terça-feira, 12 de setembro de 2017

Paradoxos

Olá Buteco, bom dia!

Paradoxo: ideia bem fundamentada ou apresentada de forma coerente, mas que possui subentendidos contraditórios à sua própria estrutura. 
(fonte: dicionário online de Português)

Na Grécia Antiga, berço da Matemática e da Filosofia, alguns dos paradoxos que se tornaram mais conhecidos são atribuídos a Zenão, entre eles o paradoxo “Aquiles e a Tartaruga”: Aquiles aposta corrida com uma Tartaruga. Como Aquiles é vaidoso, certo de que vencerá, permite que a Tartaruga parta na frente, uma unidade de medida qualquer, digamos 1km. De acordo com Zenão, Aquiles nunca conseguirá chegar na Tartaruga, que dirá ultrapassá-la!

Explica-se: partindo Aquiles de um ponto A, ele precisa percorrer todo o trecho da vantagem de forma a atingir o ponto B, de onde a Tartaruga partiu. No entanto, quando ele consegue chegar neste ponto, a Tartaruga já se deslocou ao ponto C. Desafortunadamente, enquanto Aquiles se desloca ao ponto C, a Tartaruga já atingiu um ponto D, à frente de C (por menor que seja esta distância). O processo se repete infinitamente, de forma que sempre que Aquiles atinge um ponto X (onde a Tartaruga já esteve em algum momento), sua rival já terá atingido Y, estando sempre na frente!!!

Há outros paradoxos interessantes. O senso comum nos traz o espetacular “quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?”, que talvez tenha servido de base para um grande sucesso da propaganda tupiniquim. Os leitores da nossa faixa de idade (35 – 45 anos) devem se lembrar do grande sucesso do comercial dos biscoitos Tostines:


O nosso amado Flamengo, como que emulando uma vertente trágica da Grécia Antiga, nos traz uma série de paradoxos:

I. Jogadores estão fora de forma porque não jogam ou não jogam porque estão fora de forma?

II. O ataque é o mais positivo no ano, entre todos os times da Série A, então por que não aproveita as oportunidades que aparecem para “matar” os jogos?

III. O elenco é apontado como um dos três melhores do país e, certamente, está entre os três mais caros. Entretanto, por que na necessidade de sair do onze ideal (Alves; Pará, Rodolfo, Rever, Renê; Cuellar, Arão, Diego; Berrio, Guerrero, Everton), o time colapsa, inevitavelmente?

Não temos qualquer pretensão em responder estas questões. São paradoxos. No entanto, acreditamos que a direção do clube poderia, senão responde-las diretamente a nós, torcedores, ao menos refletir sobre elas, em seus processos internos de avaliação. O máximo que podemos fazer é conjecturar, especular. 

Para isto, convido os amigos leitores ao debate no nosso fórum.

Saudações Rubro-Negras!!!