terça-feira, 23 de junho de 2015

Adeus a Carlinhos Violino

A coluna de hoje é uma homenagem ao Carlinhos Violino, craque rubronegro, grande treinador, "habitante" das alamedas da Gávea, dono de uma praça que tem seu nome, seu busto, identificação enorme! Eterno, Violino!

A novidade aqui, é que o post não é meu. É uma tabelinha entre o Mundo Rubro Negro e o Buteco, vou apresentar:

A autora é uma rubronegra que se diz: "Torcedora compulsiva, apaixonada por futebol! Mas antes de tudo : Flamenguista", de Medicilândia-PA, uma afago no orgulho da grandeza do Flamengo.

Falo da Thayná Torres ou @thaytorress, a quem agradeço. Curtam.

*****
Ponho as mãos no teu corpo musical 
Onde esperam os sons adormecidos.
 
Em silêncio começo, que pressente
 
A brusca irrupção do tom real.
 
E quando a alma ascendendo canta
 
Ao percorrer a escala dos sentidos,
 
Não mente a alma nem o corpo mente.
 
Não é por culpa nossa se a garganta
 
Enrouquece e se cala de repente
 
Em cruas dissonâncias, em rangidos
 
Exasperantes de acorde errado.
 

Se no silêncio em que a canção esmorece
 
Outro tom se insinua, recordado,
 
Não tarda que se extinga, emudece:
 
Não se consente em violino fado.
 
José Saramago 


Uma nação de 40 milhões de apaixonados! Muita gente não é? O melhor é quando se segue a máxima de que “Flamenguista gera Flamenguista”. Claro! Quem se apaixona pelo flamengo, sempre quer repassar esse amor aos seus; Às vezes esse amor pelo clube vem de um avô, do pai, da mãe, de um tio, de um vizinho, de um ídolo... Nós, discípulos desse sentimento nos mantemos grato eternamente.
É! Nos orgulhamos de sermos a maior torcida do mundo e lógico que ficamos felizes quando nasce mais um flamenguista e ficamos desconsolados quando um se vai, ainda mais quando esse um, foi quem nos inspirou a ser Flamengo.
Hoje o canto da Nação Rubro Negra amanheceu desafinado! O nó na garganta que fica ao nos despedimos de um dos maiores ídolos que o Flamengo: Carlinhos “Violino”, um jogador que com certeza inspirou muita gente a ser flamenguista e amar esse clube como ele amou.
Carlinhos, em toda sua carreira, nunca conheceu a camisa de outro time que não fosse o Flamengo! É o oitavo jogador que mais jogou com o manto sagrado: foram 516 partidas jogadas em alta classe, sem nunca sequer ter recebido um cartão vermelho, tanta habilidade e refinamento que rendeu o apelido de Violino.
Poderia colocar aqui, vários números da carreira do nosso “Violino”, números impressionantes tanto quanto jogador como treinador do Flamengo, mas a verdade é que nesse momento, isso é o que menos importa. Não que não seja relevante, aliás, muito em parte, foi por isso que o Carlinhos se tornou ídolo, mas tenho certeza que mais nos inspirou nele, não foram os 516 jogos, mas sim os 77 anos de vida dedicados ao clube, sempre demonstrando repeito e amor ao nosso Flamengo!
É justamente esse amor que faz hoje, 40 milhões se entristecer pela perda de 1. Esse “1” que gerou tanto flamenguista! Continuará vivo nos corações de todos nós!
Quando você, que está lendo esse texto, estiver mostrando a alguém o que é ser flamenguista! Fale o quanto você é grato a quem te ensinou o bom de ser flamengo, fale do Zico, do Júnior, do Adílio... Fale do Carlinhos!

Sei que ele merecia mais do que essas breves palavras, peço desculpa! E apesar dele não está lendo esse texto agora, quero apenas dizer uma coisa: Obrigada Carlinhos!