sábado, 15 de fevereiro de 2014

Flamengo Über Alles







Irmãos flamengos,

quem se dispusesse a comparar os comentários desta semana com os da semana passada ficaria perplexo com a capacidade do Flamengo em levar sua torcida aos mais altos momentos de alegria e otimismo para, logo depois, conduzir-nos todos à dura realidade das oscilações de uma equipe ainda em busca de sua melhor formação. 
 
De minha parte, me absterei de analisar componentes táticos ou relacionados à escalação do time, pois a cada jogo, aquilo que era certeza para mim, torna-se dúvida. Então, na qualidade de comandante do Flamengo, e contando, aliás, com toda a minha confiança, deixo ao Jaime de Almeida a tarefa de escolher o melhor esquema e escalar os melhores jogadores.

O que ele determinar, terá meu apoio.
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 Sobre o clássico de amanhã, se me coubesse a decisão, escalaria um time reserva, do goleiro ao ponta esquerda.

Se a Taça Libertadores da América realmente é a nossa prioridade, creio que o melhor para o Flamengo seja poupar o time titular, que vem de uma viagem longa e desgastante, e de uma partida muito cansativa, de forte intensidade, em que a equipe atuou a maior parte do tempo com um jogador a menos. 

Podem objetar que “os atletas são profissionais, pagos para jogar.” Verdade. Contudo, se pensarmos num planejamento voltado para o jogo contra o Emelec, no próximo dia 26, no Maracanã, o ideal seria manter o time titular em preparação exclusiva para a partida, que será nossa estreia em casa, diante de nossa torcida. 

Assim, eu deixaria o time titular treinando até quarta-feira, dia 19, ocasião em que o colocaria em campo pelo Campeonato Carioca, a fim de não perder o ritmo de jogo. Após, retomaria os treinamentos visando o desafio do dia 26, o qual pode ser encarado como uma decisão, porquanto a vitória em casa nos é imprescindível. 

Ademais, o jogo contra o Vasco assemelha-se ao do Fluminense: se vencermos com o time titular, não faremos mais que a obrigação, pelo fato do adversário estar na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro; por ouro lado, se não ganharmos, além da crise bater às nossas portas, daremos munição e moral para time rebaixado, que possivelmente terá no jogo de domingo a sua única oportunidade de nos enfrentar no ano.

Afora os benefícios físicos, técnicos, táticos e psicológicos advindos da preparação exclusiva para o jogo do dia 26, se escalarmos o time reserva diante do Vasco a lógica acima se inverte: se vencermos, o Flamengo se encherá de moral, pois sobrepujaremos um rival tradicional com nosso segundo esquadrão; se não ganharmos, o dano será minorado, afinal, jogamos com...o time reserva.

Me parece, portanto, que ao Flamengo não basta dizer que prioriza a disputa da Libertadores. É fundamental traduzir essa afirmação em atos.

A ideia de prioridade não pode conviver com exceções justificadas tão-somente em razão de ser o adversário um tradicional rival da cidade, ou com base na assertiva de que o time precisa de moral. A moral de que carecemos, na minha opinião, é vencer o Emelec dia 26 no Maracanã.    

Até porque o Flamengo fez uma boa campanha inicial no Campeonato Carioca, possuindo alta pontuação, e, em caso de um resultado não favorável domingo, teremos tempo suficiente para recuperar-nos.

Eu, como todo flamengo, quero que o Mengão conquiste tudo, inclusive o Campeonato Carioca. Mas, se a priorização da Libertadores é um desejo sincero do clube, aqui entendido em acepção ampla, incluindo-se diretoria, jogadores, comissão técnica, e, claro, torcida, alguns sacrifícios deverão ser feitos.

Estamos ainda no início da temporada, e a partida do dia 26 já se apresenta como “o jogo do ano”. Temos de vencer. Não há meio termo. E será indispensável o apoio maciço da Nação Rubro-Negra. 

Ademais, já disseram alhures que o time reserva do Flamengo tem a fibra necessária para vencer domingo, afinal, nós vestimos o Manto Sagrado.

Que assim seja.
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E que bela homenagem a Alemanha prestou ao Clube de Regatas do Flamengo. Alemanha que, juntamente com Brasil, Itália e Argentina, integra o restritíssimo grupo das quatro maiores seleções de futebol do planeta. 

E parece que a moda está pegando, pois o México também já anunciou que vestirá vermelho e preto na Copa.

Os arco-íris, raivosos, irados de inveja e despeito, mal conseguem esconder seu recalque diante de um ato que, uma vez mais, comprova a grandeza imensurável do Mengo, O Mais Amado.

Para a Alemanha, a homenagem representa uma tremenda jogada, pois angariará, no mínimo, a simpatia e a torcida de quarenta milhões de flamengos.

E que não me acusem de falta de patriotismo. Sou brasileiro e torcerei para nossa seleção. Todavia, a Alemanha, ao vestir uniforme declaradamente inspirado na sagrada camisa rubro-negra, tornará inevitável o recebimento, com fartura, do meu apreço.

Quando, às vésperas da Copa de 1950, a seleção brasileira enfrentou em amistoso o time reserva do Flamengo, alguns jornalistas criticaram os mais de dois mil operários que comemoraram efusivamente o gol marcado pelo Mengão no selecionado nacional.

A defesa dos humildes flamengos foi, porém, fulminante. Não me recordo se feita por Nelson Rodrigues ou Mário Filho, ou ambos, que afirmaram que o erro não era dos operários, antes de tudo apaixonados pelo Flamengo, seu clube do coração, mas sim daqueles que botaram a seleção brasileira justamente para enfrentar o Flamengo. Sábias palavras.

E não se trata tampouco de subserviência cultural. Já imaginaram uma Copa do Mundo na Espanha e a seleção brasileira adotando um uniforme branco em homenagem ao Real Madrid? Ou azul e grená em homenagem ao Barcelona? Ou se a Copa fosse na Itália e o uniforme brasileiro estivesse tingido de vermelho e preto, em honra ao Milan, ou apenas vermelho, em honra à Roma? Ou se fosse na Alemanha e o uniforme da seleção tivesse por inspiração a camisa do Bayern de Munique? Ou se fosse na Inglaterra, e o vermelho fosse escolhido por causa do Liverpool ou do Manchester United? Tenho certeza de que os torcedores dos respectivos clubes ficariam enormemente honrados com a homenagem, dada a grandeza do homenageante e do homenageado. 

Portanto, como flamengo, sinto-me muito honrado com a homenagem feita, com pompa, pela seleção da Alemanha ao Clube de Regatas do Flamengo.
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P.S.: menção honrosa à estupenda atuação do basquete rubro-negro, que assinalou 79 pontos em apenas 20 minutos, conquistando uma grande vitória sobre o Capitanes, de Arecibo, por 123 x 90, na estreia do time Campeão do NBB na Liga das Américas. Avante Mengão!





Abraços, Saudações Rubro-Negras e bom fim de semana a todos.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.