quarta-feira, 11 de junho de 2014

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Em tempos de legados pra cá e legados pra lá, a metade do ano escorreu pelo ralo sem deixar um deles em forma de time para o Flamengo, além do caos no futebol. Os dirigentes podem alegar que o clube ganhou mais dois títulos: a Taça Guanabara e o Estadual, curtidos por todos no devido momento da conquista. Melhor do que nada e essas competições são capazes de derrubar treinadores quando a perdem, porém, embora vencendo, não formaram uma simples e confiável equipe de futebol na ampla expressão da palavra. Pairam no ar a desconfiança e o descrédito nas mentes e corações rubro-negros;

Sinais foram recebidos e desprezados, principalmente os enviados pela Libertadores em consequência da medíocre campanha realizada, mas não foram suficientes para alertá-los que no Campeonato Brasileiro nada seria diferente. Como agravante, mal iniciada a competição nacional, a cúpula do futebol diagnosticou erradamente o mal que afligia o time e simplesmente trocou o treinador, na esperança de que tudo se resolveria como num passe de mágica;

E sabemos, desde sempre, o que ocorre quando o paciente recebe doses de medicamentos que pouco têm a ver com a doença que o aflige. Na melhor das hipóteses nada acontece, se o mesmo estiver com sorte. Em situações normais, o doente tem o seu quadro agravado por falta de ação correta e urge que outras medidas sejam adotadas. No caso, o Vice-Presidente, Wallim Vaconcellos, renunciou tardiamente ao alto cargo que ocupava;

Passados 10 dos 45 dias de paralisação do Brasileirão, de visível para fora dos muros da Gávea nada foi feito, ninguém foi dispensado numa contratação inversa nem outros chegaram numa contratação direta para as posições mega carentes como as laterais e o meio de campo e neste setor só resolve quem é craque, que sabe passar com precisão, dita o ritmo de jogo e põe a bola debaixo do braço. Onde tem um disponível, bom e barato? Confesso que não sei, mas conto com o bem remunerado Ximenes para resolver esse caso;

E o que pensam, o que fazem, o que pretendem e como agem os atuais responsáveis pelo departamento de futebol do Flamengo? O tempo urge e temos que sair da péssima situação na qual jogadores descompromissados com a vida profissional, que ainda estão vinculados ao clube, nos colocaram. Na coluna passada escrevi com esperanças sobre o que as férias de 15 dias concedidas aos jogadores poderiam nos proporcionar em termos de tranquilidade para trabalhar as dispensas e contratações, ou seja, planejar sem precisar apagar o fogo provocado pela presença das ervas daninhas. Hoje, lembro aos amigos que a Copa do Mundo que inicia amanhã não pode desviar o foco de nossas necessidades. Temos que continuar a marcação por pressão, pois é assim que o Flamengo funciona, já que a tranquilidade na Gávea não é a nossa praia.

SRN!