sábado, 9 de março de 2013

Manter, mudar ou romper?



Bom dia, butequeiros!

Amanhã assistiremos do sofá ou sequer nos daremos ao trabalho de ver a final da Taça Guanabara, a ser disputada entre Botafogo e Vasco. A verdade é que fomos eliminados na semi-final, num jogo que deixou, além do amargo sabor da derrota, muitas perguntas no ar.

A primeira delas diz respeito a escalação. Wallace, zagueiro reserva do reserva no Corinthians, chegou por último e sentou na janela, retirando o lugar do regular Renato Santos, que havia conquistado com méritos a posição. Carlos Eduardo, a "grande" contratação do ano até aqui, que chegou com a pomposa média de 2 gols em 2 anos e que recebeu de cara, sabe-se lá porquê, a camisa 10, foi escalado pra jogar como ponta, mal conseguindo alcançar uma bola lançada a 2 metros de distância. Das duas uma, ou escala o jogador e muda o esquema, ou mantém o esquema e não escala o jogador. O primeiríssimo reserva ou até mesmo titular, como o técnico gosta de afirmar, é o contestado Renato Abreu. Tal jogador é capaz, na visão do técnico, de levar o time ao ataque (inclusive quando ainda em campo o já lento volante Cáceres). Já o jovem e promissor Luiz Antônio foi submetido a um frigorífico siberiano. Se o Luiz Antônio não tem chance de jogar nem com o Flamengo batendo o Friburguense por 4 a 0, é sinal que, quando raramente aparece no banco, se limita a ser figurante. 

As críticas, dentre outras, também recaem sobre o sistema tático utilizado (4-3-3 com 3 volantes), a ausência de variações táticas, a questão do time só saber jogar na base do contra-ataque, com enorme dificuldade pra fazer ou reverter o resultado, a defesa frágil, o meio campo que pouco cria, excesso de bolas cruzadas com apenas um jogador na área, fora uma preparação física um tanto quanto questionável (o time morre na 2a metade do 2o. tempo, a impressão é que Carlos Eduardo não evolui e Elias piorou).

Mas há o outro lado e nem só de erros vive o nosso atual comandante. 

O time fez 22 pontos em 24 disputados. Ganhamos 2 clássicos em 3. Rafinha, Rodolfo, Nixon e Igor Sartori foram lançados. Os dois primeiros ganharam várias oportunidades e até certa regularidade. Ramón foi barrado e deu lugar a João Paulo. Ibson foi recuperado. Gabriel deve receber chances para disputar a titularidade. Nosso meio campo não é povoado por volantes brucutus e há significativo apetite pelo gol. Um time velho e lento deu lugar a um time bem mais jovem e veloz. Há notícias diárias de treinos, mesmo nos dias em que o rachão é permitido. O elenco parece estar unido, não há matérias sobre conflitos ou indisciplinas. Diretoria e Comissão técnica dão a impressão de falar a mesma língua. Acredito que o Dorival colabora no sentido de tornar o ambiente de trabalho no Flamengo mais sério, menos fanfarrão. Existe também um certo otimismo, o sentimento que esse time pode evoluir, pode surpreender, há esperança no ar, além da promessa de novos reforços para o 2o semestre, que tendem a facilitar o trabalho de qualquer treinador.

Particularmente, penso que não é hora nem de romper, nem de manter tudo do jeito que está. Os resultados até aqui demonstram que nem tudo está certo, tampouco que tudo está errado. Precisamos de ajustes. O Dorival precisa questionar suas escolhas, testar alternativas e fazer o time evoluir.

A taça Rio servirá a esse propósito. 

Assim espero.

Ps. Já ouvi o boato que o Abel está com a corda no pescoço e que o Celso Barros cogita fortemente o Mano. Talvez leve quem chegar primeiro...rsrs

Bom sábado a todos,

SRN!