segunda-feira, 6 de junho de 2022

Diretoria Covarde, Omissa e Politiqueira

 

Salve, Buteco! Antes de mais nada, duas ressalvas.

Primeiramente, não se trata de desmerecer o adversário. Desde que subiu para a Série A em 2019, o Fortaleza deu trabalho em todos os jogos disputados no Rio de Janeiro, a ponto da vitória mais folgada ter sido a primeira, quando o time, sob o comando de Marcelo Salles, o "Fera", venceu no Engenhão o time de reservas comandado por Rogério Ceni, por 2x0 (jogo do golaço de linha de passes). Depois disso, Domènec Torrent e sua formação alternativa foram salvos por um gol de Gabigol no final do jogo (depois desceu as escadas para o vestiário reclamando) e, finalmente, Rogério Ceni, dessa vez do lado rubro-negro, conseguiu superar com muita dificuldade o time de Juan Pablo Vojvoda. Logo, quem esperava um jogo fácil, mesmo contra uma formação alternativa, estava completamente desconectado da realidade.

Em segundo lugar, é preciso lembrar que o adversário, apesar de lanterna, está longe de ser fraco. Como escrevi no post da semana passada, o Fortaleza "perdeu a mão" na administração de três competições simultâneas, especialmente o Brasileiro e a Libertadores. Contudo, a reação do time na Fase de Grupos da competição internacional e a classificação para as oitavas de final mostram que não se trata de um time fraco e nem muito menos mal treinado.

Feitas essas duas importantes ressalvas, não há como defender o trabalho de Paulo Sousa, inclusive na partida de ontem, na qual, no primeiro tempo, tomou um nó tático de Juan Pablo Vojvoda, mesmo com o Fortaleza padecendo por conta de sete desfalques.

Sete desfalques!!!!!!!


Diga-se em favor do confuso treinador português que, no intervalo, não lhe faltou ímpeto para substituir os três piores jogadores do Flamengo nos 45 minutos iniciais, não fazendo distinção entre o mais antigo do elenco, o reforço que chegou agora e lhe apoia publicamente e o prata-da-casa.

A questão é que a maior preocupação de Paulo Sousa não é o desempenho do Flamengo e sim criar formações exibicionistas para se qualificar perante a opinião pública internacional como um grande expoente do jogo de posição. Por exemplo, no Fla-Flu Andreas Pereira teve uma razoável partida como meia, em meio ao caos coletivo do time, que venceu jogando menos do que o adversário, mas repetir uma formação dando sequência para o jogador ganhar confiança, executando uma mesma função tática, parece ser um pecado mortal na confusa mente do português, que provavelmente pensa que seria uma decisão "terceiro-mundista", típica do "atrasado futebol brasileiro".

Sem conseguir dar um mínimo de padrão e consistência para o Flamengo, Paulo Sousa, como vem fazendo desde o início de seu trabalho no clube, tem como maior preocupação aplicar conceitos abstratos e confusos com o discurso de que pretende implementar "processos". Porém, tudo o que conseguiu até o momento foi promover o caos, fato que explica o time não aproveitar as oportunidades que tem para vencer. Foi o que ocorreu ontem quando, após quase milagrosamente conseguir igualar o placar no final do primeiro tempo e voltar para a etapa final com um 4-3-3 "mais racional", o time melhorou a ponto de ter uma penalidade máxima para, de virada, passar à frente do placar.

Ocorre que é justamente nesse tipo de momento que surge a "assinatura" do trabalho de Paulo Sousa. O descompromisso do português com qualquer coisa que não seja os seus conceitos, o que inclui até mesmo as vitórias, é tamanho que, mesmo depois do que ocorreu em Cuiabá, na decisão por cobranças de pênaltis na Supercopa do Brasil, mais uma vez os jogadores decidiram dentro de campo quem seria o cobrador de pênaltis.

Ora, para que perder tempo com essa bobagem de preparar outros cobradores de pênaltis além do Gabigol, não é mesmo? Qual seria a utilidade, se os processos estão sendo implementados, se ganhar ou perder não faz a menor diferença?

Não surpreende que Pedro tenha perdido a cobrança. Repetiu, aliás, o que havia feito em 2020 contra o São Paulo, também no Maracanã, sob o comando de Domènec Torrent.

Mas isso, para o nosso treinador, é um simples detalhe, assim como vencer, ter competitividade, brigar por títulos. Ganhar ou perder não tem a menor importância, desde que possa posar de vítima para o mundo do futebol e dizer que não abre mão de seus conceitos, principalmente quando existe uma multa rescisória milionária para lhe dar uma boa margem de lucro sobre o investimento que fez ao rescindir o contrato com a Federação Polonesa de Futebol.

Paulo Sousa deixa Domènec Torrent com inveja nesse quesito, como também no da cara de pau. O catalão jamais teve o desplante de culpar o individual após uma atuação coletiva tão bizarra, como foi a do primeiro tempo.

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A maior culpa não é do treinador e sim da Diretoria covarde, omissa e politiqueira, mais preocupada com suas vaidades e projetos pessoais do que com o futebol, e que envergonha o clube e a torcida com uma gestão catastrófica e destruidora de tudo o que foi construído até 2019 no clube.

Nada que façam daqui por diante apagará o que vem acontecendo desde 2020, após a saída de Jorge Jesus do clube.

Nada!

É importante que fique bem claro.

#forapaulosousa

#foraMarcosBraz

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Se com Renato tínhamos a indigência, com Paulo Sousa temos a sarjeta tática.

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.