Irmãos rubro-negros,
nesta semana desenvolveu-se aqui no Buteco um debate interessante, que acabou por exasperar certos sentimentos pró e contra a diretoria do clube.
Acho importante pontuar que, entre os dois extremos, ou seja, entre aqueles que acham que nada presta e os que defendem cegamente a tudo e a todos, existe espaço para o reconhecimento do trabalho sensacional feito nas searas administrativa e financeira, mas também para as críticas que inevitavelmente têm de ser dirigidas ao futebol.
Nem todos que criticam o modo como tem sido gerido o futebol do Flamengo são saudosistas de tempos recentes, em que não apenas dentro de campo, mas também fora dele, o Flamengo não cumpria seu dever.
Ao revés, eu sou grande entusiasta da gestão atual e sempre afirmei isso.
Ao revés, eu sou grande entusiasta da gestão atual e sempre afirmei isso.
Mas é com sincero pesar que, em meados de junho de 2015, confesso ser-me impossível negar que o futebol do Flamengo vai mal.
Não vou enumerar os vexames experimentados dentro de campo. A lista é longa e de todos sabida.
Mais importante que apontar erros, contudo, é admitir, com humildade e desprendimento, os problemas e apoiar a diretoria para que se encontre o caminho que conduzirá o barco flamengo a navegar por águas calmas até que, finalmente, alcancemos as glórias que nos pertencem por tradição.
Para isso, o primeiro passo é abandonar de vez essa ladainha da “falta de dinheiro”.
A falta de dinheiro pode, vá lá, com muito boa vontade, justificar a pouca atenção dada ao Centro de Treinamento ou mesmo a impossibilidade de formação de uma equipe para disputar títulos.
Mas jamais a ausência de vultuosos recursos poderia justificar que, pelo terceiro ano seguido, o time inicie o Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento, conquistando apenas quatro pontos em dezoito disputados.
Não há desculpa para isso. Há, isso sim, erros graves, que precisam ser corrigidos e que são a causa dessa situação.
E acho que o menor dos problemas é o tal Conselho Gestor do Futebol. Como grupo definidor das diretrizes básicas e do planejamento mais amplo do futebol, acho muito válida a existência do Conselho.
Aliás, concordo plenamente com a opinião explanada ontem pelo Flavio sobre o Conselho Gestor do Futebol.
A questão, na minha modesta opinião, é que a diretoria está perdida e não sabe o que pretende fazer do futebol rubro-negro.
Basta analisar o perfil dos técnicos e diretores quer passaram pelo clube desde janeiro de 2013.
Tenho a impressão de que a diretoria age como alguém que anda no escuro, tateando o ambiente, aos tropeços, em busca de luz. Ou mais precisamente, na base do erro e do acerto, até encontrar um caminho firme para o futebol do Flamengo.
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Mas nada disso funcionará se o planejamento do futebol continuar sendo mal projetado e mal executado, como temos visto nesses três anos.
Porque quando bate o desespero e a água chega ao pescoço, não há princípios, planejamento, projeto, nada. Agarra-se a primeira tábua de salvação e o objetivo passa a ser simplesmente sobreviver.
Essa prática tem sido constante nesses três anos de administração. Avalia-se mal o plantel e o trabalho da comissão técnica, os resultados não vêm e o clube, no meio da temporada, reformula tudo, iniciando do zero.
O elenco, o melhor possível dentro das possibilidades, é para ser formado no início da temporada e não no meio dela.
A janela do meio do ano serve para aparar as arestas e corrigir as deficiências do plantel.
Alguém, todavia, pode obtemperar que "o futebol não é uma ciência exata, e que existem muitas variáveis, como lesões imprevistas, quedas inesperadas de rendimento e mudança no método de trabalho da comissão técnica. "
Pois bem, então façamos o seguinte: peguemos um par de dados, joguemos para o alto e sigamos o que a fortuna decidir. pra quê perder tempo planejando e estudando se tudo se resume a uma questão de sorte ou azar?
Mas é evidente que as coisas não são assim.
Há um grupo de quatro ou cinco clubes que praticamente todo ano faz boa campanha no Campeonato Brasileiro e consegue classificação para a Taça Libertadores da América. São eles: Internacional de Porto Alegre, Cruzeiro, São Paulo, Corinthians e Atlético-MG.
E antes que digam, "ah, mas olha o orçamento deles em comparação ao do Flamengo", eu esclareço que o exemplo dos clubes citados tem somente a finalidade de demonstrar que um planejamento bem executado rende frutos, pois Santos, Palmeiras, Grêmio e Fluminense também despendem altos gastos com o futebol, mas não obtêm os mesmos resultados.
Não exijo, embora gostaria muito, que o Flamengo tenha neste momento um rendimento de alto nível, pois as condições talvez ainda não permitam esse salto de qualidade.
O que cobro, como humilde torcedor, é que, enquanto saneia suas finanças e aumenta sua arrecadação, o Flamengo transite ali pelo sexto, oitavo, décimo segundo lugar. Afinal, nossa folha salarial está entre as dez mais caras do país.
Então, por que todo ano o clube inicia o Brasileiro fazendo uma campanha medíocre?
Então, por que todo ano o clube inicia o Brasileiro fazendo uma campanha medíocre?
Porque o planejamento é mal elaborado e mal executado.
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Passando para dentro das quatro linhas, que é o que realmente interessa, o Flamengo enfrentará amanhã o Coritiba, no Couto Pereira.
Após um início melancólico, resta ao time do Flamengo superar suas limitações e vencer os jogos, dentro ou fora de casa.
Além do Guerrero, Alan Patrick e Ayrton, a diretoria já sinalizou que mais reforços chegarão, o que qualificará o elenco.
Se o Flamengo, porém, almeja algo mais do que permanecer na Primeira Divisão, o ideal é que esses atletas encontrem o time ali pelo meio da tabela, pois isso possibilitará uma arrancada rumo a objetivos mais grandiosos.
A meta, portanto, é pontuar o máximo possível.
Avante Mengão!
Uma rodada virtual, por minha conta, em homenagem aos 190 conselheiros e heróis que votaram ontem a favor do Clube de Regatas do Flamengo.
A vocês, meu sincero muito obrigado.
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Uma rodada virtual, por minha conta, em homenagem aos 190 conselheiros e heróis que votaram ontem a favor do Clube de Regatas do Flamengo.
A vocês, meu sincero muito obrigado.
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Abraços a todos e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.