quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Luxa - Estou gostando!

Fragmentos do livro "TRANSFORMANDO SUOR EM OURO" de autoria do Bernardinho, multi-campeão no volei. Ed. Sextante, 2006.

"...Preparação extrema é o que nos faz suportar as pressões e tensões das grandes competições. Estar preparado, manter-se atualizado e observar o que há de novo são o preço a pagar pela excelência. Ela se constrói muito a partir do inconformismo, da eterna insatisfação, da sensação eterna de achar que o trabalho pode levá-lo mais adiante. Acredito piamente que é preciso criar situações de desconforto para tirar o melhor das pessoas.

O pianista Arthur Rubinstein é um grande exemplo. Quando completou 90 anos, perguntaram-lhe sobre sua rotina de trabalho. Eles respondeu que praticava seis horas por dia. E completou: "Se eu ficar um dia parado, eu percebo; se ficar dois dias, meu público percebe".

Outra tese interessante sobre o tema preparação é a do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. Ele defende a idéia de que a preparação extrema permite maior capacidade de adaptação em situações inesperadas. Giuliani cita o ataque terrorista ao World Trade Centes como exemplo. Embora nenhum treinamento específico tenha sido feito para situações da magnitude do 11 de setembro, ele explica que a cidade tinha se preparado de tal forma para diferentes emergências que teve agilidade para enfrentar um episódio tão radical.

"Quando a preparação é intensa e sistemática, qualquer coisa diferente será apenas uma pequena variação daquilo para o que você se preparou" - (Rudolph Giuliani).

E o fator sorte? Gosto quando o superatleta Tiger Woods diz: "Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho". O êxito em qualquer situação depende do modo como nos preparamos para cumpri nossas tarefas. A (boa) sorte vem a reboque".

"MÃO SANTA QUE NADA, MÃO TREINADA" - Oscar Schmidt".

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Gosto muito de preparação, estudo e treinamento para melhoria das performances em qualquer área de atuação.

O genial Romário bricava perguntando: "treinar pra quê se já sei o que fazer?".

O holandês Johann Cruyff, um dos cinco maiores jogadores que vi atuar, foi treinador do baixinho e certa vez o classificou como "o gênio da grande área". Tinha talento o marrentinho, é verdade e somos testemunhas disso, mas se ele tivesse se preparado mais do que fazia, seria mais fabuloso ainda, não tenho nenhuma dúvida a respeito disso. Talvez tivesse atingido a marca dos 1 500 gols em sua brilhante carreira.

E o que tudo isso tem a ver com o Flamengo? A resposta é a letra "e" - Todas as acima.

Semana passada, Luxa trabalhou dois dias em tempo integral e dois em turno único, de forma coletiva e individual, no aprimoramento de fundamentos. Contra o Internacional, não nada de excepcional, mas já vi um time mais organizado em campo, melhor distribuido e até gol em cobrança de escanteio, evento raro, foi feito, além de não levar nenhum daquela forma, evento constante.

Esta semana, a rotina se repete para o jogo com o verdadeiro rival, o Vasco. Ninguém pode assegurar que o Flamengo vai obter nova vitória, espero que aconteça, mas no futebol como na medicina nem sempre 2 mais 2 é igual a 4, às vezes a soma dá 5, e o mais preparado não leva os 3 pontos para casa.

Como se vê, nem preciso escrever que tenho gostado muito do trabalho do Luxemburgo, que ganhou 7 pontos dos 9 disputados (Silas ganhou 9 pontos em 30, apenas comparando) tem focado na preparação do time como poucas vezes vi os treinadores que passaram pelo Flamengo com disposição para encarar o status quo dominante e treinar...treinar...treinar até achar que está quase bom.

SRN!


SRN!