sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A Maior e Melhor Torcida do Mundo









Irmãos rubro-negros,



Embora já sem chances de título, a torcida do Clube de Regatas do Flamengo vai lotar o Maracanã mais uma vez.

É a maior e melhor torcida do mundo e o Flamengo é o mais amado dos clubes.

Na vitória ou na derrota, na alegria ou na tristeza, uma vez Flamengo, sempre Flamengo. 








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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.


quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O Futebol Profissional. Como penso.

Estamos chegando, enfim, ao dia da eleição no Flamengo dia 08 de dezembro. E, mais uma vez, o debate sobre propostas fica em segundo plano, com as chapas preferindo o ataque entre si. Em meio a este tiroteio, cheguei a conclusão que há, entre as chapas que realmente disputam, duas filosofias de propostas para o futebol. Uma mais amadora, preferindo a montagem de um conselho de dirigentes amadores para chegar a decisões inclusive operacionais no Departamento, o que, claramente, pode conflitar com as decisões especializadas e técnicas tanto do Diretor Executivo como da Comissão Técnica. Não é um modelo que me agrade. Do outro lado, a proposta de investir na melhoria do setor de análise e captação, assim como na contratação de uma coordenação técnica, para fundamentar o estilo de jogo, facilitando contratações e mesmo, penso eu, tornar o processo decisório em termos táticos e operacionais mais balizadas, ainda que o VP de futebol tenha aquela "palavra final", não-especializada e por isto, ao meu ver, temerária. 

Como então seria, na minha opinião, o funcionamento ótimo de um Departamento Profissional de Futebol? Lembrando que isto é apenas um exercício teórico. 

O Flamengo tem um estatuto para obedecer. E neste estatuto o sistema é presidencialista. Logo, temos um Presidente. Este Presidente, tem um vice-presidente geral, eleito junto com ele, e nomeia livremente seus vice-presidentes, podendo criar mais pastas se quiser. São cargos voluntários não-remunerados. Normalmente o presidente escolhe como VP´s pessoas que tenham expertise nas áreas. Mas não é obrigação. São cargos eminentemente políticos. O dever deles é zelar pelo ótimo funcionamento das áreas em que são dirigentes, e planejar estratégias para melhorias e acertos de erros. Só que o Flamengo é um clube eminentemente voltado para o futebol. Quase todos seus recursos são dirigidos para este departamento. O que fez, historicamente, faltar recursos para avanços em outras áreas, muitas vezes obrigando estes VP´s a intervenções operacionais. Com o clube mais profissionalizado, com mais recursos, este tipo de ocorrência deve ficar cada vez menor, cuidando o VP de cobrar ao executivo de sua área o cumprimento das metas pré-estabelecidas e garantir politicamente os recursos para estas ocorrerem.

E quanto ao futebol? Temos a figura do VP de Futebol. Quase o peso de um presidente do Flamengo, embora não eleito. É nomeado. Mas na mídia, nos torcedores, no clube, adquire status bem elevado. É o responsável pela pasta que move o coração da grande maioria. Diante deste status, do poder que isto gera, pode pensar em uma participação mais operacional, mesmo que precária, pois, lembramos, é amador, não-especializado, com tempo não totalmente dedicado,  e com uma visão de futebol romântica de seus tempos de torcedor. Desconhecendo as entranhas do sistema, ou, "de como é feito, afinal, este salame". Não é fácil. O conhecimento adquirido, que envolve agentes, contratos, jogadores, profissionais, não pode ser divulgado, falado em público, etc. Deve ser mantido em segredo, o que faz com que muitas decisões, que para os olhos do público soam absurdas, são perfeitamente justificáveis através deste conhecimento que não pode ser divulgado, embora por vezes, tentem dizer nas entrelinhas. E isto demora tempo. Acarreta decepções e frustrações. Embora sirva por vezes como combustível para tentar melhorar estas condições.

Enfim, como dirimir isto? Primeiro. Um VP de Futebol não deveria cuidar do operacional. Seu Diretor Executivo de Futebol deve se tornar a cara do departamento, com responsabilidade tática e operacional sobre todos os funcionários do Departamento. Como as decisões de um departamento de Futebol não são só operacionais, como técnicas e esportivas, seria mandatório a contratação de uma coordenação técnica, que tomasse estas decisões. Esta coordenação técnica seria responsável por preservar o sistema de jogo adotado pelo clube,o qual facilitaria a contratação de comissões técnicas que fossem identificadas como passíveis de não só respeitá-lo como aprimorá-lo, e consequentemente a contratação de jogadores que pudessem suprir adequadamente as necessidades táticas e técnicas deste sistema. Evitando a contratação de jogadores inadequados, mesmo que por "oportunidade".  

Diante da presença constante do Flamengo em grandes competições, o planejamento ideal seria suprir o Flamengo de Time A + Time B. O Time A para enfrentamentos decisivos e partidas contra times maiores. Meta de jogar apenas uma vez por semana. O Time B para enfrentar times de menor porte, com obrigação de vencer, preservando fisicamente e psicologicamente o Time A. Um elenco de 38 jogadores em tese, poderia suprir esta necessidade.

A comissão técnica deveria constar de: Um técnico principal, que seria auxiliado por: Auxiliar técnico Time B, Auxiliar técnico de defesa, auxiliar técnico de ataque, auxiliar técnico de fundamentos, analistas táticos dos próximos adversários (chegando a viajar p/ver em atuação in loco), e um auxiliar direto, também para treinos. O Flamengo, junto a este conceito de filosofia de jogo, formaria estes profissionais e capacitaria auxiliares técnicos para serem futuros treinadores, atuando em parcerias junto a outros clubes para cedê-los como técnicos, acompanhando seu desenvolvimento e performance, avaliando se podem ser aprimorados com cursos na área, mesmo na UEFA, ou retirados do programa. O objetivo é formar comissões técnicas futuras para funcionarem adequadamente no sistema de jogo do Flamengo, que, seria, em todo caso, constantemente adaptado para acompanhar evoluções táticas recentes.

As contratações atenderiam as solicitações da comissão técnica com o aval da coordenação técnica e diretor executivo, dentro do orçamento permitido. As vendas também atenderiam ao orçamento e também ocorreriam com o aval da comissão técnica, coordenação técnica e diretor executivo. Ao VP de Futebol caberia o papel político de solicitar aumento de verba, cobrar as metas estipuladas junto a Direção Executiva e aparecer para a mídia e associados como representante da torcida e associados junto ao departamento. Mas, deixando claro, que as decisões táticas e operacionais são do Diretor Executivo. Ele que manda e é obedecido no Departamento. Caberia ao VP e mesmo presidente, quando necessário, se reunirem com profissionais e jogadores, em discursos de cobrança ou mesmo motivacionais, desde que previamente combinados com Diretor executivo para não lhe retirar a autoridade.

Um departamento de futebol que mescla amadorismo com profissionalismo não me parece opção para o futebol do século XXI e hoje super competitivo, a ponto de nossos melhores valores saírem facilmente para centros mais valorizados. Para evitar isto e reter talentos e valores, temos que pensar profissionalmente. Reunir sempre as melhores condições estruturais, médicas, contratuais, logística, financeira, etc para que o clube vire objeto de desejo da maioria dos jogadores e se esforcem demais para não saírem daqui. Também defendo que jogadores que não conquistarem títulos relevantes, independente de suas atuações, não podem ter o contrato renovado. Jogador no Flamengo tem que ganhar título. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Alfarrábios do Melo


Quando a primeira conquista chegar, tenho certeza que muitas outras virão (…) O Flamengo está preparado para alcançar títulos” - JÚNIOR, Dorival, 25 de novembro de 2018.

Na hora que a gente acertar, o Flamengo vai ganhar tudo e sempre. Vai ganhar pra caramba. Estamos construindo um Flamengo forte, mas não chegamos lá ainda” - LUZ, Fred, 11 de outubro de 2017.

Falar só por resultados não é o melhor caminho” - MOZER, J.Carlos, 31 de outubro de 2017.


1 – Temporada se inicia com treinador medalhão que já viveu dias melhores;

2 – Medalhão não faz bom trabalho e sai;

3 – Substituto assume como interino. Jovem, promissor, antenado, receptivo às ferramentas modernas;

4 – Como bom interino, o jovem cai nas graças do elenco (aka "panela") e os jogadores começam a correr pra ele;

5 – Os primeiros resultados vêm. A Diretoria se empolga. “Temos um treinador para vários anos”;

6 – O interino é efetivado;

7 – Começam a surgir os problemas. O time perde produção. Inexperiente, o “estagiário” não consegue reverter a queda. E se abraça ainda mais fortemente aos líderes do elenco;

8 – Os resultados ruins chegam a níveis insustentáveis. Mesmo assim, a Diretoria insiste em adiar o inadiável, perdendo tempo e pontos preciosos;

9 – A ruptura se dá após uma derrota emblemática, vexatória, inapelável. E o “interino-estagiário-jovem-promissor” enfim é demitido;

10 – Assume um sucessor muito mais experiente. Que quase de imediato melhora o rendimento e os resultados da equipe. Mas aí já é tarde.

2016? 2017? 2018?

Processos. Resultados consistentes. Previsibilidade.

O clube hoje está sendo gerido de maneira profissional (…) Agora, o dia a dia do Flamengo é totalmente tocado por profissionais. Acho que esse é o segredo do sucesso do Flamengo”. - MELLO, Eduardo Bandeira, 23 de agosto de 2018

Boa semana a todos,

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Eleição


SRN, Buteco.


Acabou o ano esportivo. Resta um jogo derradeiro, que não mudará nada em relação à classificação final.

Provável que seja um amistoso no ritmo dessaspeladas de final de ano.

Restou a eleição.

Eleição que vai decidir quem vai comandar o clube no próximo triênio.

É notório a polarização entre duas candidaturas, que apesar do passado em comum hoje são chamadas oposição e situação.

Até o momento , temos muitas especulações , promessas e acusações de parte a parte.

Apesar de tudo, são esses que vão gerir o clube no futuro próximo.

E o que espero é que o vencedor consiga trazer de volta a essência do Flamengo , imortalizada no hino.

 Vencer, vencer, vencer.

CT é bom, estrutura e salários  em dia é o mínimo que se espera de uma instituição que arrecada 600 milhões por ano.

Queremos vitórias e títulos.

E queremos já.

(Coma não havia mais assunto esportivo , segue uma imagem aleatória da internet para enfeitar o post...)


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A Barca (Fim de Ciclo)

A Barca
Tu te abeiraste da praia, 
Não buscaste nem sábios nem ricos
Somente queres que eu te siga
Senhor, Tu me olhaste nos olhos
A sorrir, pronunciaste meu nome
Lá na praia, eu larguei o meu barco
Junto a Ti, buscarei outro mar
Tu sabes bem que em meu barco
Eu não tenho nem ouro nem espadas
Somente redes e o meu trabalho
Tu, minhas mãos solicitas
Meu cansaço que a outros descanse
Amor que almejas, seguir amando
Tu, pescador de outros lagos
Ânsia eterna de almas que esperam
Bondoso amigo que assim me chamas
Senhor, Tu me olhaste nos olhos
A sorrir, pronunciaste meu nome
Lá na praia, eu larguei o meu barco
Junto a Ti, buscarei outro mar

***

Salve, Buteco! É tempo de despedidas e renovação. Se dependesse de mim, a barca rubro-negra zarparia na paz celestial, para a bênção da Nação, tripulada com os seguintes nomes:

Diego, Réver, Thiago, Rodinei, Pará, Juan, Trauco, Rômulo, Willian Arão, Ronaldo, Matheus Sávio, Tiago Santos, Geuvânio, Marlos Moreno e Henrique Dourado. Capitão: Eduardo Bandeira de Mello. Timoneiro: Fred Luz (o que foi sem nunca ter ido).

Menção Honrosa (passagem de avião): Dorival Junior (muito obrigado pela digna arrancada final).

***

A depender do contexto, manteria Trauco e Willian Arão, até mesmo renovando seus contratos, se preciso, além de Rodinei, para negociá-los na segunda janela de 2019 rendendo lucro ao clube, considerando os criterios idade e valor de mercado.

Manteria o restante do elenco para continuar uma renovação gradual e qualitativa, e investiria em reforços para zaga, laterais, meio campo e ataque, com especial atenção para atletas com boa capacidade de finalização.

A montagem do elenco teria como norte viabilizar a disputa de mais de uma competição simultaneamente, formando sempre dois times muito fortes e competitivos nos cenários brasileiro e sul-americano. Como o Flamengo disputará a Libertadores/2019 a partir da fase de grupos, até a estreia a maior parte das dispensas e contratações teria como referência esse marco temporal.

A conquista do Campeonato Brasileiro seria minha prioridade, seguida da Libertadores e da Copa do Brasil. O time mais forte disputaria o Brasileiro, enquanto o time B (também muito forte) as duas competições eliminatórias.

Finalmente, traria um treinador de ponta, que trabalhasse com rodagem de elenco, variação tática e também com qualidade na posse de bola, no mínimo top no continente (#AbelNão).

***

A palavra, como sempre, está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 25 de novembro de 2018

Cruzeiro x Flamengo


Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 37ª Rodada

Cruzeiro: Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Lucas Romero e Ariel Cabral; Robinho, Thiago Neves e De Arrascaeta; Fred. Técnico: Sidnei Lobo (Interino).

FLAMENGO: CésarPará, Léo DuarteRhodolfo e Renê; Cuéllar e WilliaArão; Everton Ribeiro, Diego e VitinhoFernando Uribe. Técnico: Dorival Júnior.

Data, Local e Horário: Domingo, 25 de Novembro de 2018, as 17:00h (USA ET 14:00h), no Estádio Governador Magalhães Pinto ou "Mineirão", em Belo Horizonte/MG.

Arbitragem: Jean Pierre Gonçalves Lima, auxiliado pelos assistentes Leirson Peng Martins e Lúcio Beiersdorf Flor, além do Quarto Árbitro André da Silva Bitencourt e dos Assistentes Adicionais 1 e 2 Vinícius Gomes do Amaral e Eleno González Todeschini, todos da Federação Gaúcha de Futebol.

Pendurados: Diego Alves, Cuéllar, Everton Ribeiro, Geuvânio, Piris da Motta e Vitinho.

Transmissão: Rede Globo (todo o Brasil, à exceção de São Paulo, Paraná, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe e Ceará) e GloboPlay (aplicativo)Canal Premiere (TV por assinatura) e Premiere Play (aplicativo).

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Pensando o futuro









Irmãos rubro-negros,




Ainda temos chances bastante remotas no Campeonato Brasileiro. E quem é rubro-negro, mantém a fé sempre.

Mas o fato é que se o clube, que estava oito pontos à frente do Palmeiras antes da parada para a Copa, se vê nessa situação desesperadora, é graças à incompetência dos seus dirigentes.

A diretoria atual é extremamente incompetente e indolente.

Ladeada por apoiadores que se regozijam do fracasso, e exaltam resultados pífios, os dirigentes se sentem à vontade para manter essa linha que tem trazido mais desgostos que alegria ao sofrido coração do torcedor do Flamengo.

O Flamengo perdeu este campeonato por causa das decisões equivocadas da diretoria.

Efetivaram Carpegiani, demitiram todo o departamento em março, botaram o futebol nas mãos de dois novatos, Noval e Barbieri, e levaram demasiado tempo para mudar o comando técnico, quando muito antes já se notava que o trabalho do Barbieri tinha esgotado suas potencialidades.

E assim, após tantos erros, num campeonato de times fracos, o Flamengo foi perdendo pontos preciosos, rodada a rodada, sem que houvesse uma reação da diretoria.

Como resultado dessa inépcia, incompetência e inoperância, vimos o time ser ultrapassado na tabela.

Amigos, bastava ao Flamengo ter vencido o Ceará no Maracanã lotado e o America-MG, em que vencíamos até o último minuto, para estarmos na liderança.

Com tantos erros cometidos pela diretoria que tenta se reeleger, resta aos seus apoiadores enaltecer classificações, segundo ou terceiro lugares, e relativizar derrotas.

É a exaltação do fracasso, prática comum na gestão atual.

Mas, curiosamente, não são eles, os aduladores de dirigentes incompetentes, os arautos do ordinário, do mediano e do vulgar, que comentam com "vies político", mas sim quem, apenas colocando o amor pelo Flamengo como norte, critica a gestão muito ruim em termos de resultados que a diretoria protagoniza.

Falta espelho, ou um pouquinho de bom senso, a esse pessoal.

Pensando no futuro, o que se descortina para o Flamengo, ou melhor, para a torcida do Flamengo, representada por um número ínfimo de sócios (porque se os mais de quarenta milhões de rubro-negros pudessem votar, seria fácil prever o resultado), é um de dois caminhos: premiar a mentalidade derrotada e fracassada que assola o clube desde 2015 ou tentar uma abordagem nova.

Que o torcedor do Flamengo, em especial o sócio, tenha a sabedoria e o coração de escolher o melhor para nosso amado clube na eleição que se realizará daqui a quinze dias. 



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Abraços e Saudações Rubro-Negras.


Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Flamengo 2 x 0 Grêmio - A tênue esperança

Flamengo ontem cumpriu seu papel. Fez um jogaço contra a sempre boa e competitiva equipe do Grêmio e venceu por 2 gols de diferença. Um belo gol, porém faltoso do Uribe dentro da área e outro do Diego, após mais uma boa jogada do Berrio, que depois foi comemorar junto à torcida.

A partida começou tensa. A torcida nem encheu o Maracanã. Torcidas organizadas do próprio Flamengo, sempre elas, fizeram seu espetáculo particular danoso pro time que dizem torcer, brigando entre si, o que provavelmente deve acarretar perda de mando de campo e/ou multa ao Flamengo. A polícia libera as ditas torcidas organizadas a irem a estádios. Elas então brigam entre si e contra outras torcidas organizadas. Seus militantes acham que por fazerem parte de uma torcida organizadas adquirem direito automático de agredir e mesmo matar outras pessoas. Lembra o caso dos sujeitos que se organizam no movimento dito "Antifa". "Somos anti-fascistas, logo, podemos agredir, humilhar, tolher manifestações alheias, depredar patrimônio público e privado, e impedir o diálogo". Como verdadeiros, paradoxalmente e hipocritamente, fascistas.

 Mas veio o Flamengo em campo. Flamengo de Dorival. Diego no meio com Arão e uma zaga dito lenta com Rhodolfo e Rever não eram um bom augúrio. Mas funcionou. Foi um belo jogo de se ver. Ambas as equipes marcando bem, com muita vontade de articular jogadas e sem faltas e simulações. O futebol brasileiro respirou ontem. Juiz, ao contrário das expectativas, teve uma atuação muito boa, fazendo o jogo correr.

Vitinho, hoje o protagonista no ataque, não teve uma boa atuação, embora tenha tentado muito. Falhou em cruzamentos e finalizações. Porém não faltou vontade. Uribe vem em um crescente no time, o entrosamento enfim está o fazendo bem.Everton Ribeiro com boa atuação no meio de campo, principalmente tática, compondo muito bem um triângulo defensivo com Cuellar e Arão, tirou várias bolas. E Diego foi o motorzinho que já sentia saudades. Para cá e para lá, armando jogadas, finalizando, procurando infiltrações. Pelo jogo de ontem era para procurá-lo e renovar. Seu contrato vence em julho. Mas a ausência de títulos relevantes com ele no elenco deve inviabilizar isto. Jogador que não proporciona um retorno de título ao clube não pode mais permanecer. Vale para qualquer um. Tem que saber que no Flamengo tem que ganhar, senão não rola mais para ele. Espero que futuras gestões de futebol pensem desta forma. Evitaria casos como Marcio Araujo ficando por tanto tempo no clube.

A torcida foi um espetáculo à parte. Apoiando de inicio ao fim. Mesmo sabendo das remotas possibilidades de titulo. Palmeiras só pode fazer um ponto em suas duas últimas partidas, contra um Vasco e um Vitória, e o Flamengo precisa ganhar suas duas, contra Cruzeiro e Atletico-PR, ela certamente saiu do Maracanã feliz com a boa atuação do Flamengo. Mas o Flamengo pela terceira vez seguida se classificou direto para a fase de grupo das Libertadores. O que demonstra a consistência competitiva que o clube adquiriu, embora falte ser mais decisivo, para que jogos como este último contra o Botafogo não aconteça mais. Time entrar sem vontade e entregue em jogo tão importante e... decisivo. "Ah mas hoje é mais fácil se classificar para a Libertadores", diz o torcedor/jornalista/opositor sempre pronto a minimizar qualquer coisa do Flamengo na gestão atual, pois tem um lado político forte ligado a oposição, o qual não esconde. Sim, caro torcedor, mas diz aí quais times brasileiros garantiram pelo menos 3 classificações seguidas nas Libertadores ao longo destes 3 anos? Devem ser muitos, certo? É tão fácil...Não, só Palmeiras, Grêmio e Flamengo. Fecha o pano.

Enfim, em meio a isto tudo, a política do clube. A guerra de foices para gerir um clube enfim acertado administrativamente e de orçamento estelar para os próximos anos. Só espero que este não seja o motivo principal para uns e outros apoiarem uma chapa ou outra.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Flamengo x Grêmio


Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 36ª Rodada

FLAMENGO: CésarParáRhodolfo, Réver e Renê; Cuéllar e WilliaArão; Everton Ribeiro, Diego e VitinhoFernando Uribe. Técnico: Dorival Júnior.

Grêmio: Paulo Victor; Leonardo, Geromel, Marcelo Oliveira e Cortez; Michel, Maicon (Matheus Henrique), Jean Pyerre, Ramiro e Everton; Jael. Técnico: Renato Gaúcho.

Data, Local e Horário: Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2018, as 21:45h (USA ET 18:45h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem: Bráulio da Silva Machado (SC), auxiliado pelos assistentes Kleber Lúcio Gil (FIFA/SC) e Guilherme Dias Camilo (FIFA/SC), além do Quarto Árbitro Eli Alves Sviderski (MG) e dos Assistentes Adicionais 1 e 2 Edson da Silva (SC) e Evandro Tiago Bender (SC)

Pendurados: Diego Alves, Cuéllar, Everton Ribeiro, Geuvânio, Piris da Motta e Vitinho.

Transmissão: Rede Globo (todo o Brasil, à exceção do Rio de Janeiro) e GloboPlay (aplicativo)Canal Premiere (TV por assinatura) e Premiere Play (aplicativo).



Alfarrábios do Melo



Choque de ordem. Mudar tudo.

Esse é o mote na Gávea, após a frustrante perda do Estadual, decorrente de três derrotas seguidas para o Vasco (uma delas ainda pelo Terceiro Turno). A avaliação que se faz é que o elenco precisa ser renovado, oxigenado, rejuvenescido. As principais referências já caminham para a aposentadoria. O time é muito técnico, mas lento e cadenciado em excesso. O plantel, curto, mostrou severas deficiências ao longo do primeiro semestre, quando lesões e convocações fizeram surgir a necessidade de utilizar alguns reservas sem a menor condição de trajar o Manto. Enfim, o contexto que viabilizou, um ano antes, o Tetracampeonato Brasileiro, não existe mais. Ao contrário, aprofunda-se a necessidade, já identificada anteriormente, de se promover uma profunda reformulação nas coisas flamengas.

Hora de trocar.

A primeira mudança parece óbvia. O treinador Carlinhos, visivelmente desgastado pelo tempo no cargo e pela derrota no Estadual (onde confrontou o vestiário ao barrar o zagueiro Leandro, tentando desesperadamente conferir competitividade à zaga), é demitido. Para seu lugar, a Diretoria faz sondagens por Renê Simões (jovem talentoso com bom trabalho na Portuguesa e atualmente com contrato no futebol português) e Valdir Espinoza (Campeão Mundial pelo Grêmio e no momento dirigindo o Cerro Porteño-PAR). A opção por esses dois nomes causa estranheza, uma vez que são treinadores de perfil notadamente liberal no trato com seus elencos. No entanto, nenhuma das duas conversas avança, por conta de seus compromissos profissionais. O que faz o Flamengo se virar, enfim, para um nome de caráter mais disciplinador.

E se chega a Candinho.

Treinador com cerca de dez anos de carreira, fortemente vinculado ao futebol do interior paulista (onde dirigiu, entre outros, XV de Jaú, XV de Piracicaba, São Bento de Sorocaba e América de Rio Preto), vem em ascensão, com trabalhos recentes, posto que apagados, em Grêmio e Santos. Candinho, agora à frente da Internacional de Limeira, consegue chegar à Fase Semifinal tendo realizado a segunda melhor campanha geral, o que chama a atenção de outros clubes, como o Vitória de Guimarães-POR, que lhe apresenta proposta formal.

Mas, quando o Flamengo aparece, Candinho não pensa duas vezes. Aceita com entusiasmo o convite, desde que atendida sua principal premissa de trabalho: “Só dirijo clubes grandes se houver dinheiro disponível para contratações e liberdade total de atuação. Porque na primeira fase ruim é o treinador que sobra. Já vi vários trabalhos durarem três meses ou menos, terminando antes mesmo de começarem”.

Candinho terá trabalho. A renovação preconizada pela Diretoria não é meramente retórica. Dois dos principais destaques da equipe, o atacante Renato Gaúcho e o volante Andrade, estão de malas prontas para a Roma-ITA. O zagueiro Edinho segue cultivando atritos com imprensa e torcida. Seu colega, o ícone Leandro, já parece não reunir condições para atuar profissionalmente, como as Finais do Estadual demonstraram amargamente. O craque maior, o ídolo Zico, aparentemente estabilizou a lesão no joelho, mas agora sofre com sucessivos problemas musculares e mesmo com botinadas de alguns adversários, mal conseguindo atuar três jogos seguidos. Alguns reservas, como os zagueiros Aldair e Zé Carlos II, que já estouraram a idade dos juniores, começam a resmungar pela falta de oportunidades no time (especialmente por, sempre que chamados, melhorarem o desempenho da zaga). Restam os nomes no auge/em alta, como Zé Carlos, Jorginho, Bebeto e Zinho, que já começam a sofrer o assédio de clubes europeus. Enfim, o Flamengo terá que se remontar para a disputa do Brasileiro de 1988.

A cerimônia de apresentação de Candinho é opulenta, ostensiva, caudalosa. O Flamengo quer transmitir a mensagem de que o novo treinador, conhecido por sua seriedade, disciplina e exigência por competitividade, terá todo o apoio da Diretoria para desenvolver seu trabalho. Instado a expor suas primeiras impressões, Candinho ressalta que “trabalhar em Londres ou em Arapiraca é rigorosamente a mesma coisa.” E emenda:

“É uma baita de uma honra dirigir o Flamengo” - alguns se entreolham, em silêncio.

O primeiro trabalho de Candinho é definir a lista de dispensas, a chamada “barca”. Que sai com nomes como Leandro Silva, Flávio, Henágio, Luiz Henrique, Vandick, Paloma e Júlio César. Alguns reforços, contratados antes da confirmação de Candinho, chegam, egressos do América (numa troca que envolveu a ida de alguns jovens da Gávea para os rubros): o lateral-esquerdo Paulo César, o volante Delacir e a joia dos “diabos”, o meia-atacante Renato Carioca. No entanto, Candinho deixa clara a necessidade de reforços, especialmente em um setor específico:

“Vi os jogos finais do Flamengo pela TV. Está bastante evidente que o problema do time está na zaga”.

E os reforços chegam, todos indicados por Candinho: o lateral-direito Xande, do América de Rio Preto, o experiente volante Paulo Martins, com passagens por Bahia e Atlético-MG, mas atualmente na reserva no São Paulo, o atacante Cacaio, do Porto Alegre de Itaperuna, e o mais conhecido de todos, o meia Luvanor, que se destacara no Goiás, mas vindo de passagens apagadas no futebol italiano e no Santos.

“Luvanor dará o toque de classe ao nosso meio-campo. Será nosso criador de jogadas”.

O Flamengo tem uma série de amistosos por Brasil e Europa para entrosar seu novo time. Na estreia de Candinho, em Ponta Grossa-PR, o time goleia o Operário local por 4-1, com grande atuação de Renato Carioca, que anota três gols. No entanto, o primeiro problema já acontece na partida seguinte, em que o rubro-negro é derrotado, de virada, pelo modesto Esportivo de Passos-MG (1-2), em que a zaga (formada por Leandro e Edinho) é facilmente envolvida pelo veloz ataque dos mineiros. Algumas declarações atravessadas trocadas entre Candinho e Edinho são abafadas pelo clube. Mas já se percebe algo no ar.

As coisas melhoram um pouco em Amsterdam, onde o Flamengo (na despedida de Andrade) derrota Ajax-HOL (1-0) e Benfica-POR (2-0), com boas atuações de Luvanor e Renato Carioca. Zico se integra ao elenco na Espanha, e o time de imediato já colhe mais uma taça, o bonito Trofeo Colombino, ao derrotar Zaragoza-ESP (2-1) e Recreativo -ESP (1-0). Tudo parece caminhar como previsto, e o próprio Candinho declara, esperançoso: “vejo evolução”.

Mas o pano cai justamente na derradeira partida da excursão, em Atenas. Numa atuação desastrosa, o rubro-negro é inapelavelmente derrotado pelo Olympiacos-GRE, num jogo em que os velozes gregos empilham uma oportunidade atrás da outra. A goleada histórica só não se consuma por causa da brilhante atuação do goleiro Cantarele e porque Candinho, num surto de ousadia e auto-preservação, troca os dois zagueiros durante a partida, saindo Leandro e Edinho por Aldair e Zé Carlos II. No fim, o placar de 3-1 sai extremamente barato pelo que se vê em campo. Mas haverá desdobramentos.

“O treinador está querendo arrumar um bode expiatório pra sua incapacidade de montar a equipe. Ele não sabe armar o meio-campo, aí tudo estoura na gente, lá atrás”, dispara um irritado Edinho no desembarque ao Rio. “Nada disso. O problema está é na zaga mesmo. É lá atrás. Já fiz treino especial, treino específico, e nada. Agora só vejo um jeito. É mexer nos nomes”, replica o treinador, sempre pelos jornais.

O bate-boca público segue: “Tenho uma imagem e uma reputação a zelar. Não sou mais garoto pra ficar disputando posição com ninguém. Se alguém questionar meu lugar no time, saio do Flamengo na hora”. E, antes que se consume a esperada barração, Edinho consegue negociar sua transferência para o Fluminense (possui passe livre), a quem andara declarando amor recentemente. A Diretoria, farta dos problemas criados pelo zagueiro, não dificulta a saída (até porque o contrato já está no fim).

Candinho vence o primeiro round. Mas logo descobrirá que sua “carta branca” vale até a página dois.

O Flamengo estreia no Brasileiro, contra o Vasco, sem Zé Carlos e Bebeto (servindo à Seleção Brasileira nos jogos de Seul) e Jorginho (em mais um penoso processo de renovação de contrato). Em compensação, Zico está de volta. No entanto, nem a presença do Galinho é capaz de reverter uma produção apática e desinteressada de um time que se arrasta em campo. Lá pra meados do segundo tempo, o jogo parece caminhar para um gelado 0-0. É quando acontece o fato que marcará o clássico.
“Galo! Sai você!”

O ponta Alcindo faz questão de, ainda no aquecimento, avisar a Zico, aos gritos. Resignado, Zico sai de campo e desce rapidamente ao vestiário. A punição da bola é imediata. Momentos após a saída de Zico, o adversário marca o gol que define a derrota rubro-negra. E mais um atrito tendo Candinho como pivô.

“Eu estava bem no jogo, sentia-me plenamente em condições de liderar o time. Se o treinador preferiu alguém mais veloz pra mudar a característica, paciência. Só acho que o Flamengo está partindo para um caminho perigoso, ao abrir mão de gente experiente e vitoriosa”. Um Zico visivelmente irritado segue em suas críticas: “O time estava apático. E piorou de vez depois do gol. Aceitou a derrota. Aqui isso não pode acontecer”.

Candinho acusa o golpe. Alega que havia um acordo para que o Galinho fosse substituído, “esquecendo-se” que o sinal deveria ser dado pelo jogador. “Tirei porque ele precisa voltar aos poucos, ele vem de lesão. Não entendo a polêmica”. Depois, recua. “Tudo bem. Nos próximos jogos, só vou trocar caso ele peça pra sair. Vou dar essa liberdade a ele”.

O treinador começa a perceber que Londres não é Arapiraca.

“Darío Pereyra”? O anúncio do novo reforço para a zaga causa estupefação e incredulidade a muita gente. Nada contra a reconhecida capacidade técnica do jogador, um dos melhores zagueiros da história recente do futebol uruguaio, tendo construído sólida carreira no São Paulo. No entanto, Darío já se encontra em visível declínio físico, não encontrando mais espaço no elenco do tricolor paulista. Em suas recentes atuações, tem sido criticado pela lentidão e falta de agilidade. Justamente os atributos mais criticados nas sistemáticas avaliações de Candinho à imprensa sobre os problemas do Flamengo. A troca de um zagueiro lento por outro não é bem digerida e Leandro, que também já não “fala a mesma língua” de Candinho, aproveita para alfinetar o treinador: “é no mínimo incoerente”. Irritados, os jovens Aldair e Zé Carlos II pedem para ser negociados. Sem sucesso.

Na sequência do Brasileiro, o Flamengo, atuando muito mal, derrota América (2-1) e Corinthians (1-0), já sem Zico, que sente nova fisgada muscular e desfalca a equipe por algumas semanas. Chama a atenção o time-base que o rubro-negro manda a campo, especialmente quando se coteja com o time do Tetra de 87: Cantarele, Ailton, Aldair, Zé Carlos II, Leonardo, Delacir, Paulo Martins, Luvanor, Alcindo, Luís Carlos, Zinho.

Para a partida seguinte, contra o Bahia na Fonte Nova, mais problemas. Leandro volta de uma lesão e reivindica vaga no time. “Precisa treinar mais”, rechaça Candinho. “Se não sirvo para jogar, também não sirvo pro banco”, e Leandro se recusa a viajar. “Como quiser. A Diretoria que resolva”. Sem Leandro, mas com Xande, Delacir, Luvanor e Cacaio, o Flamengo perde para o Bahia na Fonte Nova, em jogo onde o terceiro goleiro Milagres (que está em campo substituindo Cantarele, suspenso) realiza atuação de gala, impedindo um placar mais elástico do que o 1-0 final. O jogo marca a estreia de Darío Pereyra, que falha no gol dos baianos.

A derrota para o Bahia provoca os primeiros questionamentos mais sólidos ao trabalho de Candinho. A Diretoria, reconhecendo a necessidade de reforçar um ataque que ainda se ressente da saída de Renato Gaúcho, contrata o ponta Sérgio Araújo, em litígio com o Atlético-MG, por US$ 400 mil, à vista (“era muito dinheiro, não tinha como segurar”, resigna-se o Presidente atleticano). O Presidente flamengo é tão sucinto quanto claro: “agora fechamos o elenco. Que é bom e pode jogar mais do que vem jogando”.

Na semana da partida contra o Santa Cruz, no Maracanã, Candinho obtém uma última vitória, quando a Diretoria resolve “estimular” Leandro a aprimorar a parte física em separado (mais tarde, o zagueiro tentará uma arriscada cirurgia para salvar a carreira, sem sucesso). Enquanto isso, o treinador define: “a zaga é Aldair e Darío Pereyra. Ponto”. Com a convicção dos prestigiados.

É uma lástima. O Flamengo, realizando sua pior partida na competição, sofre para arrancar um suado 2-2 no tempo normal contra o Santa Cruz, uma das mais fracas equipes do campeonato. Um dos gols pernambucanos surge de uma falha clamorosa de Cantarele, que tenta sair driblando vários atacantes “à Domingos”, perde a bola e toma o gol. Para piorar, na decisão por pênaltis (novidade no regulamento), o rubro-negro é derrotado, enfurecendo os 6 mil torcedores presentes no Maracanã. Alguns jogadores, e principalmente Candinho, saem de campo escoltados pela PM.

O resultado, como esperado, faz explodir uma crise na Gávea. Candinho é cobrado, principalmente, por ter escalado dois volantes para enfrentar o frágil adversário. O treinador, já irritado, rebate: “Escalo o que há de melhor. Mas não posso fazer nada se o goleiro é irresponsável, o atacante pipoca na hora do pênalti e o time não faz o que eu mando”. Incandescente, o ambiente interno faz emergir declaração do Presidente, que percebe a hora de intervir. E o faz, novamente de forma lacônica, mas contundente:

Não sei o que está acontecendo. Vou me informar com o pessoal do futebol. Mas uma coisa é certa: o Flamengo não pode, sob nenhuma circunstância, perder nos pênaltis, no dado ou no par ou ímpar para esse time do Santa Cruz dentro do Maracanã”.

Candinho entende o recado. E resolve sinalizar positivamente para uma sondagem do Al Ahli, da Arábia Saudita. Entrega seu pedido de demissão à Diretoria, que o aceita de imediato. É o fim da passagem de Candinho como treinador do Flamengo.

Durou pouco mais de dois meses.


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Checkpoint - Sprint Final

Olá Buteco, bom dia!

Chegamos ao final do Bloco 7 e, antes de analisarmos o que pode ocorrer no Sprint Final,  faremos uma retrospectiva do Flamengo neste campeonato. A tabela abaixo mostra a previsão de pontos em cada bloco e compara com o que realmente conseguimos obter: 


Assumimos a liderança do campeonato ainda na 3ª rodada. Fizemos 10 pontos no Bloco 1, mas a derrota para a Chapecoense, fora de casa, está diretamente ligada à escolha de lançar um time alternativo. Entramos naquela partida com César, Pará, Leo Duarte, Juan e Trauco; Jonas, Jean Lucas e Diego; Rodinei, Guerrero e Marlos.

No Bloco 2, o auge da campanha: depois do empate com o Vasco, 4 vitórias consecutivas, sendo a maior delas o triunfo contra o Atlético, em Minas. Ao final da rodada 10, tínhamos 5 pontos de vantagem para o 2º colocado e 6 para o Palmeiras, que era o 3º.

Os Blocos 3 e 4 coincidiram com a volta da Copa do Mundo e os jogos eliminatórios das outras competições. Flamengo começa a perder gás. Perda da liderança, após as derrotas para o São Paulo no Maracanã e para os reservas do Grêmio, no Olímpico. Ainda assim, conseguimos chegar ao final da Rodada 20 com os 40 pontos previstos. Estávamos na briga, mas o momento era de queda.

E a queda veio... O pior momento do Flamengo no campeonato se deu no Bloco 5 (Rodadas 21 a 25). Uma sequência de tropeços iniciada com o empate com o América, em Minas, num jogo em que tomamos o empate no finalzinho da partida. Depois, derrota para o Ceará no Maracanã e derrota para o Inter, no Sul. Ao final, apenas uma vitória nesse bloco, nos deixando a 5 da previsão e em 4º na tabela.

Cabe um parênteses aqui: ao final deste bloco, a cabeça do treinador Barbieri já era pedida. No entanto, a diretoria decidiu mantê-lo para o confronto da semifinal da Copa do Brasil. O primeiro jogo - 0x0 no Maracanã - foi na semana do Vasco x Flamengo do returno e, novamente, o desgaste de jogar competições simultâneas foi notado: o Vasco levou o jogo para Brasilia e o Flamengo saiu de lá no lucro com o empate, numa partida em que não jogou nada e ainda ficou 30 min com um a menos.

Barbieri ainda dirigiria o Flamengo uma última vez pelo campeonato brasileiro: vitória de 2x1 sobre o Atlético MG, no Maracanã. Depois, a eliminação na Copa do Brasil custou a cabeça do treinador e a chegada de Dorival Jr, que conseguiu uma boa sequência inicial, fazendo com que o time conquistasse 13 pontos no Bloco 6, voltando a sonhar com o título. O Flamengo era o 2º na tabela, há apenas 4 pontos do líder e teria um confronto direto, no Maracanã lotado, para voltar de vez à disputa. 

Por fim, o efeito "técnico novo" passou, o Flamengo não conseguiu vencer nem o Palmeiras, nem o São Paulo e ainda perdeu para o Botafogo no Engenhão. A toalha era jogada por muita gente e a disputa por uma vaga direta na Libertadores parecia o prêmio de consolação. Entretanto, as últimas vitórias contra o bom time do Santos e o Sport, no Recife, combinada a alguns tropeços dos adversários, nos permitiram continuar sonhando com o título, ainda possível, embora improvável. 

A tabela a seguir detalha a campanha do time até aqui, dividida entre confrontos estaduais, clássicos nacionais e os jogos contra os coadjuvantes:


Se olharmos friamente a tabela, poderemos ver que fizemos uma boa campanha. 3 vitórias nos clássicos locais, com apenas uma derrota; apenas três derrotas contra os times mais fortes do país, contra 7 vitórias e um número expressivo de vitórias contra os demais. O problema é que para ser campeão brasileiro não basta apenas fazer "uma boa campanha". É preciso ser excepcional! 

Nesse ponto, falhamos. Há jogos em que você não pode perder e há jogos em que você não pode, sequer, empatar. Ironicamente, o Flamengo se distanciou do título em três jogos-chave no Maracanã: derrotas para São Paulo e Ceará e empate com Palmeiras. 

O Campeonato entra agora na sua reta final. São apenas 3 jogos e não há margem para nenhum outro tropeço. Só poderemos chegar a 75 pontos, de forma que não resta apenas vencer as três partidas, mas também torcer para que o líder só faça, no máximo, 4 pontos. A vitória do América MG sobre o Santos foi muito positiva e, se eles conseguirem um empatezinho amanhã, quem sabe...

Saudações RubroNegras!