sábado, 10 de outubro de 2009

A NOTA AÍ

A ideia desta coluna é fomentar a discussão.
Afinal, debate é coisa de Buteco!
Opine, xingue, elogie: Dê sua nota!!!!

FLAMENGO 2 X 1 SÃO PAULO

Bruno: Não confio nesse goleiro. Odiar é uma palavra forte, mas como ter miséricordia de um cara que sai do jogo dizendo que o Rogério Ceni trabalhou a semana inteira e não poderia ser injustiçado. Sim amigos, isso mesmo que você acabou de ler. O Bruno ídolo de muitos saiu e perguntado por um repórter sobre o lance do penal que o bandeira acusou o deslavado adiantamento do pretencioso 01 (puff...) bambesco, nosso goleirão segurou as bolas do Ceni - perdão, senhoras e senhoritas habituées do blog - chupou, lambeu e fez glu-glu! Ele quase chorou e disse que o resultado foi injusto! Esse cara só se piora: é mal formado de mente e caráter.

Me arrisco em dizer depois dessa declaração que ele vai jogar no SPFC em um futuro próximo: Falhou no primeiro gol e naquele lance do Hugo só faltou pedir para tomar o segundo, afinal, o time dele, ao que parece, tinha acabado de sofrer o empate!

Evérton Silva: Ele erra muito passe mas tem uma afobação típica de quem quer mostrar serviço e isso é legal, dos males o melhor. Vejo-o como um bom reserva do "Léu" Moura e com possibilidades de crescimento. É forte e veloz, o que me faz esquecer a morosidade dispersiva do frágil titular. É sofrível nos cruzamentos mas tem muita facilidade de chegar ao fundo. O Andrade e ele tem que trabalhar um pouco mais esse fundamento basicão para qualquer lateral. No mais, hoje foi bem, estava ligado. Deu para o gasto.

Álvaro: Mais uma rodada invencível. Obrigado Internacional! Ficaram de TPM e liberaram o cara para a gente. Pelo visto não vai jogar a contra o Palmeiras. Vai fazer muuuuuita falta.

Welington: Como um cara completamente estabanado vira zagueiro? De qualquer forma, segurou a marimba com seus homéricos chutões e fez o dever de casa roubando várias bolas importantes.

Ronaldo Angelim: Grotesca falha no gol do Errantes. Até então, o São Paulo não tinha ameaçado. Porra, Angelim! Não sei o que você pensou e nem tem que pensar! Principalmente quando o guardião da meta, o cara que se auto-enfaixou capitão é o pervertido exibicionista coçador de saco salafrário boqueteiro que torce para o time adversário. Não se engane achando que ele estará atento e fique duplamente atento.

Evérton: Para mim segue na lateral. No primeiro tempo deu um primoroso passe para o ZéRo, que quis encobrir o goleiro e perdeu um gol feito. Lutou até o último minuto, quando saiu destroçado pelas bichas que partem para a violência. Bicha adora ser violenta, e no time do Ursinho Puff elas não fogem à regra; partem para a agressividade quando enfrentam um time heterossexual. Fiquei sabendo agora que o garoto está fora do Brasileiro, outra tática bastante usada pelos times paulistas.

Muita gente não entende que as coisas mudam e se apegam em suas opiniões antigas porque não querem dar o braço a torcer. Reclamei muito do Éverton, assim como do ZéRo e tantos outros. Fico muito feliz de ver o Evérton envergando o Manto com raça e vontade de vencer. Reparem que é muito difícil ver o garoto recuando uma bola. Erra jogando para a frente, e agora que está confiante as jogadas vão saindo. E joga de cara feia.

Maldonado: Impressionante a regularidade dele. Fica positivamente discutir suas atuações na coluna. Sua eficiência é digna da relojoaria suiça. Sua leitura defensiva apazigua os laterais. Sua presença serena ameniza o nervosismo do time nos momentos difíceis.

Willians: Mais impetuoso nos desarmes que Aírton, deu velocidade e opção em várias jogadas. Muito boa sua partida, com o dedo e aval do técnico projeta-se invariavelmente pela ponta direita; essa jogada é muito boa e parece que isso está sendo treinado pois quando Negão subia não deixava buraco. O que eu vejo, aliás, é um time cada vez mais encaixado, atacando e defendendo em bloco, compacto, e com muita variação pelas pontas.

Juan: Estava esperando chegar nele para falar mais sobre o primeiro tempo. O fato é que antes de julgar sua escalação em errada ou certa, penso que o Tromba ousou, ah... Isso sim. E ousar, sob à luz de uma vitória, tende a ser um acerto. Em alguns momentos do primeiro tempo o time me fez lembrar aquela enceradeira do brasileirão passado, com muito volume e presença no campo adversário mas pouca objetividade. E isso se deve a pouca objetividade do Marrentinho. Vou dar desconto, o cara está voltando agora.
Acabamos o primeiro tempo atrás no marcador, começamos o segundo tempo sem o Juan e agora com mais um volante. E o Andrade superou-se em ousadia. Fechou ainda mais o gargalo e algemou qualquer ação ofensiva tricogay do atônito time do Morumbicha. Ousadia porque assim o time ficou mais malemolente e agressivo. Sim senhor, arrochamos elas com 3 volantes, taí a ousadia do homem: quantos não o xingaram ao saber da substituição?

Toró: Esse moleque me dá muita alegria. Joel Santanna sabia do seu valor! Assim como Juan, ele também está voltando de contusão. E que partida! Sua comemoração ao sofrer o penalti mostra que seu passado sempre foi rubro-negro. Torózinho me faz entender um pouco mais da vida; me faz perceber o valor da mudança na vida do ser humano. Metamorfosear é a tática: Quando a vida nos privar de algo, temos que nos reinventar! E o Toró se reinventou, agora não é mais o jovem que fazia chover gols. E ao menos hoje, foi o homem que nos aliviou da chata garoa paulistana em pleno Maraca. Seria uma derrota injusta e maledicente. Uma vitória de um time de apenas dois ataques perigosos.
Penalti, professor! E o toró começou a encolher o uniforme fashion deles!

Pet: Ele é o camisa dez da minha geração. Fico muito orgulhoso quando alguns torcedores das antigas dizem que a maior emoção que viveram no Maracanã foi o seu gol de falta em 2001. Depois de Zico houve vida inteligente e honrada vestindo esse pano tingido da essência máxima do que é futebol nesse planeta. Vestir a 10 é para poucos, não basta um futebol vistoso, isso é detalhe. Ela pesa mais que tonelada, é o peso de uma população intercontinental. O cara para chegar aos pés de um Zizinho, de um dia Dida. Há de ser pós-graduado em antropologia rubro-negra. Somente quem é Flamengo sabe o que é a brasilidade, estado de ser mui superior à singeleza de ser apenas brasileiro.
E finalmente, só um louco que se descamba do Real Madrid para jogar na Bahia, pode exprimir com toda a clareza de um sotaque gringo o que é enxugar seu suor nessa força sobrenatural rubra e preta, o que é e o que faz a camisa 10 flamenga ser o que ela AINDA É. O Santo Sudário do futebol brasileiro. E antes que me corrijam, sei bem que a 10 está com o Adriano, digo ora pois...

A CAMISA DEZ DO FLAMENGO NÃO É UM NÚMERO,
É UM ESTADO DE SER FUTEBOLÍSTICO.

Era penalidade máxima. Estávamos ali, no Maior do Mundo ou em casa. Estávamos ali e queríamos ver o nosso Sérvio. E o exigimos. Ele sabe que é nosso Servo (perdoem-me o trocadilho besta), ele ENTENDE. Em sua face o nervosismo fazia-se impresso, em seus olhos o medo do empregado de não agradar o patrão. Na primeira oportunidade desperdiçou, não...ele não desperdiçou! Foi aquele goleiro malandro ensebador que roubou. E lá foi Nosso Dejan, agora plácido como um tibetano em meditação e...

A explosão e a catarse do povo sofrido e vencedor foi tão grande que nada mais podia-se esperar do gringo. Entretanto, ele queria o paraíso na terra. Ele queria agradar insandecidamente e meteu aquela bola com o mandamento "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que dizem" para o Zé Roberto e...
Se Domingos da Guia fazia lá nos seus áureos tempos a Domingada, hoje o nosso Pet fez uma PETKOVIANA!

Zé Roberto: Sim. Ele supriu a falta do Imperador. Ele também reinou monstruosamente na tarde deste sábado. Driblou, correu, defendeu, xingou o apitador quando foi esmerilhado pelos Rodrigos "cheios de estrutura da vida" (chupa Rodrigo, chupa André Covarde Dias). Não há sequer uma pequena pelota de meia da maldita insegurança nos olhos do baiano que tanto outrora ofuscava-lhe o futebol vistoso agora visto. Obrigado Zé, por mostrar quem és tu.

Dênis Marques: 170 mil por mês. Todo mês. Esse é o custo de cada passe errado, de cada jogada desperdiçada, de cada canelada. O amarelão da partida.

Mezenga: Ganhou a vaga. Mostrou que pode ser o reserva imediato do Impera. É muito lento, mas parece sempre confiante e pretencioso. Isso pode servir de algo. E o melhor: Não tem cacuetes bizarros.
foto: Por Fábio Bito Caraciolo
Coleção de camisas de Paulo Giani na exposição Vestindo uma Paixão
(camisa que o Garrincha vestiu e realizou um sonho)
Abraços rubro-negros e obrigado pela sua compassiva leitura.
Até domingo!