sábado, 13 de setembro de 2014

Uma Nação Chamada Flamengo





Irmãos flamengos,

com ou sem crise, um fato é inegável: a Nação Rubro-Negra é a maior, a melhor e a mais apaixonada torcida do mundo.

Por onde o Mengo passa, arrasta multidões.

No Paraná, a galera flamenga se juntou para arrecadar fundos para o “Fla em dia”.

Na Bahia, foi feito o mesmo.

E em Cuiabá, aconteceu a mais fantástica recepção a um clube de futebol no Brasil, com mais de três mil fanáticos rubro-negros deslocando-se, tarde da noite, ao aeroporto da capital do Mato Grosso para receber o time e transmitir aquele calor humano que só a massa flamenga é capaz de produzir. Isso sem falar na lotação máxima da Arena Pantanal, com mais de trinta e três mil flamengos empurrando o time.

Quando tudo indicava um arrefecimento no ânimo da Magnética, com a eclosão de uma crise criada após o inoportuno aumento de ingressos, e com o time vindo de duas derrotas seguidas, a torcida do Mengão invadiu os pontos de venda de ingressos para o jogo de amanhã, criando filas monumentais por toda a cidade. 

Por isso, o Clube de Regatas do Flamengo é conhecido e reconhecido como o Mais Querido do Brasil, ou, como diria Mário Filho ou Nelson Rodrigues, o mais amado dos clubes.
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Sobre a polêmica envolvendo a majoração do preço dos ingressos, digo apenas que se tratou de medida infeliz e inadequada.

Com o devido respeito às opiniões em contrário, mas R$ 45,00 (valor pago pelo sócio-torcedor, sendo R$ 90,00 a inteira) por uma arquibancada no setor Leste está caro, caríssimo para o padrão médio nacional.

Está comprovado que se o quadro em campo e na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro já não é o ideal, sem a torcida ficará muito pior. E no momento mais agudo da crise, a diretoria baixou o valor do ingresso e a torcida carregou o time no colo.

Agora que demos uma respirada, soou mal esse aumento.

Eu acho que ter a torcida ao lado do time não é despesa, mas investimento.

De todo modo, se o acordo com o Consórcio “Boca Aberta” (por Bcb) não é financeiramente interessante para o clube, acho injusto transferir à torcida o custo de algo cuja responsabilidade é exclusiva de terceiros.

O assunto é complexo, pois envolve, de um lado, a saúde financeira do clube, e do outro o desejo e a necessidade de ter o torcedor rubro-negro o mais perto possível, o que se torna problemático quando o valor do ingresso sobe demasiadamente. 

É preciso encontrar equilíbrio e eu, sinceramente, não sei sequer se ele é alcançável.

Acho, ainda, necessário um debate mais aprofundado sobre gratuidades e meias-entradas. Será que essas medidas realmente têm lugar quando estamos a tratar de um esporte como o futebol? 

Reparem que os jogos de futebol, basquete, e vôlei e as provas de atletismo e natação de categorias infantis estão quase sempre vazios, sendo que esses eventos sim teriam importância na formação das crianças e jovens.

Essa questão das gratuidades e meias-entradas sempre me pareceu, muito mais do que incentivo à cultura e ao esporte, um ato meramente populista, de se fazer caridade com o bolso alheio em troca de dividendos políticos, o que, aliás, é muito conveniente vindo de uma classe política despreparada e ociosa, como a nossa. 

Mas reitero que acho equivocado repassar ao torcedor, através do preço do ingresso, a sanha infatigável de todos aqueles (Consórcio, Ferj, Poder Público e que tais) que mamam nas tetas do trem pagador chamado Flamengo.
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Sobre o jogo de amanhã, apenas um resultado nos interessa: a vitória.

E é ela que o Mengão deve buscar com muita raça e denodo. Vale lembrar, a propósito, que o Flamengo contará com o retorno do Cáceres.

O rendimento da equipe caiu a partir do momento em que foi abandonada a proposta de se jogar “por uma bola”, ou seja, de marcar muito firme e sair com incisividade para o ataque.

Quando esse time se propõe a ter a posse de bola, com aquele toque “miudinho” de um lado para outro sem nenhuma objetividade, pode-se prever que o resultado não será satisfatório.

A postura, tática, física e mental da equipe tem de estar alinhada com o discurso do “saco de cimento”.

Só assim, com a consciência de suas limitações, é que o time pode render o seu melhor, conquistando vitórias improváveis e levando o Flamengo à uma colocação digna de sua grandeza.



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Abraços, Saudações Rubro-Negras e bom fim de semana a todos.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.