terça-feira, 18 de junho de 2013

Ação: Integração


Hoje é o dia de postar algo que não é novo, mas penso que seja perfeitamente possível de se executar no Flamengo, teoria em que sempre pensei, uma integração de serviços de patrocinadores com o clube. Esta integração já foi explanada pelo Vice-Presidente de Marketing, ainda na Chapa Azul e acho até que caminharemos para isso, estamos caminhando. Vou demonstrar alguns exemplos do “mercado” que serviriam para o engrandecimento das relações do Flamengo para com o próprio mercado e com seus parceiros comerciais, inclusive envolvendo diretamente seus clientes, torcedores.

A ativação dos patrocínios é fundamental para a evolução das receitas de ambos, com eventos e associações, principalmente do ponto de vista do próprio patrocinador, porém via patrocinado. Hoje buscamos como parceiros nomes que tem representatividade no mercado nacional, no mínimo, portanto temos de sair na frente de nossos rivais, não somos os únicos. Devemos utilizar a capilaridade de nossa torcida, o que faz com que combatamos a qualquer clube em todo o território nacional, uma grande vantagem competitiva e associativa. Dividirei em quatro aspectos: uma ativação associada espanhola, (perfeitamente aplicável, agora), um caso de sucesso brasileiro (deve ser aplicado com o passar do tempo), uma oportunidade que pode se apresentar (acho estar se apresentando, advinda de uma crise) e umproposição, para ontem. 

O exemplo espanhol passou pelo banco Santander e a montadora Hyundai, uma integração na ativação de seus patrocínios. Cada gol da Espanha na Copa das Confederações se transforma em descontos para a compra de veículos financiados pelo banco, um ganha-ganha. A parceria entre as duas instituições existe desde 2011 e a seleção espanhola motiva e engrandece. Logicamente um desconto por gol, no caso do Flamengo seria muita coisa, mas uma porcentagem a cada 10 gols no Campeonato Brasileiro e um modelo parecido, seria ótimo. Como fica Caixa e Peugeot, por que não copiar o que pode dar certo? Cresceriam as vendas e os financiamentos da “Montadora e do Banco oficiais do Flamengo”.

A Confederação Brasileira de Judô - CBJ - é um caso de sucesso em relação aos patrocínios e ao envolvimento com seus parceirosNa semana passada ela anunciou mais um patrocinador de peso. Ela e a CBF são as únicas confederações esportivas do país que se mantem com patrocinadores privados. Os patrocínios públicos vem por conta do sucesso de sua gestão na área, além dos resultados apresentados no tatame. Lá há a aproximação dos patrocinadores, bom uso dos mesmos, além do vinculo criado pelo patrocinado com um evento anual com relatórios de produtividade e projeções, caminhos que serão seguidos e uma integração formal dos patrocinadores promovida pela entidade. Juntar seus parceiros e criar um vínculo entre eles pode motivar a medida citada acima, a ação dos carros com financiamento. Isso a CBJ executa com sucesso há algum tempo. Uma instituição que se aproveita de uma base o profissional no futebol é o Internacional de Porto Alegre com seu Seminário Anual de PlanejamentoA visão sobre o planejamento estratégico do clube fica explícito para seus parceiros, patrocinadores, para o mercado e também os sócios do clube. Muito legal! Um caminho que o Flamengo deve tomar a partir do próximo ano.

Uma oportunidade de negócio se apresenta para o Flamengo, uma associação inteligente. Na semana passada o Grupo JBS-Friboi, um dos maiores frigoríficos do planeta comprou a marca Seara de outro gigante mundial, o Grupo Marfrig. Sempre pensei em parcerias globais para o Flamengo, mesmo em tempos muito nebulosos. Atualmente os tempos são outros, muito mais próximos do que sonhamos, e graças, muito longe do que passamos. Porque a oportunidade? A Seara é uma das patrocinadoras do mundial de 2014 e era uma das patrocinadoras da seleção brasileira. Com as dificuldades do grupo passou a ser escanteada pela CBF e agora se concentra no patrocínio para o mundial. Como a Marca mudou de mãos, serão novos investimentos e novas oportunidades para o setor alimentício. A maior marca do mercado nacional e concorrente da Seara, a Sadia, ocupou o lugar na seleção quase como uma facada. Por que não o Flamengo? Nacional como a seleção só o Flamengo.


O próximo exemplo é o de casa, a proposta. Vem à cabeça uma ideia que sempre pensei, já até disse em comentários aqui no Butecovenda de serviços do Flamengo em associação com a rede de loterias da Caixa. A rede CAIXA hoje é composta por 15.000 possíveis pontos de venda de Flamengo no Brasil (12.000 lotéricas e 3.000 agências). Seria uma facilidade para o torcedor que deseja consumir, confortavelmente e uma garantia de distribuição para o clube, contando com  o CPF do torcedor fazendo ponte com os dados via Cadastro Rubro-Negro. Fazer compra de ingressos, produtos e serviços, sendo ST ou não, inclusive se associar ao ST e/ou ao clube ficaria muito mais cômodo, simplesJá que se pretende transformar as embaixadas em “vendedores Flamengos”, por que não transformar e democratizar a venda de serviços pelobancos e loterias Caixa, associadas ao Cadastro Rubro-Negro? Uma integração deste tipo depende apenas de um acordo e um sistema integrado de informação. Nada muito complexo ou inexistente.

Deveria partir do Flamengo as propostas de integração dos serviços, até porque o interesse é todo nosso. Com este “pacote” se negociaria todas as propriedades com maior valor em contratos futuros, numa maior visibilidade e versatilidade das vias de acesso ao clube. Sem dúvidas dentro e fora do clube as parcerias desta magnitude ligariam imediatamente produtos Ambev, carros Peugeot, financiamento e descontos com os cartões Caixa o os pacotes TIM. Bom ou não? Com o carimbo da “visibilidade Flamengo”.

O que não podemos deixar passar é o descaso das fornecedoras internacionais no Brasil. O Flamengo deve fazer valer seus direitos com a Adidas. Faltam camisas pelo Brasil, como faltou uniforme no treino seguinte a festa de apresentação do uniforme. Não pode! Se existem cláusulas penalizando quem tira a camisa em gol ou dirigente que aparece utilizando produtos das concorrentes, existem cláusulas para má distribuição? Deveria. Não pode ocorrer o que aconteceu com o time cebefeano no caso Seara, com um antigo fornecedor nosso, colocando esparadrapo em cima de ex-fornecedor (até porque se sabia da saída). A relação é de mão dupla, planejada, e a evolução da parceria deve ter uma entrega mais eficiente e de resposta mais próxima e rápida ante a  problemas que possam ocorrer. Esse descaso histórico deve ser evitado com trabalho das duas partes.

Para terminar um afago. Semana passada eu critiquei, hoje eu elogio gratamente a Vice-presidência de ComunicaçãoParabéns pela iniciativa e pela parceriaparabéns mesmo! Assim o clube vai conhecer melhor os anseios dos clientesTodos seremos monitorados pelo governo da Nação. Uma rede social Flamenga pode ser um grande passo para que o clube conheça seu cliente.


FLAMENGHIEUBIQUE!