terça-feira, 26 de julho de 2022

Checkpoint Brasileirão

 


Olá Buteco, boa tarde!!!

Conforme já vimos em algumas outras vezes nesse espaço, a tendência da pontuação do campeão brasileiro é ilustrar o aumento da diferença econômica entre os clubes mais fortes e os mais fracos. Nos últimos 8 campeonatos, em apenas dois o campeão não bateu 80 pontos, 2017 e 2020.

Por conta disso, estabelecemos uma estimativa que refletisse exatamente este cenário: 11 pontos a cada bloco de 5 jogos, de forma a chegar na rodada 35 com 77 pontos, objetivando um máximo de 86 pontos ao final do campeonato.

Naturalmente, anos atípicos existem, mas é importante entendê-los: no campeonato de 2017, o Corinthians fez 47 pontos no 1º turno, deixando o Grêmio (2º colocado na época) a 8 pontos de desvantagem. O Flamengo era só o 5º colocado, com 29 pontos, incríveis 18 de desvantagem.

Pois bem, o que aconteceu no segundo turno daquele campeonato? Grêmio e Flamengo focaram nas Copas, Santos e Palmeiras (os outros que completavam o G4 ao final do 1º turno) não conseguiram reduzir a diferença para menos de 6 pontos e o Corinthians não precisou nem se esforçar muito para levar o campeonato, fazendo apenas 25 pontos (campanha abaixo da zona de Libertadores), o que foi suficiente para fechar a disputa com 72, conseguindo ainda 9 confortáveis pontos de diferença para o vice, que só fez 63, a segunda menor pontuação de um vice-campeão brasileiro em pontos corridos com 20 clubes.

Meu ponto é o seguinte: não se abandona o campeonato brasileiro! Por mais difícil que seja uma recuperação capaz de te levar ao título, você tem que fazer pressão no líder. Não se pode deixá-lo jogar confortavelmente. E por isso foi tão importante a vitória contra o Avaí.

Eu só consegui ouvir o jogo no rádio, estava maluco com a derrota parcial. Via aquele filme do Renato passar novamente: cozinhar o brasileiro, dando a desculpa que o foco estava nas Copas. Felizmente, para nossa alegria, o Mais Querido arrancou, na força do Manto, a primeira vitória na Ressacada e continuamos na disputa pelo campeonato.

É esquecer os outros e fazer a nossa parte. Contratações estão chegando. O Flamengo, com totais condições de bater Corinthians e Athetico e avançar às semifinais da Libertadores e da Copa do Brasil, vai precisar de um elenco para dar suporte no Campeonato Brasileiro. 

Nesse sentido, acho que a contratação do Oscar visa exatamente preencher este espaço: o cara quer jogar para tentar ir à Copa do Mundo, o Flamengo precisa de um cara no meio para descansar Arrascaeta ou Everton Ribeiro, de forma que Oscar pode jogar todas as partidas da competição nacional, ora com um, ora com outro. E o mesmo pode ser dito sobre os demais (teoricamente) reservas: entramos com a linha de zaga toda alterada contra o Avaí e levamos os 3 pontos, lá. Isso é ter elenco!

Por fim, fiz um replanejamento para chegarmos na Rodada 35 com 70 pontos, indicando um máximo de 79 nos últimos 3 jogos (Coritiba, Juventude e Avaí). Estamos com 30, precisamos de 40 em 16 jogos. São 13 vitórias e 1 empate, podendo ainda perder duas partidas. Não existe mistério: para conquistar o brasileiro, é preciso vencer, vencer e vencer. Empate é derrota. 

Próximos 6 jogos: Goianiense (c), São Paulo (f), Paranaense (c), Palmeiras (f), Botafogo (f) e Ceará (c). Sequência fortíssima, que pode nos tirar de vez da briga pelo campeonato. É fundamental ganhar do Palmeiras lá, de qualquer maneira! Empate é deles, porque mantém a distância para nós. Então, talvez o jogo a descartar seja o São Paulo lá, embora eu ache que dá para buscar alguma coisa mesmo com um time misto, porque eles estão muito irregulares. Os outros jogos no Rio temos que ganhar, sem discussão.

Nas rodadas 26 a 30 temos Goias (f), Fluminense (n), Fortaleza (f), Bragantino (c) e Inter (c). Se conseguirmos os 15 pontos no bloco anterior, estaremos no plano. Um empate contra o Fluminense em boa fase não pode ser desprezado, mas teremos que buscar vitórias em todos os outros jogos. Lado bom é que os mais difíceis são em casa. 

Depois, Cuiabá (f), Atlético MG (c), America (f), Santos (c) e Corinthians (c). Sequência muito difícil, mas novamente com todos os jogos mais duros em casa. Não dá muito para especular como estaremos nesse momento, mas é aquilo: se tivermos conseguido um salto nos outros blocos, essa sequência é para passar por cima dos concorrentes e nos impor. 

Negócio é ir jogo a jogo. Ganha, pontua, vai reduzindo a diferença. Usa o elenco. Reservas têm obrigação de vitória também, essa deve ser a mentalidade! Depois vemos como fica. Mas dá para buscar tudo!

Saudações RubroNegras!!!