quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Barca que vem, barca que vai!

Um mês após o término de uma participação vexaminosa no Brasileirão, abaixo da crítica mais benevolente do rubro-negro mais apaixonado, e no início da pré-temporada, a barca que trouxe as novas contratações para 2011 está tão leve que pode virar com uma simples marola provocada por uma brisa do mar em dia de calmaria. Está faltando gente nessa embarcação que chegou com Felipe, Bottinelli e Vander. Carência é o que há pelo lado esquerdo da defesa, no meio de campo e no ataque, ou seja, em praticamente todos os setores do campo há espaços a serem ocupados por jogadores que não vieram, ou por estarem envolvidos nas novelas que se arrastam como sempre acontece ou por falta de interesse do clube em contratar, talvez pensando em resolver o problema com os mambembes já conhecidos, tais como: Rodrigo Alvim, Jean, Willians e Deivid. Não cito o Fernando por este ter renovado o contrato em dezembro, numa esdrúxula aposta do Luxemburgo.

Felizmente, e serve para manter o astral em alta, há profissionais da imprensa jurando por todos os juros que o Dentuço será anunciado, hoje, pelo Flamengo. Infelizmente, há aqueles do Sport TV avisando que o seu irmão, A$$i$, está a caminho de Sampa para conversar, definitivamente, com o Palmeiras, que já vive uma crise por falta de pagamento de salários, e outros ainda dizendo que o Grêmio levou a melhor. Leilão à vista. Se eu perguntar ao meu charuto o que vai acontecer, a resposta será um palpite triplo. Se der zebra, a barca vai ter que ganhar lastro com Thiago Neves, um zaqueiro, um lateral-esquerdo, um volante inteligente e mais um atacante para fazer compahia ao Diego Maurício. Mas, continuará em falta um meia...

Por outro lado, na barca que zarpa, colocar o nome do Petkovic na mesma relação de dispensa ao lado de Kléberson, Correa, Val Baiano e Diogo é um tipo de ato automático de quem não está pensando no que faz. Uma atitude que não resiste a uma primeira análise, a uma mera reflexão do que representou o melhor meio campista do Flamengo pós-Zico. O primeiro e único que me levou de volta às belas tardes de domingo com arte a lembrar do galo, pela visão de jogo, passes precisos, viradas de bola, bem feitas, para qualquer lado e chutes perfeitos sem defesa para os pobres goleiros adversários. Não, não era um Zico, longe disso, mas esbanjava categoria. Uma pena que as pernas não mais obedeçam aos comandos do cérebro. O nosso Pet cansou, mas merece mais respeito do clube pelo que representou. Um evento de despedida, simples que seja, um amistoso agora em janeiro durante os preparativos para a temporada que vai começar, uma placa ou o que valha. Só não pode e não deve sair de qualquer maneira. Ou o Flamengo quer ficar também caracterizado como um clube que não cultua seus ídolos? Mais essa? Sei que a D. Paty entende tanto de futebol quanto eu de natação, porém, reconheço nela uma mulher educada e espero que não permita que tal fato aconteça.

Enquanto isso, esta quarta-feira será longa à beira do cais da Gávea...

SRN!