Fonte: Jornal O Globo |
Olá Buteco, bom dia!
Ao longo desses últimos dias, fizemos uma viagem no tempo, relembrando times e jogadores que brilharam com a camisa do Mengão. No post de hoje, tentarei fazer uma conexão entre este passado de glórias e o futuro próximo, com Bap, Boto e Filipe Luís.
O Flamengo de 81 é imbatível, mas eu não tive o prazer de vê-los ao vivo. Eu era uma criança ainda. Então, a minha referência é o avassalador time de 2019, esse sim, visto no transcorrer da sua construção. Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luís; William Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Esse time é um esculacho de talento! Não tem um aí que não saiba o que fazer com a bola no pé! E o mais incrível é como o Mister conseguiu fazer uma equipe tão talentosa competir igualmente na marcação. Talento nato, preparo físico invejável e uma parte tática explorada a fundo. Esse Flamengo conseguiu unir os 3 pilares do futebol moderno.
E como este time foi montado? Da base deixada pela administração Bandeira de Melo, tínhamos Diego Alves, Diego Ribas, Everton Ribeiro e Vitinho, os expoentes dessa gestão e muito dinheiro nos cofres, fruto das vendas dos crias Paquetá e Vinícius Jr. Com esse dinheiro, o Flamengo foi ao mercado, de forma certeira:
- Giorgian de Arrascaeta, meia, Cruzeiro;
- Gerson, meia, Fiorentina;
- Bruno Henrique, atacante, Santos;
- Rodrigo Caio, zagueiro, São Paulo;
- Pablo Mari, zagueiro, La Coruña;
- Rafinha, lateral-direito, agente livre;
- Filipe Luís, lateral-esquerdo, agente livre;
- Gabigol, atacante, Inter de Milão (empréstimo).
Olhem o nível das contratações do Flamengo! Arrascaeta já brilhava por aqui, contratação inquestionável. Gerson era uma grande promessa da base do Fluminense, Bruno Henrique um jogador com muito boa passagem na Europa e uma boa temporada no Santos, seguida de um ano não tão bom devido a um problema físico. Flamengo apostou que ele se recuperaria. Rodrigo Caio é um cracaço. Saiu de lá porque o São Paulo está bagunçado, então não souberam administrar uma situação que era administrável. Melhor para nós. Eu vejo sempre com muita atenção jogadores numa idade legal, de clubes grandes, porque são jogadores que já passaram por algum tipo de pressão, o que ajuda muito na adaptação aqui. Rafinha e Filipe Luís dois outros craques de bola, carreira inteira em clubes de nível na Europa, retornando ao Brasil. E, para o grande final, só Gabigol. Um atacante tão marrento ao ponto de usar gol no nome, já com artilharia de campeonato brasileiro no colo e passagem (rápida) pela Europa. Gabigol estava longe de ser uma aposta, camarada já mostrara que sabia fazer gols. O fato de não ter conseguido sequência na Inter é um problema para a Inter, melhor para nós outra vez.
O Flamengo de hoje tem uma base melhor do que tínhamos no início de 2019. Dupla de zaga é inquestionável com Leo Pereira e Leo Ortiz. Ainda temos Fabrício Bruno, muito bom zagueiro, para revezar ou até mesmo jogar com os outros dois, em um 3-4-3. Não temos problemas aqui. O meio-campo do Flamengo tem muito talento com Gerson, De La Cruz, Alcaraz e Arrascaeta (agora Camisa 10!!!), além dos jovens promissores Evertton Araújo, Matheus Gonçalves e Lorran. Não é pouco, mas realmente vale um investimento nível A – chega, escolhe camisa e joga – para dividir a liderança com Gerson e permitir que os demais possam mostrar suas qualidades, evoluindo como desejamos. Saindo Allan e Pulgar, é muito viável buscar um jogador para esta função. Quem será o escolhido pela nova gestão?