem por nascedouro tudo o que ocorreu esse ano na "pré-temporada" do Mais Querido. Parece que fez-se de tudo para estragar e arruinar a campanha na Libertadores/2012: a) da (boa) lista de reforços apresentada por Luxemburgo, os que realmente faziam a diferença até o momento não foram contratados; b) jogadores com luvas, prêmios ou direitos de imagem atrasados e o Vice-Presidente de Finanças xingando-os via imprensa de "marketeiros", provocando grande insatisfação; c) treinador, Vice-de-Finanças e Ronaldinho travando uma queda-de-braço por poder e controle nos bastidores, que (dizem) gerou um "ou eu ou ele" por parte do atleta recentemente; d) Diretoria aparentemente dando apoio ao atleta a fritando o treinador, deixando vazar à imprensa que ele será demitido, às vésperas do jogo que definirá a entrada do Flamengo na competição mais importante da temporada, numa manobra de deixar o Marcos Braz com inveja tanto pelo destrambelhamento, como pelo caráter espalhafatoso; e) o treinador, também vazando para a imprensa, claro, antes disso resolvera investigar, no melhor estilo "Scotland Yard", uma noite de amor de Ronaldinho com uma mulher no hotel, pedindo a rescisão contratual com o meia; f) a diretoria ainda não se acertou e nem pagou Ronaldinho, e disse que os atrasados são de responsabilidade da empresa parceira que nunca foi e pode nunca ser; g) time titular se arrastando em campo nas partidas amistosas preparatórias, com o mesmo esquema de jogo falido e escalação que quase puseram a perder todo o trabalho do ano no segundo turno do brasileiro do ano passado, enquanto o time reserva, com outros esquema tático e atletas, está voando e impressionando a todos; g) Ninho do Urubu interditado! h) Perda do segundo principal jogador do time para o adversário mais odiado pela torcida por conta de incompetência da diretoria e i) adversários e seus dirigentes debochando o quanto podem da presidente e do clube.

Ufa! Será que eu me esqueci de algo? Bem, pouco importa a essa altura, não é? Os amigos repararam como nos últimos dias o noticiário foi aquecido com notícias de possíveis novas contratações? Pois é. Parece que hoje, inclusive, tem até reunião na Rússia, vejam só!

O certo é que tudo o que podia ser feito para o Flamengo ser eliminado na Pré-Libertadores foi feito.

Agora resta a São Judas Tadeu interceder, não por essa gente que está à frente das decisões do clube, mas pela imensa Nação espalhada pelo mundo e que não merece ser tão mal-tratada.

Quarta-feira estaremos mais uma vez, todos os corações rubro-negros do mundo, juntos e torcendo pelo Mais Querido.

Bom dia e SRN a todos!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Flamengo x Bonsucesso


Campeonato Estadual - Taça Guanabara - 1ª Rodada.
FLAMENGO - Paulo Victor, João Felipe, Marllon, Frauches e Magal; Maldonado, João Victor, Camacho e Bottinelli; Lucas e Jael. Treinador: Antônio Lopes Júnior.
Bonsucesso - Saulo, Eduardo Ratinho, Gomes, Admilton e Antônio Carlos; Márcio Guerreiro, Ricardo Bóvio, Diogo e Marco Goiano; Adriano Magrão e Jefferson. Treinador: Wilson Gottardo.
Data, Local e Horário: Sábado, 21 de janeiro de 2012, as 19:30h (USA ET 16:40h), no Estádio Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro.
Arbitragem: Wagner do Nascimento Magalhães, auxiliado por Rodrigo Pereira Jóia e Diogo Carvalho Silva.

Costa Flamengo



Acrescentaria ainda: treinador, não treina e jogador, não joga! Campeão Carioca invicto, jogando mal, mas vencendo e principalmente empatando, quarto lugar no campeonato brasileiro, após a luta pelo rebaixamento no ano anterior. Estes atributos não são ruins, se não se tratasse de Flamengo, se não fosse como foi. A apatia e a falta de comando não são características do Flamengo, nem dentro, nem fora de campo, nunca foram. Muitas administrações bagunça "governaram" com despreparo e excessos, mas nunca falta de comando e apatia, talvez, até excesso de comando (muito cacique e pouco índio), falta nunca. A associação direta com o caso do navio italiano Costa Concórdia, naufrago este mês, pelo menos para mim é inevitável. 

O Costa Concórdia com lotação para cerca de 4890 pessoas (3780 passageiros, 1110 tripulantes em 1500 cabines) é ou era um dos maiores navios trans-atlânticos do mundo. Ele tinha área para esportes com quadras de tênis e basquete e a pista para caminhadas; termas com vista panorâmica para o mar, que ocupava uma área total de quase 2000m², duas piscinas com telhados de vidro removíveis, piscinas com tobogãs, entre outras atrações que não eram poucas. A tragédia em si já é algo paralisante, estarrecedor, se agravando e muito com as atitudes de quem deveria ajudar a salvar, nunca se omitir. A covardia do Comandante do navio, Francesco Schettino, que permaneceu sobre um dique olhando a embarcação que tinha abandonado antes de concluir a retirada dos passageiros, chega a ser revoltante!

Aí está a semelhança é grande com nosso pilhado clube, pilhado no sentido que vocês quiserem dar. A apatia e a falta de comando são gritantes, mas a execução de um planejamento estapafúrdio alcancou níveis inaceitáveis. Os comandantes estão olhando a embarcação afundar, mas de dentro não coordenam salvamento, pelo contrário, nada fazem. Não adianta ter torcida organizada colocando pressão de um modo que não concordo, com ameaças, mesmo que veladas. Lugar de pressionar é na arquibancada ou de modo democrático, nas regras do estatuto do clube, com representação nos conselhos. A iniciativa do Grupo Sócios pelo Flamengo é sensacional! Um alento! Oxalá ganhe corpo dentro do clube e seja uma nova vertente para as próximas eleições. No minimo oxigena o debate.

Do naufrágio no mediterrâneo emergiu um herói que não é herói. Com o país em crise econômica, politica, social e moral, se sentindo ainda mais humilhado por uma falha grotesca de um comandante e sua retumbante covardia, onde a alusão à politica também se faz presente (governo Berlusconni), surge então Gregorio De Falco, o herói que não quer ser herói, como o próprio disse, fez apenas seu trabalho bem feito, e se indignou com o comandante do barco que foi o primeiro a sair do mesmo, virando as costas para seus comandados (tripulação), virando as costas para seus clientes, vidas que estavam em suas mãos deixadas de lado. Com os gritos e perplexidade maior com o abandono de quem deveria enfrentar a situação e organizar a saída de todos com vida, De Falco, virou o simbolo de uma Itália que quer sair da crise, de uma nação que aos cacos, vê numa tragédia a centelha da unidade para levantar e virar o jogo.

No Flamengo de Patricia Amorim falta um comandante, uma comandante indignada com a incompetência que envergonha o torcedor, numa crise como a da Itália, falta alguém que apenas faça seu trabalho bem feito, numa crise econômica, associativa, política, moral. No campo desportivo, sinto falta de Bruno, por incrível que possa parecer. Deixo claro que não o quero de volta, mas reconheço que o atleta (não gostava dentro e fora de campo) cumpria sua missão como capitão, era competente no seu trabalho, mesmo com todos os problemas criados e as besteiras que dizia, era e nunca deixou de ser até seu ultimo jogo pelo clube, um líder fora de campo com consciência de classe, brigava por seus iguais, tinha liderança natural e confrontava as diretorias a respeito de problemas extra-campo, não na imprensa. 

Se tivéssemos um jogador com as mesmas características no elenco hoje, os problemas seriam menores, vazariam menos, sendo resolvidos internamente sem assessorias, entre os envolvidos, olho-no-olho. Ronaldinho nunca foi capitão em nenhuma situação em sua carreira, exceto em situações esporádicas, liderança sim. Uma liderança positiva, mas nunca condutor, sempre auxiliar. Juro não conseguir distinguir a quem se assemelha mais a situação no barco e de Schettino, se a Patricia Amorim condutora do clube e lembremos vice-presidenta de futebol, o cargo foi acumulado por ela em Abril de 2010, ou ao próprio Ronnie, porque surgiu quarta-feira a notícia de Schettino estar com uma mulher não registrada no barco, além de estar bebendo quando ocorre o acidente. Quanta coincidência!


Veja a espinha dorsal do departamento de futebol: Patricia, Patricia (VP de futebol), Veloso Luxemburgo e Ronaldinho. Todos dispensáveis. Seria um alívio para o ambiente do clube, os cofres, tudo. Faço perguntas ainda sem respostas: Quando sairá a Capitã Patrícia? Quando afundará o Costa Flamengo? Ronaldinho, quando comandará a equipe de vez? Bah, vais ficar vendo o barco afundar, tchê?

Fuori a bordo, CAZZO!
Quando virá nosso Capitão De Falco?

Somos Flamengo, Vamos Flamengo!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Gávea em chamas!


( A arte destruidora de Steve McGhee)











O Flamengo é imbatível no fornecimento de matéria-prima para as manchetes debochadas dos jornais, rádios, televisões, sites da internet e mídia em geral. Essa cessão de informações desagradáveis para os rubro-negros normais, que expõem um modelo de gestão amador, caduco e ultrapassado, não deveria sair de graça, cabendo a cobrança de royalties por elas. E seria um clube mais rico ainda, com mais receitas disponíveis do que já possui e sem saber como gerir esse belo PIB clubístico, maior do que muitos dos 5566 municípios brasileiros;

Depois de Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Michel Levy, Alex Silva e Patrícia Amorim, ontem foi a hora e vez do Vágner Love dizer, alto e em bom som, que para resolver a sua vinda para o Flamengo: "Só se eu me comprar" em resposta à afirmação da ainda presidente segundo a qual "apenas dependia dele" para se apresentar na Gávea e depois da risível oferta do clube para quitar a compra dos seus direitos em 60 suaves prestações, fazendo concorrência ao empresário Samuel Klein, que vende aparelhos eletrodomésticos naquele esticado prazo para caber no bolso de todos, colaborando na mobilidade dos gráficos socio-econômicos do país;

O caos está estabelecido na Gávea sob o decadente império de D. Paty, que um dia será batizado na história do Flamengo como "o de triste memória", mas tenho a liberdade proporcionada pela vocação democrática deste espaço para escrever que, apesar dos pesares que são muitos, estamos com sorte. Ela decorre do fato do nefasto e conhecido intruso das salas gaveanas, recebido com as portas devidamente abertas, ter entrado neste mês de janeiro, quando o 1º jogo que vale alguma coisa que preste não será dos mais difíceis, a não ser pelas adversidades da altitude de 4 000 metros da cidade de Potosí, e a partida que realmente decidirá a vaga para a fase de grupos da Libertadores será realizada no Rio de Janeiro, já em fevereiro. Creio que a bagunça generalizada não terá folego para chegar até lá e alcançaremos a vaga. Pelo Estadual, que começa no próximo fim de semana, a primeira prova de fogo acontecerá na 4ª rodada, daqui a 20 dias, contra o Botafogo, estando o clima mais ameno graças à ação de flamenguistas de boa-vontade que sempre aparecem para pôr alguma ordem no ambiente. O prejuízo maior ficará por conta da pré-temporada realizada de forma conturbada;

A figura central dessa crise recorrente é a ineficaz presidente cuja entrevista na 2ª feira apenas mostrou, novamente e pela e-nésima vez, o seu completo despreparo para antever e ver o que está ocorrendo no clube e suas reais necessidades para a obtenção de sucesso em algumas das competições que serão disputadas este ano. Ao declarar angelicalmente que "trouxemos o Itamar, o Magal..." revelou o seu injustificável desconhecimento sobre o que são as dificuldades de uma Taça Libertadores, comparando inconscientemente aquele difícil torneio ao Campeonato da 2ª Divisão do Rio de Janeiro, no qual Itamar é um "Cristiano Ronaldo" e Magal faz um "Roberto Carlos" dos bons tempos. Pouco antes de pretender impor a todos que não havia crise, foi informada que o antigo bom zaqueiro do São Paulo, Alex Silva, não comparecera ao embarque para Sucre. E ficou com aquela carinha de paisagem de quem não sabe o que fazer e como fazer, a não ser repetir o jargão utilizado em vários momentos de indisciplina cometidos por outros atletas: "Ele está afastado do grupo". Até quando não se sabe, ou até o pirulito resolver voltar e se incorporar impunemente ao elenco do clube acéfalo;

É perfeitamente aplicável à Patrícia Amorim a fábula da tartaruga no topo do poste, que "não entende como chegou lá, não acredita que ela esteja lá, sabe que ela não subiu lá sozinha, sabe que ela não deveria nem poderia estar lá, sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá e não entende por que a colocaram lá.
Perante isto tudo o que temos que fazer é ajudá-la a descer e providenciar para que nunca mais suba no poste. pois lá em cima, definitivamente, não é o seu lugar";

Um grande favor que essa pessoa faria ao Flamengo seria um ato de amor à entidade, ou seja, reconhecer a sua situação semelhante à da tarataruga da fábula e renunciar para o bem da instituição e de sua torcida, o que seria bom para todos, inclusive para a própria que, incapacitada para exercer tão importante cargo, ficaria livre, leve e solta desse fardo mais pesado do que pode suportar como os fatos têm demonstrado, além de nos proporcionar um atrasado presentão de Natal.

SRN!


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Cura do Câncer

Buongiorno, Buteco! Não tem sido fácil suportar o noticiário esportivo nesse início de 2012. Parece até que o mundo rubro-negro está por acabar, num autêntico apocalipse. Pior do que perder os mais importantes jogadores do time (um, pelo jeito, já era) ou mesmo a ameaça disso acontecer em relação aos dois é a forma pela qual tudo está ocorrendo, a mais humilhante e depreciativa possível. Como conversávamos nos últimos dias nos comentários aos excelentes posts do Henrin, do Luiz Filho e da Leila, a questão não é se eu, você ou cada um dos amigos é a favor ou contra a permanência desse ou daquele atleta; é que ninguém suporta ver a reputação do Mais Querido ser jogada na sarjeta por uma diretoria irresponsável e incompetente, nem tampouco ver o clube se curvando a um jogador ou ao seu irmão empresário, submisso e derrotado, por conta das trapalhadas de sua Presidente e de seu Vice-Presidente de Finanças. Some-se a isso um dos trabalhos mais retrógrados e incompetentes de que já se teve notícias na história do clube, que é o desenvolvido por Vanderlei Luxemburgo no Departamento de Futebol, e tem-se o quadro de um clube doente, canceroso, debilitado ao extremo.

Há uma cura para esse câncer rubro-negro, ao contrário do que ocorre com grande parte das formas de câncer que se manifestam nos seres humanos: a remoção imediata dessa diretoria maldita e de o Destreinador. A remoção tanto de uma, quanto de outro, hoje, é tão improvável quanto a descoberta da cura para todas as formas de câncer; contudo, o diagnóstico, ao menos, é claríssimo: o Flamengo é, hoje, um clube canceroso. A administração de Patrícia Amorim, assim como o trabalho de Vanderlei Luxemburgo, são cancerosos e cancerígenos - desenvolvem-se de forma desordenada e caótica, contaminando todo o sistema em que se inserem, no caso, o Clube de Regatas do Flamengo e o respectivo Departamento de Futebol, com suas lambanças sequenciais e intermináveis.

Patrícia Amorim adoece o Flamengo com uma administração financeiramente ruinosa, obscura e sustentada por alianças políticas cancerosas, que está retrocedendo o clube ao ponto em que se encontrava há uma década atrás; Vanderlei Luxemburgo faz do time do Flamengo a coisa mais burocrática, ineficiente e fraca de que há tempos se tem notícia.

Desejo que a Medicina avance até a cura do câncer; sonho com o dia em que o Flamengo se livrará do seu.

Mau Presságio

O Flamengo não vencerá a Libertadores/2012. Infelizmente. Quem acompanha o Buteco sabe o quanto eu gosto da competição e o quanto é difícil para mim admitir esse fato, entregando os pontos antes mesmo do seu início. Contudo, o time titular do Flamengo sofre de câncer e enquanto jogadores como Renato Abreu (o primeiro e principal a ter que sair), Willians e Aírton continuarem no time, continuará doente e incapacitado para competir em alto nível.

Bem, tenho certeza de que também faltaria ao time reserva, que jogou muito melhor do que o titular tanto contra o Londrina, como contra o Corinthians, experiência, tarimba e mesmo qualidade em alguns setores para vencer a mesma competição; contudo, não tenho dúvidas de que o torcedor ficaria mais satisfeito em ver um meio de campo com Luiz Antonio, Muralha e Bottinelli do que com Aírton, Willians e Renato Abreu.

Se é para perder a Libertadores, eu prefiro perder com cara de Flamengo e não de paciente canceroso em estágio terminal.

Forte nessa premissa, considero o primeiro semestre perdido e utilizaria as duas competições para ver com quem, efetivamente, o Flamengo poderá contar no segundo semestre, no que, evidentemente, não se incluem determinados integrantes da equipe titular de Vanderlei Luxemburgo.

O jogo

O primeiro tempo teve uma novidade interessante: dois atacantes e Ronaldinho Gaúcho jogando como meia; mas foi só, até porque um dos atacantes era o Itamar há seis meses sem disputar uma partida oficial. Ronaldinho conseguiu dar alguns passes, tentou se movimentar, mas é um só e a tendência é que essa formação seja neutralizada com a marcação individual sobre ele a partir de determinada faixa do campo. Além disso, era visível a sua má-vontade decorrente do fato de não receber parte de seus salários (ou direitos de imagem, como queiram) há não sei quantos meses.

Aírton, Willians e Renato Abreu disputaram ferozmente quem era o jogador mais obtuso e medíocre, errando passes grotescos, entregando a bola ou perdendo-as infantilmente para os adversários. O Corinthians demonstrou entrosamento, o Flamengo não. O Corinthians tocou melhor e teve muito maior percentual de posse de bola. O Flamengo teve uma chance claríssima de gol desperdiçada por Itamar, claramente sem condição alguma de jogo, porém escalado como titular por motivos que escapam à minha compreensão, e no geral apresentou extrema incompetência para aproveitar os contra-ataques e um futebol cego e burocrático.

Veio o segundo tempo e tudo mudou. A diferença qualitativa entre o futebol apresentado pelos titulares e os reservas é tão abissal que, creio, é chegado o momento de uma intervenção. Luiz Antonio, Muralha e Bottinelli não podem ser reservas de Aírton, Willians e Renato Abreu. Os três, ao lado de Camacho e Magal, protagonizaram os melhores lances do time. Bottinelli, apesar dos passes errados, foi decisivo e teve liderança. Acredito que a falta de ritmo decorrente do período de inatividade após a contusão tenha influenciado e a tendência seja que melhore nos passes.

É indecente, imoral e cancerosa a escalação de Renato Abreu e Willians, principalmente esses dois, como titulares do Flamengo enquanto Muralha, Luiz Antonio, Camacho e Bottinelli são reservas jogando um futebol de qualidade muito superior. Renato Abreu é o protótipo do "ex-jogador em atividade". Não tem mais a menor condição de jogar futebol profissional competitivamente no patamar mais elevado do futebol brasileiro e sul-americano. A renovação do seu contrato foi fruto de algo totalmente distinto do que uma tentativa de buscar o melhor para os interesses do Departamento de Futebol do clube. Willians, por sua vez, quer outra coisa da vida, provavelmente advinda dos atrativos da noite carioca, mas não jogar futebol. Vanderlei Luxemburgo, o nosso Destreinador, é um poço de contradições em suas explicações sem sentido e cobranças desequilibradas em meio a critérios desordenados, conforme a identidade do jogador.

A cura do câncer, no Flamengo, passa pela remoção imediata dessas pessoas. O clube precisa novamente respirar. Ai de nós, torcedores, que ainda sofreremos muito nesse início de ano com a doença de nossa Presidente e sua Diretoria, além do Destreinador.

Bom dia e SRN a todos.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Flamengo x Corinthians


Amistoso

FLAMENGO: Felipe; Leonardo Moura, Alex Silva, Welinton e Júnior César; Aírton, Willians, Renato Abreu e Ronaldinho Gaúcho; Itamar e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Corinthians - Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Liedson e Emerson. Técnico: Tite.

Data, Local e Horário: Domingo, 15 de janeiro de 2012, no Estádio do Café, em Londrina, as 16:00h de Brasília (USA ET 13:00h).