quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Esquenta: Peñarol x Flamengo, 4ªs de Final da Libertadores/2024, Jogo de Volta

 

Salve, Buteco! Começo o Esquenta de hoje lembrando de dois jogos emblemáticos nos quais eu simplesmente não acreditei no Flamengo e ele me surpreendeu, levantando duas taças: o primeiro deles foi o empate por 3x3 com o Palmeiras em dezembro/1999 e o título da Copa Mercosul, no apagar das luzes do Século XX; o segundo, o icônico tricampeonato estadual de 2001, no lendário gol do Petkovic na finalíssima contra o Vasco da Gama, vencida pelo Mais Querido por 3x1.

O jogo de hoje à noite é um desses nos quais eu desacredito no time. Não tanto quanto naqueles outros dois jogos, mas ainda assim, desacredito. Espero, sinceramente, que seja um bom sinal...

Uma das notícias que me chamaram a atenção nos últimos dias é a de que o elenco do Flamengo teria ficado incomodado com a festa dos jogadores do Peñarol no Maracanã, após a vitória por 1x0, mesmo tendo o jogo de volta.

Amigos, francamente... 

O elenco que não vence um jogo fora de casa na Libertadores desde a goleada sobre o Vélez Sarsfield (4x0), em 31 de agosto de 2022? Que não ganhou da Ñublense e perdeu para o Aucas e o Palestino? O elenco que foi eliminado pelo Al-Hilal de Ramón Díaz no Mundial? Que foi bi vice campeão estadual para o Fluminense? Que foi eliminado pelo Olimpia? Que perdeu a final da Copa do Brasil para o São Paulo? Que foi goleado pelo Botafogo e que perdeu mais uma vez para o Peñarol no Maracanã?

É esse elenco que dizem estar mordido?

Ah, contem outra...

Por outro lado, ouço muitos rubro-negros falarem que "sobrou a camisa", referindo-se ao Manto Sagrado e sua mística.

Bem, neste caso eu passo a enxergar o cenário de outra maneira.

Lembro-me, a propósito, das imortais palavras de Nelson Rodrigues:

"Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: - quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará à camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."



Nisso, Amigos, eu acredito. Na mística do Manto Sagrado, na bastilha inexpugnável.

Então, no frigir dos ossos, sobrou a camisa, o que não é pouco.

Que o AeroFla e a já icônica imagem do torcedor desfraldando a bandeira rubro-negra em cima do ônibus que transportava a delegação para o Galeão conectem a mística da bastilha inexpugnável aos onze jogadores que entrarão em campo representando o Clube de Regatas do Flamengo.

Hoje é dia de torcer pela camisa, pelo Manto Sagrado, que sempre nos bastou.

Nada mais importa.

O Ficha Técnica está programado para as 18:00h e a palavra, como sempre, está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.