segunda-feira, 26 de março de 2012

Libertadores e Transição

Buongiorno, Buteco! 16 (dezesseis) jogos, com 8 (oito) vitórias, 5 (cinco) empates e 3 (três) derrotas. Essa é a estatística dos confrontos entre Flamengo x Olímpia. Portanto, sem essa de que o Flamengo nunca venceu o Olímpia. É fato que nunca venceu na Libertadores, mas, em 5 (cinco) jogos, ocorreram 4 (quatro) empates e apenas 1 (uma) vitória do Olímpia, em circunstâncias atípicas, exatamente em 2002, ano do último título dos paraguaios e da famigerada pior campanha do Flamengo na competição, a única em que foi desclassificado na primeira fase. A regra nesse confronto é o equilíbrio, o que torna o jogo de quarta-feira quase "pule de dez" para outro empate. Uma simples consulta ao site FlaEstatística mostra que o Flamengo já venceu o Olímpia em outras competições internacionais sul-americanas, como a Super Copa dos Campeões de Libertadores e a Mercosul. Portanto, nada de preocupações com o sobrenatural. Mais importante é o que Joel e o time farão para vencer e a transição de alguns jovens para o profissionais, a sua prova de fogo, ocorrer justamente na disputa da mais importante competição do continente. Isso, sim, merece a nossa atenção. E tem jogo quarta-feira, as 22:00h, no tradicional Estádio Defensores Del Chaco. Se o Sobrenatural de Almeida quiser mesmo ajudar, que ajude a manter a tradição de que, quando Flamengo e Olímpia se cruzam pela Libertadores, um dos dois é campeão...

A Transição

A atuação de altos e baixos de Diego Maurício contra o Friburguense, seguida de uma ótima atuação contra o Volta Redonda ao lado de Vagner Love, no sábado seguinte, levou-me a refletir a respeito de como é complicada essa transição dos juniores para os profissionais. E não é de hoje. Lembrei-me do caso do Paulo Nunes. Era um atacante muito promissor nas divisões de base do clube, foi campeão da Copinha de 1990 e chegou até a ser titular do time profissional campeão brasileiro de 1992 uma significativa parte da campanha. Na reta final, perdeu a posição para Júlio César, o "Imperador" da época, típico "craque de time pequeno ou médio". Tempos depois lembrei-me de ter lido ao final de uma coluna do Sérgio Noronha no Jornal do Brasil que o Paulo Nunes "estava na barra pesada". Negociado com o Grêmio, foi campeão brasileiro novamente e da Libertadores, pelo próprio Grêmio e pelo Palmeiras, titularíssimo em ambas as equipes comandadas por Luiz Felipe Scolari. Se me perguntarem, digo que Diego Maurício tem tudo para ser muito melhor do que Paulo Nunes. Negueba é mais habilidoso e tem mais físico, mas precisaria aprimorar as finalizações. Tudo depende do tempo, de orientação, de paciência e profissionalismo. Combinação difícil e complicada. Nada é fácil.

Três volantes

Lembrar daquela época é bem interessante. Carlinhos, de quem tenho saudades como treinador, tinha uma característica, que para mim era virtude, oposta a de Joel Santana: não era obcecado por um esquema tático específico ou uma pequena variação dele. Montava o time de acordo com as características dos jogadores que tinha às mãos e do tempo que estava vivendo. Assim foi em 1987 e 1992. Em 1987 teve a visão de lançar Bebeto como centroavante de área. Em 1992 montou um 4-3-3 em que defendia com 9 (nove) jogadores, um esquema parecido com o de 1981 e dos quais, na minha humilde opinião, o popularíssimo de hoje em dia, utilizado pela Alemanha na última Copa, acaba sendo uma variação. O mais incrível do esquema de 1992 é que soube exatamente onde colocar os garotos da Copinha. Terminou campeão brasileiro pela segunda vez. Naquela função de vai-e-vem, em 1992, jogaram, durante o torneio, pela direita, Paulo Nunes, Marcelinho Carioca e Júlio César Imperador; pela esquerda, Nélio. Sou então obrigado a perguntar: hoje esse esquema não poderia ser uma variação interessante? Ou precisa ser sempre com três volantes, obsessivamente, não importa a característica dos jogadores?

Que diferença faz um técnico de verdade... Saudades, Carlinhos!

Mr. Magoo

Muito bem. Pedem ao Departamento Jurídico para não recorrer das suspensões do Ronaldinho Gaúcho, que faz aniversário e, dizem, comemora não sei aonde numa festa de três dias. Willians aparece andando em campo sábado. Divulga-se uma cartilha. Mr. Magoo diz que não tem nada a ver e que continua não precisando de óculos.

Bom dia e SRN a todos.