domingo, 11 de outubro de 2009

A Magia do Flamengo



.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.Até meia hora atrás, o Flamengo era o único Clube Penta Campeão Brasileiro. Mas aí, há uns vinte e cinco minutos, as bibas do morumbicha resolveram empatar e, dez minutos depois, eles nos passaram.
De positivo, resta-nos saber que, continuamos a ser os únicos Penta.
Este ano, ao que tudo indica, o parmêra também vai chegar ao penta. Tudo bem. De positivo, resta-nos saber que, com a indiscutível vitória de sábado, sobre o bumbum-paulo, apesar de ter facilitado ainda mais a caminhada do porco imundo ao seu quinto título, nós afastamos as gazelas de conquistar o sétimo.

Mas, eu estive pensando, analisando e gostaria de convidar os amigos do Buteco a dividirem comigo esta linha de raciocínio.
Todos sabemos que, o número de conquistas e glórias de um clube, bem como a quantidade de ídolos que passam por seus times, é que vão construindo sua história e fazendo com que um número de crianças passe a gostar e a torcer por ele, às vezes, até contrariando o gosto de seus pais. Daí que, em média, uma década após a passagem de tal conquista e de tal ídolo, é que se começa a sentir o efeito daquela fase e o reflexo disso, se mostra no aumento do número de torcedores.

Vamos continuar a analise. O nosso último título brasileiro, foi em 1992, com um time comandado por um ilustre senhor que, à época, com seus 37 anos de idade, era o ídolo de sua Torcida e ídolo nacional.
De lá pra cá, perdoem-me se esquecer alguma, tivemos duas conquistas nacionais, não de tanto apelo popular, que foram as duas Copas do Brasil, uma conquista Sul-americana e, no mais, ficamos restritos às conquistas estaduais que, apesar de terem sido muitas e seguidas, segundo opinião da imprensa, “não são significativas”, enquanto que, o bumbum-paulo se mostrava ao país e ao mundo como um suposto “todo poderoso”, capaz de vencer tudo e todos (sempre com a ajuda descarada da “arbi-trairagem”) e de ser, também supostamente, o “maior e mais digno representante do futebol brasileiro”, depois da $ele$$ão.

Então apareceu o internacionálico do Rio Grande do Sul....time de macho, tchê!........que esteve apagado por quase três décadas, mas que, de repente, foi redescoberto pela imprensa, que o abraçou como seu “novo xodó”. Campeão da libertadores, campeão do Mundo, campeão de malha, de boliche, de damas, xadrez, sinuca e pólo aquático, campeão estadual, porém, só três vezes campeão brasileiro, mas, para os biltres dos meios de comunicação, são conquistas muito mais valiosas que as do Flamengo.

Pois agora, eu vou tocar na ferida. Agora, eu vou ao “X” da questão.

Mesmo que o parmêra chegue ao penta, chegue ao hexa, chegue ao hepta, mesmo que o bumbum-paulo chegue ao decagado-campeonato, mesmo que o florminense chegue a octa-rebaixado, mesmo que o bostafogo chegue a colocar 15 torcedores no Vazião, mesmo que o internacionálico e o gaymio cheguem a tetra brasileiro, mesmo que o mundo acabe,....
nenhum título deles chegará a ser tão ou mais importante, do que é o título de Penta Campeão Brasileiro, de Bi Campeão da Copa do Brasil, de Campeão da Libertadores, de Campeão do Mundo e de Penta Tri Campeão Carioca, conquistados pelo Flamengo. E também, nenhuma conquista desses coitadinhos, fará com que suas torcidinhas chegue a ameaçar se aproximar, em número, da Nação Rubro Negra.

Dezessete anos após nosso último título brasileiro, a nossa torcida continua a crescer e se multiplicar, como se tivéssemos sido os campeões de todos os anos seguintes, até 2009 e isso tem uma explicação.

O Flamengo tem “Magia”! ........Vamos ao Aurélio.


Magia: Substantivo feminino.

1.Arte ou ciência oculta com que se pretende produzir efeitos e fenômenos contrários às leis naturais; bruxaria, mágica.
2.Magnetismo, encanto.
3.Antrop. Conjunto de crenças, práticas e saberes relativos ao possível uso ou domínio de forças impessoais que agem na natureza ou nos indivíduos.

“Magia”, não é fazer “mágica”, como fazem alguns jogadores do bumbum-paulo, que você lhes dá uma cobra e eles a fazem desaparecer por inteiro, sabe-se lá como. “Magia”, é a arte do encantamento, é uma atração magnética, que enfeitiça a alma e leva ao transe. Nosso querido Aurélio Buarque de Holanda, em seu dicionário, poderia ter resumido toda a definição dessa palavra, com apenas uma. “Magia”= “Flamengo”.

Um campeonato estadual do Mais Querido é capaz de tocar mais forte a alma de uma criança, que more nos confins do Maranhão, no cerrado nordestino, num recôndito vilarejo do Amazonas, que um título nacional, conquistado por qualquer outro clubeco brasileiro, porque, eles não possuem a “Magia Rubro-Negra”, apesar de, alguns, carregarem o mesmo vermelho e preto, em suas camisolas.

Mas é diferente. O Nosso Vermelho e Preto, se escreve com Letras Maiúsculas!! Nosso Rubro-Negro é único, é inimitável, é soberano! Não há e nunca houve outro clube cuja camisa tenha ou tivesse, as mesmas cores do Flamengo, mesmo que estas sejam, ou tivessem sido, o Vermelho e o Preto!

Certa vez, sentado à arquibancada do Maracanã, eu disse à minha Mulher: “_Nil,...um dia, eu vou assistir um jogo do Flamengo, disfarçadamente, no lado da torcida adversária. Eu quero ver o Monstro de lá, eu quero ter a visão que eles tem, eu quero sentir o medo que dá, encarar de frente essa Nação gritando e pulando, sem parar. Eu quero ver de perto, quero ser testemunha da inveja, do respeito e do medo que eles sentem pelo Flamengo e Sua Nação!”

É preciso ser Flamengo para viver essas coisas. É preciso ser Rubro-Negro, para sentir na alma essa diferença. É preciso ser da Nação, para se emocionar e entender porque, um estadual nosso vale mais que um nacional deles.

Ontem o Brasil inteiro viu o time hexa-campeão brasileiro, acovardado, encurralado (em-cú-ralado), sendo espezinhado, espremido, maltratado, sufocado, escrachado, pelo Flamengo, que jogou com alma, com o coração, com a raça e com a tal “Magia”, que encanta os corações, tanto dos adultos, quanto das crianças.
Por isso que a Nação Rubro-Negra não aceita que o time jogue recuado, sem o espírito Flamenguista, de superação e de vontade. Um time jogando acovardado assim, já basta o bumbum-paulo, hexa-campeão brasileiro.

A Nação cobra a camisa molhada, de suor e sangue!
Final de partida, a vitória suada e sofrida é nossa e a televisão mostra duas baixas, dois guerreiros caídos, seriamente feridos. Um soldado com o joelho estourado e o outro com o pé quebrado, este mesmo que, na batalha anterior, já havia manchado o nosso Manto Sagrado com o sangue de seu rosto, covardemente agredido pelo inimigo.
Isto é “Magia”. Isto é a “Magia Rubro-Negra”. Isto é a “Magia Rubro-Negra Flamenguista”, que não se consegue com outra camisa, mesmo que esta seja tingida com o mesmo vermelho e preto, tão diferente do Nosso Vermelho e Preto!

O Brasil inteiro viu a cara das onze bibas do morumbicha, a jurarem que não houve pênalti, apesar da TV ter mostrado, por várias vezes e vários ângulos, o chute na perna que o Toró recebeu. E naquela brincadeira, perdeu-se quase dois minutos de jogo. E depois, o Brasil inteiro viu e testemunhou a biba do goleiro a fazer cera, para retardar o jogo, a alegar que “não se adiantou no pênalti”, apesar da TV também ter mostrado que sim e, naquela nova brincadeira, perdeu-se mais dois minutos do jogo, que a torcida pagou pra ver, com a bola rolando e não parada. Mitchell, meu amigo,...é caso de PROCOM!

Mas, nada daquilo impediu que o Brasil inteiro visse um senhor de 37 anos, esculachando a biba-ceni, fazendo com que o pobre coitado nem aparecesse na foto. Coisa feia, não é mesmo? Humilhante!...Tão deprimente, quanto a tática de jogo deles.

A “Magia do Flamengo” é isso. Ela se forma na mistura de suor, de sangue, de ossos quebrados, de pontos no rosto, de injustiça da arbitragem, de sofrimento, de angústia, de força de vontade, de fé, de perseverar na fé, quando ninguém mais acredita, de esperar mesmo após dois minutos do final do jogo, na esperança do gol da vitória e de se superar, sempre, nas adversidades, numéricas, técnicas, táticas e físicas, como já fizeram Valido, Zico, Obina, Pet....e como agora está fazendo o Zé, que, pela primeira vez, não vou chamar de “Robaca” e sim, de Zé Roberto, este novo jogador, recém contratado, que chegou à Gávea há pouco mais de uma semana.

Uma vitória como a de ontem, é parte da “Magia Rubro-Negra”, que enche a alma de orgulho e alegria, que forma torcedores pro futuro e que mostra o “porque”, de não haver outro Clube como o Flamengo!
Uma vitória com a raça de ontem, é que prova o “porque”, da Gávea e do Maracanã, que é o Nosso Estádio, não serem lugares para perdedores resignados, roscas frouxas, merdelétis, furinguétes e bibas, como o beludinho “cara de babaca” e outros.

Uma vitória como a de ontem, é que comprova que, por mais que outros clubezinhos se tornem hexa, hepta, octa, nunca irão superar os Títulos conquistados pelo Mais Querido da Via Láctea, o Clube de Regatas do Flamengo. O Maior Campeão Brasileiro e do Mundo em Tudo!!!

Uma vitória como a de ontem, é que me faz escrever tanto e só parar, para enxugar as lágrimas dos olhos.