quinta-feira, 15 de julho de 2021

Defensa y Justicia 0 x 1 Flamengo. Resultado bom, atuação pífia.


E o Flamengo foi finalmente enfrentar o Defensa y Justicia (DyJ) e saiu da Argentina com uma vitória. Two in a row no mesmo ano em relação a times de lá. Mas não jogou bem. Isto é, em termos que a torcida do Flamengo em particular exige de seus times. Que seja, boa atuação que consiste em pressão no adversário, sistema defensivo funcional e criação de oportunidades que acabam em vitórias. Ontem na estreia do técnico taticamente medíocre e arcaico Renato Gaúcho o resultado foi, digamos, à altura de um time pequeno. Fez o gol em um chute sobrenatural e aguentou a porrada do adversário no resto do tempo. Agora viraremos um "Grêmio" na melhor das hipóteses.

Sim, Renato Gaúcho não treinou direito. Concordo. Mas no tempo que teve isolou Arrascaeta do resto dos jogadores e mesmo o Gabigol. A comunicação entre o ataque foi destruída. Muitos isolados, jogadores precisavam do GPS do outro para se acharem em campo. E aquele posicional tão criticado do Ceni ganhou as raias do absurdo dogmático ontem, com os jogadores parecendo pecinhas de botão que só podiam se movimentar para frente e para trás. Para este estilo de jogo Pedro parece ser o mais indicado, pois sabe funcionar como pivô. Gabibol se movimenta demais para isto.

Mas há méritos do DyY, este sim, muito bem treinado pelo Beccacece. Que não entendo como não está em um time de maior envergadura. O DyJ segue perdendo valores do elenco e imediatamente se recompõe taticamente. O DyJ exerceu pressão todo o tempo, mas faltou o talento a mais para dar aquela limpada na bola, aquele drible, que aumentasse as chances de gol. Dito isto a zaga do Flamengo composta pela dupla delivery Gustavo Henrique e Leo Pereira jogou bem, considerando o desastre apocalíptico esperado previamente. A entrada da área ficou mais povoada, com os dois volantes João Gomes e Thiago Maia e o DyJ teve muitas dificuldades. Méritos da orientação do Renato. 

Diego Alves fez belas defesas sendo o nome do jogo. Começou o jogo errando tudo com os pés, parecia um Hugo Neneca ainda mais assustado. Depois foi se acertando. Com o time posicionalmente fixo é necessário um goleiro muito bom neste quesito.

Claro que jogadores como Arão, Rodrigo Caio e Bruno Henrique estando fora, complicam a situação do Flamengo e de qualquer time que jogassem. Flamengo perde saída de bola e um jogador no ataque multifuncional. Michael fez o gol mas a rigor é apenas um daqueles coelhos pela lateral que ajudam a prender lateral. 

Enfim, ontem foi o sepultamento definitivo do Flamengo de 2019. Aquele time dominante, opressor e que dava medo. Flamengo agora joga apenas visando o resultado e a "única bola". RIP. E vamos em frente que a vida continua.