segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Abrindo Vantagem e Incomodando


Salve, Buteco! O Mais Querido do Brasil saiu ontem de Chapecó com protocolares três pontos conquistados pela contagem mínima, o suficiente para abrir cinco pontos e três vitórias de vantagem sobre o vice-líder Palmeiras. Sobrou volume de jogo, mas faltou um pouco mais de objetividade nas conclusões. Nada de se estranhar, considerando a insana maratona a qual o time vem sendo submetido. Após vencer o Grêmio dentro das quatro linhas com uma exuberante atuação na quarta-feira, mas ter a vitória surrupiada por um trio de VAR argentino e desonesto (perdão pelo pleonasmo), o Mais Querido conseguiu sufocar a Chapecoense com a costumeira marcação alta até pelo menos um terço do segundo tempo, o que sem dúvida é um feito notável diante do desgaste da equipe. Em seus 21 jogos no comando do Flamengo, Mister Jorge Jesus conseguiu fazer o elenco assimilar sua filosofia de jogo, de modo que já a executa de maneira quase automática, mesmo quando, como foi o caso de ontem, o desgaste mental impedia o time de jogar 100% focado.

A cada vez mais evidente superioridade técnica e tática do Mais Querido vem provocando reações das mais patéticas. Começando pelo fanfarrão e linguarudo Renato Portaluppi, que bem conhecemos como atleta, e passando pelo rato que dirige o Palmeiras, agora as figuras iníquas e insignificantes dos treinadores Marquinhos Santos, da Chapecoense, e Rodrigo Santana, do Atlético/MG, tão conhecidos e autênticos quanto os mundiais de Fluminense e Palmeiras, resolveram potencializar seus 15 minutos de fama ao enfrentar o Flamengo e falar em "soberba" ou em "ajuda do VAR". É claro que tanta idiotice nasce de ditos "profissionais" da imprensa esportiva que não só não deixam o discurso morrer, como investem na polêmica, sempre tendo por pano de fundo a falsa imagem de um Flamengo que jamais ganha por seus próprios méritos e é sempre ajudado pela arbitragem.

Deixo claro que não me refiro aos jornalistas que acreditavam sinceramente que o VAR utilizado pela CONMEBOL fosse uma tecnologia imune a erros ou imperfeições. Esse tipo de jornalista apenas não trabalhou direito e, por deixar de apurar corretamente, transmitiu informações imprecisas ou até falsas. Porém, não o fez intencionalmente e nem é mal intencionado em relação ao Flamengo. Vítima da própria preguiça, vitimou seus leitores, que acreditaram estar recebendo informações de uma apuração ou pesquisa criteriosa e embasada. Não é esse tipo de jornalista que difama o Flamengo, afinal errar é humano e quem jamais errou que atire a primeira pedra. Refiro-me, isto sim, a quem aposta no fortalecimento de um discurso que liga qualquer vitória ou conquista do clube, por menor que seja, a uma fraude.

Acredito que os motivos dessa gente variam de pessoa a pessoa: alguns, a quem chamo de alucinados, acreditam em "reparação histórica" e que estão em uma espécie missão para, combatendo o Flamengo, trazer justiça ao futebol e ao mundo. Sofrem, sem saber, de alguma espécie de transtorno afetivo e emocional, o que é compreensível pela escolha de torcer por times como Atlético/MG, Botafogo e Vasco da Gama. Outros, que chamo de canalhas, simplesmente têm a consciência de que falar mal do Flamengo gera engajamentos, clickviews e, portanto, mais propaganda e dinheiro. Nenhum deles é bem intencionado, mas os alucinados ao menos acreditam que estão certos e que, por vias tortas, buscam um fim justo. São como terroristas do jornalismo esportivo, dos quais se distingue a canalhada moralmente corrupta, que intencionalmente distorce a verdade como negócio e meio de vida.

Provavelmente estamos presenciando o fortalecimento de uma tendência histórica, arrefecida nas últimas décadas por conta da temporária falta de competitividade do clube, qual seja, o Flamengo contra o resto do futebol brasileiro. O novo Flamengo, rico, austero e bem gerido administrativa e esportivamente, não é aceito pelas alas alucinada e canalha, e por isso terá sua oposição, aliada a todos os demais clubes e à própria entidade que dirige o esporte no país. 

A solução passa por vencer, conquistar, oprimir e sobrepujar, sem dó nem piedade, até que a nova ordem imposta pelo Mais Querido seja incontestável. Mas há que existir estratégia para essa jornada. No caminho para a conquista desses resultados, também é preciso encontrar o ponto certo para se posicionar publicamente e enfrentar as alas alucinada e canalha da imprensa esportiva brasileira. Bate-boca vazio é sinal de fraqueza, da mesma forma que não enxergar o prejuízo esportivo causado por arbitragens como a de Salvador (0x3 Bahia) e de Porto Alegre (1x1 Grêmio), esta última no primeiro jogo de semifinal de Libertadores depois de 35 longos anos, na qual três gols legítimos foram anulados.



A Diretoria há de encontrar o meio termo para lutar essa batalha.

***

A roubalheira de quarta-feira certamente deixou todo mundo com sede de vingança contra o Grêmio Porto-Alegrense. Até o jogo do dia 23, teremos a seguinte sequência:

Data
Competição
Fase
Adversário
10/10
5ª Feira – 20:00h
Brasileiro
24ª Rodada
Attico/MG (c)
Maracanã
14/10
Domingo – 16:00h
Brasileiro
25ª Rodada
Athletico/PR (f)
Arena da Baixada
16/10
4ªFeira – 20:00h
Brasileiro
26ª Rodada
Fortaleza (f)
Castelão
20/10
Domingo – 18:00h
Brasileiro
27ª Rodada
Fluminense (c)
Maracanã
23/10
4ª Feira – 21:30h
Libertadores
Semifinal (Volta)
Grêmio (c)
Maracanã

Podemos dizer com tranquilidade que o pior já passou. Não é que os próximos adversários serão fáceis, mas a tabela agora passa a ser sensivelmente menos difícil do que a do final do primeiro turno e início do segundo. O Atlético/MG parece que ainda não decidiu se vai ou não levar o restante do campeonato a sério, mas o certo é que o Flamengo terá a sorte de recebê-lo desfalcado de Cleiton, Guga, Luan, Otero, Chará e talvez Réver. Como, entre os disponíveis, o Flamengo tem seis jogadores pendurados, cinco deles titulares (Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Rafinha e Willian Arão), a administração desse problema selará a nossa sorte no confronto de domingo contra o Athletico/PR, na Arena da Baixada, sem dúvida o jogo mais complicado da sequência.

A Diretoria estuda a possibilidade de trazer Rodrigo Caio e Gabigol para o jogo contra o Fortaleza, o que pode ser a oportunidade ideal para rodar o elenco nas posições. Enquanto isso, nosso adversário, o Palmeiras, visitará o Santos, receberá Botafogo e Chapecoense e viajará para visitar o Athletico/PR na mesma rodada do Fla-Flu, que antecede o jogo de volta contra o Grêmio pela semifinal da Libertadores. Administrando o desgaste, o que, por sinal, Jorge Jesus e sua comissão técnica têm feito com maestria, será difícil tirar o título brasileiro do Mais Querido do Brasil.

Pra cima deles, Flamengo!

***

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.