quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Soluções e conhecidos problemas

Considerando a atual Taça Guanabara como um prolongamento da pré-temporada, o torneio tem a virtude de expor, de forma definitiva, as carências com cadeira cativa no time do Flamengo, aos mais atentos e cautelosos, como também o efeito colateral (e perigoso) de extasiar os mais afoitos com os 100% de aproveitamento obtidos nas seis primeiras rodadas, que não levam em conta o significativo fato de não constar uma vitória sequer sobre uma equipe de primeira linha, entre as seis vencidas, e com o agravante de que em algumas partidas foi bem difícel levar os três pontos para o topo da tabela, especialmente as três últimas contra o Boavista, a "filha do vento" Nova Iguaçu e o Vice da Gama.

Sem qualquer novidade para chamar a atenção, algumas das necessidade básicas deste início de ano são bem conhecidas, velhas companheiras do Brasileirão passado, excetuando-se o gol e o meio de campo cujas situações foram muito bem resolvidas em relação ao goleiro e meias, com as contratações de Felipe, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, ficando para a lateral esquerda, nos pés do Egídio, a responsabilidade que nenhum torcedor por mais distraído que esteja aceita mais aturar, tal a incompatibilidade do jogador para a função. Em relação ao centro-avante Deivid, a paciência oscila entre os eventuais gols marcados e as fulminantes entradas no segundo tempo de uma espécie de Nunes, o artilheiro das decisões, de um desconhecido jogador que parece não acreditar no ditado popular, segundo o qual "O sol nasceu para todos mas a sombra apenas para alguns", que é o Wanderley. Com Deivid, nas entrevistas, Luxa demonstra uma confiança que não mostra mais com o atacante dentro de campo, sobrando para o QUEM a tarefa de resolver o jogo no lugar de quem foi contratado a peso de ouro no último minuto da janela de 2011. Já o R11 é um divisor de tensões na torcida do Flamengo, ontem e hoje, para manter a coerência. Só não tenho entendido o porquê do excesso de deferências com o RG-10 nas cobranças de faltas de longas distâncias, fundamento master do Renato.

Para finalizar, tenho gostado do comportamento do Flamengo nessa disputa e, em especial, do treinador Luxemburgo que, não satisfeito, procura caminhos na hora certa de um Campeonato feito sob medida pra isso, e sem o açodamento de promover, queimando etapas, os garotos que levantaram a Copa São Paulo. Está aí o Negueba, entrando e saindo das partidas para ganhar ritmo de jogo de gente grande. O momento deles vai chegar através de uma transição realizada com tranquilidade e profissionalismo. É o que desejo, é o que espero.

SRN