domingo, 9 de outubro de 2022

Última Prosa Antes da Guerra

 

Salve, Buteco! Domingo chuvoso, vitória apaziguadora fora de casa com o time reserva, algumas pendências para a gente prosear, então o Buteco resolveu oferecer a vocês esse café da manhã virtual. Se alguém tiver virado a noite na manguaça, essa refeição será providencial, concordam?

Então, iniciando a resenha matinal, eu ontem dividia com alguns amigos a minha perplexidade com a quantidade de jogos seguidos do nosso (já) estimado e excelente goleiro Santos. Difícil qualificá-la como prudente, certo? Mas é tipicamente flamenga. Nesse caminho de reestruturação (administrativa, financeira, etc.) e afirmação do clube em um patamar de liderança no país e no continente, com internacionalização da marca, conquista dos maiores títulos, é inevitável constatar que algumas coisas andam em marcha lenta.

Essa relação com jogadores importantes (chamar alguns de ídolo é devaneio), por exemplo. Estamos, literalmente, na reta final da temporada. O Flamengo deveria ter um segundo goleiro, mas está preso a esse emaranhado entre os dois Diegos da Geração 85 (Filipe Luís paira imaculado acima de ambos) e a instabilidade emocional do jovem Hugo. Depois deles, na "hierarquia" do Departamento de Futebol, o jovem Matheus Cunha, que eu nem sei se é promissor, mas vi que jogou muito bem as partidas do Estadual/2022 que lhe couberam.

Se olharmos para as causas, identificaremos desde o "estilo de gestão" do vice-presidente de futebol até os devaneios do preparador de goleiros da comissão técnica que o mesmo dirigente desastrosamente contratou. Então, temos o fato posto: goleiro veterano em completa decadência, inconfiável; jovem promissor perdido psicologicamente (mas o Departamento não pode ter psicólogo), e o jovem que tudo indica que seja a melhor opção depois do titular (tudo indica, não dá pra ter certeza), mas que não pode ser testado em um jogo como o de ontem, afinal de contas, existe a "hierarquia do elenco". Logo, tome Santos jogando...

Que Deus, São Judas Tadeu e todos os Santos protejam o nosso querido (pra mim já é, sim, querido) Santos, o nosso "Homem de Gelo", no caminho para entrar no rol dos maiores goleiros da História do Flamengo.


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Vocês viram o que aconteceu com o Cássio do Corinthians, né? Muita calma nessa hora, especialmente você, que ficou ansioso com o texto. Pegue um pãozinho de queijo, uma fatia de queijo minas, toma um cafezinho (se bem que cafeína agita, né?) e vamos retomar a prosa.

Vocês sabem o quanto eu detesto essa estratégia de colocar o Campeonato Brasileiro em terceiro plano. Só que agora, como escrevi no primeiro comentário do Ficha Técnica de ontem, a vaca já está atolada no brejo. Nada pode ser feito em relação ao certame em curso - quem acreditar em milagre, sugiro que direcione a energia para proteger o time e o Santos.

Essa semana começa a primeira das duas guerras das finais das Copas. E a primeira das guerras terá duas batalhas. 

Amanhã focarei na decisão.

Bom domingo e SRN a tod@s.