sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Empacou

Flamengo parou. Estagnou. Travou. Não anda mais. O time já está estudado e monitorado pelos adversários. As soluções táticas do Luxemburgo funcionaram a contento durante boa parte do primeiro turno, mas hoje já não servem mais. Jogadores entram e não resolvem amarrados que estão pelo desenho tático do Luxemburgo, famoso por sua teimosia exarcebada e falta de humildade em reconhecer erros.

Aliado a isto temos um Diretor de Futebol que não está lá por sua competência e sim por ser marido de "amiga da presidente" e comparsa em sua campanha política para destruidora do futebol do Flamengo. É uma espécie de nada no setor. Um buraco vazio regiamente pago. Pois este nada seria encarregado de, entre outras prerrogativas, conversar com o treinador sobre metas e  soluções de reforço de elenco que está visivelmente desequilibrado, sem zagueiros, atacantes e volantes experientes de contenção desde o início do ano.  É evidente que o Luxemburgo, por se sentir o "dono da bola" no futebol do Flamengo tem certeza que não deve satisfações e que o clube deve mais a ele que vice-versa.

Com tudo isto temos o Flamengo atual. Um elenco razoável, mas insuficiente em vários setores. Com desenho tático previsível e que, para piorar e até por causa disso, jogadores de talento reconhecido jogam mal: Thiago Neves, Bottinelli e até Negueba pioraram visivelmente. Não por coincidência jogam mais ou menos no mesmo setor ou têm funções parecidas.


Quando se está empacado é preciso cavar soluções novas. É preciso buscar alternativas pontuais através da observação de nossos maiores erros, e principalmente, não deve ter medo de mexer em time e em seus medalhões. Se Deivid é (ou está) uma nulidade, deixa o cara no banco... Se Renato não consegue jogar 90 minutos, substitui  e deixa no lugar um marcador mais veloz, Se Thiago Neves não se encontra em campo, deixa Ronaldinho mais atrás e adianta ele para jogar colado ao atacante da vez. Se Negueba entra em campo e não "marca direito" escale alguém que possa vigiar suas subidas sem que tenha necessidade de voltar. Negueba é jogador de arranque. São vários pontos os quais, evidentemente, são observados de forma melhor, mais precisa pelas pessoas que efetivamente trabalham no futebol do Flamengo e recebem uma remuneração muito acima da realidade brasileira para colocar em campo as alterações necessárias. Porque o time empacou. Travou. È hora de usar uma alavanca. Antes que seja tarde.