sexta-feira, 29 de março de 2024

O Jogo de Amanhã (Resenha)


Salve, Buteco! Finalmente acabou essa Data FIFA, a qual, talvez por ter acontecido antes da temporada esquentar, bem no início, pareceu (ao menos para mim) ter sido "mais longa" do que as outras. Demorou uma eternidade para passar! 

Na busca por transmissões de partidas de futebol, deparei-me na quarta-feira à noite com o jogo de volta da segunda semifinal do Campeonato Goiano, na qual o Vila Nova recebeu a Aparecidense, aquela que eliminou o Botafogo da Copa do Brasil/2018. Dirigida por Lúcio Flávio (aquele, do Botafogo), e apelidada de "Camaleão", a Aparecidense havia aberto vantagem no primeiro jogo (2x0) naquele mesmo estádio, tipo alçapão, da queda do Botafogo em 2018, resultado que derrubou o treinador vilanovense.

No jogo de anteontem, a volta, o Vila Nova, time de maior investimento, conseguiu tirar a vantagem em 16 minutos de jogo, e pouco antes do término da primeira etapa ampliou o placar para 3x0 e reverteu a vantagem. A etapa final da partida mostrou o Camaleão com um futebol mais organizado e compatível com o primeiro jogo, mesmo quando teve um homem a menos em campo, e um Tigrão com linhas baixas, preocupando-se em defender, o que conseguiu com êxito, apesar do empobrecimento do espetáculo.

Pude ver, nesses noventa minutos, cenários que vêm se reproduzindo ao longo do mundo todo de maneira globalizada: pressão fortíssima do mandante para fazer o placar nos primeiros 20 ou 30 minutos de jogo e o drama, do visitante ou do mandante que abriu o placar, para suportar a pressão adversária com linhas baixas, tentando explorar o contra-ataque e escapar da sufocante marcação com linhas altas do oponente.

Há pouco mais de dez dias publiquei o post Futebol Globalizado, no qual abordei o tema, quando da confirmação da classificação do Nova Iguaçu sobre o Vasco da Gama. Vi anteontem no time da Aparecidense de Lúcio Flávio (pela atuação na segunda etapa) um pouco do Nova Iguaçu, ou seja, um padrão tático bem superior ao que clubes com semelhante investimento apresentavam até poucos anos atrás.

Então, está acontecendo e com certeza se reproduzindo em todo o território nacional. Cada vez mais clubes estão acessando o conhecimento para uma melhor preparação no futebol profissional, o que encurta a distância para quem investe mais, mas não da melhor forma.

Contudo, será que a final que começa amanhã pode ser pautada por esse cenário ou, por outras palavras, o Nova Iguaçu, a despeito da inegável evolução, tem time para "peitar seriamente" o Flamengo nessa final?

Honestamente, penso que não. Creio convicto em uma vitória amanhã. Minha dúvida está mais no placar e nesse ponto é preciso que o time entre focado, sem estar com a cabeça na estreia da Libertadores, para superar um problema tão antigo, quanto crônico: a quantidade de finalizações desperdiçadas.

Creio na solidez do sistema defensivo e na capacidade do time exercer pressão por grande período, embora não tanto quanto creio em Deus Pai, Todo Poderoso, Criador do céu e da Terra. Mas a rigor, basicamente, o único cenário que me preocupa é o de eventual demora para a abertura do placar, provocando desgaste evitável à véspera do jogo contra o Millonarios em Bogotá. O intervalo entre as partidas será curto, considerando inclusive o tempo de deslocamento até a capital colombiana.

Mas será que dá para abrir uma boa vantagem, tipo 3x0, nesse primeiro jogo? Tenho certeza de que sim. Minha dúvida é o quanto o time precisará se desgastar para tanto ou, dito de outro modo, qual o nível de resistência que o Nova Iguaçu oferecerá contra a pressão rubro-negra. 

Num eventual cenário como esse, será importante avaliar se vale a pena mesmo gastar tanto as energias, se já estivermos à frente do placar.

Enfim, essas são as minhas dúvidas para jogo de amanhã - a extensão do placar e por quanto tempo o Flamengo acelerará o jogo.

Os Amigos do Buteco concordam ou acham que estou "calçando o salto alto"?

Tenham todos uma ótima e abençoada sexta-feira da paixão.

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.