domingo, 31 de julho de 2022

Placar Moral: Flamengo 8x0

 

Salve, Buteco! Acho que já contei pra vocês, mas gosto de lembrar que cresci lendo as resenhas esportivas de "O Globo". Foi inclusive parte do meu processo de alfabetização. Dá saudades de muita coisa, inclusive da coluna "Penalty", do jornalista "Otelo Caçador", que exalava humor e rubro-negrismo saudáveis. Uma de suas tiradas para mim mais impactantes (eu ainda era muito novo) foi quando ele publicou (com direito a charge e tudo) a notícia de um convite de um Convento de Freiras para um amistoso com o... Botafogo.

Imagino como ele faria a festa hoje em dia, com tanto mimimi de adversários rubro-negros...

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A passagem de Jorge Jesus pelo Flamengo entrou para a História por conta de tudo o que sabemos e também por outro aspecto menos comentado, que é jogar luzes sobre o atraso tático de treinadores brasileiros, e mais ainda sobre o atraso em gestão de departamento (de futebol, claro) dos dirigentes.

Desde a temporada de 2020 noto, progressivamente, treinadores até mesmo de divisões inferiores brasileiras implantando conceitos táticos mais modernos. Por exemplo, acho que não tem mais ninguém hoje em dia que faça a saída de bola com o famoso "bicão para frente" como proposta principal de jogo e não como um recurso ocasional, cada vez mais raro. Não é que ninguém fizesse uma "saída de três" antes, mas depois de Jesus muita coisa mudou, inclusive o hábito de jogar com linhas altas.

O mais curioso, para mim, é o caso do treinador brasileiro que julga ser europeu, ou que virou europeu. Já é possível ver vários assim. E o processo pode ser pior quando se trata de um ex-atleta famoso. Um exemplo claro é o Jorginho, ex-lateral do Flamengo, do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira.

Após suportar a tradicional pressão de início de jogo do mandante, o sujeito resolveu adiantar as linhas e foi tomando um, dois, três, quatro gols, que poderiam ter sido cinco, não fosse a inacreditável chance perdida por Lázaro. O time goianiense é organizado, mas falta a Jorginho, como a outros treinadores brasileiros, coragem para enxergar limites para seus sistemas pretensamente autorais. Não que seja exclusivo de brasileiros, pois há bons exemplos de estrangeiros alucinados por aí. Incorporar ideias novas exige filtro. É como se estivéssemos, no Brasil, indo do oito para o oitenta, sem meio termo.

O destaque absoluto do primeiro tempo foi Victor Hugo. Pelo porte físico e talvez o estilo de jogo, será que pode ser um novo Renato Augusto? Arturo Vidal também teve o feeling para aproveitar o momento e já marcar o seu primeiro gol com o Manto Sagrado, de "Penalty". Os titulares poupados saindo do banco de reservas para abraçá-lo foi um excelente sinal de energias positivas no grupo.

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Uma das partes que mais gostava da coluna "Penalty", de Otelo Caçador no Globo, era a do "Placar Moral", quando ele falava do escore final que poderia ter sido em cada jogo. Contava tanto volume de jogo, quando gols perdidos. Já falei da chance desperdiçada por Lázaro no primeiro tempo, e o cria resolveu perder outra igualmente clara na segunda etapa. Parece que precisa melhorar o fundamento do jogo aéreo. De qualquer modo, gostei de sua movimentação no ataque. Confesso-me surpreendido pela desenvoltura.

Vitinho resolveu seguir o exemplo de Lázaro e, talvez em sua partida de despedida pelo clube, perdeu mais dois gols feitos em lances que ainda poderiam ter trazido mais duas assistências para as estatísticas individuais de Gabigol, que por sinal entrou com fome de bola (outro ótimo sinal).

Na transmissão, Paulo Vinícius Coelho, o PVC, falou (bizarramente) que o Atlético Goianiense goleou no primeiro tempo e "ganhou o segundo", como no jogo do Palmeiras e em outro, tentando estabelecer um padrão. Ocorre que o único padrão que pode ser tirado do jogo de ontem, até porque o gol goianiense foi irregular, por falta em Diego no início da jogada, é o das cotoveladas de adversários em jogadores do Flamengo, que parecem ter virado moda.

Ah, e foi pênalti claro no Marinho, assim como Léo Pereira e Willian Maranhão deveriam ter tomado cartão vermelho, no primeiro caso pela cotovelada em Everton Cebolinha e, no segundo, pela criminosa entrada em Marinho.

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Essa postagem de ontem no Twitter é do tamanho do Atlético Clube Goianiense.

O placar moral do jogo é Flamengo 8x0 e não se fala mais nisso.

Saudades, Otelo Caçador.

Bom domingo e SRN a tod@s.

sábado, 30 de julho de 2022

Flamengo x Atlético/GO

   

Campeonato Brasileiro/2022 - Série A - 20ª Rodada

Sábado, 30
 de Julho de 2022, as 20:30h (USA ET 19:30h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.


FLAMENGOSantosMatheuzinhoFabríciBrunoPablo AyrtoLucasArturVidalDiegRibasVictor HugLázaroMarinhEvertoCebolinha. TécnicoDorival Júnior.


Atlético/GO: Ronaldo; Dudu, Wanderson, Edson Felipe e Jefferson; Marlon Freitas, Gabriel Baralhas e Jorginho; Wellington Rato, Ricardinho e João Peglow. Treinador: Jorginho.

Arbitragem: Caio Max Augusto Vieira (RN), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Jean Márcio dos Santos (RN) e Lorival Cândido das Flores (RS) Quarto Árbitro: Alexandre Vargas Tavares de Jesus (RN). Analista de Campo: José Carlos Santiago Andrade (RJ). Árbitro de Vídeo (VAR): Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN). Assistente VAR (AVAR): Flávio Gomes Barroca (RN). Observador de VAR: Ricardo Marques Ribeiro (MG).

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).

  


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos,

Para esfriar um pouco a cabeça após irritar-se ao rubro com os gols perdidos e, principalmente, com a arbitragem predatória de quarta-feira passada, hoje venho com algo lúdico.

Com filhos em casa, não tem jeito. Acaba-se absorvendo alguns de seus jogos e brincadeiras. E uma das distrações preferidas dos rebentos é assistir a vídeos do tipo “Você Prefere”, em que é preciso apontar a preferência dentre duas opções apresentadas na tela. A coisa aparentemente inocente gera debates acalorados, por vezes.

Assim, a ideia é, apresentado um par de fotos de jogadores que já encerraram suas passagens pelo Flamengo, escolher aquele que se julga o mais marcante/relevante, levando em conta qualidade técnica, personalidade, carisma, raça, quantidade de títulos, identificação com torcida/clube e o que mais se julgar oportuno como critério.

Fiz com onze, um time inteiro. Agora é com vocês.

Boa semana a todos e ao nosso Mengão!

 












quinta-feira, 28 de julho de 2022

Flamengo 0 x 0 Athlético PR - Ataque contra defesa e arbitragem



Mais uma vez o torcedor rubro negro foi contemplado com a péssima arbitragem de Luiz Flávio Oliveira, que, profundamente amador, carrega o vício do clubismo e tem com ele uma raiva atroz do Flamengo que o faz expulsar em todo jogo que apita um jogador do clube. Ontem foi David Luiz, outro dia foi Diego. Podem xingá-lo à vontade menos se for jogador do Flamengo e para isto nem precisa xingá-lo de verdade que até para isto ele inventa. Mais um motivo deste modelo de arbitragem amadora acabar. Assim como dirigentes de futebol profissional. Não podem ser amadores. Tem que ser especialistas, frios e cobrados pela melhor eficiência.

Enfim, e o jogo em si de ontem? O CAP "ganhou". Isto é, conseguiu o resultado esperado pelo arcaico técnico Felipão. Que manda sua equipe bater e parar o jogo porque sabe que tem a ajuda da arbitragem brasileira para isto. Até o Fernandinho, que jogava como profissional na Inglaterra, mal chega no Brasil se transforma em um jogador diferente. Distribuindo cotoveladas, fazendo cera, tudo que ele não fazia na Europa, mostrando enfim seu verdadeiro caráter. Mas porque? Porque a Europa preza por seus campeonatos que vende mundo afora. E um jogador assim torna o produto invendável. Mas aqui podem ser violentos à vontade. Podem se comportar como marginais em campo e tudo bem. A CBF é uma instituição podre, cuja eleição é combinada entre Federações podres. Logo o sistema inteiro é uma ruína.

Tão ruína quanto o Maracanã. Que um juiz de primeira instância disse que é aberto para todos os clubes, dane-se quem seja o responsável administrativo e o estado ótimo de campo. Como tudo no Brasil, a decisão é populista, nada técnica e intempestiva. E então alguns poucos ainda se admiram como um país tão cheio de recursos continua tão atrasado. Vendendo matéria prima e comprando elas transformadas bem mais caras. Porque forma instituições horrorosas. Formação educacional esdrúxula. Tudo é carregado no sentimentalismo, na emoção, e jogam a razão sempre na lata de lixo em pró do que "eu sinto". Então às vésperas da eleição, o governador age de forma populista, o juiz também e a imprensa nem preciso dizer, e chega enfim a um modelo de gestão de estádio inexequível. Enquanto isto e o Engenhão? Ninguém toca no assunto. Porque o que gera clicks é o Flamengo.

E ontem? Flamengo tentou, tentou. Bola bateu na trave duas vezes. Gabigol continua errando todas as finalizações, porém, ao menos uma ontem, chegou mais perto com uma bola explodindo no travessão e outra com um jogador tirando em cima da linha. Tite no estádio pode ter influenciado a urucubaca (também sou brasileiro e creio no sobrenatural). Mas se movimentou bem demais e criou bastante. Pedro quase não teve oportunidades mas conseguiu finalizar algumas vezes. Enfim, foi dia de ataque contra defesa, com direito a um pênalti claro em cima de Leo Pereira, que chegaram a arrancar a camisa dele dentro da área. Mas nem o juiz viu, nem o VAR, que no Brasil piora a cada dia. E ninguém questiona o porque. Mas Deus tá vendo. Dizem. Como não viu também a comentarista de arbitragem da sempre péssima Globo. Que precisou rever 10 vezes um puxão claro na área para finalmente chegar a conclusão que foi pênalti. Mas o vermelho pro Arrascaeta viu na mesma hora. Que aliás, sendo justo, deveria ter levado. Cometeu uma falta por trás perigosa.  Mas isto foi o "bode expiatório". O juiz pode cometer mil falhas contra o Flamengo mas o discurso dos antis sempre irá focar na falha em que o Flamengo "foi ajudado". 

Flamengo muito bem no primeiro tempo e no segundo tempo, Dorival substituiu mal tirando Everton Ribeiro que era o cérebro do time. Arrascaeta jogou mal todo o tempo. Colocou Cebolinha que, sem espaço na lateral, nada pôde fazer. Era mais jogo pro Vitinho inclusive, que tem um chute de meia distância melhor e sabe jogar por dentro. Ou pro Lázaro, Vitor Hugo, que seja. Vidal entrou mais uma vez bem no jogo e no próximo deve entrar como titular no lugar. 

Enfim, empatamos. Próximo jogo no tapetinho sintético molhado, com direito ao show de agressão dos torcedores deste time pequeno aos nossos torcedores no entorno do estádio e toda pressão na arbitragem. Precisamos jogar melhor porque duvido que saiam pro jogo lá também. Vão querer os pênaltis. 


quarta-feira, 27 de julho de 2022

Flamengo x Athletico/PR

 

Copa do Brasil/2022 - Quartas de Final - 1º Jogo (Ida)

Quarta-Feira, 27 de Julho de 2022, as 21:30h (USA ET 20:30h)
, no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.


FLAMENGOSantosRodineiDaviLuiz LéPereirFilipLuizThiago MaiaJoãGomesEvertoRibeirDArrascaetaPedrGabigolTécnicoDorivaJúnior.


Athletico/PR: Bento; Pedro Henrique, Thiago Heleno e Nico Hernández; Khellven, Hugo Moura, Fernandinho, Erick e Abner Vinícius; David Terans e Cuello. Técnico: Luís Felipe Scolari.

Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (FIFA/SP), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA/SP) e Alex Ang Ribeiro (FIFA/SP)Quarto Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ). Árbitro de Vídeo (VAR): Wagner Reway (PB). Assistente VAR (AVAR): Cleriston Clay Barreto Rios (SE). Observador de VAR: Emerson Augusto de Carvalho (SP).

Transmissão: Rede Globo (rede aberta)SporTV (TV por assinatura) e Premiere (sistema pay-per-view).

  


terça-feira, 26 de julho de 2022

Checkpoint Brasileirão

 


Olá Buteco, boa tarde!!!

Conforme já vimos em algumas outras vezes nesse espaço, a tendência da pontuação do campeão brasileiro é ilustrar o aumento da diferença econômica entre os clubes mais fortes e os mais fracos. Nos últimos 8 campeonatos, em apenas dois o campeão não bateu 80 pontos, 2017 e 2020.

Por conta disso, estabelecemos uma estimativa que refletisse exatamente este cenário: 11 pontos a cada bloco de 5 jogos, de forma a chegar na rodada 35 com 77 pontos, objetivando um máximo de 86 pontos ao final do campeonato.

Naturalmente, anos atípicos existem, mas é importante entendê-los: no campeonato de 2017, o Corinthians fez 47 pontos no 1º turno, deixando o Grêmio (2º colocado na época) a 8 pontos de desvantagem. O Flamengo era só o 5º colocado, com 29 pontos, incríveis 18 de desvantagem.

Pois bem, o que aconteceu no segundo turno daquele campeonato? Grêmio e Flamengo focaram nas Copas, Santos e Palmeiras (os outros que completavam o G4 ao final do 1º turno) não conseguiram reduzir a diferença para menos de 6 pontos e o Corinthians não precisou nem se esforçar muito para levar o campeonato, fazendo apenas 25 pontos (campanha abaixo da zona de Libertadores), o que foi suficiente para fechar a disputa com 72, conseguindo ainda 9 confortáveis pontos de diferença para o vice, que só fez 63, a segunda menor pontuação de um vice-campeão brasileiro em pontos corridos com 20 clubes.

Meu ponto é o seguinte: não se abandona o campeonato brasileiro! Por mais difícil que seja uma recuperação capaz de te levar ao título, você tem que fazer pressão no líder. Não se pode deixá-lo jogar confortavelmente. E por isso foi tão importante a vitória contra o Avaí.

Eu só consegui ouvir o jogo no rádio, estava maluco com a derrota parcial. Via aquele filme do Renato passar novamente: cozinhar o brasileiro, dando a desculpa que o foco estava nas Copas. Felizmente, para nossa alegria, o Mais Querido arrancou, na força do Manto, a primeira vitória na Ressacada e continuamos na disputa pelo campeonato.

É esquecer os outros e fazer a nossa parte. Contratações estão chegando. O Flamengo, com totais condições de bater Corinthians e Athetico e avançar às semifinais da Libertadores e da Copa do Brasil, vai precisar de um elenco para dar suporte no Campeonato Brasileiro. 

Nesse sentido, acho que a contratação do Oscar visa exatamente preencher este espaço: o cara quer jogar para tentar ir à Copa do Mundo, o Flamengo precisa de um cara no meio para descansar Arrascaeta ou Everton Ribeiro, de forma que Oscar pode jogar todas as partidas da competição nacional, ora com um, ora com outro. E o mesmo pode ser dito sobre os demais (teoricamente) reservas: entramos com a linha de zaga toda alterada contra o Avaí e levamos os 3 pontos, lá. Isso é ter elenco!

Por fim, fiz um replanejamento para chegarmos na Rodada 35 com 70 pontos, indicando um máximo de 79 nos últimos 3 jogos (Coritiba, Juventude e Avaí). Estamos com 30, precisamos de 40 em 16 jogos. São 13 vitórias e 1 empate, podendo ainda perder duas partidas. Não existe mistério: para conquistar o brasileiro, é preciso vencer, vencer e vencer. Empate é derrota. 

Próximos 6 jogos: Goianiense (c), São Paulo (f), Paranaense (c), Palmeiras (f), Botafogo (f) e Ceará (c). Sequência fortíssima, que pode nos tirar de vez da briga pelo campeonato. É fundamental ganhar do Palmeiras lá, de qualquer maneira! Empate é deles, porque mantém a distância para nós. Então, talvez o jogo a descartar seja o São Paulo lá, embora eu ache que dá para buscar alguma coisa mesmo com um time misto, porque eles estão muito irregulares. Os outros jogos no Rio temos que ganhar, sem discussão.

Nas rodadas 26 a 30 temos Goias (f), Fluminense (n), Fortaleza (f), Bragantino (c) e Inter (c). Se conseguirmos os 15 pontos no bloco anterior, estaremos no plano. Um empate contra o Fluminense em boa fase não pode ser desprezado, mas teremos que buscar vitórias em todos os outros jogos. Lado bom é que os mais difíceis são em casa. 

Depois, Cuiabá (f), Atlético MG (c), America (f), Santos (c) e Corinthians (c). Sequência muito difícil, mas novamente com todos os jogos mais duros em casa. Não dá muito para especular como estaremos nesse momento, mas é aquilo: se tivermos conseguido um salto nos outros blocos, essa sequência é para passar por cima dos concorrentes e nos impor. 

Negócio é ir jogo a jogo. Ganha, pontua, vai reduzindo a diferença. Usa o elenco. Reservas têm obrigação de vitória também, essa deve ser a mentalidade! Depois vemos como fica. Mas dá para buscar tudo!

Saudações RubroNegras!!!



segunda-feira, 25 de julho de 2022

Xô Ressaca (da)!


Salve, Buteco! Parto de uma premissa que para mim é indiscutível: tabus existem no futebol. Ponto. Como todos vocês sabem, o significado da palavra é algo sagrado (ou para a proteção de algo sagrado), cuja discussão é proibida. Tenho para mim que passou-se a utilizar o termo no futebol por pura pilhéria. Assim, para zoar um rival, o conceito de sagrado foi profanado, passando a significar um retrospecto desproporcionalmente positivo para um time em detrimento de outro. 

Há quem diga que a origem dos tabus futebolísticos é puramente mística. No ponto, sou um agnóstico. Preocupa-me, efetivamente, o peso psicológico provocado pelos tabus e não a sua ontologia. Então, trato-os como uma realidade inegável, ainda que vencível, já que até os mais céticos não negam sua existência e no máximo ressalvam que existem para serem quebrados.

Todo tabu tem um contexto. No caso do Avaí x Flamengo na Ressacada, é mais do que evidente que foi construído em tempos de vacas magras rubro-negras, quando o Mais Querido, no Sul do país, era um saco de pancadas. A questão é que nenhum rival e muito menos a imprensa querem saber disso. Limitam-se a apontar os tabus, pelo puro prazer de espezinhar e de destilar o veneno anti-Flamengo.

Se não podemos apagar o passado, é perfeitamente possível sepultá-lo. O Flamengo vencedor na Região Sul é mais um bom sinal dos novos tempos. Por isso comemoro o fim de cada tabu, até mesmo o do Avaí na Ressacada, o estádio que nos baqueava e desidratava. 

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Dentro da nova safra de jovens treinadores brasileiros "estudiosos", tenho Eduardo Barroca como um dos que possui maior potencial. Parece inclusive ser muito boa gente, mas o ponto principal é que não tem nada de bobo. Como Dorival (o Maioral) precisou poupar a primeira linha e ainda o primeiro volante, Barroca atacou a saída de bola rubro-negra exercendo uma pressão fortíssima, dificultando ao máximo a nossa transição ofensiva, também prejudicada pelo campo de argila empedrada, pintado de verde como se um gramado fosse (enganou muita gente).

Reconheço que isso não faz do jovem treinador carioca um visionário, porém a execução do plano pode ser positivamente destacada. Não é só enxergar e elaborar a estratégia, mas saber executá-la. Por conta disso, o Flamengo sofreu bastante na primeira etapa, mas mesmo assim poderia ter descido em vantagem para o intervalo, não fossem as chances perdidas por Gabigol e Arrascaeta.

O castigo veio a galope. Não haviam se passado nem dois minutos da etapa final e o promissor quarto-zagueiro Arthur Chaves abriu o placar. O lance começou com o sonolento Matheuzinho permitindo o cruzamento da linha de fundo, e desenvolveu-se com a bola parecendo ter feito a famosa curva por trás da linha de fundo. Convicto de que a bola saíra, Santos vacilou por um instante pedindo a marcação do tiro de meta, o suficiente para que perdesse o timing do lance, concluído com a marcação frouxa de Ayrton Lucas, que deixou o zagueirão adversário subir sozinho, sem ser incomodado.

O gol foi como um choque de realidade para o time. Um verdadeiro sacolejo. A partir de então, o Flamengo passou a jogar como Flamengo, impondo-se em busca do resultado, mudança de postura fez com que as alterações de Dorival no intervalo surtissem efeito. Centralizado e recuado para a "segunda volância", Everton Ribeiro foi um leão, ditando o ritmo até o empate, que saiu de um cruzamento do redimido Matheuzinho, o qual encontrou Pedro, que chutou para o fundo das redes, dando-nos a igualdade.

Após perder mais dois gols feitos, foi a vez de Gabigol se redimir mandando uma trivela "nojenta" para Arrascaeta primeiro quase marcar, e depois levantar a bola açucarada para Pedro cabeceá-la, dando-nos a inédita e sonhada vitória em Campeonatos Brasileiros.

A plenos pulmões, a Nação Rubro-Negra então cantou "Uh, terror, o Pedro é matador!"

Xô, Ressaca (da)!

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Desde os 3x0 sobre o América Mineiro no Maracanã, já são 9 jogos e 8 vitórias. A única derrota ocorreu com uma formação reserva em Itaquera, após falha individual clamorosa. Naquela tarde, o adversário teve mérito, mas venceu muito mais por nosso demérito.

Já é possível afirmar que é transformador o trabalho de Dorival, o Maioral.

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A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 24 de julho de 2022

Avaí x Flamengo

   

Campeonato Brasileiro/2022 - Série A - 19ª Rodada

Domingo, 24 de Julho de 2022, as 11:00h (USA ET 10:00h), no Estádio Aderbal Ramos ou "Estádio da Ressacada", em Florianópolis/SC
.

Avaí: Vladmir; Kevin, Bressan, Arthur Chaves e Cortez; Raniele, Bruno Silva e Eduardo; Pottker, Bissoli e Natassael. Técnico: Eduardo Barroca.

FLAMENGOSantosMatheuzinhoFabríciBrunoPablAyrtoLucas; Diego, João GomesEvertoRibeirDArrascaetaPedrGabigolTécnicoDorivaJúnior.


Arbitragem: Raphael Claus (FIFA/SP), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA/SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)Quarto Árbitro: Celso Amorim (SC). Analista de Campo: Eberval Lodetti (SC). Árbitro de Vídeo (VAR): Vinícius Furlan (SC). Assistente VAR (AVAR): Fábio Roberto Baesteiro (SC). Observador de VAR: José Henrique de Carvalho (SP).

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).

Pendurados: Matheuzinho, Léo Pereira e Lázaro.

  


sexta-feira, 22 de julho de 2022

Alfarrábios do Melo

Campeonato Brasileiro 1975, Semifinal.

Primeiro tempo. Falcão recebe livre na ponta esquerda, tabela e dá um passe açucarado para Lula, que entra pelas costas de Toninho Baiano e emenda com efeito, sem chance para Félix. A bola ainda bate na trave antes de morrer nas redes.

Segundo tempo. Falcão se livra de Edinho com um giro e deixa para Jair, que de primeira descobre Carpegiani. O camisa 10 colorado dá um drible desmoralizante em Silveira e, com um sutil toque na saída de Félix, estabelece o placar final de 2-0 para o Internacional.

O Fluminense e sua Máquina de Francisco Horta, diante de 97 mil torcedores no Maracanã, está eliminado do Brasileiro. Com Rivelino e tudo.

Como usual nas derrotas traumáticas, as vozes que clamam por reformulação e reforços erguem-se em uníssono. Torcedores, conselheiros, associados e dirigentes tricolores reconhecem que, apesar de forte, o time mostrou deficiências que se revelaram fatais na trajetória do Brasileiro, como foi cruelmente evidenciado pelo chocolate gaúcho. É necessário contratar.

Mas há um problema. Não há dinheiro.

A bala de prata de Horta, a contratação de Rivelino, exauriu as finanças do clube. O adágio “compra, que a torcida paga” revelou-se de alcance bastante relativo, e a capacidade de investimento do tricolor agora parece irremediavelmente limitada.

Mas não há limites para a febril imaginação de Francisco Horta. O dirigente acena para uma solução que remete a uma desconcertante simplicidade: “se não posso comprar, eu vou trocar”. Trazer reforços, livrar-se de nomes desgastados, movimentar a cena esportiva carioca e, com isso, proporcionar robustas arrecadações. Dinheiro. Business. Na fértil mente de Horta, tudo parece claro como água.

A questão é combinar com os demais.

Trocas de jogadores possuem elevado potencial de ferir suscetibilidades. Uma palavra mal colocada, uma nota de jornal com sentido dúbio, e tudo vai pelos ares. É preciso deixar tudo bem amarrado, sincronizado, organizado. Para isso, persuasão e confiança são fundamentais.

Sabendo disso, Horta inicia sua empreitada pelo caminho mais fácil. O clube com quem mantém a melhor relação, pelas amizades e parentesco. O clube no qual desfruta praticamente de livre trânsito por suas dependências, retribuindo com favores e gentilezas (por exemplo, deslocou pessoal para ajudar na montagem de um arquivo documental). O clube com quem certamente poderá desenvolver um diálogo assertivo na implantação da ousada ideia da troca. O clube por quem nutre genuíno sentimento de admiração e noção de sua grandeza e potencial de gerar dinheiro.

Sim. Horta começará pelo Flamengo.

O rubro-negro não vive momento muito diferente do tricolor. Eliminado após perder para o Santa Cruz (1-3) em pleno Maracanã, num jogo em que tinha a vantagem do empate, o Flamengo mostrou um time talentoso, com várias joias brutas, mas ainda padecendo de mentalidade mais competitiva, o que restou demonstrado pelo “oba-oba” e pelo desprezo aos pernambucanos antes da partida. Alguns jogadores estão desmotivados e claramente em fim de ciclo. A renovação deve seguir, mas alguns nomes de peso precisam chegar, para servir de pilares.

Parece o cenário perfeito para uma troca.

O encontro se dá em um jantar num restaurante no Leblon. Horta e o flamengo Hélio Maurício conversam amigavelmente por horas, alinhavando necessidades, problemas e trocando sugestões e propostas. Depois de muito discutirem, conseguem chegar a um esboço que julgam adequado.

A troca deverá envolver três jogadores de cada clube. Preferencialmente titulares, ou com potencial para tal. Não haverá dinheiro envolvido, a transação será inteiramente “no pau”, ficando cada clube responsável pelas luvas e pela taxa de 15% de negociação referente aos jogadores que chegarem. Não há empréstimo. Serão transferências definitivas de passe. “Compras”.

Definida a sistemática, parte-se para a questão mais sensível: os nomes. Puxa-se daqui, pondera-se dali, resmunga-se para cá, pontua-se para lá e, enfim, chega-se a um denominador mais ou menos comum.

A troca é praticamente selada ao final do jantar. Agora, é manter o sigilo e amarrar com os jogadores, para depois lançar a bomba na imprensa, que já está assanhada com a divulgação (autorizada) de uma foto dos dois Presidentes reunidos no restaurante, antes do jantar.

No entanto, a coisa vaza do modo mais prosaico. O garçom que passou a noite servindo os dirigentes “dá com a língua nos dentes” e, todo pimpão, revela “em primeira mão” os nomes dos jogadores que serão trocados. E, no dia seguinte, o Rio de Janeiro inteiro já sabe de todo o teor do “Fla-Flu da troca”, como o negócio é chamado.

O goleiro Renato, o lateral-esquerdo Rodrigues Neto e o atacante Doval saem do Flamengo, que recebe o goleiro Roberto, o lateral-direito Toninho Baiano e o “falso” ponta-esquerda Zé Roberto.

Não é algo a esmo. Há certa lógica aí. Renato, experiente herói de 1974, já vive processo de desgaste e começa a ter sua condição de titular ameaçada pela ascensão do jovem Cantarele. Rodrigues Neto, também com anos de clube, não mantém boa relação com o treinador Carlos Froner, com quem coleciona atritos e discussões, a ponto de ser tachado de “criador de caso” por parte da Diretoria. Parece precisar mudar de ares. E, por fim, Doval, que tem aparecido com mais destaque em colunas sociais e publicações “de fofoca”, que pontuam supostos excessos com a noite e com mulheres, do que propriamente por seu desempenho em campo.

Do lado tricolor, Toninho Baiano, lateral de boa técnica e excepcional vigor físico, é um dos que caem em desgraça após a derrota para o Internacional e está sem clima nas Laranjeiras. Zé Roberto, um ponta “tático” que faz muito bem o trabalho de fechar o meio, antes titular absoluto, não consegue mais se firmar na equipe e vive sendo barrado por Mário Sérgio. E, por fim, o jovem Roberto, talento revelado no Campo Grande, não esconde sua insatisfação pela falta de oportunidades decorrente da condição de titular absoluto de Félix.

O vazamento por pouco não “mela” o negócio. Zé Roberto não esconde a mágoa por não ter sido consultado antes, no que considera um desrespeito pelos vários anos dedicados ao seu clube do coração. Toninho, embora animado com a transferência (declara-se Flamengo fanático), não gosta que a coisa tenha sido divulgada sem acerto prévio das bases contratuais.

Também há a reação das torcidas. Inicialmente, o Flamengo parece mais contente com as trocas, em função do alto desgaste dos jogadores que estão saindo. A torcida tricolor não recebe bem a transação, chegando a ser emitida, por um grupo de torcedores organizados, uma nota de protesto pela saída de jogadores em um negócio “que poderia ser mais bem conduzido”, eufemismo indicativo que o inconformismo tem mais a ver com o destino dos citados.

De qualquer forma, após demora de algumas semanas (alguns jogadores somente definem seus contratos após as férias), todos os seis acabam aceitando a troca e se dizem “motivados” e “empolgados” com seus novos empregadores. Consuma-se, assim, uma das mais rumorosas negociações de compra e venda da história do futebol carioca.

Mal se sabe que é apenas o início.

NO QUE DEU

Como imaginado por Horta, a rumorosa troca balançou as estruturas do futebol carioca. Não se falou de outro assunto naquele verão, tendo sido a edição de 1976 uma das mais esperadas e badaladas da história do Campeonato do RJ. O movimento não se restringiu à negociação com o Flamengo. Horta, após processos bem mais penosos, trocou com o Botafogo os meias Manfrini e Mário Sérgio, recebendo o ponta Dirceu, e, em troca do zagueiro Miguel, enviou para o Vasco o lateral Marco Antônio, o volante Zé Mário e o jovem zagueiro Abel.

A torcida do Flamengo, após a boa repercussão inicial, passou a desconfiar da troca, especialmente pela saída de Doval que, apesar dos excessos recentes, havia construído uma relação de quase idolatria, especialmente pela vontade em campo. Muitos não digeriram a ida para o rival. A inclusão do goleiro reserva Roberto também foi contestada por muitos torcedores, mesmo sob o argumento de que Renato, na prática, também já não era titular absoluto no rubro-negro.

O primeiro “encontro” entre os novos times foi marcado para março, dois meses após consumada a troca. Mas, no amistoso pós-carnaval, o protagonismo não ficou com nenhum dos nomes negociados. Brilhou intensamente a estrela de Zico, que, com quatro gols marcados, implodiu a “nova máquina” tricolor, estabelecendo um contundente e humilhante 4-1, num jogo conhecido como o Fla-Flu da “Zicovardia”.

Neste Fla-Flu, apenas Toninho atuou pelo Flamengo, tendo sido elogiado. Roberto foi mantido na reserva de Cantarele e Zé Roberto ficou fora, lesionado no tornozelo após sofrer uma pancada em um amistoso em Rio Grande-RS. Os três tricolores jogaram, salvando-se apenas Renato que, após falhar no primeiro gol, evitou uma goleada ainda maior.

Os dois lados, no entanto, podem alegar que a troca deu bons frutos. O Fluminense, com os reforços, tornou sua equipe mais forte e competitiva, conquistando o bicampeonato estadual após derrotar o Vasco na final (1-0), com gol de Doval no último minuto da prorrogação. No entanto, o sonho do título brasileiro se esvaiu, ironicamente, novamente nas Semifinais, quando o tricolor foi derrotado nos pênaltis pelo Corinthians (1-1 no tempo normal), no Maracanã.

O Flamengo não conquistou nenhum título importante em 1976. Pelo contrário, suas participações no Estadual e no Brasileiro foram pálidas. O goleiro Roberto jamais conseguiu ser um obstáculo sério à titularidade de Cantarele, e permaneceu no clube até 1978, saindo após a chegada de Raul. Já Zé Roberto, após bom início, enfrentou problemas com lesões e com a concorrência dos jovens da base, integrantes de uma geração em quem se apostava muito. Não conseguiu se firmar no time e saiu no início de 1977.

Diferente foi o caso de Toninho. O baiano, desde o começo, tomou conta da posição e, com a chegada do treinador Cláudio Coutinho, tornou-se referência tática e símbolo de um futebol mais moderno e competitivo, silenciando os muitos que ironizavam sua suposta falta de capacidade de compreensão. Chegou à Seleção Brasileira e disputou a Copa do Mundo-1978, com boas atuações. No Flamengo, foi Tricampeão Estadual e Campeão Brasileiro. Saiu em 1980, negociado com o exterior, como um prêmio aos anos de serviços prestados, sempre como destaque.

Mas talvez o legado mais relevante das trocas com o Fluminense de Horta seja um tanto mais sutil. É que, com a saída de Rodrigues Neto, o Flamengo perdeu o titular da lateral-esquerda. Sem confiar no limitado Vanderlei, o clube tentou algumas contratações, como o próprio Marco Antônio, mas a coisa não prosperou. Enquanto buscava no mercado um reforço de qualidade dentro das limitações financeiras do clube, o jeito foi improvisar. E assim, o antigo titular da lateral-direita, sacado para a entrada de Toninho, foi deslocado para a esquerda, ao menos de forma provisória. Mas as atuações foram tão convincentes que o clube desistiu de buscar alguém e resolveu tornar definitiva a improvisação daquele jovem de muita técnica, irreverência, capacidade física e personalidade forte.

E um cabelo black power.

Que parecia um capacete.

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Texto dedicado ao amigo Rocco Fermo

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Flamengo 4 x 0 Juventude. Usando a cabeça

 Foto: Marcelo Cortes

E com 4 gols de cabeça o Flamengo venceu o Juventude no estádio elefante vermelho de Brasília. Com direito a pancadaria da nervosa equipe visitante tentando disfarçar sua falta de técnica com brutalidade. 

Aparentemente o setor de inteligência preveniu Dorival que o Juventude não era lá estas coisas em bolas aéreas em sua defesa e o técnico foi "all in" nisso. Só que a diferença do Flamengo de hoje para o Flamengo de ontem, do Paulo Sousa, é que efetivamente as bolas não são mais cruzadas a esmo. Tem posicionamento e treinamento. Mesma coisa em relação as chamadas "bolas cobertas" e "bolas descobertas", conceitos trazidos a nós pelo saudoso Jorge Jesus. Flamengo hoje marca em cima e tem uma recomposição diria razoável. 

E não é só isso. É bom ver o Pedro jogando. Um centroavante deste nível não pode ser reserva. E o Flamengo estava sendo ruim para a carreira dele. Finalmente um iluminado viu que Gabigol pode ser muito bem um segundo atacante "de ofício".  E Bruno Henrique se machucou, abrindo esta "janela de oportunidade" para Pedro. Que está aproveitando e muito. Só ontem, graças ao seu posicionamento e senso de oportunidade, mais dois gols para conta. De cabeça.

Porém há um problema. Gabigol é ídolo. E mimadinho. Não gosta de ser substituído, faz biquinho e joga o brinquedo fora da cama. Técnico evita problema e deixa ele em campo mesmo que coloque um jogador driblador e incisivo em campo que seria, em tese, perfeito para o jogo mais posicional de Pedro. Mais tarde Gabigol também foi substituído e nem olhou pro técnico, como se estivesse "ofendido". Se tiver chateado com ele mesmo, compreendo. Vem perdendo gols importantes e já fazem 3 jogos que não marca.

Cebolinha estreou no Flamengo. E a despeito da falta de ritmo de jogo, criou boas jogadas, foi bem arisco e agudo. Temos agora, finalmente,  um jogador deste perfil pela esquerda. Tivemos dois jogos seguidos em que o Flamengo torto só atacava pela direita. E Cebolinha é ótimo jogador. Daqueles que você também não imagina na reserva. O problema que nem todos podem jogar ao mesmo tempo. 

A defesa com David Luiz e Leo Pereira mais uma vez mostrou segurança. Felipe Luiz titular absoluto pela esquerda, e Rodinei jogando para renovar contrato. Infelizmente tivemos as vaias a Vitinho, que fez algumas boas jogadas de passe, não finalizou quando deveria e furou uma bola para alegria de seus haters. Vitinho, a rigor, estatisticamente, tem números muito bons no Flamengo. Mas não dá liga. Porém, não entendo o público de Brasília. Preferem focar em vaias do que vibrar e se estimular com um time que está ganhando. A equipe sente isto. Mas torcedor em geral tem menos empatia que uma porta em se tratando do time dele.

Enfim, Flamengo larga tarde no campeonato. Ocupa posições intermediárias e o bloco da frente continua fazendo pontos. É o castigo pela insistência bizarra em um técnico fraquíssimo como Paulo Sousa. Técnico ruim é pior que jogador ruim. Este pode ser substituído rápido, técnico não.


quarta-feira, 20 de julho de 2022

Flamengo x Juventude

  

Campeonato Brasileiro/2022 - Série A - 18ª Rodada

Quarta-feira, 20 de Julho de 2022, as 20:30h (USA ET 19:30h), no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília/DF
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FLAMENGOSantosRodineiDaviLuiz LéPereirFilipLuizThiago MaiaJoãGomesEvertoRibeirDArrascaetaPedrGabigolTécnicoDorivaJúnior.

Juventude: César; Rodrigo Soares, Thalisson Kelven, Rafael Foster e Moraes; Jean, Yuri Lima, Jadson e Bruno Nazário; Pauo Henrique (Edinho) e Isidro Pitta. Técnico: Umberto Louzer.

Arbitragem: Paulo César Zanovelli da Silva (MG), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Guilherme Dias Camilo (FIFA/MG) e Celso Luiz da Silva (MG)Quarto Árbitro: Maguielson Lima Barbosa (DF). Analista de Campo: Marrubson Melo Freitas (DF). Árbitro de Vídeo (VAR): Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN). Assistente VAR (AVAR): Flávio Gomes Barroca (RN). Observador de VAR: Raimundo Nonato Lopo de Abreu (DF).

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).