sábado, 31 de julho de 2021

Túnel do Tempo: Corinthians x Flamengo no Estado de São Paulo

Salve Buteco! Como semana passada deu certo e para manter o alto astral das 5 vitórias seguidas do Mais Querido sob o comando de Renato Gaúcho, vamos nos lembrar, mirando o confronto de amanhã, as 16:00h (transmissão da Rede Globo em rede aberta), de algumas memoráveis vitórias sobre o Corinthians no Estado de São Paulo por Campeonatos Brasileiros e outras competições relevantes.

1) 27/10/1968 - Corinthians 0x1 Flamengo - Roberto Gomes Pedrosa


Nas palavras de Milton Neves, foi a primeira transmissão ao vivo da Rede Bandeirantes. Gol de Dionísio para o Mais Querido, aproveitando o passe de Valdir.

2) 17/2/1972 - Corinthians 1x2 Flamengo - Torneio do Povo


Imagens do Canal 100 extraídas do perfil do saudoso Bruno Lucena no YouTube. Vitória do Mais Querido com gols de Paulo Cézar Caju e Doval. Jogo tenso e muito disputado. O Mais Querido se sagraria campeão da competição.

3) 23/10/1975 - Corinthians 0x1 Flamengo - Campeonato Brasileiro


No primeiro confronto pelo Campeonato Brasileiro "autêntico" em São Paulo, o Mais Querido levou a melhor com o gol de Caio Cambalhota, marcado ainda no primeiro tempo.

3) 20/3/1991 - Corinthians 0x1 Flamengo - Copa Libertadores da América


Vitória que ficou marcada na História como a "Noite das Garrafadas". Gols de Rogério Lourenço e do artilheiro Gaúcho. Quem quiser assistir ao jogo completo, é só clicar neste link.

4) 12/4/1992 - Corinthians 1x3 Flamengo - Campeonato Brasileiro


Vitória marcante no Pacaembu pela campanha do título de 1992. Maestro Júnior comandou a vitória abrindo o placar, completado, pelo Mais Querido, com os gols de Marquinhos e Fabinho. O jogo completo você assiste aqui.

5) 7/2/1999 - Corinthians 0x3 Flamengo - Torneio Rio-São Paulo


Vitória marcada pelo gol antológico de Romário, após drible desconcertante aplicado sob o volante Amaral. Foi um dos gols mais bonitos da carreira do atacante, até hoje lembrado no mundo todo. Romário ainda marcou mais um gol e Beto completou a goleada.

6) 1/9/1999 - Corinthians 1x2 Flamengo - Campeonato Brasileiro

Ainda em 1999, o Mais Querido voltaria ao Pacaembu para enfrentar o Corinthians, dessa vez pelo Campeonato Brasileiro. Era o aniversário de 89 anos do Alvinegro do Parque São Jorge. Mantendo a tradição, mais uma vitória, dessa vez de virada, porém novamente com gols dois gols de Romário (dois golaços!), que não tinha pena nenhuma desse adversário e acabou lhe dando um verdadeiro presente de grego... Há um compacto bem mais longo no perfil no YouTube do nosso amigo Robson Cruz, frequentador do Buteco. Você pode assistir neste link.

7) 16/11/2000 - Corinthians 1x4 Flamengo - Campeonato Brasileiro


Vocês sabiam que Petkovic e Alex já jogaram juntos pelo Flamengo? Pois é, não só já jogaram como talvez tenha sido a única atuação decente do Alex com o Manto Sagrado, marcando 2 gols. Chocolate no dia seguinte ao aniversário de 106 anos do Mais Querido. Pet e Reinaldo completaram a goleada.

8) 14/10/2001 - Corinthians 1x2 Flamengo - Campeonato Brasileiro


Após sofrer grande pressão no primeiro tempo, o Mais Querido virou o placar na etapa final, novamente com a dupla Petkovic e Reinaldo. O golaço do Pet merece registro especial.

9) 4/6/2006 - Corinthians 0x2 Flamengo - Campeonato Brasileiro


Com gols do uruguaio Peralta e de Obina, o Mais Querido venceu sob o comando de Ney Franco.

10) 29/11/2009 - Corinthians 0x2 Flamengo - Campeonato Brasileiro


Os 2x0 no Brinco de Ouro da Princesa não poderiam faltar a essa compilação. Os gols de Zé Roberto e Leonardo Moura deram a vitória ao Mais Querido, na histórica arrancada para o Hexa em 2009.

11) 5/10/2018 - Corinthians 0x3 Flamengo - Campeonato Brasileiro


O Mais Querido só voltaria a vencer o Corinthians em São Paulo pelo Brasileiro/2018, em sua primeira vitória no Itaquerão. Numa atuação de gala, cravou o, até então, placar mais elástico que o adversário sofrera em seu novo estádio. Paquetá foi o destaque e melhor em campo, marcando dois gols após dois escanteios cobrados por Vitinho. Renê completou o placar.

12) 15/5/2019 - Corinthians 0x1 Flamengo - Copa do Brasil


O gol de Willian Arão marcou a vitória do Mais Querido, ainda sob o comando de Abel Braga, que pediria demissão dois jogos depois. Na sequência, derrota no Horto pelo Brasileiro, quando um certo Jorge Jesus assistiu à partida nas tribunas...

13) 18/10/2020 - Corinthians 1x5 Flamengo - Campeonato Brasileiro


Last, but not least, e encerrando esta edição do Túnel do Tempo, vamos relembrar a vitória mais marcante do Mais Querido sob o comando de Domènec Torrent, quebrando o recorde estabelecido em 2018, de maior placar sofrido pelo adversário em seus domínios. Everton Ribeiro, Vitinho, Natan, Bruno Henrique e Diego foram os artilheiros do dia.

Torcendo para que a saga de vitórias tenha mais um capitulo amanhã, desejo a vocês um ótimo final de sábado.

Pra cima deles, Mengo!!

SRN e bom FDS a tod@s.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Flamengo x ABC

  

Copa do Brasil/2021 - Oitavas de Final - 1º Jogo (Ida)

Quinta-feira, 29 de Julho de 2021, as 20:00h (USA ET 19:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Bruno Viana, Léo Pereira e Renê; Willian Arão, Diego, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Renato Gaúcho.


ABC: Wellington; Netinho, Donato, Alisson Cassiano e Bruno Souza; Vinícius Paulista, Valderrama, Marcos Antônio e Wesley Pimbinha; Gustavo Henrique e Claudinho. Técnico: Moacir Júnior.

Arbitragem: Marielson Alves Silva (AB/BA), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Alessandro Alves Rocha de Matos (FIFA/BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (AB/BA). Quarto Árbitro: Ricarle Gustavo Gonçalves Batista (AB/BA). Árbitro de Vídeo (VAR): Gilberto Rodrigues Castro Junior (AB/PE). Assistente VAR (AVAR): Clóvis Amaral da Silva (AB/PE). Observador de VAR: Sérgio Correa da Silva (CBF/RJ).

Transmissão: SporTV (TV por assinatura) e Premiere (sistema pay-per-view).


ABC do Flamengo

O Dia.


Apesar do Flamengo ser um dos maiores formadores de atletas olímpicos no país, junto ao Pinheiros de São Paulo e o Minas Tênis ainda é vítima de preconceitos e comentários maldosos de parte do jornalismo esportivo, profundamente míope, bairrista e sectário. Que é uma característica do jornalismo nacional em todos segmentos, como o da política. O viés do jornalista são suas neuroses pessoais e a visão do mundo que carrega, que trata como religião consolidada, acrítica e atemporal.

Flamengo não pode ser formador, tem que ser "aproveitador". Porque isto compõe melhor a narrativa que compõe seu evangelho mental. Flamengo tem um belo trabalho nos esportes olímpicos que são sustentados pelo futebol do clube. Geralmente não se pagam. O marketing do Flamengo é extremamente falho neste sentido de explorar esta imagem. Há tempos. Não há muito interesse do próprio clube de cobrir as competições que participa através de streaming da FlaTV, por exemplo. A tecnologia está aí. Mais barata e abundante. Mas é um clube cujos dirigentes amadores disputam o poder pelo controle do futebol. Então vemos, nesta gestão Landim e mesmo outras em sua história, o profissionalismo estagnado, e provável indicação de amigos e parentes sem qualificação adequada para diversos cargos executivos por motivos políticos ou pessoais. 

O Futebol, por hora, está competitivo. Contemplado com uma reserva financeira única, a gestão Landim fez ótimo uso dos recursos em 2019, provendo o clube de jogadores que logo se tornaram titulares, formando o histórico time que ganhou a Libertadores. Em 2020 e 2021, anos de pandemia, a escolha das comissões técnicas foram erradas e muitas contratações não renderam, somando isto a falta de público nos estádios e a perda de sócios-torcedores, causando baque financeiro. Mas este tipo de gestão baseada em modelo amador com VP de Futebol não-remunerado que dialoga suas decisões com um conselho de aliados políticos é um modelo vencedor? O que vimos foi Jorge Jesus formar um time campeão quando ele mesmo se posicionou como um "manager" tirando o futebol do atraso operacional que se encontrava. Sem Jesus até mesmo o gramado do Maracanã se degringolou. Precisamos, portanto de um staff profissional, em que um Manager com autoridade concedida pelo Conselho Gestor seja necessário? Na minha opinião sim. Precisamos emular o que JJ fez. Não podemos usar técnico para isto, que pode nem ser o perfil dele. 

Fora isto a escolha do Renato Gaúcho até aqui se mostra acertada. Foram quatro vitórias seguidas. Espero que seja a quinta hoje. O time evoluiu na movimentação do ataque e na compactação defensiva. Mas aderiu a marcação individual em bola parada. O que é algo muito arcaico taticamente e dá margem ao adversário aproveitar bastante.  Até porque contamos com um goleiro titular que tem os pés fixos na linha do gol. 

Flamengo também, em termos de associação regrediu. Em um momento em que clubes associativos como o Barcelona, com um projeto de chegar a "um milhão de sócios", querem alargar sua base, o Flamengo, um clube nacionalizado como nenhum outro, agiu para detonar a base de sócios que residem fora do Rio de Janeiro, os Off-Rio. Flamengo aumentou a mensalidade brutalmente, com isto afastando os associados desta categoria existentes do clube e dificultando a chegada de novos outros. Como um clube quer se fazer moderno e contemporâneo se sua base de associados é elitista e majoritariamente formada por um pequeno segmento residente na Zona Sul do Rio de Janeiro? Porque este pequeno segmento tem que ser o responsável pela condução do Flamengo de hoje e do amanhã?

Enfim, o Flamengo como um todo, e como todos nós, tem muito a melhorar ainda. E será sempre assim. Pois o mundo evolui. Novos conceitos estratégicos, táticos e operacionais surgem, e um clube que quer se ver na frente tem que estar sempre atualizado e executando as melhores práticas.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Escalação

 






Irmãos rubro-negros,


O trabalho do Renato Gaúcho à frente do Flamengo começa alvissareiro. O que esperar? Vitórias e títulos. 

Quanto ao jogo pela Copa do Brasil, pergunto aos amigos: qual escalação vocês levariam a campo? Sem desmerecimento algum ao adversário, o valoroso ABC de Natal, Rio Grande do Norte, eu certamente pouparia alguns titulares, sobretudo os que estiverem com maior desgaste físico. O elenco do Flamengo tem de atropelar.

A Copa do Brasil é competição importante que o Flamengo tem de brigar pela conquista. O Flamengo tem muita tradição na Copa do Brasil. É Tricampeão. E como rubro-negro, eu quero que o Flamengo vença todos os títulos. 

Só a vitória rubro-negra é resultado aceitável.

E é com esse pensamento que o Flamengo precisa ir a campo.


...


Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Clareou!!!

 

Crédito da Imagem: CRF / Marcelo Cortes (https://twitter.com/mcortesdasilva8) 

Olá Buteco, bom dia!

Alma lavada nessa espetacular vitória de domingo!!! O São Paulo estava engasgado há bastante tempo e foi simbólico o placar para quebrar esse tabu. Aqui em casa, quando fizemos o terceiro, meus filhos já começaram a pedir o CINCUM. Dentre as inúmeras resenhas dessa geração RubroNegra, acho que a mais identificada com a fanfarronice natural da Nação é o CINCUM. 😄 

A euforia com os últimos resultados é justificada: com os 4x1 sobre o Defensa, garantimos nossa classificação às quartas-de-final da Libertadores, onde somos francos favoritos contra um Olímpia que tem uma camisa bem pesada e só. Chance muito alta de semifinal. No Brasileirão, 5x0 sobre o Bahia e 5x1 contra o São Paulo, recuperando posições importantes na tabela e mostrando aos concorrentes que o papai chegou. 

Nossa tabela agora é a seguinte:

29/07 (Qui) - Flamengo x ABC - Copa do Brasil

01/08 (Dom) - Corinthians x Flamengo - Brasileirão

05/08 (Qui) - ABC x Flamengo - Copa do Brasil

08/08 (Dom) - Flamengo x Internacional - Brasileirão

11/08 (Qua) - Olímpia x Flamengo - Libertadores 

A definir (Sab ou Dom) - Flamengo x Sport - Brasileirão

18/08 (Qua) - Flamengo x Olímpia - Libertadores

A definir (Sab ou Dom) - Ceará x Flamengo - Brasileirão

A maratona de jogos não para. Nessa temporada, não haverá refresco: é jogo atrás de jogo, pelas 3 competições em disputa. A necessidade de rodar o elenco é real ou não teremos pernas para as fases mais agudas das competições. Mas o Renato não é bobo, ele sabe disso. Na entrevista do último domingo já meteu um "Deixa comigo que eu sei o que faço!". Sorteio da Copa do Brasil foi muito importante nesse sentido, podemos dar uma segurada nos principais jogadores nesses dois meios de semana. 

Importante também a recuperação de jogadores como Michael, Vitinho, Gustavo Henrique e até Leo Pereira, titular contra o Bahia. Vamos precisar de todos eles nessa sequência. Thiago Maia e Pedro também devem aparecer na quinta-feira entre os titulares.  

O caminho está livre! É aproveitar o cenário e continuar avançando. Nas competições eliminatórias, importante é passar de fase. Então, ganhando o ABC aqui, um empate lá está dentro dos planos. Da mesma forma, um empate com gols no Paraguai, em 15 dias, não é de se jogar fora. Já no Campeonato Brasileiro, empate é derrota. Corinthians e Internacional são times tradicionais, mas atualmente estão um degrau abaixo dos candidatos ao título. Precisamos aproveitar para colecionar mais duas vitórias. 

Vai pra cima deles, Mengo!!!

Saudações RubroNegras

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Marcado na História

Foto: Alexandre Vidal (

Salve, Buteco! Certa vez li um artigo muito interessante sobre futebol, no qual o articulista escreveu que, em clássicos ou jogos entre rivais equivalentes, não se prevê goleadas, pois elas simplesmente acontecem. Ninguém sabe de onde vêm e nem para onde vão. Infelizmente, não me lembro do autor e nem do veículo, mas para mim as palavras tiveram significado e nunca deixaram a minha memória. Os analistas táticos podem dissecar uma goleada, apontando erros e acertos dos treinadores e dos jogadores, mas a rigor não é exatamente fácil prever quando ocorrerá e nem explicar como ou por que aconteceu.

Ontem eu acordei confiante. Aliás, vinha confiante, não apenas pelos dois últimos jogos de Renato Gaúcho no comando do Flamengo, mas também porque, ao ler as escalações, não vi como o São Paulo poderia oferecer maiores dificuldades para o Flamengo. Na minha cabeça, seria um jogo para dois gols de diferença, sem maiores sustos... até vinte segundos de bola rolando. Quando o Diego, atualmente um termômetro do nosso meio campo, tomou um giro na intermediária são-paulina e puxou o adversário, cometendo a falta, subitamente as minhas expectativas se reverteram, até porque, nos cinco minutos iniciais, o São Paulo contra-atacou duas vezes com muito perigo e o nosso capitão e camisa 10 (que me vingou falando poucas e boas pro Reinaldo) voltou andando pra defesa, não acompanhando os lances.

É bem verdade que, no primeiro tempo, o Flamengo criou várias chances concretas, mas a minha sensação, na etapa final, é que o São Paulo, tal como no início do jogo, chegava ao nosso gol mais vezes e tinha um leve predomínio, que acabou se confirmando pela abertura do placar, logo aos 8 minutos. Achei que Diego e Filipe Luís não conseguiram entrar no ritmo do jogo e Gabigol errou praticamente tudo o que tentou. A rigor, só estava gostando das atuações do Matheuzinho, do Arrascaeta e do Bruno Henrique, e, na minha cabeça, o meio campo parecia cansado. Enfim, não era bom sinal.

Aliás, até os 25 minutos da etapa final, eu estava com a impressão de que o Crespo vencia, por pontos (por pouco), o duelo tático com o Renato. Não era um "nó tático", expressão que a gíria futebolística passou a empregar para definir uma categórica supremacia tática de um treinador sobre outro, mas aos meus olhos era uma pequena vantagem, inclusive pela decisão do argentino de poupar jogadores e apostar em um time mais jovem e com vigor físico para marcar forte os nossos setores de criação e ataque.

***

Nada do que escrevi até aqui tem o intuito de diminuir o mérito do Renato pela goleada. O Flamengo vinha de exatos quatro anos de jejum de vitórias contra o São Paulo e os quatro últimos confrontos, pelo Brasileiro e pela Copa do Brasil de 2020, foram indiscutivelmente traumáticos. É fácil cobrar do treinador que poupe ou que não poupe, que escale esse ou aquele jogador. Difícil é tomar as decisões certas e colher o resultado, especialmente diante de uma importante trava psicológica. 

Não é exagero. Estamos falando de quatro revezes consecutivos, com 3 gols marcados e 11 sofridos, duas goleadas, falhas bisonhas de goleiro e um título brasileiro conquistado com uma frustrante derrota.

***

De onde veio essa goleada? Como explicar cinco gols em 25 minutos finais de um, até então, equilibrado jogo contra o São Paulo das quatro derrotas seguidas, dos 3 gols marcados e 11 sofridos? Contra um quadrifinalista da Libertadores/2021, classificado com uma indiscutível vitória sobre o Racing na Argentina?

Minha resposta envolve três nomes: Renato Gaúcho, Giorgian De Arrascaeta e Bruno Henrique. Renato, porque devolveu a alegria a um grupo vencedor e, especialmente a Bruno Henrique, a confiança e a motivação para voltar a ser um atacante de ponta no Flamengo, condição que o próprio Renato sabe exatamente o que é e significa.

Arrascaeta, porque é um mago, um jogador absolutamente diferenciado, um artista da bola, de cujos pés saíram as assistências para os três primeiros gols.

Bruno Henrique, porque foi o personagem do jogo. Já vi, nos meus mais de 45 anos acompanhando futebol, Zico, Gaúcho, Adriano Imperador e Leandro Machado marcarem dois gols em uma mesma partida contra o São Paulo, mas hat-trick, só tinha visto o Sávio fazer, em 1996, na final da Copa Ouro Sul-Americana (3x1).

Foram 25 minutos historicamente avassaladores, como um tsunami, como uma avalanche, como um furacão F-5 na escala Saffir-Simpson.

E como se não bastasse, os 5x1 de ontem marcaram a maior goleada do Mais Querido sobre o São Paulo na História.

Obrigado Renato, Arrascaeta, Bruno Henrique e todos os demais que entraram em campo.

***

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 25 de julho de 2021

Flamengo x São Paulo

 

Campeonato Brasileiro/2021 - Série A - 13ª Rodada

Domingo, 25 de Julho de 2021, as 16:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGO: Diego Alves; Matheuzinho, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e FilipLuís; Willian Arão, Diego, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Renato Gaúcho.


São Paulo: Tiago Volpi; Arboleda, Miranda e Bruno Alves; Welington, Liziero, Rodrigo Nestor, Gabriel Sara e Ígor Vinícius; Marquinhos e Vitor Bueno. Técnico: Hernan Crespo.

Arbitragem: Felipe Fernandes de Lima (AB/MG), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Guilherme Dias Camilo (FIFA/MG) e Celso Luiz da Silva (AB/MG). Quarto Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (AB/RJ). Árbitro de Vídeo (VAR): Emerson de Almeida Ferreira (AB/MG). Assistente VAR (AVAR): Felipe Alan Costa de Oliveira (AB/MG).

Transmissão: Rede Globo (TV aberta)Premiere (sistema pay-per-view).



sábado, 24 de julho de 2021

Túnel do Tempo: Flamengo x São Paulo - Jogos Memoráveis no Maracanã pelo Brasileiro

Salve Buteco! Para manter o alto astral das 3 vitórias do Mais Querido sob o comando de Renato Gaúcho, antes do confronto de amanhã, as 16:00h (transmissão da Rede Globo em rede aberta), vamos nos lembrar de algumas memoráveis vitórias sobre o São Paulo no Maracanã por Campeonatos Brasileiros.

1) 20/1/1982 - Flamengo 3x2 São Paulo.


Primeiro jogo do time após a conquista do Mundial em 1981. Estava no Rio, mas o meu pai, em razão de um compromisso familiar com um monte de tias chatas (irmãs da minha mãe), não me levou pro jogo. Um misto de frustração, por ter que ouvir o jogo pelo rádio, e emoção pela virada histórica.

2) 19/2/1992 - Flamengo 3x2 São Paulo.


Primeira fase do Campeonato Brasileiro. Magnífica vitória do Mais Querido sobre o São Paulo de Telê Santana, a primeira de duas, num dos melhores jogos do campeonato. Lembro-me da imprensa repercutir a presença de jornalistas ingleses, maravilhados com a qualidade do espetáculo.

3) 14/6/1992 - Flamengo 1x0 São Paulo.


Segunda das duas vitórias do Mais Querido sobre o São Paulo de Telê Santana no campeonato, dessa vez pela segunda fase, uma espécie de semifinal em grupos de três. Jogo tenso contra o favorito e futuro campeão mundial. Golaço de falta do zagueiro Rogério, futuro treinador do time em 2010.

4) 10/10/2009 - Flamengo 2x1 São Paulo.


Ambas as equipes vinham de sete jogos de invencibilidade pela competição. A vitória marcante sobre o então tricampeão brasileiro foi marcada pelo gol de pênalti de Petkovic, numa cavada que enganou o goleiro Rogério Ceni e ficou para a História.

5) 23/8/2015 - Flamengo 2x1 São Paulo.


Na estreia de Oswaldo Oliveira no comando técnico do Mais Querido, o jogo ficou marcado pelo choro de Paolo Guerrero, autor do segundo gol, sentindo a pressão pelo jejum de cinco jogos sem marcar gols. O jogo também marca a mais recente vitória do Mais Querido sobre o São Paulo no Maracanã, pois a vitória de 2x0 pelo Brasileiro/2017, última vitória sobre o adversário, ocorreu no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador.

Chegou o momento de quebrar o tabu.

Pra cima deles, Mengo!!

Bom FDS a tod@s.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Flamengo 4 x 1 Defensa y Justicia. Eu só quero chocolate.




E o Flamengo foi jogar em Brasília, com público reduzido e tudo, e foi muito bem. Enfrentando um adversário com bastante rigor tático mas sem talentos diferenciados, o Flamengo mandou no jogo a maior parte do tempo e goleou merecidamente, sendo a segunda goleada seguida sob o comando tático de Renato Gaúcho.

O que diferencia até o momento o Renato Gaúcho do Ceni? É notório até o momento que a defesa está melhor postada. Há uma compactação maior entre a primeira e segunda linha defensiva que com Ceni era muito frouxa. E, pelas declarações dos jogadores, mais liberdade de movimentação no ataque. O mesmo ocorria com Jorge Jesus com a diferença do número de jogadas ensaiadas ser mais elevado. Mas analisando o jogo do Flamengo, este está mais espaçado. O que criou um duelo interessante contra o DyJ, que comprime seu jogo defensivo, na tentativa de fazer uma "bola coberta" bem pressionada. Mas o talento dos jogadores do Flamengo facilita a inversão da bola para outra ponta, o que faz com que os jogadores recebam a bola mais livres. Enfim, este espaçamento a la Renato Gaúcho um dia pode cobrar seu preço contra um time de melhor talento técnico. 

E o jogo? Flamengo começou a mil. Fez seu gol e poderia ter feitos outros. Dominava a partida, até que o Beccacece, técnico do Defensa Y Justicia, fez sua primeira substituição lá pelos 22 minutos do primeiro tempo ainda (ué, pode?...).  E resolveu o problema da liberdade excessiva ao Bruno Henrique que só era parado na porrada, que não era devidamente punida pelo benevolente juiz (em relação ao time argentino). 

Com isto o jogo ficou mais equilibrado e o DyJ passou a ser all-in na pressão em cima da saída de bola do Flamengo, sempre um momento de stress. Em uma dela, Diego Giras fez seu toquinho de sempre a mais na bola, atrasou quase na fogueira para Diego Alves e este resolveu dar uma levantadinha idiota. Evidente que deu ruim, e o DyJ fez seu gol. Agora o DyJ jogaria por uma bola, pois o 2 a 1 o colocaria nas quartas-de-final. Flamengo atordoado tomou um calor no fim do primeiro tempo. 

Libertadores é traiçoeira. Já dizia o narrador. E pune quem não a leva a sério. Flamengo ficou de palhaçadinha e tomou. Bem feito. Espero que tenha aprendido. Mas agora é hora de vestiário. Ficamos acostumados ao Flamengo voltar pior com aquele técnico ruim que passou aqui. Mas voltou bem. Refeito do momento de pane. Construindo jogadas, embora a atuação do ER7 estivesse em um todo muito fraca. Não funcionou. Então o Renato Gaúcho quis dar mais velocidade. E colocou o Pixote em campo. Michael deu outra cara ao Flamengo, entrando com muita raça e em pouco tempo deu um chute na trave e no rebote Arrascaeta marcou. A mesma água fria que o Flamengo tomou no fim do primeiro tempo, o DyJ tomou agora. E praticamente morreu até o fim do jogo. Renato tirou Bruno Henrique por Vitinho e isto deu mais qualidade ainda ao ataque. O vagalume entrou muito bem, e fez dois gols. Poderia ser 3 se Michael não fosse fominha em um lance que Vitinho avançava completamente livre ao seu lado. Mas está perdoado.

Flamengo 4 a 1 DyJ, classificou muito bem para as quartas de final e agora espera o vencedor entre Olimpia e os chorões do Sul.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Flamengo x Defensa y Justicia

  

Copa Libertadores da América/2021 - Oitavas de Final - 2º Jogo (Volta)

Quarta-Feira, 21 de Julho de 2021, as 21:30h (USA ET 20:30h), no 
Estádio Nacional Mané Garrincha ou "Mané Garrincha", em Brasília/DF.


FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e FilipLuís; Willian Arão, Diego, Everton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Renato Gaúcho.


Defensa y Justicia: Unsain; Matías Rodríguez, Frías, Paredes, Cardona e Soto; Escalante, Contrerqs, Loaiza e Rotondi; Walter Bou. Técnico: Sebastián Beccacece.

Arbitragem: Roberto Tobar, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Alejandro Molina e Sebastián Vela, trio da Federación de Fútbol de Chile (FFC/Chile). Quarto Árbitro: Wilmar Roldan (FCF/Colômbia). Árbitro de Vídeo (VAR): Derliz Lopez (APF/Paraguai). Auxiliar de Vídeo (AVAR): Nicolas Gamboa (FFC/Chile). Assessor de Vídeo: Nilson de Souza Monção (CBF/Brasil). Quality Manager: José Carpio (FEF/Equador).

Transmissão: Fox Sports (TV por assinatura).




terça-feira, 20 de julho de 2021

13 Anos


13 ANOS

       Hoje o nosso espaço, o lugar onde passamos horas e mais horas por dia, o nosso Buteco do Flamengo esta completando 13 anos de vida.

Lembro quando iniciamos e realmente parece que foi ontem. Tínhamos em mente algo que pudéssemos deixar todos muito a vontade, falar de tudo, inclusive falar de Flamengo, exatamente como quando nos reunimos num boteco, todos muito a vontade.

O objetivo maior não era reunir o maior numero de participantes, quantidade, queríamos qualidade nos debates nas mesas, trocas de ideias e informações e tanto conseguimos que hoje estamos completando 13 anos de existência, nenhum blog vai tão longe se não for bom, e o Buteco do Flamengo e muito bom, graças a qualidade dos debates propostos dos nossos colunistas e a direta participação de cada um de vocês, sem vocês nada disso seria possível e não estaríamos aqui hoje celebrando a entrada da adolescência do Buteco.

       Pra completar, gostaria de saber a historia de cada um de vocês, como e quando conheceram o Buteco, como foi essa aproximação.

Mais uma vez, agradecemos a enorme colaboração que cada um de vocês tem com o nosso Buteco do Flamengo.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

May The Force Be With You, Mengo!

Renato "Jedi" ou "Sith"?
Renato "Jedi" ou "Sith" Gaúcho?

Salve, Buteco! Desde que Jorge Jesus chegou ao Flamengo, o time vem jogando um futebol agressivo, com grande influência tática europeia, ou seja, do que vem sendo aplicado no primeiro mundo do futebol. Jorge Jesus foi uma espécie de cometa que extinguiu os dinossauros, que ameaçaram ressurgir no período pós-pandemia, como os exemplos de José Mourinho e Abel Braga comprovam, mas nada como o tempo para deixar as coisas em seu devido lugar. Hoje em dia é muito difícil ver um time que não adote ao menos em parte dos 90 minutos uma saída de três ou a marcação alta agressiva. É possível chegar a essa constatação assistindo a qualquer partida da Série B brasileira, por exemplo.

No caso do Flamengo, porém, eu vejo uma peculiaridade. Depois que Jesus se foi, o Flamengo passou a ser treinado por adeptos do sistema de jogo posicional, cada qual com a suas preferências na maneira de execução. Como já conversamos várias vezes por aqui, os adeptos do sistema, e da filosofia que o embala, vão além da modernidade tática e gostam muito de inovações como mudanças de posição dos atletas, além de serem avessos a posturas mais pragmáticas durante as partidas. Domènec Torrent aplicou à vera esses princípios. Odiado pelas maiores estrelas do elenco, mal durou três meses no cargo.

Rogério Ceni começou tentando ressuscitar Jesus, mas aos poucos foi aplicando os seus conceitos. Além de não conseguir atingir o seu intento inicial, e ressalvados os três importantes títulos, acabou perdido entre o seu ego, a incapacidade de reconhecer erros e a dificuldade de gerir o vestiário e abrir mão de alternativas que havia descoberto. Úteis alternativas, mas sem sustentabilidade para serem o plano A do time. Ceni foi mais exitoso e durou bem mais do que Domènec, porém conseguiu a proeza de ser odiado por todo o Departamento de Futebol, algo que nem o catalão conseguiu.

Um ano de jogo posicional ensinou ao clube que, além da tática, é preciso ter gestão de elenco e de vestiário. O futebol brasileiro tem uma cultura, goste-se ou não dela. As inovações táticas devem ser acompanhadas de um tratamento que a maioria dos jogadores brasileiros não dispensa.

Por exemplo, jogador brasileiro não não é simpático a bruscas e frenéticas mudanças de posição (percebam a diferença para mudança de função tática). Não é impossível que aceite, só que, antes, o elenco precisa comprar a ideia.

Não se diz impunente a um consagrado zagueiro com crônicos problemas físicos que ele jogará na lateral direita, ou ao volante titular que passará a ser zagueiro. Talvez na Europa não reclamassem, mas no Brasil é diferente.

A ferramenta é ótima, inclusive pela maneira como aproveita a base (não foi bem o caso do Ceni, mas foi o de Domè), porém não se muda uma cultura mais do que secular de uma hora para outra. É preciso haver adaptação.

Essa parece ser a grande lição das passagens de Domènec Torrent e Rogério Ceni pelo Flamengo.

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Renato Gaúcho, assim como Jorge Jesus, sabe ler bem o jogador brasileiro e, mais do que isso, o Flamengo e a sua torcida. Com Jesus, zagueiro foi zagueiro, volante foi volante, meia foi meia e centroavante foi centroavante. Respeitar os limites dos jogadores não foi empecilho algum para o Mister aplicar o sistema tático mais eficiente e sofisticado de toda a história de um clube que já teve nomes como Cláudio Coutinho e Telê Santana como treinadores. 

Nesse ponto, Renato repete Jesus. Os jogadores parecem felizes dentro de campo. Arão voltou à posição que o consagrou em 2019, Diego voltou à posição na qual o Mister o aproveitava e até o Léo Pereira voltou a dar sinais de vida. Aliás, Arão voltou a fazer a saída de três "lavolpiana", tal como fazia com o Mister em 2019. Como explicou o sempre lúcido Bruno Pet (@obrunopet) neste tuite, "Arão e Diego melhoraram a saída de bola, que se manteve como Renato gosta: saída sustentada com volantes e laterais se aproximando dos zagueiros e que as vezes varia para uma saída de 3 com Arão descendo na linha dos zagueiros."

Pronto. Não era tão difícil, concordam?

"A vaidade é, definitivamente, o meu pecado favorito", dizia o sombrio personagem de Al Pacino na cena final daquela histórica película.

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Acalmem-se aqueles que pensam que estou comparando Renato Gaúcho a Jorge Jesus. Não é absolutamente o caso. Aliás, fico com o alerta que dei no post da semana passada: o sarrafo, no Flamengo, é bem mais alto e nada, simplesmente nada do que Renato fez até agora na carreira pode ser comparado ao nível do trabalho de Jorge Jesus, inclusive no aspecto tático.

Feita essa ressalva, bem como a de que Renato praticamente não treinou o Flamengo antes da partida na Argentina, é preciso destacar que o Defensa y Justicia é um adversário amplamente superior, no plano tático, ao Bahia de Dado Cavacanti. O nível de exigência será bem mais alto, como comprovam as seguintes imagens do jogo em Florencio Varela, extraídas do videotape disponível no YouTube:


Repararam como os jogadores do DyJ frequentemente "encaixotaram" os nossos jogadores que poderiam receber o passe de quem estava com a bola? A cena me lembrou bastante algumas emblemáticas fotos do confronto entre Holanda x Argentina pela Copa do Mundo de 1974, muito famosas na internet:


Sebastián Beccacece, não se esqueçam, é adepto do sistema de jogo posicional, cuja filosofia, inspirada na Laranja Mecânica e nascida a partir das passagens de Johann Cruyff por Barcelona, como atleta e treinador, aplica de maneira fundamentalista o princípio da superioridade numérica em todos os setores do campo, inclusive na marcação.

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O DyJ não é imbatível. Longe disso. Aliás, convém ao Renato e ao Alexandre assistirem ao videotape de Palmeiras 1x2 Defensa y Justicia em Brasília, no Mané Garricha, pela finalíssima da Recopa Sul-Americana/2021. O Palmeiras teve várias chances para "matar" partida e conquistar o título. Abel Ferreira soube encontrar os espaços nos contragolpes, mas o ataque palestrino desperdiçou seguidas chances claras de gol.

Renato precisa fazer o Flamengo evoluir em relação a quarta-feira passada. E por evolução eu me refiro a "saber sair do caixote", além de, obviamente, o ataque ser tão ou mais mortal do que ontem no Pituaçu, em Salvador.

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May The Force Be With You, Mengo!!

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 18 de julho de 2021

Bahia x Flamengo

  

Campeonato Brasileiro/2021 - Série A - 12ª Rodada

Domingo, 18 de Julho de 2021, as 18:15h (USA ET 17:15h), no Estádio Governador Roberto Santos ou "Pituaçu", em Salvador/BA.


Bahia: Matheus Teixeira; Nino Paraíba, Conti, Ligger e Matheus Bahia; Patrick de Lucca, Matheus Galdezani e Rodriguinho; Rossi, Gilberto e Thony Anderson. Técnico: Dado Cavalcanti.

FLAMENGO: Diego Alves; Matheuzinho, Gustavo Henrique, Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão, JoãGomes, Everton Ribeiro e DArrascaeta; Gabigol e Michael. Técnico: RenatGaúcho.


Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (FIFA/GO), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Fabrício Vilarinho da Silva (FIFA/GO) e Bruno Raphael Pires (FIFA/GO). Quarto Árbitro: Irinaldo Jorge dos Santos Silva (CD/BA). Árbitro de Vídeo (VAR): Igor Junio Benevenuto de Oliveira (AB/MG). Assistente VAR (AVAR): Felipe Alan Costa de Oliveira (AB/MG). Observador de VAR: Marrubson Melo Freitas (CBF/DF).

Transmissão: PremierePremiere Play e PFCI (sistema pay-per-view, aplicativo e internacional).



quinta-feira, 15 de julho de 2021

Defensa y Justicia 0 x 1 Flamengo. Resultado bom, atuação pífia.


E o Flamengo foi finalmente enfrentar o Defensa y Justicia (DyJ) e saiu da Argentina com uma vitória. Two in a row no mesmo ano em relação a times de lá. Mas não jogou bem. Isto é, em termos que a torcida do Flamengo em particular exige de seus times. Que seja, boa atuação que consiste em pressão no adversário, sistema defensivo funcional e criação de oportunidades que acabam em vitórias. Ontem na estreia do técnico taticamente medíocre e arcaico Renato Gaúcho o resultado foi, digamos, à altura de um time pequeno. Fez o gol em um chute sobrenatural e aguentou a porrada do adversário no resto do tempo. Agora viraremos um "Grêmio" na melhor das hipóteses.

Sim, Renato Gaúcho não treinou direito. Concordo. Mas no tempo que teve isolou Arrascaeta do resto dos jogadores e mesmo o Gabigol. A comunicação entre o ataque foi destruída. Muitos isolados, jogadores precisavam do GPS do outro para se acharem em campo. E aquele posicional tão criticado do Ceni ganhou as raias do absurdo dogmático ontem, com os jogadores parecendo pecinhas de botão que só podiam se movimentar para frente e para trás. Para este estilo de jogo Pedro parece ser o mais indicado, pois sabe funcionar como pivô. Gabibol se movimenta demais para isto.

Mas há méritos do DyY, este sim, muito bem treinado pelo Beccacece. Que não entendo como não está em um time de maior envergadura. O DyJ segue perdendo valores do elenco e imediatamente se recompõe taticamente. O DyJ exerceu pressão todo o tempo, mas faltou o talento a mais para dar aquela limpada na bola, aquele drible, que aumentasse as chances de gol. Dito isto a zaga do Flamengo composta pela dupla delivery Gustavo Henrique e Leo Pereira jogou bem, considerando o desastre apocalíptico esperado previamente. A entrada da área ficou mais povoada, com os dois volantes João Gomes e Thiago Maia e o DyJ teve muitas dificuldades. Méritos da orientação do Renato. 

Diego Alves fez belas defesas sendo o nome do jogo. Começou o jogo errando tudo com os pés, parecia um Hugo Neneca ainda mais assustado. Depois foi se acertando. Com o time posicionalmente fixo é necessário um goleiro muito bom neste quesito.

Claro que jogadores como Arão, Rodrigo Caio e Bruno Henrique estando fora, complicam a situação do Flamengo e de qualquer time que jogassem. Flamengo perde saída de bola e um jogador no ataque multifuncional. Michael fez o gol mas a rigor é apenas um daqueles coelhos pela lateral que ajudam a prender lateral. 

Enfim, ontem foi o sepultamento definitivo do Flamengo de 2019. Aquele time dominante, opressor e que dava medo. Flamengo agora joga apenas visando o resultado e a "única bola". RIP. E vamos em frente que a vida continua.