Salve, Buteco! O Flamengo tem a sua frente o desafio de se reerguer após o derrota na final de mais uma das três principais competições do ano - Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Restam a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro, no qual, muito embora as chances de título, matemáticas, sejam reduzidas, ainda enfrentará todos os adversários que estão a sua frente na tabela de classificação, à exceção do Botafogo (não que isso seja um problema). Semana passada, no Mineirão, como no empate pelo Brasileiro por 1x1 em 16 de julho, o domínio das ações foi rubro-negro, porém faltou postura de campeão. Apesar das principais chances de gol terem sido do Flamengo, ambas com Guerrero, o time em momento algum passou a impressão de que venceria ou perderia o jogo. Ambas as equipes pareciam se conformar com o empate, todavia o Cruzeiro elegeu a decisão por pênaltis como meta estratégica. Não podemos afirmar que, sob o aspecto pragmático, estavam equivocados. A decepção fica por conta do Flamengo, que tem jogadores de melhor nível, dos quais se esperava postura mais condizente com a história do clube.
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Reinaldo Rueda assumiu o Flamengo há menos de dois meses e encarou um time disputando três competições simultâneas, porém em queda livre no Brasileiro, dando toda a pinta de que seria eliminado da Copa do Brasil pelo Botafogo. Em 12 (doze) jogos sob o comando do time, foram 5 (cinco) vitórias, 6 (seis) empates e 1 (uma) derrota, com 14 (catorze) gols marcados e 5 (cinco) sofridos. Levou o time às finais da Copa do Brasil e quartas-de-final da Sul-Americana. A polêmica ficou por conta da rodagem do elenco nos jogos do Campeonato Brasileiro contra Botafogo (0x2, única derrota) e Avaí (1x1), pois parte da torcida questiona principalmente a escalação contra o Botafogo. Dado o histórico recente de contusões vitimando Diego, Renê e Everton, não consigo condenar o treinador colombiano. A escalação contra o Botafogo poderia de fato ter sido mais competitiva mesmo com a rodagem do elenco, mas a favor de Rueda milita o fato de então estar há menos de um mês à frente da equipe. O maior problema parece ter sido o baixo rendimento de muitos jogadores do elenco, contrariando as expectativas e tornando ineficiente a sua rodagem.
Nesses menos de dois meses de trabalho, em meio a três competições simultâneas, Rueda conseguiu restaurar o que havia de melhor no trabalho de Zé Ricardo, tornando novamente muito difícil vencer o Flamengo, que vinha de uma difícil e fracassada sequência no Brasileiro, sem vitórias contra Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Corinthians, Santos e Atlético/MG. Considerando a mudança de posicionamento da primeira linha de quatro, mais compacta, a entrada no time de Cuéllar e a subida de produção de Willian Arão, pode-se dizer que houve uma pequena evolução. Porém, as limitações ofensivas continuam presentes, tanto que o treinador tem constantemente marcado posição a respeito da necessidade do Flamengo ser mais ofensivo e ter postura mais agressiva, voltada para a vitória. Enfatiza repetidamente que o clube precisa incorporar uma mentalidade vencedora, infelizmente perdida neste século, salvo por pontuais exceções. A julgar pelo desempenho no Mineirão, o desafio é concreto.
Rueda sabe que o rendimento atual não é o bastante e que o Flamengo precisa subir de patamar. Com certeza já percebeu que hoje existe uma dicotomia entre o tamanho do clube e a cobrança daí decorrente, e a postura reinante há bastante tempo no Departamento de Futebol. O colombiano, no momento, é a minha única esperança para tentar mudar o estado das coisas, pois seria tolice esperar que os jogadores tomem por si sós qualquer iniciativa depois de tanto tempo de acomodação. Da Diretoria, então, já seria estupidez esperar qualquer atitude. A dúvida é se Rueda terá forças e respaldo para lutar contra o sistema.
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Em outubro, por conta das Eliminatórias para a Copa do Mundo/2018, entre Ponte Preta e Fluminense haverá um intervalo de 10 (dez) dias para treinamento e recondicionamento físico. Até quarta-feira, dia 25, o Mais Querido jogará apenas pelo Campeonato Brasileiro e terá a seguinte sequência: Ponte Preta (fora - hoje, 2/10), Fluminense (casa - 12/10), Chapecoense (fora - 15/10), Bahia (casa - 19/10) e São Paulo (fora - 22/10). Entre as duas partidas pelas quartas-de-final da Sul-Americana (25/10 e 1/11), jogará a última partida do mês, no dia 29, contra o Vasco da Gama na Ilha do Urubu.
Outubro exigirá do Mais Querido que seja brutal contra o Fluminense e tenha uma sequência virtuosa no Brasileiro.
Outubro exigirá do Mais Querido que seja brutal contra o Fluminense e tenha uma sequência virtuosa no Brasileiro.
Chegando novembro, mais uma vez eventuais partidas pelas semifinais da Sul-Americana acontecerão somente no final do mês (entre 21/23 e 28/30). Até lá, o Flamengo novamente jogará apenas pelo Campeonato Brasileiro: Grêmio (fora - 5/11), Cruzeiro (casa - 8/11), Palmeiras (fora - 12/11), Coritiba (fora - 15/11), Corinthians (casa - 19/11) e Santos (casa - 26/11).
Novembro trará para Rueda a mesma sequência que marcou a derrocada do trabalho de Zé Ricardo. Por isso mesmo, colocará à prova todo o Departamento de Futebol do clube. Aliás, se contra Botafogo e Avaí, em meio a três competições, a rodagem do elenco teve que ocorrer em maior proporção, tudo indica que não será o caso neste próximo bimestre.
Novembro trará para Rueda a mesma sequência que marcou a derrocada do trabalho de Zé Ricardo. Por isso mesmo, colocará à prova todo o Departamento de Futebol do clube. Aliás, se contra Botafogo e Avaí, em meio a três competições, a rodagem do elenco teve que ocorrer em maior proporção, tudo indica que não será o caso neste próximo bimestre.
O Campeonato Brasileiro acabará dia 3 de dezembro, no primeiro domingo do mês, contra o Vitória em Salvador. Em seguida ocorrerão as finais da Sul-Americana, nos dias 6 e 13, tomara que com a presença do Mais Querido.
É inconcebível qualquer resultado abaixo de uma posição no G4.
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Outubro e novembro trarão a oportunidade para observar a dupla de laterais direitos, especialmente se Pará tem fôlego para continuar em 2018 e Rodinei consegue ser mais regular; a dupla de laterais esquerdos, se Renê conseguirá se recuperar da contusão e Trauco evoluir defensivamente, e também os jovens Felipe Vizeu, Lucas Paquetá e Vinícius Jr. Provavelmente será a última oportunidade para Mancuello e Rômulo e uma boa chance para Geuvânio mostrar a que veio. Diego e Guerrero precisam provar que são efetivamente decisivos e Everton Ribeiro deverá se firmar no time.
Esse decisivo bimestre rubro-negro começa hoje à noite contra a Ponte Preta no Moisés Lucarelli. Mandem a escalação a falem sobre suas expectativas para o próximo bimestre.
Sigam seus corações...
Bom dia e SRN a tod@s.