terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Todo Carnaval Tem Seu Fim

 “Todo dia um ninguém José acorda já deitado
Todo dia, ainda de pé, o Zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer pra ver deitar o novo

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim
E é o fim

Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz !
Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco?
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul

Pra que mudar?
Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz !
Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz !

Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz !
Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz !
Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar”.


Hoje o Flamengo é um clube diferente de 2011, evolui dentro e fora de campo (não somente no futebol), e nossa torcida é por essa evolução constante. O clube é a razão de estarmos aqui, juntos, irmanados, discutindo, construindo à nossa maneira um clube cada vez melhor. Quando comecei a escrever aqui nem sabia por onde começar, sobre o que falar e posso dizer que foi o blog que forjou muitas das coisas que penso, o que sei sobre o Mais Querido, em discussões nos comentários, debates, troca de ideias, uma construção coletiva. Somos todos construções coletivas.

Meu texto se inicia com a citação de uma música, que não é minha, é do Los Hermanos (sei que o Villa curte) pra comunicar que por motivos pessoais não serei mais o colunista das terças-feiras aqui neste lar. A partir da próxima semana, revezarão aqui no Buteco do Flamengo como novas contratações o André Cardoso e meu primo Leandro Machado, que já vinha escrevendo colunas para o Buteco. Muito boa sorte aos novos colunistas! Que tenham o mesmo prazer e honra que tive ao começar a escrever para esta casa! Permanecerei como moderador dos comentários no blog e me despeço num feriado de carnaval, com a alegria de viver esta casa e a tristeza de um fim de carnaval. A vida segue.

Obrigado a todos os blogueiros, aos leitores silenciosos, aos colunistas que me antecederam e a Massao Iwanaga, um amigo, leitor silencioso que me recomendou o Buteco, lá em 2011. Deixo neste até logo, minha coluna 210, meus agradecimentos ao Boss (Rocco), ao Gustavão e ao Becêba, o meu MUITO OBRIGADO! Obrigado por tudo! Terão minha eterna e fraterna gratidão! Esta casa, que sempre será minha, me proporcionou coisas incríveis, coisas que nunca havia sonhado, que nunca havia sentido, que estas linhas mal traçadas não conseguiriam expressar mais do que acabo de fazer. Não conseguem.

Sou e sempre serei o Luiz Filho do BUTECO. Filho do Buteco do Flamengo, por onde for quando o assunto se tratar de Flamengo, enquanto e quando falar de Flamengo. Como diz minha Bio no Twitter, “Cria do Buteco do Flamengo”. Fiz amigos, sim, amigos que o Buteco me deu, que o Flamengo me deu nesta conversa diária. Frutos para a vida, germinados, cultivados e colhidos aqui. E para quê a vida serve, não é mesmo? Serve para fazer amigos, construir boas relações, pra coisa boa. Penso e vivo assim. Flamengo aqui e em qualquer lugar, Buteco aqui e em qualquer lugar! Até a próxima, Butecada!