quinta-feira, 29 de junho de 2023

Flamengo 4 x 0 Aucas. Noite de Bruno Henrique



Na campanha medíocre que o Flamengo fez em seu grupo da Libertadores, no qual precisou do último jogo para garantir classificação, terminando em um melancólico segundo lugar, ao menos nesta partida Bruno Henrique brilhou. Depois de tanto tempo parado, com a torcida em dúvida sobre sua recuperação, BH liderou o time na vitória de 4 a 0, contando também, claro, com o precário sistema defensivo do adversário, que no primeiro tempo, inexplicavelmente, dava toda liberdade aos nossos meias, como se tivesse sendo treinado pelo Victor Pereira.

Foi um ótimo primeiro tempo. 3 a 0. Que poderia ser de mais. Flamengo ainda precisa muito aperfeiçoar as finalizações. Diferente dos jogos do campeonato Brasileiro que o Flamengo joga "por obrigação", nesta partida Flamengo evoluiu em campo com intensidade física e fome por construir resultado. 

É o famoso fenômeno Dr Jekyll e Mr Hyde que acomete o Flamengo semiprofissional do Landim, com sua gestão técnica e psicológica dos horrores.  O elenco escolhe o que quer disputar. E ao menos nesta partida contra o Aucas finalmente o elenco mostrou que sim, Libertadores está na pauta Dr Jekyll. Enquanto isto teremos partidas do Mr Hyde no Brasileirão, em que os jogadores cansadinhos e enfastiados podem tomar de 4 de um Bragantino e isto nem perturbar o soninho.

Ontem Flamengo jogou sem Gerson, nosso destaque de 2023 do meio de campo. E foi bem. Thiago Maia conseguiu mostrar um vislumbre daquele jogador que foi com Dorival e Victor Hugo fluiu bem no meio de campo. Everton Ribeiro e Arrascaeta foram muito eficazes. 

Pedro saiu do seu modo aéreo e ontem estava mais ligado em campo. Fazendo gols, dando bons passes e mostrando aos incautos que sim, Sampaoli pode jogar com centroavante sem que este sirva apenas de isca para jogadores que vem de trás. Como parecia até então.

No segundo tempo Gabriel Batista entrou e pareceu perdido em campo. Posicionamentos incorretos, movimentação terrível, não acrescentou nada. 

Enfim, Flamengo ganhou bem. A torcida ficou feliz. E nestes tempos difíceis  com o que ocorre extrafutebol isto é bom. Faz a mente relaxar por algumas horas. Agora aguardar no segundo pote ser sorteado para jogar contra o Atlético Paranaense. 


quarta-feira, 28 de junho de 2023

Flamengo x Aucas

 

Copa Libertadores da América/2023 - Grupo A - 6ª Rodada

Quarta-Feira, 28 de Junho de 2023, as 21:30h (USA ET 20:30h), 
no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.


FLAMENGOMatheus CunhaWesleyDaviLuizLéPereire Filipe Luís; ThiagMaiaVictoHugoEvertoRibeirDArrascaetaPedrBruno HenriqueTécnico: JorgSampaoli.


Aucas: Galíndez; Briones, Ángel, Cangá e Cuero; Quintero, Quiñonez, Vega, Cano e Otero; Castillo. Técnico: Santiago Escobar.

Arbitragem: Andrés Rojas, auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Sebastian Vela e Richard Ortiz, todos da FCF/Colômbia Quarto Árbitro: Bismarck Santiago (FCF/Colômbia). Árbitro de Vídeo (VAR): Nicolás Gallo (FCF/Colômbia). AVAR: Jorge Guzman (FCF/Colômbia). Assessor de Árbitros: Regildenia Moura (CBF/Brasil). Quality Manager: Patrício Polic (FFC/Chile).

Transmissão: Rede Globo (rede aberta ou Globoplay) Paramount+ (Internet streaming).

4 Anos Depois...

 

Salve, Buteco! No dia 28 de junho de 2019, vivíamos uma sexta-feira de expectativa pela estreia de Mister Jorge Jesus à frente do Mais Querido, em jogo-treino amistoso contra o Madureira, disputado no sábado, 29. 

Na quinta-feira, 27, o nosso amigo Flávio havia publicado o post intitulado 

"O profissionalismo de clube social": 

Flamengo é um clube semi-bilionário em termos de faturamento. Conseguiu esta façanha na base de um profissionalismo de qualidade, equipe de dirigentes amadores cônscios da necessidade de contar com bons profissionais para que a ideia de um clube organizado, financeiramente forte, administrativamente em evolução constante e por isto, muito competitivo, pudesse prevalecer. O sucesso desta iniciativa criou um Flamengo com recursos para, já no início de ano, contratar jogadores fortes como Gabigol, Bruno Henrique, Rodrigo Caio e outros. 

Evidente que sendo um clube social é sujeito a eleições, no caso, trienais, para escolhe de seus novos ou velhos dirigentes, na medida que tenham agradado ou não em gestão anterior. E isto tudo gera um compromisso eleitoral destes dirigentes perante a diversos grupos políticos ou associados mais influentes, que pode, dependendo do caso, comprometer a busca da excelência profissional na base do toma-lá-dá-cá, algo que temos que reconhecer que está no DNA do brasileiro, visto os exemplos em todas as instâncias governamentais possíveis.

Um clube social é um micro-cosmo da sociedade. Evidente que irá reproduzir ainda que em menor escala o que vimos por aí na formação de diversos governos. Conluios, populismos, parentadas, distribuição de cargos a pessoas incapazes, ou em demasia para poder acochambrar as promessas feitas e mesmo calar possíveis focos de oposição em caso de não-atendimento.

Temos então a demissão de bons profissionais. Que leva a desistência na permanência de outros bons profissionais. Tanto em permanecer como de vir. Ambiente sem meritocracia afeta toda e qualquer performance e o resultado disso ainda que não venha em curto prazo, virá em médio prazo e em longo prazo pode ter consequências severas. 

Mas como evitar isto? Não vejo saída. Associados são eleitores. Eleitores votam não necessariamente de modo racional. Muitos votam com raiva, no "voto em qualquer um menos neste". Outros votam em promessas sem qualquer sustentação ainda que teórica. Se um clube que conseguiu se reorganizar, se tornar administrativamente equilibrado, profissionalmente atraente e financeiramente forte ainda assim não consegue convencer o eleitorado da necessidade de isto continuar ainda que com novos nomes, não há o que fazer.

É aceitar que tudo que se construa se desmanche. Em nome do populismo, em nome da total falta de noção de profissionalismo construtivo. E a pedra de Sísifo que volte a rolar para baixo.

4 anos depois, a torcida anseia por um novo ciclo virtuoso, como aquele o  qual mal sabíamos que estava prestes a se iniciar.

E tome profissionalismo de clube social...

O tema da vez é o desagrado dos jogadores com a carga de treinos do técnico argentino. Como se o Flamengo não tivesse colhido uma sucessão de vexames no primeiro semestre, que vão desde a eliminação na semifinal do Mundial de Clubes, passando pela perda de um título no Maracanã para um clube equatoriano, humilhação com goleada na final do Estadual, derrota para time da Série D na Copa do Brasil e mais uma goleada (por que não, afinal?) no Campeonato Brasileiro.

"Treinar pra quê, e, e....Treinar pra quê e e

2 X REFRÃO
Treinar pra quê, se eu já sei o que fazer


Mas se hoje der praia.
Mas se hoje der praia eu vou pro Viajandão

Lá a cerveja é gelada e o pagode é muito bom

Cercado de segurança, com meu amigo
Animal.........(Animal...)

Vou azarar as gatinhas jogar um futevôlei e coisa e tal


2 X REFRÃO
Treinar pra quê, se eu já sei o que fazer

Mas teve o tal Luxemburgo..... Teve o tal Luxemburgo, o cara me aborreceu

Queria ser dono do time, queria mandar mais do que eu..

Chamei o Leite na fala e nem lhe dei explicação

Cortei o cara da fita peguei minha paquita e fui
curtir demontão

Ilariê...

2 X REFRÃO
Treinar pra quê, se eu já sei o que fazer


Eu vim da Vila da Penha. Eu vim da Vila da Penha e fui pra Espanha dar olé

Também fui rei na Holanda tem que aturar zé mané

Fui tetra em boa hora, eu disse que ia ser, não tenho culpa se o Baggio

2 X REFRÃO
Treinar pra quê, se eu já sei o que fazer"

Parte da torcida alimenta a esperança em jogadores cujo foco anda distante, tal qual o dos nossos dirigentes que planejaram a temporada/2023.

Gerir pra quê? Gerir pra quê? Se eu já sei o que eu vou fazer... 

Vender mais um e faturar mais de 1 bilhão, ganhar o Prêmio Itaú e tomar de 4 no Brasileirão...

Na teoria, o adversário de hoje é uma baba, mas qual será a programação dos donos do Flamengo para esta noite de crescente luar? 

Jogar ou apenas caminhar? Ou quem sabe o treinador fritar?

O Ficha Técnica subirá, como de praxe, as 19:00h, sem tardar.

E a palavra, como sempre, está com vocês para comentar.

Bom die SRa tod@s.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Imbróglio


Imbróglio
substantivo masculino
INFORMAL
  1. 1.
    estado de grande confusão; situação difícil; mal-entendido.

Salve, Buteco! Quinta-feira foi uma das noites mais surpreendentes da minha vida de torcedor. Não apenas pela acachapante goleada sofrida para o Bragantino, a qual "veio do nada" e não se resumiu ao placar de 0x4, mas sobretudo pelas estatísticas demonstrando que a catástrofe poderia ter sido muito, muito maior.

A crise entre elenco e Diretoria é cada vez mais notória. Entre setoristas e torcedores, acredito que ninguém mais negue que existe uma "bola dividida" a qual, no meu entender, está longe de se dar por conta do treinador da vez, já que cuida-se de uma mera repetição do que já aconteceu com Domènec Torrent, Paulo Sousa e Vítor Pereira.

Minha leitura de cenário é que o perfil de treinador europeu, com filosofia de jogo de posição ou a ela assemelhada, parte muito mais do presidente Rodolfo Landim do que do vice-presidente de futebol Marcos Braz, mas mesmo que não seja o caso, ou seja, que haja consenso entre ambos em torno desse perfil, é profundamente contraditório esperar que a filosofia seja implantada com o perfil de gestão do vice-presidente de futebol.

Estamos falando de um dirigente que, basicamente, é conhecido por "transitar no meio" ou "ser do meio", misturando-se com os jogadores em relações de amizade e angariando capital político, tanto internamente, no clube, quanto na política partidária, em eleições para o Poder Legislativo. Nada disso se aproxima remotamente da filosofia europeia de gestão profissional de futebol. Como então alguém pode achar que dará certo a mistura desses dois mundos?

As dificuldades começam pelo simples fato de nossa cultura de jogar futebol ser profundamente diferente da europeia, a ponto de os jogadores brasileiros que atuaram por muitos anos na Europa não se interessarem em implantar ideias aprendidas por lá, mas apenas em angariar status de europeu trabalhando à brasileira. 

É o tal negócio: ter jogado na Europa é muito conveniente em negociações de contrato, mas somente até a assinatura, após a qual é bem mais confortável a boa e velha boleiragem paneleira à brasileira. Logo, é simplesmente impossível implantar uma filosofia tão discrepante sem que o ambiente seja 100% favorável, o que exige completa profissionalização do setor, inclusive com total respaldo ao treinador, e não sua gestão por um amador.

Tudo piora com a horripilante fase das maiores estrelas do elenco, talvez não por coincidência justamente os jogadores mais próximos do vice-presidente de futebol, o responsável (com todo o mérito) por sua chegada ao clube em 2019: Gabriel Barbosa e Giorgian De Arrascaeta.

Hoje em dia, permito-me perguntar se a relação de custo x benefício de ambos ainda é proveitosa para o Flamengo (a do dirigente tenho certeza de que não é). Nenhum dos dois jogou absolutamente nada na temporada em curso e somente os fãs alucinadamente apaixonados ainda enxergam, sem qualquer ressalva, a motivação necessária e exigida para conquistar todas as maiores competições disputadas pelo clube. Antes demonstrassem o mesmo entusiasmo que exibem nas noites cariocas...

Desconfio que a crise atual seja mais delicada do que qualquer outra pela qual o futebol do clube atravessou desde 2019. É que, dessa vez, as duas maiores estrelas do elenco, umbilicalmente ligadas ao vice-presidente de futebol, transparecem estar insatisfeitas com o treinador escolhido pelo presidente, cuja multa rescisória, dizem, bate em torno de R$ 30 milhões.

Quarta-feira tem jogo. Perigoso. Fundamental para o resto do ano do clube.

Espero que os profissionais mais bem remunerados das três américas assumam sua responsabilidade e levem o Flamengo para as oitavas de final da Libertadores.

Não é pedir muito. Na verdade, é bem mais do que obrigação.

A palavra está com vocês.

Bom die SRa tod@s.

domingo, 25 de junho de 2023

Santos x Flamengo

  

Campeonato Brasileiro/2023 - Série A - 12ª Rodada

Domingo, 25 de Junho de 2023, as 18:30h (USA ET 17:30h), no 
Estádio Urbano Caldeira ou "Vila Belmiro", em Santos/SP.

Santos: João Paulo; João Lucas, Messias, Joaquim e Gabriel Inocêncio; Rodrigo Fernández, Dodi e Lucas Lima; Soteldo, Marcos Leonardo e "Speedy" Mendoza. Técnico: Claudiomiro (Interino).

FLAMENGOMatheus CunhaWesleyFabríciBrunoLéPereira e Ayrton Lucas; Pulgar, VictoHugoGérsoe EvertoRibeiro; Cebolinhe GabrieBarbosa. TécnicoJorgSampaoli.


Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (FIFA/GO), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Guilherme Dias Camilo (FIFA/GO) e Leone Carvalho Rocha (GO)Quarto Árbitro: Ilbert Estevam da Silva (SP). Assessor: José Mocellin (RS). Árbitro de Vídeo (VAR): Rodolpho Toski Marques (VAR-FIFA/PR). Assistentes VAR (AVAR) 1 e 2: Frederico Soares Vilarinho (MG) e Elmo Alves Resende Cunha (GO). Observador de VAR: Marcos André Gomes da Penha (ES).

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).

 

sábado, 24 de junho de 2023

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos,

Único comentário a ser feito sobre o ocorrido na quinta-feira é que restou mais uma vez demonstrado que o suposto “outro patamar” DESTE elenco não mais passa de falácia e que Guayaquil 2022 terá sido sua “última dança”.

Isto posto, segue mais um capítulo da série “Caminhos da Bola”. Dessa vez, com jogadores do Santos. Aliás, daqui a algum tempo essa lista poderá ser vigorosamente encorpada.

 

SÉRIE “CAMINHOS DA BOLA”

VIII

FLAMENGO - SANTOS

 

PARÁ (2015-2019)

Revelado pelo Santo André, integra o plantel que conquista a Copa do Brasil 2004. Anos depois, transfere-se para o Santos, onde se firma como titular absoluto da equipe que, entre outros títulos, ganha a Libertadores 2011. Ironicamente, seu caminho começa a se cruzar com o do Flamengo quando, em 2009, marca um gol contra no jogo que marca o fim de longo jejum rubro-negro sem vitórias na Vila Belmiro (2-1). Após boa passagem pelo Grêmio, Pará chega ao Flamengo, que o traz para repor a saída de Leonardo Moura. No entanto, desde o início Pará se mostra um lateral-direito esforçado, aplicado taticamente, mas com severas limitações técnicas e mesmo defensivas. Mesmo assim, o Flamengo o contrata em definitivo, em troca de antiga dívida do Grêmio com o clube, o que irrita a torcida. Em 2016, com Zé Ricardo, vive seu melhor momento, mesmo com a contratação de Rodinei. Mas jamais consegue convencer plenamente (o hábito de marcar gols contra as próprias redes é especialmente enervante), e suas limitações se tornam mais evidentes com o aumento gradual do nível técnico do elenco flamengo. Em 2019, é expulso no jogo crucial contra o Peñarol-URU, quase complicando a sofrida classificação rubro-negra na Primeira Fase da Libertadores. Pouco depois, acerta seu retorno ao Santos. Hoje está sem clube, após ter defendido a Portuguesa-SP.

 

GUSTAVO HENRIQUE (2020-2022)

Zagueiro sólido e especialista em bolas altas (faz muitos gols de cabeça, sendo arma ofensiva mortal), embora um tanto lento, projeta-se no Santos, onde estreia como profissional em 2013. Integra uma geração talentosa que, sob Dorival Júnior, chega ao Vice-Campeonato da Copa do Brasil 2015 e conquista dois Estaduais. No entanto, sofre com crônicos problemas de joelho, que causam longos períodos de inatividade, o que inviabiliza uma transferência para a Europa. Em 2020, não renova o contrato com o Santos e vai defender o Flamengo. Seu início, com Jorge Jesus, é positivo, participando da rotação do elenco e contribuindo com boas atuações e até gols. Mas, após a saída do “Mister”, sofre com esquemas defensivamente frágeis e começa a falhar sistematicamente, como no empate com o Racing-ARG que elimina o Flamengo da Libertadores 2020 e, particularmente, na derrota para o São Paulo no Maracanã pelo Brasileiro 2020, o que o faz ser perseguido e hostilizado pela torcida. Em 2021 dá a volta por cima, exibindo mais segurança e chegando a se firmar como titular. Marca contra a LDU-EQU, nos descontos, o gol que classifica o Flamengo para a Segunda Fase da Libertadores 2021. No entanto, volta a conviver com lesões no início do ano seguinte e, com as contratações de Fabrício Bruno e Pablo, é negociado com o Fenerbahçe-TUR, clube que atualmente defende.

 

MÁRCIO ROSSINI (1989)

Destaca-se no Marília, chegando ao Santos em 1980. Após início irregular, Márcio Rossini se firma na zaga praiana, exibindo um futebol de alguma técnica, mas particularmente vigoroso e físico, por vezes até violento. Vive seu grande momento em 1983, quando ganha uma Bola de Prata pelo Brasileiro (em que o Santos chega ao Vice-Campeonato) e se torna titular da Seleção Brasileira de Carlos Alberto Parreira (escolha que faz muitos torcerem o nariz). Em 1989, após defender o Bangu, Márcio chega ao Flamengo por indicação de Telê Santana, buscando repor as saídas de Aldair e Zé Carlos II, negociados com o futebol europeu. Seu estilo físico não convence a torcida rubro-negra, acostumada com jogadores mais técnicos, mas ainda assim Márcio Rossini segue como titular no início do Brasileiro, no esquema de três zagueiros que Telê tenta implantar. Com a queda do treinador e a chegada de Valdir Espinoza, o defensor perde espaço, sendo poucas vezes utilizado. No início de 1990, volta para o Santos. Encerra a carreira em 1995 no mesmo Marília onde deu seus primeiros passos.

 

MARCOS ASSUNÇÃO (1998)

Em 1996 desembarca na Vila Belmiro, após ser revelado pelo Rio Branco-SP. Seu futebol técnico, de um chute venenoso e impressionante precisão em cobranças de falta (chega a marcar três num só jogo, um 3-3 contra o Bahia, em 1998) o tornam um dos principais talentos emergentes do futebol brasileiro, o que lhe rende uma convocação à Seleção Brasileira. No entanto, muito jovem, começa a oscilar e, em meados de 1998, é emprestado ao Flamengo, numa troca que também envolve a ida do atacante Caio para a Gávea e a cessão, ao Santos, de Athirson e Lúcio. A fama de indolente inicialmente causa desconfiança, mas Marcos Assunção se firma rapidamente no rubro-negro, mostrando uma qualidade técnica não muito comum nos meias do Flamengo da época. Titular absoluto, é um dos poucos a serem preservados pela torcida em um ano particularmente ruim. Na arrancada final do Brasileiro 1998, em que o Flamengo quase consegue uma milagrosa classificação aos matamatas, marca um belo gol de falta, que abre o caminho para a goleada histórica sobre o badalado Corinthians de Luxemburgo (4-1). No final do ano, o Flamengo tenta mantê-lo, sem êxito, e Marcos Assunção é devolvido ao Santos, sendo logo depois negociado com a Roma-ITA. Em 2016, após rodar por vários clubes (com algumas passagens marcantes, como no Palmeiras), encerra a carreira.

 

ELANO (2014)

Estreia nos profissionais do Santos em 2001, após ser revelado no interior paulista. Meia intenso, de grande fôlego e um chute potente, explode na campanha do título brasileiro de 2002, que o Santos conquista de forma surpreendente. Em 2005 (após ganhar outro Brasileiro, no ano anterior), transfere-se para a Europa, onde é relativamente bem-sucedido. No entanto, em 2011 resolve voltar ao Brasil, sendo repatriado pelo Santos, onde faz parte do time que ganha a Libertadores. No entanto, a séria lesão sofrida na Copa do Mundo 2010 (em que jogava como titular) demarca o início de seu declínio, e em 2012 Elano é transferido para o Grêmio. No início de 2014, o Flamengo, buscando qualificar seu plantel para a Libertadores, traz o jogador por empréstimo junto aos gaúchos. Mas Elano, após um início até razoável (marca belo gol de falta nos 3-1 sobre o Emelec-EQU), não consegue manter uma sequência aceitável de jogos, minado por nítida limitação física, e começa a ser perseguido pela torcida, indignada pela eliminação no torneio continental e pelo início vexatório no Brasileiro. Precisando abrir espaço na folha para reforçar o elenco, a Diretoria do Flamengo antecipa a devolução de Elano ao Grêmio, ainda em 2014. Em 2016, após retornar novamente ao Santos, encerra a carreira.

 

CLÉBER SANTANA (2012-2013)

Após se destacar no Sport e no Vitória, chega ao Santos em 2006, egresso do futebol japonês. Meia elegante, de toque refinado e grande facilidade em marcar gols, não demora a agradar a torcida praiana, de quem se torna ídolo ao marcar o gol do título estadual, quebrando longo jejum. No ano seguinte, além de conquistar o Bicampeonato, ainda é o destaque da competição, o que lhe rende uma transferência para o Atlético Madrid-ESP. Em 2012, o Flamengo, vivendo um momento de caos político e correndo risco de rebaixamento, acerta a vinda de um pacote de reforços, trazendo Cléber Santana do Avaí, numa transação que também envolve a vinda do zagueiro Renato Santos. A contratação já se mostra acertada na estreia, em que Cléber Santana marca um gol em difícil vitória (2-1) sobre o Atlético-GO, no Serra Dourada. O Flamengo escapa do descenso com relativa tranquilidade, mas o turbulento início de 2013, com várias trocas de treinadores, impede que Cléber mantenha uma sequência regular de atuações. A Diretoria, diante da instabilidade do jogador, propõe sua devolução ao Avaí em troca de uma dívida com os catarinenses, que aceitam o negócio. Em 2016, é uma das vítimas fatais do acidente aéreo em que estava o elenco da Chapecoense, clube em que voltava a mostrar bom futebol.

 

ALAN PATRICK (2015-2016)

Meia extremamente técnico e habilidoso, embora não muito intenso, é considerado o “novo Ganso” quando estreia pelo Santos, em 2009. Permanece no alvinegro até 2011, fazendo parte de diversas conquistas no período, entre elas uma Libertadores, sendo negociado com o Shakhtar Donetsk-UCR. No entanto, a difícil adaptação inicial faz com que Alan Patrick seja emprestado a alguns clubes brasileiros, entre eles o Palmeiras, em 2015. No entanto, o mau rendimento no alviverde faz com que o meia tenha seu empréstimo repassado ao Flamengo, junto com o lateral Ayrton, em troca do atacante Alecsandro. No rubro-negro, o meia encaixa-se muito bem, entregando um nível de qualidade do qual o time se ressentia, e suas atuações ajudam o Flamengo a chegar a flertar com o G-4 do Brasileiro 2015. No entanto, o time cai de produção, e o caso do “Bonde da Stella”, em que Alan Patrick está envolvido, sepulta qualquer perspectiva de uma temporada melancólica. No ano seguinte, após ficar praticamente fora dos planos, Alan Patrick se recupera com a chegada de Zé Ricardo e se mostra um reserva útil, contribuindo com boas atuações na campanha que leva o Flamengo de volta à Libertadores. No início de 2017, o Flamengo chega a considerar permanecer com o jogador, mas o Shakhtar exige seu retorno. Atualmente defende o Internacional.

 

DIEGO (2016-2022)

Meia muito talentoso, capaz de encaixar passes cortantes, com extrema facilidade para finalizar e ainda apto a exercer funções defensivas, consolida-se como titular em 2002, num Brasileiro que seria utilizado para a montagem de um time de jovens, mas que encaixa tão bem que o Santos acaba conquistando o título. Diego ainda permanece no Santos até 2004, quando sai no meio da temporada e de um Brasileiro que o alvinegro novamente ganha, indo atuar no Porto-POR. Em 2016, o Flamengo deseja contratar um nome de peso para dar continuidade ao processo de fortalecimento de seu plantel, e enxerga ótima oportunidade em Diego, que deseja voltar ao Brasil após sólida trajetória em campos europeus. Depois de tensa negociação com o Fenerbahçe-TUR, Diego chega ao Flamengo e no desembarque é ovacionado pela torcida. E já estreia com grande atuação, marcando um gol na vitória sobre o Grêmio (2-0), em Brasília. Como esperado, a chegada de Diego qualifica vertiginosamente a equipe, que chega a brigar pelo título do Brasileiro 2016. No entanto, no início de 2017, quando vive fase deslumbrante, sofre séria lesão no joelho contra o Atlético-PR pela Libertadores, que o alija do restante do torneio continental (lesão que muitos consideram ter sido fator decisivo para a eliminação rubro-negra). e da reta final do Estadual, ganho pelo Flamengo. No entanto, o time não consegue conquistar mais nenhum título no ano, e Diego é um dos responsabilizados pelos fracassos, após perder pênaltis em jogos importantes (2-2 Palmeiras pelo Brasileiro, e na Final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro). No ano seguinte, seu desempenho começa a cair, e o questionamento de parte da torcida se torna mais forte. Chega a ser barrado por Dorival Jr na reta final do Brasileiro, e pela primeira vez cogita sair do clube. Em 2019, o Flamengo monta um elenco fortíssimo, mas Diego segue como titular sob o comando de Abel Braga, que conquista o Estadual. Entretanto, no início do trabalho de Jorge Jesus, volta a perder um pênalti decisivo (dessa vez, contra o Atlético-PR, na Copa do Brasil) e, para piorar, sofre lesão gravíssima contra o Emelec-EQU, que quase encerra prematuramente sua carreira. De forma espetacular, consegue se recuperar a ponto de participar do final da temporada e, como uma espécie de “prêmio”, dá a assistência para Gabigol marcar o gol do título da tão sonhada Libertadores. Nos anos seguintes, vive irreversível processo de declínio, embora se mostre importante na reta final do Brasileiro 2020, que o Flamengo conquista. No final de 2022, após se mostrar mais útil fora do campo do que atuando, e assim participar da conquista de mais uma Libertadores, encerra sua vitoriosa carreira.

 

GEUVÂNIO (2017-2018)

Inicia sua trajetória no Santos em 2012, mas somente dois anos depois começa a se destacar com gols e assistências, notadamente no Estadual, em que o alvinegro perde a Final para o Ituano. Meia de bom porte físico que atua aberto pelos lados, com facilidade para finalizar e marcar gols, mantém o bom nível durante o Brasileiro 2014. O ano seguinte parece ser o de consolidação, sensação reforçada com o título paulista, mas uma série de lesões atrapalha sua trajetória. Ainda assim, é importante na campanha do talentoso time que fica com o Vice da Copa do Brasil 2015. Em 2017, o Flamengo resolve apostar em seu futebol e o traz, por empréstimo, do futebol chinês. No entanto, no rubro-negro mostra um jogo lento e de baixa intensidade, o que gera rejeição de uma torcida já impaciente com os insucessos da temporada. A situação não melhora na temporada seguinte, em que seu “grande” momento é o apito final do árbitro no momento exato em que iria marcar o gol que daria a vitória contra o Santa Fé-COL, em Bogotá, pela Libertadores. Sempre como coadjuvante e sem conseguir aproveitar nenhuma das oportunidades que recebe, ao final do empréstimo vai embora sem deixar saudades. Hoje defende o Ituano.

 

CLÁUDIO ADÃO (1977-1980, 1983)

O típico “camisa 10” de origem, ainda na base do Santos é aconselhado a atuar como centroavante, por conta de sua impressionante capacidade de marcar gols. E é mais adiantado que estoura já no seu primeiro ano como profissional, quando é bastante utilizado na campanha do título paulista de 1973 (que é dividido com a Portuguesa). Tido como joia, é apontado como possível “sucessor de Pelé”. Em 1975, começa a chamar a atenção do país, exibindo números impressionantes no Paulista e no Brasileiro, o que lhe vale uma convocação para a Seleção que disputa os Jogos Pan-Americanos. No entanto, no ano seguinte sofre grave lesão (fratura a perna e rompe os ligamentos do joelho no mesmo lance), e a demora na sua recuperação gera incertezas quanto à continuidade de sua carreira. O Flamengo, precisando dar mais experiência e rodagem à sua equipe jovem, resolve apostar no atacante e o contrata, em meados de 1977. E logo o investimento se justifica. Em um de seus primeiros jogos oficiais, Adão marca os dois gols da vitória sobre o Fluminense (2-0) pelo Estadual 1977, sendo um deles antológico, num belíssimo chute de curva, e sai ovacionado do Maracanã. Tem início uma passagem marcada por gols, gols e mais gols, em que Cláudio Adão forma uma primorosa dupla de ataque com Zico, que rende um categórico e avassalador Tricampeonato Estadual para o Flamengo. No entanto, quando o rubro-negro parece pronto para voos mais altos, Cláudio Adão se desentende com o Treinador Cláudio Coutinho e, no início de 1980, é emprestado para o Botafogo, sendo posteriormente repassado ao Fluminense, dando início a uma impressionante carreira de “andarilho da bola”, onde passa por vários clubes de expressão do País. Ainda volta ao Flamengo durante o Estadual 1983 (emprestado pelo Al Ain-EMI), mas sem destaque. Pendura as chuteiras atuando pelo Volta Redonda, clube de sua cidade natal.

 

JOÃO PAULO (1984)

Ponta-esquerda veloz e capaz de bater muito bem na bola, chega ao Santos em 1977, revelado pelo São Cristóvão-RJ. Já no ano seguinte, ganha a posição de titular, integrando com outros jovens talentosos o time conhecido como “Os Meninos da Vila”, que conquista o Campeonato Paulista 1978. Segue em ascensão e se consolida como um dos principais atacantes do país, o que faz com que seja convocado de forma recorrente à Seleção Brasileira. Em 1984, o Flamengo enfim realiza um desejo antigo e contrata o jogador para a disputa da Libertadores. No entanto, João Paulo não consegue se impor à concorrência de Lico, e após algumas atuações apagadas é barrado. A ascensão de Bebeto (e consequente deslocamento de Adílio para a esquerda) aumenta a pressão sobre João Paulo, que assume um papel coadjuvante incompatível com o investimento feito pelo clube. Após a eliminação no Brasileiro e na Libertadores, João Paulo é negociado com o Corinthians, onde recupera o bom futebol. Encerra a carreira em 1992, no Náutico, após breve retorno ao Santos.

 

LINKS CAPÍTULOS ANTERIORES

Parte I: Flamengo – Corinthians

Parte II: Flamengo – Fluminense

Parte III: Flamengo –Internacional

Parte IV: Flamengo – Botafogo

Parte V: Flamengo – Cruzeiro

Parte VI: Flamengo – Grêmio

Parte VII – Flamengo – Vasco


quinta-feira, 22 de junho de 2023

Bragantino x Flamengo

  

Campeonato Brasileiro/2023 - Série A - 11ª Rodada

Quinta-Feira, 22 de Junho de 2023, as 21:30h (USA ET 20:30h), no 
Estádio Nabi Abi Chedid ou "Nabizão", em Bragança Paulista/SP.


Bragantino: Lucão; Eduardo Santos, Luan Patrick e Juninho Capixaba; Jadsom, Matheus Fernandes, Lucas Evangelista e Eric Ramires; Henry Mosquera, Eduardo Sasha e Vitinho. Técnico: Pedro Caixinha.

FLAMENGOMatheus CunhaFabríciBrunoDaviLuiLéPereiraWesleyThiagMaiaGérsonÉvertoRibeiroDArrascaetCebolinhaPedroTécnico: JorgSampaoli.


Arbitragem: Anderson Daronco (FIFA/RS), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Maurício Coelho Silva Penna (RS) e Thiaggo Americano Labes (SC)Quarto Árbitro: Ilbert Estevam da Silva (SP). Assessor: Adriano de Carvalho (TO). Árbitro de Vídeo (VAR): Pablo Ramón Gonçalves Pinheiro (VAR-FIFA/RN). Assistentes VAR (AVAR) 1 e 2: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e André Luiz de Freitas Castro (GO). Observador de VAR: Alício Pena Júnior (MG).

Transmissão: Premiere (sistema pay-per-view).

 

A violência


"Nos deram espelhos e vimos um mundo doente"
Renato Russo

A identificação do torcedor com seu time de futebol gera, além de alegrias, muitas tristezas e frustrações. E muitos torcedores canalizam estas frustrações para a violência. Uma maneira simples e rápida de externar seus recalques perante a vida. Temos, portanto, torcedores em comportamentos marginais, com as benções do Estado, invadindo e quebrando Centros de treinamento, hotéis, residências, campos de futebol e seus entornos. 

Como se fosse uma nuvem de gafanhotos torpes.  

Para o Estado isto é bom. A massa de indivíduos ao invés de canalizar suas frustrações contra a corrupção, desmandos jurídicos, executivos e parlamentares, se voltam contra clubes de futebol ignorando que o esporte não é uma ciência exata. Do outro lado há o adversário. E de seu próprio lado há jogadores bem ou mal orientados taticamente, bem ou mal preparados fisiologicamente. Fora a questão da motivação emocional de cada um. No quadro em que o profissional vive em constante ameaça qual o interesse que ele teria em permanecer? Qual interesse geraria em outros profissionais virem trabalhar no clube? A violência da torcida é uma faca enfiada em si mesma.

Se é que boa parte deste segmento brutalizado da sociedade efetivamente sejam "torcedores". Porque não duvido que muitos, senão a maioria destes seres torçam mais pela oportunidade de exercer violência do que ao clube em questão. Visto que fora deste arquétipo de "torcedor de futebol", qual a oportunidade que estes indivíduos têm em ofender, lançar bombas, agredir terceiros e nada lhes ocorrerem e ainda terem os aplausos de uma multidão que não só aplaudem como cobram estes tipo de iniciativa frustrados também porque seu time "não vai bem"?

Então há os torcedores que efetivamente partem para a ação violenta e há os torcedores que se escondem sob uma capa de "pessoa do bem" mas na verdade apelam para que esta violência seja cometida por terceiros para compensar as próprias frustrações. Qual a diferença de um e de outro a não ser o grau diferente de covardia?

Preguem melhor administração de seus clubes, critérios de arbitragem mais transparentes, gramados adequados para o jogo, contratações mais efetivas, treinamentos mais científicos, psicólogos para os jogadores, salários pagos em dia, trocas de passes mais certeiras, finalizações mais precisas advindas de treinamentos mais intensos. Mas tudo depende do resultado. Se o resultado é bom apesar de por dentro estar em ruínas o torcedor fica feliz. Se o resultado começa a acompanhar a ruína já instalada por dentro, então o torcedor se enraivece. Sempre "pego na surpresa". Porque o futebol embora cause esta identificação é visto de forma emocional e não racional.  

Agora jogador de futebol profissional no Brasil tem que discutir sua motivação de jogo com pessoas brutais e emocionais, muitas delas com passado e presente criminosos, que invadem seus espaços de trabalho, de entretenimento, suas horas com a família, para verem colocarem dedos na cara e aguentarem ofensas, ameaças e empurrões. Porque o dirigente permite isto. E permite porque se não permitir ele e sua família passam a ser alvo. E todos queremos que os alvos sejam os outros. Não é mesmo?

E a imprensa? Sempre a criticar a violência, exibe as cenas de violência continuamente porque lhes garante visibilidade, clicks, audiência. Sempre a criticar o comportamento da torcida, cobre entusiasticamente todas invasões de torcedores nos gramados, estádios e CT´s. E você torcedor? Quando seu time está mal não deseja também que haja uma pressão virulenta contra os jogadores? Que invadam aeroporto e empurrem e xinguem os jogadores? 

Enfim, como sempre, pensamos que o problema está nos outros e nunca dentro de nós mesmos.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Checkpoint Brasileirão 2023 - Bloco 3

Olá Buteco, bom dia!

Como bem descreveu o Gustavo na coluna de ontem, voltamos à maratona! A partir de agora, encararemos nova sequência de jogos domingo/quarta/domingo, num cenário em que as duas Copas começam a afunilar e o Brasileirão caminha para a definição dos times que realmente disputarão o título. Ao final do 1º turno, apenas por duas vezes (entre elas o Flamengo 2009, sempre bom lembrar!) um time conseguiu tirar diferença igual ou maior que 9 pontos.

Há algum tempo, tenho insistido na tese de que 10 pontos a cada grupo de 5 jogos podem não ser suficientes para o título. É o mínimo que se pode fazer para tentar chegar lá, mas o ideal é conseguir 11 pontos em 15. Parece uma variação boba, mas lá na Rodada 35 pode ser a diferença entre chegar com 70 pontos (provavelmente em segundo, lutando para chegar no líder) e chegar com 77, provavelmente com o caneco encaminhado.

Nosso primeiro bloco foi muito ruim, resultado do péssimo planejamento para a temporada, que culminou em outra troca de treinador no início do Brasileirão. Com Sampaoli ainda buscando um melhor conhecimento do elenco, só ganhamos de Coritiba e Goiás, com derrotas para Inter, Botafogo e Athletico-PR. Felizmente, conseguimos nos recuperar rapidamente e fizemos a melhor campanha do Bloco 2, com 4 vitórias (Bahia, Corinthians, Vasco e Grêmio) e 1 empate (Cruzeiro), o que nos levou ao 3º lugar atual. 

Próximo bloco começa com dois jogos fora de casa nessa semana, Bragantino e Santos. Apesar de jogarmos como visitantes, esses jogos tendem a ser menos difíceis do que os que vem na sequência: o bom time do Fortaleza, o duelo-chave do 1º turno contra o Palmeiras e mais um Fla x Flu. Para chegarmos aos 11 pontos do check (e lembrando que ainda estamos devendo 3...), entendo que precisamos de 3 vitórias nesses próximos 3 jogos. Conseguindo, presume-se que estaremos disputando a liderança da competição no clássico contra o Palmeiras, na 14ª rodada. 

Em todo caso, o fato de serem os jogos menos difíceis não significa que serão fáceis. Desde que o Bragantino retornou à Série A, agora representando a Red Bull, o Flamengo não conseguiu vencê-los jogando em Bragança: pelos campeonatos de 2020 e 2021, dois empates em 1x1. Ano passado, derrota de 1x0. E contra o Santos, na Vila Belmiro, é sempre jogo complicado, embora estejamos nos dando bem nos últimos anos. 

Campeonato Brasileiro não tem jogo fácil. Mas agora é o momento de aproveitar a boa fase e o “refresco” de um jogo quase de cumprir tabela pela Libertadores, para chegarmos à liderança. Mais à frente, o cenário será muito mais difícil. 

Vamos Flamengo!!! 

Saudações RubroNegras!!!