Salve, Buteco! Bem, deu para ver que a coisa andaria mal quando a estratégia do (bom) treinador do Cruzeiro, Leonardo Jardim, de pressionar a posse de bola com De la Cruz, implementada desde o início da partida, resultou na abertura do placar para os anfitriões.
Decidi iniciar o post de hoje com uma abordagem tática de maneira bem objetiva, com comentários de amigos que entendem de futebol e eu respeito muito:
"E vou encerrar só com mais uma coisa. Filipe tá vivendo de jogos contra times bagunçados. Quando pega alguém mais organizado, sofre. Vitória, Inter, o time argentino... Até o possante Belo da Paraíba. Todo jogo é uma foda. Aí pega uma baba sem técnico, dá 4-0 e rumo a Tóquio." (Adriano Melo; WhatsApp)
"Ele não esta mais preparando o time jogo a jogo como fazia
Isso está claro
Ele quer se impor, mas não temos essa superioridade toda" (Bitt; Ficha Técnica de ontem)
Ao último comentário respondi que a derrota para o Central Córdoba passa justamente por essa falta de preparação e montagem de estratégia individualizada de acordo com o adversário.
O Departamento de Futebol atual tem um diretor técnico. É preciso checar se a decisão de tentar impor a filosofia de jogo em vez de se adaptar a determinados adversários parte do treinador ou é orientação do diretor técnico.
É apenas uma elucubração, a qual, convenhamos, é no mínimo intrigante se analisarmos detalhadamente algumas decisões do treinador:
Independentemente disso, há problemas no sistema e na leitura de jogo, o que só pode ser atribuído ao nosso dublê de ídolo e entregador de coletes.
No primeiro caso, o time joga bem quando exerce máxima pressão ou quando realmente abaixa as linhas e se protege defensivamente. Nessas condições, quando menos, é seguro e, na maioria das vezes, minimamente eficiente. Ao contrário, quando precisa jogar "à meia pressão", torna-se vulnerável. Aconteceu ontem, no Mineirão, no meio para o final das duas etapas.
No segundo caso, tanto o timing, quanto algumas opções durante as substituições são difíceis de entender. Ontem, por exemplo, as duas primeiras (Bruno Henrique e Michael), dois jogadores velozes, é verdade, mas ambos em má-fase, resultaram em mexidas absolutamente ineficazes, como, aliás, toda a torcida previu. Além disso, com o Cruzeiro amassando o Flamengo, SuperFili demorou muito para mexer e colocar no jogo Varela, Luiz Araújo e Juninho.
Rossi foi o destaque do time, mais até do que Arrascaeta, apesar do golaço. Inclusive foi bem no pênalti, apesar de ter faltado sorte no rebote. Sintomático.
Não acho que estejamos diante um cenário de terra arrasada (Jason está apenas observando, das sombras), mas alguns problemas vêm se repetindo e é hora do senhor José Boto e de Filipe Luís atacarem as causas, quem sabe com maior equilíbrio entre o conceito e as exigências da realidade prática.
É bacana o treinador ser leal ao seu elenco e tentar recuperar jogadores, como é importante trabalhar um conceito e tentar aplicá-lo na prática. Antes, porém, existe o vencer, vencer, vencer; o compromisso com a vitória.
E SuperFili, meu caríssimo, não, o jogo não foi igual, definitivamente. Se Cássio praticou duas grandes defesas, Rossi precisou fazer bem mais do que isso. Às vezes é melhor não falar nada. O silêncio pode ser uma sábia estratégia. É bobagem também ficar batendo em analistas táticos, que agora estão deitando e rolando e cima de você.
A bola pune qualquer vacilo. Quem é soberbo, quem fala demais, quem não quer enxergar a realidade...
Quarta-feira é jogo grande. Daqueles que separam os homens dos meninos. Vale para dirigente, treinador e jogador.
A palavra está com vocês.
Uma semana abençoada pra gente.
Bom dia e SRN a tod@s.