terça-feira, 25 de junho de 2013

O Destravamento do CT

Enxergo quatro maneiras objetivas de se operacionalizar o termino da construção do CT, de profissionais e o de base: Vender alguns atletas e propriedades do uniforme, especialmente as “mangas do futebol profissional”; Ceder por período o nome do CT; Incluir verba da negociação de estádio, próprio ou negociação com o consórcio vencedor da licitação do Maracanã, como luvas de contrato; utilizar de forma ão ostensiva a torcida para contribuir. Faltam aproximadamente R$ 26.000.000,00 para que se termine completamente o complexo de treinamento do futebol que o Flamengo pretende montar, R$ 8.000.000,00 no módulo destinado aos atletas profissionais e R$ 18.000.000,00 para o módulo de categorias de base. Com a finalização o CT estaria em um patamar que o clube merece. A verba é considerável e só aumenta com o “abandono” da obra, quanto mais se demora, mais se deteriora, considerando a exposição dos materiais e construções, majorando os custos. 

Atualmente o Flamengo tem alguns jogadores “encostados”, reservas "não imediatos", juniores que estouraram a idade e não tem espaço no time de principal, atletas que retornaram de empréstimo. Vender é difícil e não é bom ficar pagando salários atoa, por isso defendo a ideia da formação de um Flamengo B, que possa viajar pelo Brasil e outros países, mantendo os jogadores em atividade, com ritmo de jogo para possível aproveitamento, caso se necessite. Uma espécie de time de aspirantes, como se chamava antigamente, pode dar ritmo de jogo aos atletas sem atividade competitiva a aos que retornam de contusões, "vitrine para negócios menores” ou até “esconder” jogadores antes da assinatura de contratos (caso Matheus), treinando. Uma opção de rentabilidade para a marca Flamengo e mais trabalho para o Marketing, porém exige "custos" que em minha ótica são investimento. Futuramente ocasionaria uma quantias revertidas diretamente para o CT. Seria ótimo se integrar em turnês os "aspirantes" e o Masters do clube. Um espetáculo garantido, uma fonte de receita nova, reaproximando velhos idolos da Nação, do próprio clube, são patrimônio.

Solução concreta pode vir a ser a cessão do direito de nome do CT para uma empresa. Vender esta propriedade não é fácil,  os números que precisamos atingir são altos. O Bahia saiu para o mercado para tentar vender o nome da “Cidade tricolor” e o Corinthians está negociando o Nome do CT por cinco anos a uma empresa pela quantia de R$ 20.000.000,00 (essa notícia não se confirma, mesmo na fonte citada, mas é algo a se pensar). Porque o Flamengo não pede R$ 30.000.000,00 "a alguém" por 10 anos e termina de construir? Essa é uma propriedade que não foi cedida a Adidas e pode sim ser uma opção para a implantação de um centro de excelência (pesquisa) da empresa alemã no Brasil, como ocorre com o Bayern de Munique (neste caso a Adidas tem 8,1% das ações do clube). Trata-se de um bom negócio, o clube treina muito maisno CT, do que joga suas partidas. Em um mês que se joga 8 partidas se treina 10, 15 dias com jornal, revista, blogs e afins cobrindo ao dia do elenco. O Manchester United tem o direito de nome do CT cedido a uma empresa pelos próximos 8 anos pela quantia de R$ 457.000.000,00 ou aproximadamente R$ 47.125.000,00 por ano. Incrível! O Time inglês tem também um patrocinador exclusivo para o uniforme de treinamento. Isso mesmo! Como um patrocinador “máster” para o uniforme de treino por R$ 9.500.000,00 por ano em 4 anos. 

A terceira opção é se incluir as obras do centro de treinamento numa negociação pelo estádio ou pela casa em que o Flamengo vai mandar os jogos no futuro. O Fluminense ao que parece tem negociado este "tipo de luva" (investimento) com a concessionária que venceu a licitação do Novo Maracanã por problemas com as CNDs. Nós faríamos o mesmo pelo sentido oposto, visto que o clube obtém as certidões negativas de débito e também negocia com o consórcio. O centro de treinamento seria um lugar aplicável da verba das luvas deste contrato ou qualquer outro contrato para a construção de um estádio próprio para o clube, caso venha ocorrer. Digamos que o CT sairia do “pré-sal” do Flamengo, o estádio, a casa das partidas de competição, grande fonte de receita. Uma renda garantida para a formação de equipes vitoriosas no curto prazo, curtíssimo, já que o elenco profissional atualmente utiliza o CT, mesmo que inacabado.

última ideia é a integração e o “clamor” à nação, para que o torcedor venha contribuir para a construção do CT e ajude ao clube concretamente. Existiram outras campanhas como a das pulseirinhas ou a dos tijolinhos, a intenção é maximizar o que já foi executado, num combo. Venderia-se cotas de Sócio Torcedor com preços diferenciados e o fim objetivo. O pacote de ST (com os benefícios do programa atual e sua rede) sairia comercializado por R$ 300,00 em plano anual, parceláveis por 12 meses (R$ 25,00/mês). Poderia se obter a cota por boleto bancário, sem desconto já que se trataria de um fim específico. Neste pacote estariam inclusos sorteios de visitas ao CT e a treinos do time, um tijolinho (ou placa) no final dos 12 meses com o nome do ST, no “muro dos STs”, que teriam gravado seu nome na História do clube, sua contribuição eterna ao crescimento do Flamengo. Esta opção certamente englobaria uma grande quantidade de torcedores, principalmente os de fora do RJ.

Uma opção inovadora, que “comprovaria o engajamento” dos rubro-negros com o seu patrimônio, seria a criação de um “muro dos tijolinhos” na Gávea, para os sócios, com verba diretamente revertida para o centro de treinamento, o Ninho do Urubu. Os tijolinhos ou placas para sócio Gávea custariam R$ 500,00 parceláveis em 10x, sem passar pelo caixa do Fla-Gávea, destinadas à construção do CT do futebol. Os sócios poderão comprar as placas para homenagear seus dependentes, familiares, amigos, animais de estimação, empresas (até entes parentes falecidos). Considerando a adesão de 25.000 ST/CT (R$ 7,5 MI) + 3.000 tijolinhos Gávea, o clube ficaria com R$ 9 MI por ano. 

Afirmo que no final de 2014 o CT pode estar terminado, com algumas destas ações combinadas e outras ações complementares. Terminada a construção do CT, a sobra do dinheiro destes programas seriam revertidos imediatamente para o futebol no caso do ST e para o Fla-Gávea no caso dos tijolinhos da sede social (os tijolinhos totais: 6000 unidades, no máximo). As ideias citadas acima são apenas algumas que visam a construção da “padaria” para que a fornada de craques seja constante e de qualidade.

FLAMENGHIEUBIQUE!


P.S.: Surgiu uma nova opção aventada pelo blogueiro Bruno1983. Por que não, pegar o terreno prometido pela prefeitura e construir um CT para a base ou um CT olímpico, por meio de lei de incentivo fiscal? Como a prefeitura prometeu e cumpriu para Fluminense, Vasco e Botafogo, doando um terreno para que se construam os centros de treinamento destas equipes, para o Flamengo foi prometida uma verba, não cumprida. O clube já tem terrenos para a estrutura do CT esse foi o motivo da "não-doação" das terras e sim de verbas. Não seria melhor um terreno? Como para os "co-irmãos"? Eu escolheria a opção do terreno, até por ser mais simples a prefeitura doar um local, do que remanejar verbas. Além disso o terreno valorizaria o patrimônio do clube. À se pensar muito seriamente.