quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Que Fazer? Uma convocação para a Nação Rubro-negra!


Que Fazer?

Uma convocação para a Nação Rubro-negra!

Rodrigo Romeiro

Saudações Caros Butequeiros Rubro-negros. “Que Fazer?” é um clássico da ciência política, publicado por Lenin, em 1902, na Rússia, no qual ele aborda questões práticas relacionadas ao processo revolucionário. O objetivo principal de Lenin é político-prático, ou seja, apresentar propostas para a organização e atuação dos militantes revolucionários. “Que Fazer?” foi o fundamento escrito para a fracassada revolução de 1905, porém deixou muitas sementes, que frutificaram na vitoriosa revolução socialista de 1917.

Assim como Lenin, também acredito que sem a massa organizada e atuante, não há chance de vitória. Ainda mais quando o objeto em questão tem natureza tão popular e é tão dependente da massa, quanto o nosso Mengão. Mais do que nunca, precisamos de revolucionários Rubro-negros dispostos a encampar essa luta.

É tempo de nós, Rubro-negros, expormos, à face do mundo inteiro, nossa condição de maior torcida do mundo, de a mais apaixonada, de a que mais apóia e que está sempre pronta para enfrentar qualquer batalha. É tempo de lotarmos o Engenhão em todas as partidas e demonstrarmos nossa supremacia.

Faz-se necessário não sucumbirmos diante a qualquer obstáculo e termos consciência de que a vitória revolucionária só acontecerá com muita luta contra o status quo, e que nenhuma facilidade será encontrada pelo caminho. Faz-se necessário não nos intimidarmos com as dificuldades para chegar ao Engenhão, sairmos do conforto dos nossos lares e gritarmos a plenos pulmões nas arquibancadas.

É imperioso acreditarmos que a vitória não virá por benevolência dos adversários e que terá que ser conquistada com muita luta, e em cada batalha. Caso queiramos ser campeões é imperioso acreditarmos que o título só virá se empurrarmos e intimidarmos, lotando o Engenhão em todas as partidas, e não deixando um só mísero ingresso disponível nas bilheterias.

É urgente mostrarmos aos homens de preto e aos de cartola, que do povo sofrido rubro-negro nada se rouba e que não nos calaremos diante de sinistras coincidências e “erros” constantes cometidos contra os nossos legítimos interesses. É urgente mostramos nossa força nas arquibancadas do Engenhão e demonstrarmos que nossa indignação revolucionária não terá sossego, enquanto o respeito pelo manto sagrado Rubro-negro não pairar em todo o planeta.

O Estado pode ser um importante instrumento para que o processo revolucionário seja deflagrado e tenha êxito; criando condições objetivas para tanto. Se a direção do nosso Estado, a diretoria rubro-negra, assim não quer agir, cabe a nós revolucionários pressioná-la, até que não exista outro caminho, a não ser atender as reivindicações.

Cabe a nós revolucionários mostrarmos à diretoria rubro-negra, pacificamente, que não é fechando o setor oeste do Engenhão e mantendo o mesmo preço dos ingressos para todos os jogos, que teremos uma massa pulsante e insana, carregando o time e constrangendo os adversários. O mais importante é a lotação máxima, se para tanto for preciso colocar o ingresso a cinco reais em alguns jogos; que se coloque.

Nós, Rubro-negros, não nos rebaixamos a dissimular nossas opiniões e nossos fins. Devemos proclamar que nosso objetivo é o título e que vamos lutar com todas as forças por ele. Que os adversários tremam à idéia de uma vitória revolucionária da torcida rubro-negra. Não temos nada a perder e um título a ganhar.

Horrorizai-vos, senhores adversários, porque se a Nação decidir enfileirar e promover essa revolução Rubro-negra nos estádios, com muito canto, apoio, indignação, dança e festa, como só ela sabe fazer, não há força conhecida que seja capaz de barrar esse movimento rumo à conquista do Hepta. Mais do que nunca, esse Caneco depende da Nação.

Neste momento de crise, só nos resta lotar o Engenhão e todas as demais arquibancadas Rubro-negras espalhadas pelos quatro cantos do Brasil!

Temos uma tarefa revolucionária a cumprir!

RUBRO-NEGROS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!

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Sobre o jogo, tenho pouco a dizer e muito indignação para expressar. O impedimento no primeiro gol deles foi ostensivo e digno de entrar para o rol dos maiores erros de arbitragem dos últimos tempos. Também não vi falta no gol mal anulado do Deivid.

Para além dos erros de arbitragem, estamos passando por um dilema tático. Ou montamos um time burocrático e com consistência defensiva, e pra isso não podemos abrir mão dos três volantes. Ou jogamos com dois volantes, sendo o Renato cativo, e deixamos nossos zagueiros e laterais no mano a mano com os atacantes adversários umas quarenta vezes durante a partida.

Com uma zaga desentrosada e com o Rodrigo Alvim na lateral, seria muito difícil ganhar o jogo. Mesmo com a entrada do Negueba, o gol não saiu de uma jogada trabalhada, mas sim de mais um lance de genialidade do Ronaldinho. O Thiago Neves muito mais do que fora de forma, mostrou-se desinteressado da partida, o que é um fato extremamente preocupante.

Estamos em um momento crítico, em que o time não está jogando bem e também não está conseguindo vencer. Muitos jogadores estão contundidos e os reservas não estão conseguindo manter a qualidade do time titular.

Diante de tudo isso, Caros Butequeiros, acho que é a hora de manter a calma e da torcida fazer a parte dela. Se pressionarmos demais, o time pode entrar numa espiral descendente, que pode nos tirar do pelotão da frente definitivamente. Portanto, nessa conjuntura, o momento é de crítica construtiva, reflexão e apoio.