Salve, Buteco! Neste final de semana, a Patroa mandou sinais concretos visando a reconciliação com o Safadão Mais Querido do Brasil (e do Mundo)! Como no Esquenta de sábado falei um pouco sobre o Palmeiras 2x0 Santos da última quinta-feira, pela 32ª Rodada, vou começar a resenha sobre o jogo de ontem por uma breve comparação entre as posturas do adversário em comum dos líderes do campeonato de um jogo para o outro.
Achei que o Santos, no Maracanã, saiu menos para o jogo do que o fez no Allianz Parque, o que, para mim, tem uma explicação. Juan Pablo Vojvoda, acostumado a enfrentar Abel Ferreira no comando do Fortaleza nas últimas temporadas, jamais abriu mão do jogo propositivo nesses confrontos e assim agiu no clássico regional.
Já no Maracanã, depois de tomar de 5x0 pelo Fortaleza antes da parada para a Copa do Mundo de Clubes, adotou a postura que tem incomodado tanto o Flamengo como mandante, provocando, muitas vezes, o efeito "arame-liso". Ontem não foi diferente por uma boa parte da primeira etapa.
O Santos conseguia jogar postado na defesa e sair com grande velocidade para o ataque, incomodando bastante o nosso sistema defensivo. Não gostei da lentidão do time quando retomava a posse de bola na nossa intermediária, muito embora reconheça o mérito do adversário pela intensidade da partida nos 45 minutos iniciais.
Além de não gostar do time coletivamente, também achei fraquíssimas as atuações individuais. A dupla de volantes estava perdida na construção, Carrascal preso na marcação e Arrascaeta titubeante, tomando decisões ruins em lances importantes. Só vou livrar a cara do Bruno Henrique, o primeiro a criar uma grande chance, e, em menor escala, do Samuel Lino.
Todavia, se vocês leram o Esquenta de sábado, sabiam da minha previsão de que o Peixe iria "morrer" no segundo tempo. No Allianz Arena, chegou a quase abrir o placar, antes das mexidas e de ser completamente sobrepujado.
No Maracanã, não conseguiu nem isso, pois desde logo, nos primeiros minutos, o Flamengo mostrou que a etapa final seria colorida de vermelho e preto. É claro que descer para o intervalo com 1x0 no placar ajudou bastante.
Jogadores que haviam feito um fraquíssimo primeiro tempo apareçeram para o jogo. Arrascaeta foi o artífice da subida de produção da equipe. O camisa 10 jogou como regente e meteu uma assistência de placa para Carrascal. E Bruno Henrique, provando que estava em uma tarde inspirada, foi espertíssimo ao roubar a bola para marcar o terceiro gol.
Terceiro gol que, na prática, viria a se mostrar salvador...
SuperFili promoveu alterações que desestruturaram a equipe. As saídas de Pulgar, Nico De la Cruz, Carrascal e Arrascaeta fizeram o time perder o meio de campo para um Santos renovado após a saída de Neymar e, especialmente, a entrada de Rollheiser. Da parte dos atletas, houve uma reprovável desmobilização.
À exceção de Cebolinha, quem veio do banco entrou mal. Evertton Araújo, como era de se esperar, não conseguiu ajudar na criação, e Luiz Araújo errou praticamente todos os lances. E para piorar, Michael e Viña desestruturaram o setor esquerdo. Chucky falhou na marcação no início da jogada do primeiro gol do Santos e Viña vacilou em ambos os gols, contribuindo para a falha coletiva.
Fiquei me perguntando se a pouca minutagem desses atletas e a consequente falta de ritmo de jogo não pode ser uma das causas...
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Nosso treinador comete erros, mas os treinadores adversários tampouco são perfeitos. Os números precisam ser sempre contextualizados para que não distorçam a realidade, porém parece inegável que o Flamengo divide a liderança do Campeonato Brasileiro com o Palmeiras e tem chances reais e efetivas de conquistar o título.
O trabalho do treinador não é ruim; só não é perfeito!
Minha sugestão é que sejamos factuais, em vez de "morar em narrativas". É natural que o torcedor tenha hiperfoco nas imperfeições do próprio time, seu objeto natural de observação, porém é preciso ter em mente que, do outro lado, também são cometidos erros e existem limitações. A disputa está em aberto!
Na entrevista ainda no gramado do Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol, Gustavo Gómez reclamou de cansaço, algo natural para um elenco que disputará duas competições até o final da temporada (o Mais Querido ainda disputará uma a mais: a Copa Intercontinental).
E olhem que o elenco do Palmeiras tem maior rotação e é "mais físico" do que o nosso.
Essa, pelo menos, é a minha impressão.
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Adianto que estou muito preocupado com o jogo de sábado, contra o Sport Recife. Serão muitos desfalques e jogadores sem ritmo de jogo.
Espero do treinador um profundo estudo do adversário e que mova mundos e fundos para colocar um time competitivo dentro de campo.
É hora de provar que suas convicções quanto à rodagem do elenco resistem à realidade dos desfalques na Data FIFA.
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Tenham uma semana abençoada, repleta de paz.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.



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