segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Cheirinho de Hepta (O Couto Pereira é Nosso)

Salve, Buteco! É o seguinte: estão deixando chegar... Rsrsrsrsrs. Bom, falando sério (a alusão do hepta tem um fundo de verdade, mas por enquanto ainda é só uma brincadeira), mesmo após o momento de mais raiva após o empate contra o Botafogo e uma certa apreensão com a má atuação na vitória contra o América/MG, eu contava com os três pontos em Curitiba, primeiramente porque, ao contrário da década passada, atípica, coincidente com o pior período do nosso futebol, nos últimos jogos o Flamengo "desvirou o fio" e voltou a seguir o curso histórico natural e vencer o Coritiba no Couto Pereira, como sempre ocorreu (basta pesquisar o histórico do confronto). Em segundo lugar, porque o Flamengo disputa o G4 e o Coritiba tem um time nitidamente inferior, seja em nível técnico (qualidade de elenco), seja em nível tático. Então, eu contava com os três pontos mesmo e a vitória não me surpreendeu.

Apesar de não ter sido uma apresentação brilhante (no primeiro tempo o jogo foi simplesmente horroroso), gostei de como o Flamengo correu poucos riscos (poucos e mais no começo do primeiro tempo) e venceu de maneira inquestionável, por dois gols de diferença. É sem dúvida uma evolução.

Com os pés no chão, temos que reconhecer que os dois próximos confrontos se darão contra equipes muito mais fortes do que as duas últimas que enfrentamos. Tanto Santos, como o Atlético/PR são equipes que lutam diretamente com o Flamengo ainda não pelo título, mas pela presença no G4 e uma vaga na Copa Libertadores da América/2016. Fala-se em um Santos muito desfalcado, mas em hipótese alguma deve ser subestimado, mesmo em uma Arena Pantanal obviamente com maioria rubro-negra: a equipe santista tem o mesmo treinador há bastante tempo, um trabalho de base e recrutamento de jovens jogadores e/ou de menor investimento inegavelmente eficiente e um bom elenco. Já o Furacão não tem o mesmo treinador a tanto tempo e nem um elenco tão caro, mas trabalha com uma linha de investimento na base e em jogadores desconhecidos de forma bastante parecida com o Santos, embora sem a mesma capacidade de investir em alguns atletas com maior salário.

Ambas as equipes deverão enfrentar o Flamengo de igual para igual em confrontos de muita marcação e velocidade. Sem a menor sombra de dúvida, serão dois testes de fogo para o time de Zé Ricardo. Começo neste ponto a destacar alguns aspectos que vi no time desde a partida contra o Botafogo que me preocupam para os dois próximos confrontos.

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Desde as malsinadas substituições de Zé Ricardo e a forma pela qual o Botafogo empatou a partida na Ilha do Governador foi possível notar que, sem os dois pontas, a marcação pelo lado direito da defesa ainda não está ajustada. O América/MG deu muitos sustos por aquele lado, tanto no primeiro, quanto no segundo tempo da partida de segunda-feira passada, e ontem, em Curitiba, o Coxa logo no início criou uma situação de gol perigosíssima em cima de Juan, que está bem longe da forma do primeiro semestre.

A verdade é que Arão e Alan Patrick não se ajustam no auxílio a Pará, que, por sinal, vive um bom momento (sem exageros, pois será sempre um jogador limitado), e o time cede espaços por aquele lado. Como bem me disse o meu querido amigo Melo, o Rafael Vaz (um "achado", né, Lula?) teve que fazer cobertura até na lateral direita. Tal ocorreu porque o time, sem atacante pelo lado direito e ainda sem Alan Patrick e Willian Arão se movimentando sincronizadamente pelo setor direito ofensivo, depende do apoio de Pará, que precisa de cobertura eficiente.

Melhorou em relação à partida contra o Botafogo, mas está longe de ficar bom. Se não evoluir muito até a partida contra o Santos, já nesta quarta-feira, 3.8.2016, poderemos ter problemas sérios pelo setor direito ofensivo, pois, insisto, os dois próximos adversários têm nível bastante superior em relação aos dois últimos.

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O bom é que também temos vários aspectos muito positivos para ressaltar. Começando pela defesa, menciono o Rafael Vaz, que (por favor, né, Zé Ricardo), jogando o que vem jogando, não tem como sentar no banco. No português claro, é ele e mais um, a ser escolhido entre Juan, Donatti e Réver. Zé Ricardo faria um favor a tod@s nós se não deixasse nome, currículo e valor de salário prevalecer nesse momento, e sim o ótimo desempenho de Rafael Vaz, que de longe tem sido, há tempos, o nosso melhor zagueiro, tanto na saída de bola, como no jogo aéreo.

Outro aspecto positivo que gostaria de ressaltar é que os "gringos" vem entrando bem e Mancuello, além de ter se esforçado na marcação, foi responsável por mais uma ótima e decisiva assistência, que permitiu a Paolo Guerrero (em ótima fase) abrir o placar. Cuéllar, tão pedido por boa parte da torcida, mostrou por que tem tantos admiradores e deixou Marcelo Cirino na cara do gol para dar números finais à partida. É evidente a qualidade que Cuéllar dá ao meio de campo com seus passes e distribuição de jogadas.

Encerro esse post falando de Paolo Guerrero. Será que o Melo foi profético aqui? Apesar de ainda ter umas recaídas nos "chiliques" contra a arbitragem que sem a menor sombra de dúvida o persegue com um esquema de "tolerância zero" que não é aplicado a outros atletas de ponta, começa a se mostrar o jogador decisivo que tod@s esperávamos quando de sua contratação vindo do Corinthians. Eu realmente espero que não se transfira para o exterior durante as janelas que ainda estão abertas. Aliás, são as janelas que definirão quais elencos estarão melhor preparados para o segundo turno desse campeonato e, consequentemente, para disputa do título.

Paolo Guerrero é, sem dúvida, uma peça-chave nessa equação.

Outra será o mando de campo. Leia-se: Maracanã.

Dedos cruzados...

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E o Diego nem estreou...

Bom dia e SRN a tod@s.