segunda-feira, 11 de julho de 2022

Papo Reto

 

Salve, Buteco! Fiz uma pesquisa sobre  perfil do adversário de quarta-feira e o texto ia ficar muito bacana, mas vai ficar para outra oportunidade. Confesso que não tive ânimo para desenvolver o assunto. O Flamengo foi a campo ontem com um time misto e rejuvenescido, podendo-se dizer que desceu para o vestiário, no intervalo, em um contexto favorável. Sete finalizações contra uma do adversário, com a única chance concreta de gol para abrir o placar.

Não foi uma atuação exuberante, mas Vitinho estava num bom dia e, na minha opinião, era o melhor do time, seguido do jovem Victor Hugo, uma grata surpresa, que teve uma atuação taticamente perfeita. Esses dois jogadores foram os principais suportes para o Flamengo jogar melhor do que o adversário nos 45 minutos iniciais.

Imagino que Dorival tenha calculado um início de segundo tempo com forte pressão corintiana, tal como ocorreu no começo da partida. Embora se possa indagar se ele não poderia ter reagido imediatamente ao movimento do treinador adversário, quando lançou Gustavo Mosquito logo na volta do intervalo, não era nenhum absurdo imaginar que, assim como no primeiro tempo, o time resistiria ao adversário nos 15/20 minutos iniciais e voltaria a controlar o jogo.

A falha de Rodinei derruba qualquer planejamento. Mais ainda, é o tipo de ducha de água fria que mina a confiança do grupo. Desse jeito, não há confiança que resista e não sei até que ponto isso influiu na atuação de quem entrou depois do gol corintiano, e até mesmo se poderá influir na atuação do time na quarta-feira. Depois do desastre, o certo é que as substituições não funcionaram e o time sentiu as saídas de Vitinho e, depois, de Victor Hugo. 

Castigo merecido para quem passou a semana bradando aos quatro ventos que os laterais do elenco darão conta do recado até o final da temporada.

Castigo muito injusto para a Nação Rubro-Negra.

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Como sempre, como é um assunto polêmico, há questionamentos quanto a Dorival não ter escalado o time titular. Tentarei manter o que entendo como a postura coerente nesse caso. Como o Departamento de Futebol está sendo reestruturado no setor de coordenação científica e também na comissão técnica fixa, não sei até que ponto o técnico pode escalar os titulares na proporção em que fazem Atlético/MG e Palmeiras. O passado recente de contusões não pode e nem deve ser esquecido...

"Ah, mas o Jorge Jesus fazia e rodava menos". Sim, o Jorge Jesus fazia e rodava menos. No entanto, convém lembrar que Dorival Júnior não é Jorge Jesus e que o Flamengo não tem a estrutura de pessoal da época. Muito pelo contrário, o coordenador científico inclusive trabalha no Palmeiras (parece piada, mas não é). As contratações de Michael Minthorne e do preparador físico Tadashi Hara são recentes, é bom não esquecer. E ainda falta, no mínimo, o preparador de goleiros...

Aliás, falando nesses adversários (Palmeiras e Atlético/MG), e no próprio Corinthians, alguém acredita em coincidência no fato desses três clubes, com seus treinadores estrangeiros (muito melhores ou mais adequados do que os dois últimos estrangeiros contratados pelo Flamengo), serem os três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro?

Quem foi mesmo que resolveu fazer birra e brigar com Jorge Jesus?

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A melhor fase de Maurício Barbieri e a última passagem de Dorival Júnior no comando do Flamengo têm em comum, além do ano de 2018, o fato de terem ocorrido em sequências de jogos pelo Campeonato Brasileiro, sem confrontos pelas Copas (do Brasil e Libertadores).

Barbieri derreteu no cargo ao longo das copas e foi demitido. Dorival assumiu e levou o time, eliminado em ambas as copas, ao vice-campeonato brasileiro. Dorival no comando do Flamengo disputando simultaneamente o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da América é uma experiência inédita.

Pedidos para que aja como Jesus provavelmente não levam em conta a diferença de qualidade entre os treinadores, assim como os contextos de 2019 (lembrando que JJ caiu logo na Copa do Brasil) e atual do Departamento de Futebol.

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Está chegando a hora da onça beber água. Teve dirigente e artista (que não jogou absolutamente nada ontem, mais uma vez) falando em inferno na quarta-feira.

Conseguirão se garantir?

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A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.