terça-feira, 22 de outubro de 2019

A Trajetória


Olá Buteco, bom dia!

Com o Campeonato Brasileiro encaminhado pelas assombrosas atuações do time desde que JJ assumiu, é hora da concentração para a partida mais importante de toda uma geração próxima aos 40 anos, como a minha. No post de hoje, vamos relembrar o percurso até aqui. Aproveitem o passeio!

Em um longínquo 6 de Março, estreávamos na competição, fora de casa, contra um desconhecido San Jóse, último campeão boliviano. Observem o onze inicial daquela partida: Diego Alves, Pará, Leo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuellar, Arão e Diego; Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. O gol solitário do artilheiro do Flamengo no ano, com passe do outro iluminado (maior assistente do Flamengo na competição), foi o suficiente para largarmos bem. Diego Alves fez importantes defesas, especialmente no 1º tempo, quando o placar ainda estava 0x0. 


Na segunda rodada, um desafio maior, os campeões equatorianos da LDU. Aos 8 minutos, uma jogadaça, com a bola passando por vários jogadores, começando lá atrás com o goleiro, até a assistência de Diego para o gol de Everton Ribeiro, o craque da partida. Tivemos chances de ampliar o placar e um pênalti claro não marcado, em cima do Bruno Henrique. No fim do primeiro tempo, quase que o caldo entorna, mas Diego Alves estava lá para defender um pênalti. No segundo tempo, pressão e gols: abrimos 3x0 e, com outro pênalti contra, acabou o jogo 3x1. A classificação estava muito encaminhada... Estava???


Pois é... A classificação estava encaminhada, mas ninguém contava com uma derrota em casa para o Peñarol. Nesse jogo, Arrascaeta ficou no banco e não entrou em campo... Tivemos duas chances com Gabigol (aos 13min e aos 48min). No entanto, o Peñarol já se mostrava perigoso nos contrataques, obrigando Diego Alves a uma defesa espetacular antes do intervalo. No segundo tempo, pouca criatividade e a casa caiu no final. Naquela altura, já precisaríamos buscar a classificação nas partidas fora de casa. 

A protocolar vitória sobre o San José, no Maracanã, valeu pelo placar: um estrondoso 6x1, às vésperas da final do campeonato carioca. Arrascaeta assumiu o lugar do Gabigol, suspenso, e foi o craque do jogo. Postriormente, venceríamos o Vasco nas duas partidas e seguiríamos para a primeira batalha: LDU, lá.


Começamos bem, suportando a pressão inicial dos equatorianos e abrindo o placar aos 20min. Além disso, colocamos uma bola na trave dos caras. Quando tudo parecia encaminhado, um vacilo incrível nos acréscimos do primeiro tempo e gol de empate deles. No segundo tempo, pressão total contra nossa meta e a virada. O Flamengo perdia sua segunda partida na competição e decidiria a vaga num confronto direto com o Peñarol, em Montevidéo, sem o seu goleiro titular, machucado. 

O Flamengo tinha 4 pontos nas 3 rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro. A derrota para o Internacional marcou essa época do Abel com a terrível frase "perder aqui é normal". Esse jogo, certamente, foi o momento de maior tensão na temporada, ouso dizer que mais até que o jogo de volta contra o Emelec. 

Felizmente, os poderes do Manto Sagrado apareceram. O time se portou muito bem, enfileirou pelo menos 4 oportunidades de gol no primeiro tempo e quase não permitiu que o Peñarol arrematasse ao nosso gol. Entretanto, no segundo tempo veio o drama: precisando da vitória, os uruguaios se lançaram à trocação direta e contei pelo menos duas oportunidades claras de gol para os dois lados, antes da expulsão do Pará, aos 18 min. Paradoxalmente, depois da expulsão o jogo ficou muito mais truncado e o final não foi aquele desespero habitual. 

O Flamengo se classificava para as oitavas de final com Cesar, Pará, Leo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuellar, Arão e Everton Ribeiro; Bruno Henrique, Arrascaeta e Gabigol.


Abel caiu, JJ chegou e começou a revolução no futebol do Mengão! É bem verdade que, nas primeiras partidas, houve quem desconfiasse: nas quatro primeiras partidas, três empates e uma eliminação para o Athético Paranaense na Copa do Brasil, com falhas na linha de marcação alta que estava em processo de aprendizagem. Nesse cenário, fomos ao Equador enfrentar o Emelec e saímos com um 0x2 no lombo. A esperança era o futebol apresentado contra o Goiás, um sonoro 6x1 na estreia do treinador no Maracanã. O Flamengo precisava encorpar rapidamente, para seguir adiante na Libertadores.

E foi na Raça! Nesse jogo, fomos nós, a Torcida do Flamengo, quem apareceu! Eu não me lembro de nenhuma outra partida (exceto as finais contra o Vasco da Gama, naturalmente), em que a certeza da virada exalava por todos os rubronegros. A confiança era máxima, a classificação já estava assegurada antes mesmo da bola rolar. Os 67.664 espectadores que estiveram no Maracanã só estavam curiosos para saber como ela se daria...

Estreávamos 3 jogadores na competição: Rafinha, Marí e Gerson e os dois gols de Gabigol, antes dos 20 minutos de jogo, deram a impressão de goleada. Mas o time sentiu o cansaço dos novos treinamentos e da sequência de jogos quarta/domingo. O Emelec se segurou e conseguiu levar a disputa para os pênaltis, quando Diego Alves brilhou mais uma vez. Diferentemente da desastrosa disputa contra o Athlético, não desperdiçamos nenhuma cobrança. Time e Torcida entravam numa sintonia enebriante. A hashtag ilustra, com uma felicidade ímpar, o momento:


Dali pra frente, só alegria: é bem verdade que o esforço contra o Emelec nos causou uma derrota acachapante para o Bahia, em Salvador. Mas o preço pela classificação foi pequeno. O Flamengo engatilhou uma sequência de excelentes jogos, passando por cima de quem entrasse na frente. 

O bom time do Internacional não viu a cor da bola nos dois jogos e, desde que trombou conosco nas quartas-de-finais, perdeu o rumo. Bruno Henrique e Gabigol, a dupla dinâmica do Mais Querido, nos colocava nas Semifinais da competição, após 35 anos. 



E chegamos ao Grêmio. Adversário copeiro, chamado de "imortal" pelos torcedores, tomou um passeio em casa na primeira partida. O Flamengo poderia ter saído de Porto Alegre já classificado para a final, mas tivemos três gols anulados e o placar final de 1x1 deixou o confronto ainda em aberto. Ainda. 


Amanhã é dia de buscar a vaga na final. Amanhã é dia de Flamengo!

Saudações Rubronegras!!!