segunda-feira, 1 de maio de 2017

4ª Feira

Salve, Buteco! O Mais Querido, ontem, no Maracanã, encaminhou o título de campeão estadual de 2017 com uma vitória incontestável contra o Fluminense. Com a formação de "três volantes", dois deles posicionados como meias no 4-1-4-1, o domínio territorial foi rubro-negro desde o início da partida. Após a contusão de Rômulo, cujo esforço para ser mais efetivo ofensivamente foi nítido, a entrada de Mancuello deu maiores agressividade e posse de bola ao time, que passou a contar com dois jogadores mais técnicos e com características ofensivas como "meias internos", ainda que volantes. Apesar disso, como tem ocorrido nas outras partidas com essa formação, o Flamengo não criou oportunidades de gol na mesma proporção teve posse de bola e pouco finalizou. O único gol da partida foi marcado em uma jogada de oportunismo por Everton, aproveitando a infelicidade e falha individual do zagueiro tricolor Renato Chaves, que literalmente "furou" ao tentar dar um passe na entrada da grande área.

No segundo tempo o Fluminense, como era de se esperar, deixou de jogar unicamente no contra-ataque e tentou partir pro jogo visando ao menos o empate. Após forte pressão inicial, o ímpeto tricolor foi administrado; porém, especialmente após Guerrero, que vive grande fase e fez exuberante partida, apresentar sinais de cansaço, o Flamengo criou menos do que no primeiro tempo. A melhor chance da segunda etapa esteve nos pés de Guerrero, porém Diego Cavalieri defendeu "com a ponta dos dedos" se esticando todo e mandando pra escanteio a ótima finalização com efeito e rasteira do centroavante peruano.

Em relação às atuações individuais, achei que Mancuello perdeu muito em intensidade no segundo tempo, o que deve ser visto pela Comissão Técnica, pois não é normal para um jogador com menos de 30 (trinta) anos de idade se cansar tão rápido. Zé Ricardo leu bem o jogo nesse aspecto e a determinada altura adiantou o argentino para jogar próximo de Guerrero/Damião, o que minimizou os feitos de seu cansaço e permitiu sua participação em algumas situações de gol, inclusive uma finalização defendida por Cavalieri. Outro aspecto que me chamou a atenção foi a quantidade de divididas que Márcio Araújo perdeu no campo defensivo do Flamengo durante o segundo tempo, as quais felizmente não resultaram em gol adversário. Não sei se houve cautela por conta do cartão amarelo tomado no primeiro tempo. Finalmente, gostei da zaga, que atuou de maneira firme e não criou problemas.

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Da mesma forma que Jair Ventura no domingo passado, o tão elogiado Abel Braga nada conseguiu fazer contra o time do Flamengo, que marcou bem seus pontas. Mas seriam esses dois treinadores e seus respectivos times, sem dúvida os adversários mais fortes do futebol carioca na atualidade, porém que essencialmente jogam à base de contra-ataques, o parâmetro ideal de comparação?

Nesse 2017, em jogos maiores, a campanha é de 6v, 3e e 2d, tendo duas as duas derrotas ocorrido nos dois únicos jogos efetivamente disputados fora de casa. No Maracanã e pela Libertadores o Flamengo tem feito prevalecer o mando de campo, mas Diego é um desfalque sensível. Zé Ricardo, treinador com qualidades como saber "ler o adversário", na prática montou um sistema defensivo sólido, que dificulta o time ser batido, e um esquema tático que dá posse de bola ao Flamengo, mas que em contrapartida tem poucas objetividade, jogadas ensaiadas e variações.

Tomando por exemplo o jogo de ontem, Berrío parece render muito melhor como um segundo atacante do que executando a função de acompanhar o lateral ou atacante adversário. É inegável que a estratégia anulou a principal jogada ofensiva adversária, mas em compensação o atacante colombiano não conseguiu explorar sua maior virtude, a força ofensiva. Especialmente sem Diego no time, Guerrero tem ficado muito isolado no ataque. A falta de um dos nossos dois principais jogadores não deveria prejudicar o outro. A solidez defensiva tem trazido ineficiência ofensiva. O time ainda não atingiu o equilíbrio.

Falando no peruano, Guerrero parece ter sentido a panturrilha e Everton o tornozelo, mas acredito, mesmo não sendo médico, que ambos devem jogar, principalmente porque quarta-feira é decisão, para mim o jogo mais importante do ano até aqui, contra um difícil adversário no Maracanã pela competição mais importante, a Libertadores da América. Infelizmente, Berrío cumprirá seu último jogo de punição pela expulsão em Santiago e ainda não contaremos com Diego. A vitória pela contagem mínima servirá para o Flamengo, mas para alcançá-la Zé Ricardo precisará encontrar uma fórmula que não isole o nosso principal jogador. Qual seria?

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A palavra, como de costume, está com vocês, lembrando mais uma vez que quarta-feira é decisão pela competição mais importante. Que o Mais Querido vença embalado pela Maior do Mundo.

Bom dia e SRN a tod@s.