Salve, Buteco! O café da manhã hoje é por nossa conta, para tentar começar a semana com bom humor, já que o time do Flamengo não anda ajudando. Quando ganha, é no aperto. A rotina do time passou ser muita posse de bola pouco ameaçando o gol adversário. Ontem tivemos mais um capítulo desse "novo normal rubro-negro". E haja paciência do torcedor rubro-negro.
Até achei que houve alguma evolução nos 45 minutos finais. Gostei do Arrascaeta um pouco mais adiantado e vi resposta do jogador em algumas boas jogadas e no gol, abrindo o placar. Foi assim que o uruguaio alcançou a liderança da artilharia do time na temporada e vinha sendo decisivo antes da Copa do Mundo de Clubes. Com a palavra, Lucas Gabriel (@lg_castello97), no Twitter:
Outra novidade que me agradou foi a dupla Emerson Royal e Gonzalo Plata pela direita. Algum desavisado pode até ter achado que já jogaram juntos e são entrosados. A verdade é que houve encaixe. O equatoriano ajuda em várias funções no ataque, porém é mais do que evidente que rende muito melhor pela ponta direita. O lateral passa a impressão de ser um Rodinei mais jovem e mais refinado na parte técnica. Toda a pinta de que dará muito certo no esquema tático do time.
Foi de Plata a primeira finalização perigosa, da mesma forma que havia ocorrido na Vila Belmiro. Tabela com o lateral, corte para dentro e finalização cruzada de esquerda. Em ambos os lances, boas defesas do goleiro adversário. É uma jogada a ser repetida, pois pode dar bons frutos no futuro.
O gol saiu de uma jogada que trouxe o melhor que a escalação que foi a campo podia proporcionar: lançamento magistral de Léo Ortiz, assistência de cabeça de Plata e finalização de Arrascaeta. Flamengo 1x0 e a sensação de que os três pontos viriam, abrindo vantagem na liderança.
Antes de descer para o intervalo, Bruno Henrique, em sua única boa jogada na partida, na qual mais uma vez não rendeu jogando centralizado, finalizou com perigo, por cima da meta cearense.
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Tem dia que técnico ganha jogo e tem dia que entrega a paçoca. Infelizmente, ontem foi dia de SuperFili enveredar pela última opção. A exemplo do que havia feito no intervalo do jogo na Vila Belmiro, tirou Plata da ponta direita e jogou-o para o outro lado. O time perdeu rendimento e não conseguiu mais agredir o adversário, que cresceu na partida. A mexida acabou com o time, em ambas as oportunidades. O Santos, em uma jogada de Neymar, matou o jogo no final, enquanto o Ceará conseguiu o empate e ameaçou virar.
Saúl entrou muito mal no jogo. O comunicativo espanhol (no Twitter) não dialogou bem com a bola e o esquema tático. Não era a melhor opção, muito menos tirando Plata da direita. O time, que estava bem, precisava apenas de um jogador para a função que Arrascaeta vinha desempenhando. Havia 3 opções: deslocar Samuel Lino, dando-lhe mais liberdade (a minha preferida), Victor Hugo ou Matheus Gonçalves. Até o próprio Saúl, por aquele lado, poderia ter sido tentado. SuperFili, contudo, escolheu a pior opção possível, que já não havia dado certo na Vila Belmiro.
Nosso treinador também demorou para trocar os cansados laterais, reforçar o meio de campo e tirar Bruno Henrique de campo. Do outro lado, o Vovô foi ganhando vitalidade e corria como se um garoto fosse. Um contra-ataque puxado por Juninho (impressionante como tem poucos minutos) e Samuel Lino quase resultou em gol, mas foi um lance isolado. A cobrança de falta subsequente, isolada pelo exausto Léo Pereira, foi o último lance do jogo, encerrando a agonia da torcida rubo-negra.
Por sinal, falando na dupla de zaga, os nossos "Vikings" ontem transmitiram preocupantes e notórios sinais de desagaste. O gol de empate do Ceará era pedra cantada (vide Esquenta de ontem), coisa de zaga cansada, malgrado o penoso engolido por Rossi, que anda inseguro nos últimos jogos.
Na coletiva pós-jogo, o teimoso treinador admitiu o desgaste dos zagueiros, mas ao mesmo tempo afirmou que os jovens João Victor e Cleiton não estão prontos. Ao que parece, há um silencioso cabo de guerra com o não menos teimoso diretor técnico, que avalia o elenco como bem servido para a posição.
Enquanto isso, o caríssimo Pablo treina à parte, em separado.
Algo não está certo...
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A palavra está com vocês.
Uma semana abençoada pra gente.
Bom dia e SRN a tod@s.