quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Flamengo x River Plate


Copa Libertadores da América/2018 - Grupo 4 - 1ª Rodada

FLAMENGO: Diego Alves; Pará, Réver, Juan e Renê; Jonas; Everton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Everton; Henrique Dourado. Técnico: Paulo César Carpegiani.

River Plate: Franco Armani; Montiel, Lucas Martinez, Maidana e Saracchi; Ponzo, Zuculini e Enzo Perez; Juan Quinteros, Lucas Pratto e Scocco. Técnico: Marcelo Gallardo.

Data, Local e Horário: Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018, as 21:45h (USA ET 19:45h), no Estádio Olímpico João Havelange ou "Engenhão", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbibragem: Michael Espinosa, auxiliado por Jonny Bossio e Coty Carrera, todos da Federação Peruana e Futebol.


Alfarrábios do Melo

Uma eternidade.

Os poucos metros que separam o portão de acesso do campus do cacho de orelhões posto à disposição do público transmudam-se em intermináveis léguas. Transido de expectativa, pouso as mãos trêmulas em um dos aparelhos e insiro o cartão, chave do juízo final, do veredicto que se revestirá do condão de pautar meu estado anímico nos próximos minutos, horas, dias. O som seco e metálico que se perpetua enquanto a ligação não se completa é angustiante. Brota um suor que me enregela a pele, rajadas taquicárdicas ameaçam comprometer qualquer capacidade de compreensão da realidade. As entranhas parecem-me emergir pela boca quando o característico som agudo intermitente enfim brota do telefone, logo sucedido por uma familiar voz feminina, que, ao invés de confortar, ninar e acalmar, termina por me fazer explodir em espasmos de ansiedade. “Alô, filho, tudo bem?”. Em um derradeiro esforço, reúno as últimas forças da minha existência e, num sopro de voz, consigo expelir a pergunta vital que me trará a única verdade que, perdigueiro, persigo nesse exato início de manhã e que, sem a qual, seguirei moribundo, inerte, exangue.

Quanto foi o jogo?”

Uma semana longe de casa. A primeira vez de um jovem universitário sedento de vida, de experiências, cioso de autonomia e liberdade. Atributos feericamente arremessados em alucinadas tardes e noites de bebedeira, flertes, festas e tudo o mais afeto aos anseios de um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco que viaja com a galera.

Com efeito, não há madrugada que resista às rodadas de dominó “a cachaça”, ou às sessões de forró que fazem ferver hormônios e instintos, ou aos mais comportados, mas não menos pulsantes, passeios como o do bugre “com emoção” que cavalga a colossal montanha-russa de areia. As conversas regadas a hectolitros de cerveja e aguardente, os sonhos compartilhados, as histórias contadas, os planos para o futuro, vestidos de matizes verborrágicas, caudalosas de existências que não se permitem pensar em cinza ou aceitar o meio-termo. Vida louca, louca vida.

O sujeito que dorme enrolado em seu próprio paraquedas, a impagável discussão entre o paraense e o cuiabano sobre as virtudes do carimbó e do rasqueado, o vitorinha que se jacta de morar em um quarto totalmente decorado com as coisas do seu clube, o maluco que canta a dor e a delícia de ter sido abandonado pela namorada, a garçonete que flerta com todos os mancebos de uma mesa de bar, os ruídos lúbricos da piscina do campus, ignorados por uma vigilância menos preocupada em reprimir do que em espiar.

A carioca que é fã do Júnior Baiano… (É mau, pega um, pega geral)

Tá tudo bem, filho. Foi 1-0 e o Flamengo ganhou nos pênaltis”

O urro gutural e eufórico faz alguns transeuntes menearem seus rostos, para logo depois tornarem às suas vidas. Indiferente, agora clamo por detalhes. Agora não interessa o sono de noites perdidas, são irrelevantes as olheiras, o cansaço, as três horas de sono. Quero detalhes, quero fatos. De quem foi o gol, quem jogou bem ou mal, se alguém foi expulso, essas coisas.

E do outro lado a mãe paciente e compreensiva consegue represar sua irreprimível necessidade de saber como o filho anda, se tá comendo direito, se tá dormindo, se não tá faltando nada… E se põe a narrar como foi o jogo, “mãe, mas precisa ser rápido, daqui a pouco o cartão acaba”, e descubro que Gilmar foi o herói, pegou dois pênaltis, fechou o gol no tempo normal e, pra coroar, ainda converteu uma cobrança. Que o River Plate era um time bom, que o jogo foi difícil, que tinha um tal de Ortega que o narrador falava que era um “novo Maradona”, que o juiz não deu dois pênaltis pra gente, que o gol foi do Rogério de cabeça, e vou ouvindo tudo aquilo e subitamente uma sensação estranha me vai subindo e tomando todo o corpo. Uma espécie de melancolia, quase uma dor. Um aperto.

Porque, no calor da batalha, no ardor da disputa, no momento em que o Flamengo decidia a vida e a morte na competição, eu não estava lá, de braços dados, berrando, xingando, pulando. Jogando junto. A cadeira de fé, diante da televisão, vazia, silenciosa, enquanto o time “se virava sozinho”. Agora, o relato parece doloroso, provoca pontadas. Eu deveria estar exultante, mas só me é concedida a vontade de ficar em silêncio.

Valeu, mãe. Agora tenho que desligar. Daqui a dois dias estou de volta. Estou bem. Beijo.”

E volto pro alojamento.



Saudade do Flamengo.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Checkpoint Libertadores

Arte: Flamengo / Divulgação

Irmãos, à Libertadores!

Amanhã reiniciamos nossa história na competição. Desta vez, sem o tradicional “oba-oba” que toma conta da gente a cada classificação para a competição. O grupo é difícil e muitos dos nossos, calejados pelas recentes eliminações precoce, preferem esperar para entoar o “Rumo à Tóquio” após a classificação para as oitavas.

Como de hábito, elaboramos uma análise estatística da pontuação necessária à classificação, tomando por base as edições da Libertadores a partir do ano 2000, quando a competição passou a ser disputada em 8 grupos de 4, classificando-se os dois melhores em cada grupo. 

Para começar, lembro que com 13 pontos ou mais a classificação é matematicamente garantida, ou seja, com tal pontuação, é impossível não se classificar entre dois, em um grupo com quatro e que, com 12 pontos, só existe uma possibilidade matemática de não conseguir a classificação: um dos times do grupo perder todas e os outros três trocarem vitórias entre si. 

No período considerado, por 42 vezes os times fizeram 12 pontos e, em nenhuma delas, foi eliminado. Portanto, entendemos que com 4 vitórias não há o que discutir em termos de classificação. No outro extremo, nunca houve classificação com 6 pontos, o que nos permite limitar a zona com possibilidades de classificação entre 7 e 11 pontos: 


Em um grupo equilibrado como o nosso, a tendência é que não exista uma “baba” que pouco pontuará. Desta forma, acredito que 10 pontos serão suficientes para a classificação. Assim, temos que buscar pelo menos 3 vitórias e 1 empate. Ainda, pela péssima experiência do ano passado, entendo que estes 10 pontos devem ser obtidos até a 5ª rodada. Deixar para a última rodada, contra o River lá... Melhor nem pensar!

A chave para a classificação passa pela vitória no nosso 2º jogo, Emelec lá. Naturalmente, perder para o River amanhã não é opção. No entanto, ainda que a vitória não venha e comecemos nossa trajetória com um empate, vencer o Emelec lá nos permite sonhar com a classificação vencendo os outros dois jogos em casa, contra Santa Fé e o próprio Emelec. 

Além disso, há o componente psicológico: estas duas primeiras rodadas estão próximas – amanhã e daqui a 15 dias – mas depois só retornamos a jogar pela Libertadores no dia 18 de Abril. Largar na frente com 6 pontos nos permitiria nadar em águas tranquilas nas finais do Campeonato Carioca e nos primeiros jogos do Brasileirão (que começa exatamente no fim de semana anterior ao nosso 3º jogo da Liberta), rodando o elenco e experimentando novas opções para o esquema adotado.

Enfim, vitória amanhã é essencial e daqui a 15 dias, mais ainda. Vai pra cima deles, Mengo!!!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Bomba-Relógio

Salve, Buteco! É claro que, neste primeiro semestre de 2018, a prioridade do Flamengo tem que ser a classificação na Fase de Grupos da Copa Libertadores da América. Já houve tempos em que a Diretoria e parte da torcida questionavam a priorização da competição sul-americana, mas hoje simplesmente inexiste espaço para a menor discussão a respeito do tema. Até sábado, para os padrões do Clube de Regatas do Flamengo, tudo transcorria em sobrenatural calmaria com excelente campanha no Campeonato Estadual, de tal modo que esse texto deveria abordar exclusivamente o tão-aguardado jogo da próxima quarta-feira, que por sinal vem despertando muita ansiedade. Porém, eis que surge o imponderável desastre e dele nasce a turbulência dispensável e absolutamente fora de hora. Não é que o Estadual tenha passado a "valer", como muitos jornalistas distorceram em suas análises; é que o Flamengo de hoje não precisa tomar de 4 (quatro!) em um clássico regional para priorizar outra competição. O Mais Querido, definitivamente, tem atração natural pela confusão. 

***

Carpegiani saiu de um 4-1-4-1 do time titular, com quarto meias de características ofensivas na segunda linha, para uma desentrosada e desorganizada escalação com três volantes de características defensivas e três atacantes, que foi uma tentativa de 4-1-4-1, mas ora parecia um 3-4-3, ora um 4-3-3. Rômulo, que teve atuação desastrosa, chegou a se alinhar com a zaga e, nessa posição, falhou no primeiro gol. O miolo de zaga também comprometeu nos três gols seguintes posicionando-se mal na bola aérea. Para piorar, Trauco, que pela primeira vez iniciou uma partida no ano, tornou a lateral esquerda uma verdadeira autoban alemã. A derrota, até previsível pela diferença de entrosamento e ritmo de jogo entre as equipes, além do lapso de quase dois anos sem derrotas para o rival, subitamente se transformou em um vexame que era perfeitamente evitável. Carpa confessou na entrevista pós-jogo que a formação foi pouco treinada. Mesmo levando em conta que ao menos quatro jogadores comprometeram individualmente, o desastre foi facilitado pelas infelizes escolhas do desenho tático e das peças para executá-lo.

Mas falar da atuação do nosso treinador é a parte fácil. Há quanto tempo nossos bravos diretores sabem que o treinador decidiu implantar um 4-1-4-1 com apenas um volante e privilegiando meias ofensivos? Não seria lógico diminuir o número de volantes e aumentar o de meias ofensivos no elenco? Observem que não estou questionando jogadores com características diferentes dos titulares, viabilizando as variações táticas ou de estilo de jogo. Portanto, nada de errado em ter jogadores como Willian Arão e Jean Lucas, "volantes de aproximação" que também podem jogar como meias internos, ou atacantes como Vinicius Jr. e Marlos Moreno, que podem atuar nas extremas. O problema é que o elenco precisa contar com ao menos alguns reservas que possuam características semelhantes aos principais titulares, de modo a que possa suportar a fortíssima maratona de jogos do segundo semestre. Hoje, Everton Ribeiro, Diego e Lucas Paquetá, meias ofensivos e titulares, peças-chave no esquema 4-1-4-1, não têm reservas com características semelhantes.

Percebam que foi armada uma verdadeira bomba-relógio, programada para ser detonada no segundo semestre: todos os meias ofensivos do elenco são titulares e compõem a segunda linha de quatro. Logo, como a temporada promete ser longa, provavelmente com um número exorbitante de partidas, tal qual 2017, toda vez que o treinador escalar um time reserva mandará para campo uma formação muito diferente da titular. Time titular com três meias ofensivos, reservas com volantes, ofensivos ou defensivos, e atacantes. Enquanto as competições forem apenas a Libertadores e o Estadual, salvo escolhas infelizes como as de sábado, não haverá maiores consequências. Contudo, a partir do início do Campeonato Brasileiro e especialmente no segundo semestre virão as inevitáveis sequências de clássicos e partidas decisivas. Alguém imagina Diego e Everton Ribeiro rendendo em alto nível após sucessivas sequências pelas Copas do Brasil e Libertadores, além do Campeonato Brasileiro?

Não acredito que tenha passado desapercebido. Receio que o Departamento de Futebol cogite priorizar alguma competição na reta final da temporada. O que ainda não foram capazes de perceber é que o Flamengo não é o Grêmio do "desejado" Renato Gaúcho e nem muito menos tem elenco para, por exemplo, priorizar a Libertadores sem ter severas (atenção, severas!) perdas esportivas no Campeonato Brasileiro. Será preciso contratar no meio do ano.

***

Jogando como lateral, não raro Trauco apresenta dificuldades defensivas. Contudo, é forte no apoio, tanto nos cruzamentos, como lançamentos em profundidade e também na bola parada. Teve participação ofensiva importante em partidas da Libertadores e da Sul-Americana. Ontem, as duas únicas jogadas de perigo do Flamengo no primeiro tempo nasceram de seus pés. Um contraste com as falhas no segundo e quarto gols do Fluminense. É preciso cuidado na avaliação desse específico atleta e não colocá-lo no mesmo patamar de outros que não dão retorno esportivo algum. No contexto atual, talvez não fosse má-ideia estudar sua utilização como meia, na condição de reserva (o que ensejaria a subida de um lateral esquerdo dos juniores).

***

A bomba-relógio da "priorização" tende a ser detonada a partir do início da participação do Flamengo na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. Até lá, o clube tem time titular para se classificar na Fase de Grupos, muito embora o elenco pudesse estar melhor formado. O desafio começa na próxima quarta-feira, na tão aguardada estreia contra o River Plate.

A palavra, como sempre, está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Fluminense x Flamengo


Campeonato Estadual 2018 - Taça Rio - 2ª Rodada

Fluminense: Júlio César; Renato Chaves, Gum e Ibañez; Gilberto, Richard, Jadson, Sornoza e Marlon; Marcos Júnior e Pedro. Técnico: Abel Braga.

FLAMENGO: Diego Alves; Kleber, Léo Duarte, Thuler e Trauco; Cuéllar; Marlos Moreno, Ronaldo, Rômulo e Vinicius Jr.; FelipVizeu. Técnico: Paulo César Carpegiani

Data, Local e Horário: Sábado, 24 de fevereiro de 2018, as 17:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Arena Pantanal, em Cuiabá/MT.

Arbitragem: Maurício Machado Coelho Júnior, auxiliado por Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço Massara dos Santos.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Está chegando a hora










Irmãos rubro-negros,



se aproxima a nossa tão esperada estreia na Taça Libertadores da América.

Vencer é fundamental. 

O time, sob a regência do Carpegiani, tem se mostrado mais desenvolto ofensivamente.

Defensivamente, porém, ainda não fomos testados. 

Jogo grande. É o que cabe dizer neste momento. 

Pra cima deles, Mengo!

Avante Flamengo!




...




Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Flamengo 4 x 0 Madureira - Mais um jogo treino

E o Flamengo fez o seu papel e venceu mais um jogo-treino neste campeonato carioca que um dia já foi relevante. Hoje é para afiar os cascos, rodar o time em busca de uma formação para competições relevantes e fazer atletas de times pequenos terem seus 90 minutos de fama.

O Flamengo joga mais bonito que com Rueda e Zé Ricardo, com esquema "único volante" que permite um time mais fluido em campo, um ataque com troca de passes de mais qualidade e mesmo velocidade. Mas um esquema assim tem que ser muito bem treinado para termos a chamada "recomposição" muito bem feita. E mais uma vez, pelo que reparei, a recomposição no segundo tempo não tem a qualidade do primeiro. Talvez pelo cansaço de Diego e Everton Ribeiro. Ontem mesmo contra o Madureira, algumas vezes a entrada da área tinha um buraco porque a segunda linha não se formou. E precisa se formar. Imagine contra times melhores que já tenham identificado esta falha?

O jogo contra o River Plate, no próprio Engenhão já se avizinha. É quarta-feira. E sem torcida, merecidamente. O papelão que a torcida do Flamengo fez contra o Independiente, em um histerismo digno de botafoguense, agredindo argentinos pelas ruas, fazendo tumulto, invadindo estádio, foi algo muito vexatório. Parecia um bando de adolescentes sem pai ou mãe. Patéticos.  Precisam de polícia para se comportar como gente? Que merda de sociedade é esta? Marmanjos achando bonito a agressão e depredação? E agora a mesma torcida reclama que a diretoria do Flamengo não quer que se reúna em torno do Engenhão no jogo contra o River Plate. Claro. Não sabem se comportar, capaz de fazerem outra merda. E chamam a diretoria de elitista. Bem, ao menos alguém zela pelo Flamengo não ser mais punido.

Sábado teremos jogo contra o Fluminense. Um time mais qualificado. Mas é lá longe. Na Arena Pantanal. Embora vá e volte de avião há um desgaste. Mas acho que valeria a pena ir de time titular para últimos ajustes para quarta-feira. É um teste mais verdadeiro. Madureira é brincadeira. Difícil comentar, porque não é muito parâmetro para nada. Mas a se destacar a boa atuação de Diego, cujas finalizações foram barradas pelo destaque do Madureira, o bom goleiro Jonatas, menos a falta. No canto, no alto, indefensável talvez. Jonas de único volante, jogando muito bem, fazendo seu trabalho com segurança e qualidade.  E, falando em laterais, ultimamente transformado no novo alvo dos haters, sempre em busca de alguém para odiar, achei que tanto Rodinei como Trauco foram bem. Trauco então, lançamentos precisos que Renê é incapaz de dar. Achei que, nitidamente, Carpegiani prendeu mais Rodinei no segundo tempo, talvez como uma preparação tática. Rodinei mais solto no primeiro tempo foi bem agudo, fez bons cruzamentos. Gostei. Paquetá e Vinicius Jr são nossos meninos de ouro, sempre um show à parte. E a volta do Diego Alves, dando mais segurança no nosso gol. Precisamos de bom goleiro. Sempre. Lição que espero que tenha sido entendida agora e pra sempre.




quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Flamengo x Madureira


Campeonato Estadual 2018 - Taça Rio - 1ª Rodada

FLAMENGO: Diego Alves; Rodinei, Réver, Rhodolfo e Renê; Jonas; Éverton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Everton; HenriquDourado. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Madureira: Douglas; Filipe Formiga, João Carlos, Edmário e Renan; Willian, Thiago Medeiros, Luciano Naninho e Douglas Lima; Igor Catatau e Souza. Técnico: Djair.

Data, Local e Horário: Domingo, 21 de fevereiro de 2018, as 19:30h (USA ET 17:30h), no Estádio Olímpico João Havelange ou "Engenhão", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Michael Correa e Raquel de Mattos Bento.


Alfarrábios do Melo


FLAMENGO – TAÇA GUANABARA EM TWEETS


1970
Torneio inchado, três fases, fora do Carioca. Fla começa mal mas arranca no DCF. No fim, 1-1 com o Flu e taça para os soldados de Yustrich.


1972
Taça GB de volta ao Carioca. Mengo renovado, com craques e Zagalo, atropela todos. O clímax: 5-2 no Flu. Haja cambalhota.


1973
Fla de Caju, Doval, Dadá e Zagalo segue irresistível e invicto. Zanata falha, Arílson não perdoa, 1-0 no Vasco e o bi pra Gávea.


1978
Mengo de Coutinho começa a dar liga, empilha goleadas. No final, “amistoso” contra o Flu, que tinha que fazer seis. 0-2 põe água no chope.


1979
Zico voa, 27 gols. SuperMengão sobra na turma. Bi antecipado contra Lusa na Ilha, 2-0. Gols? Zico... Depois, goleada no Vasco de tiragosto.


1980
GB sai do Estadual, seis times. Fla no embalo do Brasileiro leva invicto. Vasco quer Zico. “Vendam SJ”. No fim, 0-0 e tri com camisa nova.


1981
GB volta ao Estadual. Sob nova direção, instável Fla de Dino ainda é o melhor. América bate Flu, Fla é tetra sem jogar, 0-0 Botafogo, festa.


1982
Mengo campeão de tudo vai pro penta. Vasco ainda leva pro jogo-extra, mas Adílio castiga aos 45. Microfone de Wright, o ladrilheiro da vez.


1984
Adílio não cabeceia”, dizem. Flu apoia impopular Maluf e racha. Sem nada com isso, Fla de Zagalo atropela. 1-0, gol de Adílio. De cabeça.


1988
Luz apaga, Vasco foge. Depois, o Tetra Brasileiro navega soberano. Contra o América, infernal Renato emula Garrincha, 2-1 e taça antecipada.


1989
Fla de Telê e Zico, futebol de sonho, goleadas e mais goleadas. Botafogo seca, mas 3-1 no Vasco sela taça invicta, última do Galinho no Rio.


1995
Romário desembarca em apoteose. Só com um braço, ganha o “duelo” com Túlio e marca três. M.Teodoro ajuda. 3-2, única taça do centenário.


1996
Fla não dá chance pra nova “barriga”, monta seleção. Lateral chega na semana da final e brilha. 2-0 no Vasco, imparáveis Romário/Sávio. Bi.


1999
Nação em fúria exige engolir Vasco vice de tudo. Romário “pitbull” esmerilha, ajudado por boa base. Final, 2-1 e festa que arrepia a cidade.


2001
Edílson Capetinha empilha gols. Final, Fla-Flu sobrenatural de coisas estranhas. Reinaldo de falta? Pênaltis, Cássio: “Hoje não, hoje sim”.


2004
Time barato e aguerrido torna freguês milionário Flu, comandado por dribles de Felipe e gols do improvável Roger Guerreiro. Levantou poeira.

2007
Time de totó”, Madureira provocou. Fla de Renato Abreu, que sofre em clássicos, responde e massacra. 4-1, fora o baile. E Madureira chorou.


2008
Zagueiro faz pênalti claro. Juiz marca. E Botafogo protesta chorando. Chora presidente, time inteiro, torcedor. E ninguém cala o chororô.


2011
Ronaldinho puxa Bonde Sem Freio e Fla de Luxa atropela invicto. Inesperado Boavista não resiste. Falta, marca registrada de R10 e do Mengo.


2014
Melhor time é o Fla de Jayme. Segundo, o Fla B. Terceiro, o Fla C. O resto, sempre longe. Torcida não se empolga com facilidade. Quer mais.


2018
Fla se reencontra na garotada. Quis? Tempo dirá. Resta a saudade antecipada de VJ, nome da taça com chororô e gols. Boavista, última vítima.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Feliz Ano Novo





SRN, Buteco.

Assim como o ano no Brasil só começa de fato depois do Carnaval, vai começar pra valer o ano esportivo do Flamengo em 8 dias.

E logo com a principal competição, a Libertadores.

Levando em conta que o estadual deveria contar como pré temporada , já temos como observar algumas coisas.

- Temos problemas graves nas laterais. Pará e Rene são peças nulas no ataque. O ponto positivo é que, pelo menos na direita, Carpegiani parece estar perdendo a paciência .O ponto negativo é que o reserva imediato é Rodinei...

- A defesa, que só tomou um gol até o momento, ainda segue como incógnita.Devido a fragilidade geral dos adversários, não há como saber o nível de competitividade frente a  adversários mais qualificados.

- O esquema de jogo é um interessante 4-1-4-1, onde aos poucos os jogadores estão se acostumando com as suas funções. Vejo perspectivas de crescimento.

-Ainda na linha desse esquema, entra em questão o substituto de Cuellar, suspenso nos dois primeiros jogos da LA.Ao que tudo indica, o eleito para a função é Jonas.Que eu acho que não tem nem a metade da capacidade dinâmica do colombiano, que gira bem a bola e faz a saída de jogo com eficiência.Veremos no que vai dar, talvez já amanhã contra o Madureira, jogo que o bom senso indica que deveria ser o apronto para a estréia na LA.

- Paquetá e Vinicius Jr são extremamente talentosos, mas aindão são irritantemente imaturos.O primeiro segura demais a bola, o segundo quer que toda jogada em que participa seja um lance inesquecível.Se começarem a jogar mais coletivamente, o crecimento do timeé natural.

Por fim, uma pequena (por enquanto) preocupação.

No ultimo jogo, Carpegiani resolveu tirar Paqueta.Nada demais, apesar de estar fazendo uma partida razoável, prendia demais a bola, e não foi nada de absurdo ele ser sacado do jogo.Talvez até como uma “advertência” para o individualismo, mas não é esse o ponto que quero destacar.

Foi a arrumação que o treinador deu ao time a partir dessa mudança: colocou Everton Burro, o assassino das jogadas de ataque, para atuar no meio campo, que me assustou.

Carpegiani tinha ( ou tem, vai saber...) o costume de inventar algumas escalações, digamos, exóticas.

E a hora é de definição e simplicidade, afinal o ano vai começar.



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Retrancas e Rodeios


Salve, Buteco! Ainda não havia nascido em 1958, mas a maior referência em nível de retranca, desde que comecei a acompanhar futebol, foi a da seleção do País de Gales nas quartas-de-final da Copa do Mundo da França, ao enfrentar o Brasil. Um selecionado que tinha nada menos do que Nilton Santos, o "inventor" da função ofensiva dos laterais, Didi, Mané Garrincha e Pelé só conseguiu marcar o único tento da vitória aos 21 (vinte e um ) minutos da etapa final após jogada individual (e genial) do maior de todos os tempos, que marcou na ocasião seu primeiro gol em mundiais. A principal característica da retranca é que pode ser eficiente mesmo executada por jogadores medíocres e limitados tecnicamente. No futebol, a retranca é a salvação dos humildes e indefesos, sejam de Cardiff, Saquarema ou de Nova Iguaçu. Sobram rodeios e faltam gols. Contra ela, a retranca, persistência e paciência são a chave do ferrolho; pressa e afobação o ouro dos tolos.

***

É bem difícil comparar, mas o time do glorioso Boavista, de Bacaxá, distrito de Saquarema/RJ, provavelmente é inferior ao escrete galês quadrifinalista em 1958. Em contrapartida, no Flamengo também não há nenhum Nilton Santos ou Didi, que dirá Garrincha ou Pelé. Tampouco joga fácil como a Seleção Canarinho de 1958. Todavia, guardadas as devidas proporções, a "marcação dobrada" do alviverde da Região dos Lagos, que só foi ao ataque nos minutos iniciais, incomodou e foi eficiente no primeiro tempo. Do outro lado, o Mais Querido e seus "três tenores" deixaram a desejar. Faltou intensidade e sobretudo paciência na troca de bolas. O time se afobou, não por estar ansioso em uma decisão, mas pela falta de tenacidade para rodar a bola até aparecer a oportunidade de furar o ferrolho. Carpegiani, à beira do campo, enfatizou esse aspecto durante os noventa minutos, como informou a reportagem de campo da Rede Globo. Embora isolado, o lance no qual Diego esticou uma bola alta em profundidade para Henrique Dourado, devidamente vigiado pela "Geladeira de Bacaxá", espelhou bem como faltou inspiração ao time na etapa inaugural. O Flamengo pareceu estar com preguiça de ser mais imaginativo.

***

Lucas Paquetá e Everton Ribeiro deram o ar de suas graças na etapa final. O primeiro lance de gol foi construído por insinuante tabela entre os dois. De maneira geral, os jogadores pareceram estar mais ligados. A entrada de Rodinei no lugar de Pará ajudou por tornar o time mais ofensivo diante de um adversário que sempre foi tímido em suas incursões pela nossa defesa. Quando o Boavista ensaiava crescer no jogo, Carpegiani lançou Vinicius Jr. no lugar de Lucas Paquetá. A torcida capixaba não gostou da saída do xodó da Nação e sua canhota nervosa, porém já pedia aos gritos a entrada de nossa milionária estrela.

Veio em boa hora o dinheiro da venda dos direitos federativos de Vinicius Jr., mas a cada jogo meu coração de torcedor lamenta mais a sua inevitável partida. Por mais que a entrada de qualquer acante tornasse o time mais arejado e ofensivo, as coisas são diferentes quando o menino entra em campo e desfila com seu exuberante talento. Seu futebol cheio de magia, alegria e criatividade transforma a monotonia em vibração e dá cores ao que está pálido. 

Não demorou e o Flamengo abriu o placar em um belo lançamento pelo alto de Diego para Réver, quando o zagueiro Kadu impediu que o passe de cabeça feito por nosso campeão alcançasse Henrique Dourado ou Vinicius Jr., porém ao mesmo tempo abriu o placar com um oportuno "gol contra". Furada a retranca bacaxaense, o jogo ganhou em fluidez e foi a vez de Everton Ribeiro dar um passe obsceno para Vinicius Jr. tocar de leve e tirar do goleiro, dando números finais à partida, em que pese a goleada haver se desenhado e parecer apenas questão de tempo.

***

A postura desse mesmo elenco nos jogos da Libertadores/2017 (à exceção do jogo no Nuevo Gasómetro) me dá certeza de que o jogo contra o River Plate será disputado em rotação bem mais rápida. Se funcionará serão outros quinhentos, inclusive porque até aqui o sistema defensivo não foi devidamente testado, embora sejam dignos de registro os esforços dos nossos meias nesse sentido. O mais importante é que as orientações de Carpegiani à beira do campo mostram que nosso treinador sabe exatamente aonde o time precisa evoluir. O novo esquema tático e os jogadores escolhidos para executá-lo pedem maior refinamento e cuidado na articulação ofensiva, especialmente nas trocas de passe. Carpa detectou o problema e pediu "mais calma", o que para mim significa jogar sem afobação, mas com inteligência. Futebol é um esporte que deve ser jogado com intensidade e entrega, o que é bem diferente do esforço inútil e impensado. Os esticões e chuveirinhos diminuíram e acho que o trabalho até aqui é muito positivo, mas ainda há muito o que melhorar com a posse de bola.

***

Carpa acertou na estratégia de lançar Vinicius Jr. contra uma defesa mais cansada, porém não falta muito para o garoto conquistar sua vaga de titular. Será mesmo que é Lucas Paquetá que precisa sair?

Outra dúvida é se estamos vivendo o verão das retrancas no futebol carioca ou está faltando "punch" ao nosso ataque. O que me dizem?

***

A estreia na Libertadores contra o River Plate se aproxima e o time teve poucos confrontos de maior envergadura, o que é indesejável, mas comum em início de temporada. Qual será a melhor estratégia: poupar contra Madureira ou Fluminense?

A palavra, como sempre, está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Boavista x Flamengo


Campeonato Estadual 2018 - Taça Guanabara - Final

Boavista: Rafael; Thiaguinho, Gustavo Geladeira, Kadu Fernandes e Júlio César; Willian Maranhão e Lucas Perdomo; Erick Flores, Fellype Gabriel e Cláudio Maradona; Leandrão. Técnico: Eduardo Allax.

FLAMENGO: César; Pará, Réver, Rhodolfo e Renê; Cuéllar; Éverton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá e Everton; HenriquDourado. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Data, Local e Horário: Domingo, 18 de fevereiro de 2018, as 17:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Estadual Kleber José de Andrade ou "Kleber Andrade", em Cariacica/ES.

Arbitragem: Rodrigo Nunes de Sá, auxiliado por João Luiz Coelho de Albuquerque e Wendel de Paiva Gouvêa.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Preparação











Irmãos rubro-negros,



a final da Taça Guanabara será disputada em Cariacica, ao preço módico e popular de R$ 200,00 o ingresso mais barato. Uma pechincha.

Tal como ocorreu na semifinal, o Flamengo tem a obrigação de vencer, mesmo se considerarmos que o jogo vale como preparação para a nossa estreia na Libertadores.

Eu me pergunto se não seria sensato aproveitar esses jogos do Carioca para testar o time que irá a campo no próximo dia 28, e que não terá Cuéllar entre os titulares, devido a suspensão de dois jogos do colombiano.

Mas eles devem saber o que fazem, é a frase que se repete, ano após ano.

De todo modo, só o fato de ter jogo do Mengão já torna o fim de semana mais agradável, ainda que seja por um campeonato deficitário e de apelo reduzido.

Pra cima deles, Mengão!


...


Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O carnaval é a maior caricatura

Findo o carnaval. Cujos resultados alguns descobrirão depois de 9 meses. Outros, ao menos na cidade do Rio de Janeiro, já os presenciaram durante o período. A cidade, "despoliciada" graças a uma combinação macabra de governo de Estado e prefeitura com, talvez, os piores governantes que uma região poderia ter, proporcionou que a bandidagem se aproveitasse, com uma onda de assaltos e violência em todas as áreas da cidade, particularmente na Zona Sul, a qual, por algum motivo, é "agraciada" com blocos que arrastam multidões em meio a áreas residenciais. A triste ironia é que este presente de grego, de uma administração pública falida e mal administrada, veio acompanhada por uma apunhalada no bolso do cidadão na forma de aumento brutal do IPTU, a qual o Ministério Público achou por bem autorizar como "estupro fiscal" no já sofrido cidadão da ex-cidade maravilhosa.

E que o Flamengo tem a ver com esta, literalmente, merda? Bem, o Flamengo é do Rio de Janeiro. E como tal, sofre em conjunto. A falta de efetivo policial, que se mostrou na partida do Independiente, também se mostrou no carnaval. O que faz com que qualquer partida decisiva disputada nesta cidade torna-se estressante e perigosa para todos. Pois não temos polícia seja qualificada ou em número suficiente, para suportar qualquer partida mais decisiva em outras fases. E por não termos, iremos jogar as duas partidas iniciais sem torcida, o que dificultará nossa trajetória em busca do Santo Graal, isto é, se classificar na fase de grupo da Libertadores. Algo que nos parece extremamente difícil. Ao menos agora não teremos de técnico um iniciante ou um estagiário desqualificado, como em 2014 e 2017. 

E para chegar ao Santo Graal o Flamengo se prepara no...carioquinha. Enfrentando "times" (entre aspas) de nível muito baixo. Como Botafogo, Nova Iguaçú, etc. Estes times testam o Flamengo em alguma coisa? Nada. Vamos ganhando, nem precisando jogar bem, e já estamos na final da Taça Guanabara contra o poderoso Boavista.

Deste modo o Carpegiani vai montando o time titular. Escolheu o 4-1-4-1. Boa ideia, acho eu, porém usar dois zagueiros lentos na linha inicial me parece temerário, pela cobertura de 1 volante apenas, e com Diego e Everton Ribeiro tendo que recompor sempre rapidamente. A parte defensiva do Flamengo me parece sempre no mode "precisando melhorar", mesmo contra estes ataques pífios dos adversários que enfrentamos. Laterais se perdem na marcação. A saída de bola fica bem concentrada no Cuellar, o que o torna bem "marcável" em times que optassem pela marcação mais alta.

Flamengo pode sofrer do efeito "PSG". Rei do campeonato francês, plebeu contra adversários de mais peso fora da França. Não é testado. É como o atleta que só faz treino de baixo impacto. Na hora do alto impacto fica perdido e cansado.

Como resolver isto? Se tal como o mito de Sísifo, somos obrigados a rolar esta pedra pesada (carioquinha) até o alto do barranco todo ano, até ela cair de lá. E isto se repetir ano a ano. Um carma, que o sistema arcaico do futebol brasileiro, espelho da política brasileira feita a base do compadrio e parasitas, obriga o Flamengo a participar ano após ano. Não há espaço para amistosos. Em tese poderia se resolver em parte o problema, caso o Flamengo tivesse um elenco de alto nível, a ponto de conseguir formar 2 times de qualidade que se enfrentassem em coletivos e treinos táticos. Com o time "B" variando o sistema tático e posicionamento de jogadores, simulando situações de jogo diferentes. 

E vamos formando o time titular assim, com o  Flamengo no carioquinha, em que há até comportamento patético de um clube, recusando-se a ganhar uma grana pelo estádio que aluga a um preço estranhamente bem irrisório, devido a comemoração de gol de um garoto de 17 anos, que o fez se sentir "ofendidinho". Flamengo, por isto, terá que jogar em Cariacica porque o Rio não tem estádio disponível e o Boavista aparentemente não aceita a Ilha do Urubu (como se sua meia duzia de torcedores fizessem diferença em algum lugar). 

O que é mais uma demonstração que convivemos com dirigentes amadores que não tem postura de presidentes e sim de torcedores. Este é o futebol brasileiro. Associados se reúnem e votam naquele "que se parece com eles". Dificilmente nestes casos é o mais competente. Se analisarmos bem, o mesmo se repete na política brasileira. Eleitores, na maioria das vezes, querem um espelho e não necessariamente o melhor. E políticos picaretas se aproveitam disso, são eleitos, e tal como raposas, fazem a festa no galinheiro, com corrupção de todos os tipos, colocando seus amigos e aliados em cargos decisivos, desde que repartam o "saque".

Vamos passando por isto e precisando ficar mais forte para suportar. Tanto no esporte como na sociedade em geral. Em meio a isto, o Flamengo precisa encontrar a melhor formação e funcionamento tático de seu time titular.  Libertadores está na porta já.